terça-feira, março 11, 2003
Aconselhável
Aconselho a leitura da coluna de Miguel Monjardino no DN.
O artigo é demasiado extenso para o transcrever na totalidade mas aproveito para destacar alguns trechos:
"Liderar uma potência hegemónica é uma tarefa árdua e ingrata. Em Janeiro de 2001 temíamos o abandono e o desinteresse da recém-empossada Administração W. Bush. Nove meses depois, nas semanas que se seguiram aos ataques terroristas contra Washington e Nova Iorque, éramos todos americanos. Em Janeiro de 2003 temíamos seriamente o resultado do intenso interesse de George W. Bush e da sua equipa por questões de segurança internacional."
A Europa tem a pretensão de querer impor a política externa dos EUA. No estado mais grave esta doença leva a que pretendemos que ela seja sempre o inverso da actual. Ainda que há alguns meses atrás tenhamos defendido exactamente o contrário. Como dizia um leitor da Coluna Infame ao mesmo tempo que se pretende que nada se faça quanto ao Iraque toda a gente pretende atirar para cima dos EUA a responsabilidade de "domesticar" a Coreia do Norte e do Irão. Quem sabe daqui a uns meses mudem de opinião...
"2003 começa com alguns dos nossos influentes comentadores mais preocupados com George W. Bush do que com Saddam Hussein. Para estes comentadores, a «nação indispensável» transformou-se numa espécie de «hiperpotência pária» agressiva e errática, governada por políticos extremistas com credenciais democratas duvidosas."
Preocupamo-nos mais um governo democráticamente eleito do que com um ditador. Na sua crónica de ontem, finalmente, Eduardo Prado Coelho, admitiu que entre o Iraque e os EUA lá preferia os amercanos. Deve ter-lhe custado um pouco...
"O actual belicismo verbal de Freitas do Amaral torna penosamente claro que o ano que viveu em Nova Iorque como presidente da Assembleia Geral da ONU não lhe deixou muito tempo para conhecer as qualidades e os defeitos da democracia americana. Tocqueville esteve menos tempo nos EUA com muitos melhores resultados. Esperemos que o semestre que Freitas do Amaral vai passar em Yale, a universidade de George W. Bush, em 2004, como professor visitante produza melhores resultados que a sua primeira experiência na ONU. Até lá convém esclarecer que a extrema-direita americana é um pouco como o monstro de Loch Ness. De quando em quando alguém se lembra de falar nela mas é difícil avistá-la nas redondezas da Casa Branca."
Juntos os meus votos aos dele...
posted by Miguel Noronha 11:12 da manhã
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