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quarta-feira, maio 26, 2004

A Bombardier e a EMEF

Excerto da notícia do Público.

A proposta do Governo em utilizar a EMEF para, em conjunto com a Agência Portuguesa de Investimento (API), resolver o problema do fecho da Bombardier, é comentada em tom jocoso pelo pessoal e até pelos quadros superiores da empresa afiliada da CP. É que a EMEF está ela própria na iminência de despedir pessoal, porque lhe escasseiam as encomendas. A evolução tecnológica da CP (seu principal cliente e seu único accionista), que cada vez mais utiliza modernos comboios eléctricos, não se coaduna com a pesada estrutura da sua empresa de manutenção, que tem mais de uma centena de trabalhadores excedentários - que não foram despedidos como os da Bombardier apenas porque trabalham no sector empresarial do Estado. Só no Barreiro, até há pouco um dos maiores centros oficinais da EMEF, estima-se que 80 operários deixarão de fazer falta quando, dentro de semanas, começarem a operar comboios eléctricos para o Algarve e as oficinas ficarem sem locomotivas a diesel para reparar.

Com 1600 trabalhadores e prejuízos de nove milhões de euros em 2003 (e de 9,8 milhões no ano anterior), a EMEF sofre ainda com o facto do seu accionista estar em falência técnica há vários anos, o que tem levado a CP a usá-la como empresa instrumental, até para esconder alguns dos seus prejuízos, pagando-lhe a manutenção dos comboios a preços abaixo dos de mercado.


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posted by Miguel Noronha 3:21 da tarde

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