O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Em Meu Nome

No Causa Nossa, Vital Moreira louva o mea culpa de Pedro Mexia e refere:

É uma declaração digna de registo, tanto mais que idêntica declaração está por fazer por quase todos os outros que apoiaram a guerra no Iraque por causa das tais armas (e só elas a poderiam legitimar, se existissem) mas que agora "assobiam para o ar" com inexcedível cinismo. Por isso só pode ser louvada a atitude de PM.


Confesso não saber quem são os "quase todos" de que VM fala nem, pela minha parte, posso ser acusado de "assobiar para o ar". Continuo a afirmar (como já o fiz no post imediatamente anterior) que a remoção de Saddam era per se um facto positivo.

Os que agora defendem que a melhor política seria a continuação das inspecções parecem estar olvidados dos entraves que eram sistemáticamente levantados pelo regime iraquiano.

Quando VM afirma que "a posição justa foi a dos demais membros do Conselho de Segurança, liderados pela França e pela Alemanha, que reclamaram que, antes de se ir precipitadamente para a guerra, se desse mais tempo à missão de inspecção no Iraque para descobrir a verdade." parece estar a esquecer-se do facto anterior.

Para além do mais a sua posição também se torna mais clara quando olhamos que detinha contratos de exploração petrolifera no Iraque e que recebeu "gratificações" do regime de Saddam. Parece-me que a "posição justa" era tudo menos desinteressada.

Pare terminar refere ainda VM:

A verdade dos factos deu razão aos segundos, que foram miseravelmente vilipendiados pela maior parte dos partidários da guerra. O mínimo que podemos fazer agora é vindicá-los. O que deve ficar para a história deve ser a verdade dos factos e não a mistificação do partido da guerra.


A verdade dos factos é que Saddam era um ditador sanguinário. Se provas faltassem as extensas valas comuns descobertas pelas forças aliadas permitem tirar todas as dúvidas.

Quando se reclama que o direito internacional era favorável à manutenção do anterior regime iraquiano pergunto-me qual será a validade moral do mesmo.
posted by Miguel Noronha 10:07 da manhã

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F.A.Hayek

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