O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

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segunda-feira, setembro 08, 2003

A Cimeira de Cacun

Num Artigo no Público Luís Salgado de Matos fala sobre a cimeira de Cacun.

Alerta para as falácias dos "alterglobalistas" e dos proteccionitas que, sob a bandeira do combate à pobreza, pretendem colocar entaves ao comércio livre e impedir o verdadeiro desenvolvimento do terceiro mundo e condena-los à subsidio-dependência.

Os proteccionistas, porém, não desistiram de impedir um acordo. Os proteccionistas são de dois tipos: Estados nacionais e «altermundialistas»; parecem divergir mas concordam em responsabilizar o comércio livre pela injustiça social: se o leitor defender a liberdade de comércio, acusam-no de levar a fome ao mundo. Esta propaganda é chantagem.

A liberdade do comércio é indispensável ao crescimento económico e à liberdade política. Adam Smith e David Ricardo demonstraram que o comércio livre cria riqueza - mesmo que só um dos Estados baixe as barreiras, por isso que mesmo assim a especialização aumenta a produtividade. Esta demonstração é mesmo uma das poucas verdades da ciência económica.

A liberdade comercial dificulta o autoritarismo do Estado-nacional pois gera pluralismo: comércio livre significa que o Estado não pode ter o poder todo, já que o comércio produz poder.


Cai no entanto, ele próprio, numa falácia ao defender a redistribuição da riqueza por via estatal ao mesmo tempo que defende o mercado como gerador de riqueza.

O comércio internacional livre, como qualquer mercado livre, pode criar desigualdade. Em cada país atlântico a acção social do Estado corrige os excessos do mercado. Precisamos de idêntica correcção à escala da Terra.


Estas políticas reduzem o potencial de crescimento ao criarem distorções na redistribuição de recursos e ao criamem desincentivos à criação de riqueza e conferem ao estado um poder desmesurado (factor que LSM alerta no caso do proteccionismo mas falha em associar ao estado neste caso) São formas ineficientes de "caridade" dada a grande (e crescente) percentagem de recusos que tendem a ser absorvidos pela burocracia estatal.
posted by Miguel Noronha 9:42 da manhã

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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