quinta-feira, outubro 07, 2004
A propósito de RIGOROSOS E ESPECIOSOS
Diz JPP:
Em qualquer democracia o que ele [presumo que se refira a Rui Gomes da Silva] fez são pressões. São pressões para Marcelo, são pressões para a Media Capital, são pressões para a AACS, são pressões para toda a gente, menos para os especiosos. Ele não é um comentador, ele é o membro de um executivo. Executivo, reparem bem. Faz parte dos que mandam. Reparem bem. Não são só palavras, têm por trás a possibilidade de dar e de negar, de aprovar ou recusar, de fazer ou de desfazer, de empregar ou desempregar. É por isso que são pressões e não são inócuas.
Conforme referi no post anterior não contesto que o Governo tenha poder (em excesso) nos media. Nem sequer contesto o carácter das palavras do Ministro. O que pretendia, e penso que seria fulcral, saber era se a pressão se ficou pelos discursos públicos ou se assumiu qualquer outra forma. Isto sim, seria bem mais grave. Um Ministro não pode nem deve ficar indiferente ao que sobre o seu governo é dito. Convém é ter um grande dose de tacto - o que neste caso claramente lhe faltou. O que o Ministro não pode é utilizar o seu cargo para obter favores pessoais ou políticos.
Relembrando outros tempos, quando Cavaco Silva mandava recados à imprensa ou falava nas forças de bloqueio julgo que JPP não as tomava por pressões.
posted by Miguel Noronha 2:33 da tarde
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