O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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quinta-feira, julho 10, 2003

O Mito do MST

Nas crónicas sobre o Brasil e, especialmente, quando se fala de Lula da Silva é inevitável a referência ao MST. Esta é sempre feita em termos elogiosos. A de hoje não foge à regra e diz o seguinte:

A questão agrária também pressiona o Governo, com o Movimento dos (trabalhadores rurais) Sem Terra (MST) a intensificar as invasões de terras improdutivas e os acampamentos à beira de estradas. Isso gerou uma forte repressão dos fazendeiros, em muitos casos, organizados em milícias ilegais. O clima em alguns locais do país é bastante tenso.

Lula recebeu dirigentes do MST, usou um boné do movimento e enfureceu os parlamentares que representam os donos das terras, que o acusam de apoiar as acções por vezes violentas do MST. Mas o Presidente não se deixou intimidar e prometeu que vai alojar mais famílias do que fez o anterior
.

O MST é sempre apresentado como o heroi e os fazendeiros como improdutivos. As suas acções violentas são sempre desculpabilizadas como um mal necessário à realização de um objectivo maior. As milicias dos fazendeiros são "ilegais", a violência do MST é legitima e não intimida Lula que os premeia com mais fundos e mais terras. Por experiência própria sabemos o que é a "experiência" da reforma agrária conduzida por movimentos revolucionários. Não existem razões objectivas para pensar que no Brasil os resultados sejam melhores que os obtidos pelas "nossas" UCP's. Os seus objectivos não terminam na (suposta) reforma agrária. A sua âmbição é o poder político e a implantação de um estado totalitário.

Para quer saber sobre a verdadeira realidade do MST recomendo este artigo de Olavo de Carvalho.

"(...) o MST não quer mais terra. Ele quer "toda a terra". Quer tomar o poder por meio de uma revolução e, feito isso, implantar um socialismo tipo aquele que foi derrubado a partir de novembro de 1989, após a queda do Muro de Berlim. Quem diz isso são os próprios líderes do MST.

Num primeiro momento o inimigo do MST era o latifúndio improdutivo. Com o tempo, os latifúndios produtivos passaram a ser também atacados. Nessas invasões registram-se sempre ocorrências de roubo de gado e de grãos estocados, depredação de tratores e houve, até mesmo, um caso em que uma fazenda foi incendiada. Em uma fase seguinte, o MST deixou a área rural mas permaneceu nas pequenas cidades do interior, organizando saques a supermercados, invadindo delegacias de polícia para libertar companheiros presos e ocupando agências bancárias como forma de protesto
"


"Em março de 2002, após a invasão, roubo e depredação da fazenda dos filhos do Presidente da República, em Buritis, vemos, em abril, um dirigente do MST, financiado com dinheiro da "Via Campesina", dentro do "bunker" de Iasser Arafat, apresentando "a solidariedade" do MST à luta dos palestinos.

Ao mesmo tempo, no dia 3 de abril, em Brasília, após uma passeata do MST à Embaixada de Israel, o líder José Rainha que há muito tempo não é mais sem-terra declara apoio aos atentados contra alvos civis israelenses: "Os atentados contra Israel são a arma de defesa dos palestinos. Muitas vezes as
vítimas são civis, mas não há outra saída".
"


posted by Miguel Noronha 10:39 da manhã

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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