O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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sábado, agosto 23, 2003

HELENA MATOS NO PÚBLICO: DAR ARGUMENTOS AO TERRORISMO...

"Quantas vezes, nos últimos tempos, temos ouvido esta expressão: "Isso é dar argumentos ao terrorismo"? Mas, afinal, o que é "isso"? ... "Isso" pode ser tudo o que signifique expressar aos grupos terroristas que há quem não esteja disposto a viver sob a sua tutela de terror."
Este tipo de argumento baseia-se na total inversão da responsabilidade moral pelas acções de cada um - as vítimas transformam-se em carrascos de si mesmas. No fundo, quem utiliza este tipo de argumentação, recusa o livre-arbítrio e a Liberdade individual e transforma cada indíviduo num fantoche nas mãos de quaisquer forças "sociais", "económicas", "políticas", "históricas".

Na opinião destes senhores, qualquer esforço de defesa contra os efeitos destas "forças", não só é contraproducente como se transforma na causa do ataque. Existe apenas uma solução: as ovelhas devem deixar conduzir-se ao matadouro, porque senão os carniceiros podem matá-las...
"...Esta expressão - "dar argumentos aos terroristas" - não só é um profundo embuste, como não faz qualquer sentido. As ideologias ou as religiões que sustentam espiritualmente os grupos terroristas dão-lhes inúmeros argumentos para actuar. Se alguma coisa não falta aos grupos terroristas, são argumentos. Os terroristas não são criminosos de delito comum. Não precisam dum móbil para o crime."
Este argumento é tão cristalino que aos olhos dos idiotas úteis se torna translúcido...quem tenha olhos que veja; quem tenha ouvidos que ouça; quem tenha cérebro que o deixe funcionar.

Basta ler e ouvir as declarações dos próprios terroristas ou contabilizar as vítimas dos seus ataques...
"... O móbil está nesta sociedade para cujo bem-estar contribuíram mais homens como Henry Ford do que Karl Marx. E para cuja liberdade é mais importante a palavra dos homens do que a palavra que alguns homens dizem ser de Deus, tenha esse Deus o nome que tiver. "
Estamos, de facto, no meio de uma guerra de civilizações: De um lado, encontram-se as sociedades abertas; do outro lado, encontram-se os seus inimigos...no meio encontram-se os idiotas úteis..."
"...À luz desta lógica institui-se o pressuposto que não há que combater os terroristas, mas sim evitar ofendê-los. Porque, caso não os ofendamos, eles não nos fazem mal. Aos escolhidos, claro."
Por muitas teorias e justificações que os advogados desta causa possam apresentar, o principal fundamento desta atitude é um sentimento: o medo; e por muitos adjectivos que estes senhores possam utilizar para se auto-descreverem, só um os descreve com justiça: cobardes.
"...igualmente à luz desta teoria há grupos ou povos que só por existirem irritam os grupos terroristas. É este o caso dos israelitas e dos norte-americanos para os fundamentalistas islâmicos. Sendo que nessa sua convicção acerca de Israel e dos EUA são os terroristas claramente corroborados por certos sectores da esquerda e da extrema-direita europeias. "
A aliança entre o terrorismo e a coligação vermelho-castanha explica-se de forma muito simples: um inimigo comum - as sociedades abertas.
"Os americanos estavam a pedi-las! - diziam a seguir ao 11 de Setembro. Dizem-no agora de novo, quando ouvem que mais um soldado norte-americano morreu no Iraque. Dizem-se solidários com índios, berberes, aborígenes. Flores e baleias em vias de extinção. Sofrem com os cães abandonados e as batatas trangénicas... mas, quando um autocarro cheio de israelitas explode, não se impressionam com o sangue - antes lhes parece que o suicida agiu daquela forma para protestar contra a existência de postos de controlo nas estradas."


posted by Joao 1:19 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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