quarta-feira, novembro 12, 2003
Os Equivocos de Rosas
No Público Fernando Rosas alerta para o "sequestro da liberdade de expressão" cometendo, pelo meio, alguns equivocos.
Em primeiro lugar vocifera contra a tentativa de privatização do 2º Canal. Mais à frente contesta a absorção da Lusomundo pela PT.
Diz que os grupos de comunicação estão controlados pela direita. Convenientemente esquece-se que o peso dos comentadores afectos ao BE nos jornais e nos canais televisivos é muitissimo superior ao seu peso eleitoral.
O próprio Fernando Rosas publica este artigo num jornal que segundo ele é controlado pela direita. A ser verdade o que afirma este artigo deveria ter sido censurado.
Rosas critica a falta de independência dos comentadores televisivos. Refere o facto de Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira serem destacados militantes do PSD. Em primeiro lugar caso seguissemos esta lógica Fernando Rosas, Miguel Portas e Francisco Louçã deveriam também ser impedidos de publicar artigos de opinião ou aparecer em programas televisivos como o fazem amiude. Em segundo lugar, e a bem da verdade, só por má fé se pode dizer que a opinião de MRS e PP fica coarctada por serem militantes do PSD. A prática demonstra exactamente o contrário.
A melhor garantia da manutenção da liberdade de expressão nos meios de comunicação social é a inexistência de barreiras à entrada e não qualquer medida anti-concentracionista como pretendem Fernando Rosas e o BE. A profusão de meios alternativos que se verificou nos ultimos anos torna cada vez mais dificil a existência de uma única voz (ao contrário do que sucedia quando tudo era nacionalizado). Para terminar, a realidade demonstra (ao contrário do que afirma Fernando Rosas) que a orientação política do director de um jornal não condiciona necessáriamente a sua linha editorial.
posted by Miguel Noronha 2:44 da tarde
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