quarta-feira, janeiro 21, 2004
Vitor Constâncio
O Mar Salgado chama a atenção para a entrevista do Governador do Banco de Portugal no Público de Segunda-Feira.
P. - Mas com estes escassos 0,75 por cento em 2004 e 1,75 por cento em 2005, como é que se pode ser optimista?
R. - Pode-se ser optimista se olharmos para a fase em que hoje se encontra a economia. Este foi um período de inevitável ajustamento após muitos anos de forte crescimento, de forte expansão das despesas das famílias e empresas, associada a um crescimento do endividamento, e esse período tinha de interromper-se. Tínhamos de passar por uma fase de contenção e ajustamento. É isso que tem ocorrido e agora estamos a sair dessa fase, pelo que a inversão é em si mesma positiva. Por outro lado, se excluirmos da evolução da economia as variáveis que dependem directamente do Orçamento de Estado - o consumo e o investimento público -, que terão evolução negativa em 2004, veremos que teremos essencialmente um crescimento da actividade económica produtiva, privada, de cerca de 1,5 em 2004 e quase três por cento em 2005. Estes números reflectem o facto de as empresas portuguesas terem capacidade instalada e poderem aproveitar o dinamismo da economia europeia que puxará pela economia portuguesa.
Queria no entanto chamar a atenção para uma "nuvem negra" que irá assombrar a maior parte dos países ocidentais e sobre a qual ter-se-à de agir com a maior brevidade possível.
temos de preparar o Orçamento para fazermos face a encargos futuros decorrentes do envelhecimento da população. As despesas com a saúde e com as pensões de reforma vão aumentar
posted by Miguel Noronha 10:27 da manhã
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