quarta-feira, fevereiro 26, 2003
Acerca do texto "Uma Oportunidade Perdida"
Congratulo-me, antes de mais antes de mais, por começar a receber algum feedback acerca dos texto aqui postados (perdoem-me o neologismo). Já pensava sub-alugar o meu mail por falta de utilização.
Peço perdão por não responder via mail mas parece-me que necessito de clarificar algumas das ideias expostas.
O meu texto não é filo-palestiniano e não pretende demonstrar que são os israelitas os grandes culpados do problema palestiniano nem os grandes destabilizadores do Médio Oriente.
A questão israelo-palestiniana é no entanto invocada como desculpa para muitas barbaridades cometidadas e a sua resolução, para além de acabar com uma guerra desgastante, deixaria de poder ser usada como bode expiatório de muitos países arabes (e da própria Al-Quaeda).
Neste texto não faço referência que os palestinianos foram e são bastas vezes utilizados pelos estados arabes (umas vezes de forma consciênte outras não) como uma peça dos seus jogos geo-estratégicos. Esta dúbia política de alianças levou muitas vezes à radicalização politica do movimento de criação da Palestina e ao seu descrédito internacional perante países moderados. Poderia tê-lo feito (especialmente no epilogo) mas não o fiz. A intenção era contar um episódio especifico e não toda a História. Admito que possa ter dado a impressão de parcialidade mas a intenção, repito, não era essa.
Acho no entanto que os palestinianos têm direito ao seu estado assim como Israel tem o direito de viver em paz sem a perpetua ameaça do terrorismo
De facto é referido que a transformação da postura israelita perante o problema dos territórios ocupados se deu após uma série de agressões cuja objectivo era a destruição do (recentemente criado) Estado de Israel.
O que o texto refere é que, num dado momento da História. nomeadamente no pós-Guerra dos Seis Dias, se tivesse existido uma postura diferente por parte de Israel, o problema palestiniano poderia ter sido solucionado. A nível internacional tudo se conjugava para que o desfecho fosse favorável se tivesse existido vontade negocial.
O próprio acordo Sadat-Begin obtido anos depois vêm dar força a esta tese.
posted by Miguel Noronha 9:29 da manhã
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