O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

quarta-feira, maio 07, 2003

Setúbal

O anterior presidente da CM Setúbal, na eminênicia de perder as últimas eleições autárquicas (o que veio a suceder), resolveu desmultiplicar-se em iniciativas de âmbito cultural. Outra medida foi lançar uma revista denominda "Setúbal" que mais não era que um instrumento de propaganda partidária. A edição, segundo me afiançaram entendidos, era carissima. Com a mudança de cor partidária a revista foi suspensa.
Uma auditoria à CMS veio a revelar o estado gravissimo em que esta se encontrava (e encontra). As medidas que referi por certo não foram as culpadas pela enorme défice mas também não vieram ajudar. São, ainda, moralmente repugantes por se tratar de propaganda partidária feita à custa dos contribuintes.

Passado mais de meio ano a publicação é retomada. Em moldes mais "baratos", é certo, mas na mesma lógica. Cerca de 80% do seu conteudo não é mais que propaganda à maioria que hoje domina a CMS.

Começamos com um editorial da autoria do próprio presidente que a propósito do 25 de Abril aproveita para discorrer sobre a guerra no Iraque. Continua com uma relação dos investimentos realizados. Refere a o debate sobre o rescaldo do Fórum Social de Porto Alegre e acaba com a sessão de discussão do PDM presidida pelo honorável presidente da CMS.

Tirando isto ainda dedica uma página a Sebastião da Gama e duas a Luísa Todi. Nada contra tais personagens. Seria no entanto agradável que variassem os "temas culturais". Quando se fala de cultura em Setúbal, invariávelmente, é para enaltecer Bocage, Sebastião da Gama e Luísa Todi.

Adiante. É bom saber que, apesar das dificuldades financeiras, há sempre um dinheirito para propaganda. No entanto, se é para ser feitas às minhas expensas, gostaria de contribuir com alguns temas...

posted by Miguel Noronha 7:30 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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