O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

domingo, fevereiro 08, 2004

Ultraje!

O neoconservador José Manuel Fernandes desferiu um ultrajante ataque ao ex-Ministro (e pelos vistos candidato ao PE) Sousa Franco.

O homem que presidiu a um dos períodos em que os gastos do Estado cresceram de forma mais descontrolada, em que o ritmo de contratação de funcionários públicos disparou sem correspondência com a qualidade dos serviços prestados, o homem que desperdiçou a oportunidade de ouro da coincidência temporal de uma fase de forte crescimento económico, com o correspondente crescimento das receitas fiscais, e de descida das taxas de juro para fazer as reformas que os nossos vizinhos espanhóis fizeram, esse mesmo homem tem ainda a desfaçatez de se indignar contra medidas impopulares como a contenção salarial na função pública, sugerindo que talvez fosse possível continuar o "fartar vilanagem".

A verdade é que conforme o tempo vai passando e a poeira assentando, vai-se tornando mais claro que o desgoverno final da gestão socialista com Pina Moura e Guilherme Oliveira Martins era, antes do mais, o corolário dos erros do consulado farto de Sousa Franco. Pior: os que lhe sucederam pagaram um preço político pesado sem que o responsável lhes manifestasse, em especial a Pina Moura, qualquer solidariedade. Pelo contrário.


Relembro que Sousa Franco é o ideologo da doutrina económica oficial dos socialistas conhecida por "As leis económicas são o que o Homem quiser" ou "Gaste agora que alguém pagará depois".

Espera-se, a qualquer instante, uma reacção do Largo do Rato. Fontes próximas do líder socialista revelaram que, à altura da sua saída do Governo, Sousa Franco tinha pronta legislação que permitia o combate ao défice através da venda de rifas em feiras. Consta que, por pura inveja, Pina Moura nunca tirou partido desta medida.
posted by Miguel Noronha 12:34 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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