O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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sábado, março 13, 2004

Estupidez Legitimadora


No DN de hoje João Cravinho alinha pela tese já avançada por Ana Gomes ou Eduardo Prado Coelho.

O mundo está hoje menos seguro que há dois anos atrás. Inúmeras autoridades dos mais variados países, com especial relevo para os Estados Unidos e Grâ-Bretanha, vêm demonstrando que a ameaça terrorista à escala global não é vencível por meios essencialmente militares. Pelo contrário, o recurso maciço a intervenções militares pode moblizar reacções terroristas a uma escala dificilmente controlável.

É o que está sucedendo em resposta à invasão do Iraque. É preciso repor a legalidade internacional sob a égide das Nãções Unidas acabando com uma colonial (...). Enquanto esse caminho não estiver consolidado a Al-Qaeda terá sempre motivos para espalhar a morte e o horror por todo o Ocidente.


À perturbada mente de João Cravinho não lhe ocorre que o terrorismo não necessita de supostos "motivos" para cometer atentados. Não lhe ocorre que aquando do 11 de Setembro de 2001 os EUA não estavam no Iraque nem no Afeganistão. Inclusivamente a, recém-eleita, Adminsitração Bush dava mostras de uma política isolacionista (aliás muito críticada por todos aqueles que agora repudiam o seu "intervencionismo").

Não lhe ocorre igualmente que a ETA actua num país democrático cobrando "impostos revolucionários" e matando representantes eleitos e todos aqueles que ousam opor-se-lhe. A pretensa "legalidade internacional", que JC apresenta como panaceia, nada diz aos terroristas. Só os seus ideais podem vingar.

As políticas de apaziguamento apenas têm servido para estes ganharem tempo e consolidarem posições. As ridículas tentativas de "procurar em nós as causas do terrorismo" apenas servem para o descupabilizar e legitimar. A Al-Qaeda, a ETA, as FARC ou os Khmers Vermelhos encontrarão sempre justificação para os seus actos nas suas covicções totalitárias. Não necessitam de motivações "externas". Como refere, no mesmo jornal, Vasco Pulido Valente "O terror vive à sombra da respeitabilidade política que indirectamente lhe concedem"

Na conferência do Labour Party,Tony Blair, reafirmou que o terrorismo tem como alvo a civilização ocidental e que não se lhe pode dar tréguas. O socialistas nacionais ainda não compreenderam isso.
posted by Miguel Noronha 12:52 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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