terça-feira, junho 15, 2004
Geração de 70
Recomendo a leitura integral desta colunha no Diario de Notícias.
Pedro Lomba
As eleições europeias são eleições nacionais. Uma evidência: as eleições europeias nada têm de europeu. Os partidos sabem que o eleitorado é estruturalmente insensível aos temas europeus. A Europa vende mal. De nada vale discutir a Europa se ela não dá um voto. Num certo sentido, as nossas verdadeiras eleições europeias acontecem nos outros países, porque é destas que depende a correlação de forças que nos pode beneficiar ou prejudicar.
Pedro Mexia
A lição número um que se retira destas eleições europeias é porventura o encurtamento drástico dos ciclos políticos. Se em alguns países - como o nosso - se chegara a um consenso sobre a vantagem de governos de legislatura, isso, como se vê, não impede que os executivos comecem a ser julgados de forma tendencialmente definitiva a meio do mandato. Essa antecipação não distingue esquerda e direita (aconteceu a Chirac, Schroeder, Blair, Barroso) nem tem nada a ver com o «Iraque». O primeiro passo dessa antecipação, como é evidente, tinha sido a nacionalização das europeias. Mas essa nacionalização era inevitável, pelo natural interesse que as oposições têm nisso e pelo comprovado desinteresse dos povos face aos temas europeus. Porém, com estes resultados e suas consequências, a governabilidade na Europa fica seriamente afectada. Não se percebe porque será isso uma boa notícia.
posted by Miguel Noronha 4:20 da tarde
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