quarta-feira, fevereiro 16, 2005
O Debate
Contrariando todas as previsões (incluindo as minhas...) declaro ter assistido ao debate de ontem. Não o fiz desde o início pelo que não assisti à prestação do Sr. Jerónimo de Sousa. Como o discurso deles é, há décadas, o mesmo não devo ter perdido muito. Ficou o Dr Louçã como único representante da ala não democrática na AR algo que se prevê que aconteça, a médio prazo, fora do ecráns.
Com grande pena minha (embora não alimentasse grande esperançasn num cenário diferente) todos os candidatos fizeram a sua declaração de amor ao estado social e ao nacionalismo económico. Uns mais que outros é certo. Paulo Portas chegou inclusivamente a gabar-se dos ter garantido cerca de 3000 empregos estatais (sem justificar a sua utilidade) e dos irresponsáveis aumentos de pensões durante os governos de Cavaco Silva (sem dizer que isso veio aumentar a insustentabilidade do sistema).
Tanto Santana como Portas mostram-se muito melhor preparados e que o candidato socialista. Compreende-se que o Engº Sócrates não esperava a "prenda" do Presidente Sampaio e não teve tempo para se preparar decentemente. É notório o nervosismo e a falta de domínio do temas - especialmente os económicos. Não sabe explicar como irá executar as propostas (nomeadamente as questões dos 150.000 empregos e do "choque tecnológico) e para que servem. Francisco Louçã esteve - ao contrário do que eu esperava - muito pouco interventivo e acusador. O seu único trunfo (a famosa insenção aos malfadados bancos) revelou-se um bluff inconsequente. A expressão que este fez quando (no início da segunda parte) Santana Lopes invovou o DL 404/90 diz tudo. Foi mais uma vez apanhado em falso.
Concluindo. Penso que a direita ganhou o debate. Não sei se pelas melhores razões e, penso, sem grandes consequências para o resultado final. A constatação maior é, como diz o JCD é a mediocridade de José Sócrates. Da efeito negativo de alguma das suas propostas eu já tinha falado.
posted by Miguel Noronha 11:38 da manhã
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