O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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quarta-feira, março 26, 2003

Mais do mesmo

Da crónica de António José Teixeira (AJT) no DN:

Há quem ainda acredite que a única entidade capaz de ombrear com os EUA num futuro próximo é a União Europeia. É o caso de Joseph Nye, que foi subsecretário da Defesa de Bill Clinton. Falta capacidade política e militar. Kagan diz o mesmo, mas é menos optimista: «Os europeus vivem na ilusão de que se pode fazer política internacional sem militares nem poder.» Traduzindo, os EUA sabem o que querem, a Europa nem sequer se interroga sobre as suas pretensões. Pior. Alguns dirigentes perderam a convicção europeia, enchem a boca de atlantismo, e só por vergonha não se dizem americanos. Esquecem que a globalização é incompatível com o proteccionismo dos impérios. O equilíbrio mundial precisa de uma concorrência leal Europa-América, de ousadia política e investimento na Defesa. Uma impossibilidade enquanto a Europa se dividir por (in)fidelidades americanas.

Como um dos convidados (não me recordo qual) do ultimos Prós & Contras afirmou, a construção europeia não se pode fazer ignorando os EUA, ou pior contra os EUA. Partilhamos os mesmos valores politicos e económicos (embora às vezes não pareça). O anti-americanismo primário da Europa só terá como consequência o regresso (do criticado) isolacionismo dos EUA.

Quando AJT refere a falta de convicção europeia por certo estar-se-à a referir à inexistência de uma politica externa comum. Não foram os ditos "americanos" que alteraram as suas posições. Foram os "europeistas" que tomaram esta oportunidade para tentarem afirmar a sua liderança. Não a da Europa mas a dos seus países.
Se a Europa não fala "a uma só voz" é porque existem opiniões divergentes. A União politica não existe e também não pode ser imposta.

Não comento a questão da globalização vs "proteccionismo dos impérios". Esta afirmação só pode ter sido originada por falta de informação. Ou má fé...

Para terminar queria dizer que sou "americano". Sou "americano" como os verdadeiros americanos foram "europeus" quando se empenharam sem reservas na libertação da Europa.
posted by Miguel Noronha 9:40 da manhã

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F.A.Hayek

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