O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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quinta-feira, outubro 30, 2003

A Herança Socialista

Do artigo de António Carrapatoso no Diario de Notícias:

Temos que ser particularmente críticos relativamente aos anos de 1997 a 2001, em que, numa conjuntura bastante favorável, perpetuámos e agravámos uma organização de sociedade e um modelo económico que já evidenciavam necessitar de uma alteração significativa.

Problemas fundamentais na despesa pública como a necessária redução dos custos de pessoal da função pública e a pressão das transferências para a Segurança Social, derivada da prevista evolução demográfica, não foram atacados, mas antes agravados. Neste período, adiámos as reformas estruturais, continuámos a deixar crescer o peso do Estado na economia (enquanto outros o diminuíram) e não melhorámos significativamente a qualidade dos serviços públicos. Por outras palavras, continuámos a manter um Estado pesado e paternalista mas fraco, e a não acreditar, responsabilizar e incentivar adequadamente os portugueses, asfixiando as potencialidades da iniciativa privada, da sociedade civil e de cada cidadão. Os erros do passado (e aqui podemos recuar até onde quisermos) explicam, assim, o agravamento da divergência que irá ocorrer nestes três anos (2002/4). Agora, mais importante do que saber se a intensidade e o tempo da divergência que experimentamos é mesmo inevitável, é estarmos certos de que finalmente estamos a realizar as mudanças estruturais de que o País carece. O que dificilmente será desculpável, é que estes três/quatro anos de profunda divergência não se venham a traduzir numa verdadeira alteração estrutural do nosso país que nos projecte para um mais longo e convergente período de saudável crescimento no futuro. O Governo tem vindo a lançar um conjunto de reformas que vão, de um modo geral, no bom sentido. É importante que essas reformas sejam aprofundadas e de facto bem implementadas na nossa sociedade.

posted by Miguel Noronha 12:19 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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