O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

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sexta-feira, fevereiro 20, 2004

A Fome e o Totta

Depois de uma, mal sucedida, tentativa de "tomar as dores da esquerda", o Luís Rainha, vira a sua atenção para uma campanha publicitária do Totta.

Já sabemos, de antemão, que a esquerda embirra com as campanhas publicitárias (serão os publictários todos de direita?). Para o LR o cumulo é atingido quando se procura associar uma causa huminitária a um produto financeiro.

Não consegui saber grande pormenores sobre esta campanha (a página do banco não estava disponível) mas suponho que pela utilização do cartão de crédito seja doada uma dada quantia a uma ONG. Nada de escandaloso (como pretende o LR).

Argumento o LR:

Claro que dá muito menos trabalho apelar ao sentimento do que criar produtos que ofereçam vantagens bastantes, por si mesmos, para atrair novos consumidores


Saberá, por acaso, o LR quais as "vantagens" que os consumidores procuram num dado produto? Eu não. Mas presumo que, para alguns, a associação a uma causa humanitária (ainda que indirecta) seja um factor a ter em conta. Esse pode ser um factor de diferenciação com a concorrência. Se o produto tiver sucesso ganha o Totta (ao angariar clientes), ganham os clientes do Totta (dado que obtêm uma satisfação acrescida pela participação numa causa humanitária) e ganham os destinatários da ajuda (como é óbvio).

Caso, como pretende LR, existisse uma proibição deste tipo de campanhas o Totta continuaria a comercializar o mesmo tipo de produtos, Certamente com outras vantagens, menos "nobres" associadas.

Os clientes continuariam a utilizar o mesmo tipo de serviços.

Os destinatários da ajuda ficariam pior dado o desaparecimento de uma fonte de financiamento que, ainda por cima, não concorre com as outras.
posted by Miguel Noronha 12:29 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
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