segunda-feira, abril 14, 2003
O Conflito Israelo-Palestiniano
Depois de resolvido o conflito no Iraque, George Bush, prometeu voltar a sua atenção para a questão palestiniana. Depois de eliminado um dos países financiadores dos extremistas palestinianos e com o "peso" que lhe adveio pela recente vitória militar, os EUA estão numa posição que lhes permite exercer uma pressão eficaz para resolver eventuais (e previsiveis) impasses.
Uma prova que esta pressão pode já estar a ser efectiva são as recentes e surpreendentes declarações de Ariel Sharon.
Ainda que demonstrando algum constrangimento, Sharon, reconhece que Israel não poderá manter os territórios palestinianos eternamente e está, inclusivamente, disposto, a abandonar os colonatos. Dado o peso político que os partidos ligados aos colonos possuem em Israel (inclusivamente no próprio governo de Sharon) estas declarações revelam uma grande coragem política. Era, de todo, essencial que o Partido Trabalhista não aproveitasse a, mais que provavel, instablidade que estas declarações vão provocar para fazer cair o governo devendo, inclusivamente apoia-lo.
Como nota negativa ficam, desde já, as declarações de um membro do gabinete de Arafat:
"We believe that the whole world is still waiting to hear Sharon's unconditional and unequivocal acceptance of the road map and not merely vague statements made for PR and media," said Saeb Erekat, a member of Yasser Arafat's cabinet. "We need to see deeds, not hollow words"
Há que saber reconhecer as oportunidades quando elas se aparecem. E como dizia António Barreto recentemente, é pouco provável que a actual conjuntura dure muito tempo...
posted by Miguel Noronha 12:42 da tarde
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