quinta-feira, março 13, 2003
O Barril
Num artigo publicado no Blog de Esquerda fala-se da consequênicas negativas da intervenção no Iraque. Dizem que pode levar à radicalização dos regimes saudita e iraniano (causada pela constestação popular). Defende-se desta forma a continuidade de um ditador.
Em primeiro lugar não os imaginava defensores da realpolitik.
Em segundo, queria fazer notar que no Irão a contestação popular é essencialmente anti-radical e pró-Khatami e que as consultas populares têm mostrado um crescente apoio aos orgãos eleitos (não-radicais). Penso realmete que existe a hipótese de ocorrer um golpe de estado dos radicais do regime. Porém este poderá ocorrer independentemente de eventuais acontecimentos no Iraque. Imagino que a percepção que já não têm a maioria da população do seu lado e os riscos de uma eventual guerra civil que os têm demovido.
Quanto à Arábia Saudita, é minha convição (e a Administração Bush já também já o deixou subenteder) que os radicais já estão no poder. Talvez um Iraque democrático (comprimisso já por diversas vezes assumido por Geoge W Bush) tenha efeitos benéficos na região...
Em ultimo lugar penso que a questão palestiniana poderá ser beneficada com a queda do regime iraquiano (e não só). Fala-se do extremismo israelita (nomeadamente da pressão exercida pelos colonos) mas não se refere que outro grande entrave são os extremistas palestinianos. Para estes a única solução é a "destruição de Israel". Os dois extremismos condicionam grandemente a margem negocial de ambas as partes.
Cortar as fontes de financiamento dos extremistas palestinianos (como o Iraque) poderá aumentar as possibilidades da paz. Penso que a "destruição" de Saddam será mais benéfica que prejudicial para a criação do Estado Palestiniano.
posted by Miguel Noronha 10:05 da manhã
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