sexta-feira, julho 23, 2004
Porque Falham as Previsões dos Economistas?
Aconselho a leitura deste artigo a todos aqueles que pensam que a Economia é uma ciência exacta.
Predicting the economy is a tough game. Everyone wants to know where it's headed, from presidential candidates to homebuyers tracking mortgage rates. Companies and investors pay big bucks to get a peek at expert forecasts. It's a huge business. Yet the experts often get it wrong. And they admit their job is a bit of a crapshoot.
"It's one part science, about 10 parts the art of the forecaster and a lot of luck," said Michael Donihue, an economics professor who runs a forecasting model at Colby College in Maine.
Forecasting's poor track record is not for lack of brainpower. Ivy League graduates and Ph.D. economists get paid six-figure salaries to read the economic crystal ball.
But the economy simply won't cooperate.
For starters, economists often don't know what's happening with the economy today, let alone six months down the road. They rely on economic reports, many of which are based on surveys that are at least a month old and often revised in subsequent months as more data comes in.
Unforeseen developments, from a terror attack to a rise in oil prices, can derail projections.
Perhaps most important, economics doesn't revolve around fundamental and immutable laws, as do basic sciences such as physics and biology. Economists are trying to model human behavior, which, unlike Sir Isaac Newton's law of gravity, changes.
"Humans are humans," observes Chris Varvares, president of Macroeconomic Advisers, a St. Louis forecasting firm, with major automakers, Wall Street firms and several U.S. government agencies as customers. "They don't respond identically to similar situations through time. Their responses are varied, and their behavior is subtle."
Não obstante a constante refutação empírica dos modelos previsionais da crença que a Economia se rege por princípios determinísticos é ainda dominante. São frequentes (e temos em Portugal bastantes exemplos disso) os apelos à intervenção do Estado contra o "caos" causado pelo mercado.
Esta assumpção é contestada pela Escola Económica Austriaca que propõe como objecto de estudo da Economia a "Acção Humana" e não a "afectação dos recursos escassos" (não é por acaso que o principal trabalho de Ludwig von Mises se intitula "Human Action").
A constatação que uma a ciência que tem como objecto de estudo o ser humano nunca podem ser aplicado os métodos das ciências naturais levou Friedrich von Hayek a interessar-se pela ciência cognitiva e pelo estudo dos fenómenos complexos. Para ele a Economia (a que preferia chamar de Cataláxia) era um sistema auto-organizado de cooperação voluntária.
O sistema de preços e as instituições (formais e informais) de uma sociedade são repositórios de informação formados ao longo de gerações que guiam a acção dos seres humanos.
A informação relevante que permite aos agentes a tomada de decisões encontra-se disseminada. Muita deste conhecimento é inclusivamente tácito e não passível de ser formalizado.
Para além disso, como se pode inferir do texto citado, o comportamento humano é errático e logo as preferências não são contantes nem transitivas. O comportamento passado não pode servir
A modelização económica nunca poderá produzir, desta forma, resultários satisfatórios. As decisões tomadas por um organismo central nunca poderão (por regra) ser tão boas como as descisões tomadas localmente.
Daqui decorre a recusa o intervencionismo estatal. As distorções que este provoca no sistema de preços e as perturbação causada pelas instituições artificialmente criadas representam uma grave distorção na sociedade que têm produzido muita miséria.
posted by Miguel Noronha 10:25 da manhã
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