quarta-feira, janeiro 21, 2004
Imigração
Do artigo de José Manuel Fernandes no Público.
Portugal precisa de planear a imigração, o mesmo é dizer, precisa de definir quotas para a admissão de imigrantes de acordo com as necessidades do mercado de trabalho, evitando as políticas irrealistas de "portas abertas", gémeas nas consequências sociais das políticas de "portas fechadas", e procurando que os que chegam o façam em condições de se integrarem bem e de serem tratados com dignidade
Esta noção está completamente errada. O governo não sabe, nem tem forma de saber, qual é o número óptimo de imigrantes que deve admitir anualmente. Não tem forma igualmente de saber a não ser em termos genéricos quais as "especialidades" que são deficitárias no mercado de trabalho.
Mesmo nas "especialidades" não-deficitárias não podemos saber, antecipadamente, se os imigrantes não trarão mais-valias às empresas nacionais.
Esta política de imigração, se bem que seja preferível à de "portas-fechadas" não é mais que proteccionismo aplicado ao mercado de trabalho.
ACTUALIZAÇÃO: leiam o que diz, a este propósito, o Jaquinzinhos.
posted by Miguel Noronha 12:05 da tarde
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