O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

segunda-feira, maio 31, 2004

Descubra as Diferenças (Se Conseguir...)



(fonte: página oficial do PNR)

"Reiteramos a nossa determinação em recusar as forças dos cruzados e da arrogância, de libertar a terra dos muçulmanos e aplicar a sharia para limpar a Península Arábica dos infiéis"

Mensagem publicada num site dedicado ao ataque terrorista perpetrado na Arábia Saudita.
(fonte Diário Digital)

posted by Miguel Noronha 8:03 da tarde

The Road Away From Serfdom

Este é mais um artigo comemorativo do 60º aniversário da primeira edição de "The Road To Serfdom" de F.A. Hayek.

The Austrian-born Hayek (...) explained what he called "the extended order of human cooperation, an order more commonly, if somewhat misleadingly, known as capitalism." In his later book, "The Fatal Conceit: The Errors of Socialism," he elaborated on his thesis, namely socialism could never work, no matter how it came to pass, whether by revolution and dictatorship, as in the onetime Soviet Union, or by the ballot box, as in postwar Great Britain. Socialism to Hayek, a Nobel Laureate, had become a code word for the "economics of scarcity."

For Hayek, the fatal conceit was to think a bunch of ideologized bureaucrats could through the machinery of what was called "central authority" ? in other words, socialism ? uncover the information needed to make the socialist system work. As the Economist summarized Hayekism:

"Socialism is factually flawed (because it is wrong in its description of why capitalism flourished) and logically flawed as well (because it must deny itself the information-gathering apparatus that it would need if it were ever to work)."

For Hayek, competition was the surest way for an economic system to work and competition could exist only under a free market system. In other words, as economist John Cassidy put it, "By allowing millions of decision-makers to respond individually to freely determined prices, it allocated resources, labor, capital, and human ingenuity ? in a manner that can't be mimicked by a central plan, however brilliant the central planner.... The view of capitalism as a spontaneous processing machine ? 'telecommunications system' was how Hayek referred to it ? was one of the real insights of the century." Mr. Cassidy suggested, "It is hardly an exaggeration to refer to the 20th century as the Hayek century."

Yet "socialism" is still the reigning dogma in the vast majority of social science departments of American universities. As Hayek once put it: "The higher we climb up the ladder of intelligence, the more we talk with intellectuals, the more likely we are to encounter socialist convictions."

To remain a Marxist today or a Marxist fellow-traveler when the whole world has voted against the malice of Marxism raises the most profound questions as to the rationality of the true believer. Especially as we celebrate publication of Hayek's irrefutable "Road to Serfdom."


posted by Miguel Noronha 5:51 da tarde

Hayek Links

Actualização do Hayek links.

posted by Miguel Noronha 5:17 da tarde

Crédito à Habitação: A Resposta do Mercado

No Diario de Notícias:

O crédito à habitação destinado aos jovens não acabou com o fim do bonificado. Pelo contrário. Desde que o Governo decretou a suspensão e posteriormente a extinção daquele regime, os bancos lançaram uma série de produtos destinados àquele segmento, apresentando condições mais vantajosas que a atribuição de uma bonificação sobre a taxa de juro.

O resultado principal de todas as vantagens é a redução das prestações pagas pelos jovens, quando comparado com as do crédito bonificado. Até porque as bonificações concedidas pelo Estado aos mais jovens «desapareciam» ao fim de dois ou três anos, à medida que se registavam alterações nos rendimentos.

Para as actuais prestações mais baixas contribuiu, essencialmente, a descida das taxas de juro nestes últimos dois anos e o fim do prazo para a contratação de um crédito à habitação. Mas os bancos acrescentaram uma série de outros benefícios, para não perder um dos mais apetecíveis segmento de clientes no crédito hipotecário.

posted by Miguel Noronha 3:23 da tarde

Richard Pipes

A crítica ao livro Vixi: Memoirs of a Non-belonger de Richard Pipes no Times Literary Supplement.

posted by Miguel Noronha 11:33 da manhã

domingo, maio 30, 2004

A Feira do Livro - pt V

O ponto alto da feira foi o lançamento do livro do Pedro Mexia. A UBL enviou uma representação de peso. Na sala, que estava apinhada, encontravam-se outros bloggers de nomeada. Abel Barros Baptista e Pedro Lomba fizeram a apresentação da obra e do autor. Pedro Mexia encerrou a sessão com a leitura de alguns trechos. Os presentes retribuiram-lhe com uma merecida ovação.
posted by Miguel Noronha 6:54 da tarde

A Feira do Livro - pt IV

Entre os livros comprados destacam-se dois que há muito havia perdido a esperança em encontrar: "A Apoteose da Vontade Romântica" de Isaiah Berlin e "Ensaios Sobre o Liberalismo" de Ralf Dahrendorf. Ainda por cima a preços de saldo!
posted by Miguel Noronha 4:05 da tarde

A Feira do Livro - pt III

Não parece ser fácil a tarefa dos escritores que se dispõem a comparecer na feira do livro. Que o digam José Rodrigues dos Santes ou o chefe Silva (fardado a rigor) que estoicamente enfrentavam a indiferença dos transeuntes. Por seu turno José Saramago não escondia o enfado perante uma interminável fila de leitores.
posted by Miguel Noronha 1:46 da tarde

A Feira do Livro - pt II

Outro tema bastante popular em qualquer feira do livro, livraria ou hipermercado são os livros sobre esoterismo. Não sei se a culpa é do vazio espiritual do Ocidente ou das horas impróprias a que a TVI transmitia os Ficheiros Secretos. Há sempre quem prefira acreditar nas forças ocultas e os patranhas sempre venderam bem.
posted by Miguel Noronha 1:56 da manhã

A Feira do Livro

É notória a enorme de profusão de livros que, nos ultimos anos, nos pretende alertar para os malefícios da Globalização. O alarmismo infundado e as meias-verdades (ou as mentiras) que os autores nos pretendem impigir permitem-me afiançar que desta os autores pouco entendem. Excepto que lhes permite engordar a sua conta bancária.

posted by Miguel Noronha 1:36 da manhã

sábado, maio 29, 2004

O Fim

Acabou o Dicionário do Diabo.
posted by Miguel Noronha 9:15 da manhã

sexta-feira, maio 28, 2004

Super Flumina

Já há muito que não fazia referência a este blogue que tem a peculariedade de ser francófono mas não francofílo. Agora parece-me uma boa ocasião.

posted by Miguel Noronha 10:06 da tarde

Re: Conservador e de Direita

Já é conhecido a "afeição" que o Paulo Gorjão nutre pelo Ministro de Estado e da Defesa Paulo Portas. Acusa-o, entre outras coisas de ser populista e conservador e de ser a eminência parda do actual governo. Estranho assim que, desta vez, acuse o Governo de impor medidas anti-populistas e liberais (ou neo-liberais na terminologia corrente).

Longe de mim pretender caucionar todas as políticas deste Governo. Ainda recentemente teci críticas à intenção revelada de "salvar" a Bombardier através da sua aquisição pela EMEF. Esta sim é uma medida populista, anti-correncial e exigida pela esquerda em unissono.

Prentende o PG exemplos uma medida que tenha "introduzi[do] maior justiça na máquina fiscal" e outra que "Governo [tenha] adopt[ado] para combater a evasão fiscal". Não tendo presente todas as medidas do Governo lembro-me a reforma da Contribuição Predial para o primeiro caso e o Pagamento Especial por Conta (o infáme PEC) para a segunda.

Posso referir que concordo com a primeira, que introduziu realmente maior equidade, e discordo da segunda que, embora combatendo a evasão fiscal entendo ser um imposto cego (no mau sentido).

Quanto às "medidas que afectaram os direitos de quem trabalha por conta de outrem" e PG que entendem serem a prova definitiva da influência do PP no Governo. Aproveito para referir que essa imensa panóplia de "direitos" são umas das maiores causas do chamado desemprego estrutural - essecialmente do emprego entre os jovens - e que constituem uma das principais razões que levam a que a recuperação das empresas - e logo da Economia como um todo - em periodo de recessão seja mais lento.

Se estas reformas, introduzidas pelo Ministro Bagão Félix, foram realmente impostas pelo PP julgo poder dizer, então, que foi em boa hora que o Dr. Durão Barroso os convidou a formarem esta coligação. Dúvido, no entanto, que um Governo apenas do PSD tivesse feito as coisas de forma diferente.
posted by Miguel Noronha 7:16 da tarde

Hayek Links

O Hayek Links foi actualizado.

posted by Miguel Noronha 5:05 da tarde

On Keynes as a Practical Economist

Artigo de Julian Simon (autor do célebre The Ultimate Resource)

John Maynard Keynes's contemporaries thought that he was the cleverest mortal of the century (putting aside such immortals of physical science as Einstein). Bertrand Russell said of Keynes's intellect that it was "the sharpest and clearest that I have ever known. When I argued with him, I felt that I took my life in my hands, and I seldom emerged without feeling something of a fool". Keynes was impressed by his own cleverness, too. In a letter to a friend who named his son "Keynes Don von Eisner", Keynes wrote:

He must undertake that he will not only always pronounce the name rightly himself, but will never allow the slightest mispronunciation on the part of others. Tell him firmly that it rhymes with ?brains? and that there is no harm in that.


Friedrich Hayek, a Nobel-prize winner and Keynes's greatest opponent of the 1930s?but also a personal friend?said of Keynes much later, however, that "He was so convinced that he was cleverer than all the other people that he thought his instinct told him what ought to be done, and he would invent a theory to convince people to do it".

Let us test Keynes as an economist on the subject of natural resources. In his world-renowned The Economic Consequences of the Peace, published just after World War I, Keynes wrote that Europe could not supply itself with food and soon would have nowhere to turn:

[B]y 1914 the domestic requirements of the United States for wheat were approaching their production, and the date was evidently near when there would be an exportable surplus only in years of exceptionally favorable harvest...

Europe's claim on the resources of the New World was becoming precarious; the law of diminishing returns was at last reasserting itself, and was making it necessary year by year for Europe to offer a greater quantity of other commodities to obtain the same amount of bread...


If France and Italy are to make good their own deficiencies in coal from the output of Germany, then Northern Europe, Switzerland, and Austria... must be starved of their supplies.


Could these assertions of impending scarcity have been more wildly in error? Not likely. Keynes was entirely ignorant of the facts and plain wrong in his dogmatic logic. Millions of plain American farmers had a far better grasp of the agricultural reality in the 1920s than did Keynes. So much for Keynes's wisdom as an economist and a seer into the future.

Obviously one can be both "clever" and destructively wrongheaded.

posted by Miguel Noronha 3:26 da tarde

Subida do Petróleo Não Ameaça Retoma da Economia

O aumento dos preços do petróleo não representa ameaça suficiente forte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reveja em baixa as previsões de crescimento da economia mundial. «Na conjuntura actual, os riscos de subida e de descida dos preços estão equilibrados, é por isso que mantemos as nossas previsões», explica Raghuram Rajan, conselheiro económico do Fundo. As últimas previsões do FMI, divulgadas o mês passado, apontavam para um crescimento de 4,6% da economia mundial este ano, contra 4,1% previstos em Setembro de 2003. Mas as projecções foram feitas com base num preço do petróleo de 30 dólares o barril, quando actualmente o preço de referência já subiu para 36 dólares. Mesmo assim o FMI não vai rever as estimativas. A subida do petróleo, de acordo com alguns analistas, pode reduzir em 0,4% o crescimento do PIB mundial, em 0,5% o crescimento dos Estados Unidos e em 0,2% o produto do Japão, mas o impacto nas economias da China e outros países asiáticos pode ser superior.

Por seu lado, Nout Wellink, governador do Banco da Holanda e membro do Conselho de Governadores do BCE, considera que a escalada do preço do petróleo nos mercados internacionais está a ter um efeito muito limitado no crescimento da economia mundial, porque a procura e os preços reais não estão tão elevados como na crise de 1973.

"Depende do espaço temporal com que formos confrontados com estes preços», disse Wellink, explicando que, «de acordo com os nosso modelos, o efeito será pouco mais que limitado. Se compararmos os preços de hoje com os mais elevados dos anos 70, o valor a que chegamos nessa altura pode ser convertido para cerca de 80 dólares o barril hoje".


posted by Miguel Noronha 10:29 da manhã

Recrutamento - pt II

O Joe Katzman (do Winds of Change) deixou a seguinte mensagem, a propósito do post anterior.

I should also note that we are looking for someone who would be interested in covering European developments in a Regional Briefing. If anyone is interested, follow the "Recrutamento" link and send email to the addresses in our post, or leave a comment. Gracias!


posted by Miguel Noronha 8:42 da manhã

quinta-feira, maio 27, 2004

EU commissioner implicitly criticizes French rescue of Alstom

European Union Health Commissioner David Byrne implicitly criticized a French government rescue plan for engineering group Alstom Thursday, insisting that state aid to prop up big private companies was "completely wrong."

"We believe in free competition and I hope the next president of the (European) commission will help with this principle at a moment when some of our most important member states still see some national champions deserving state aid," Byrne told a meeting here of European pharmaceutical industries.

France on Wednesday won preliminary backing from Byrne's colleague, European Competition Commissioner Mario Monti, for a plan that would allow the French government to provide 2.285 billion euros (2.8 billion dollars) in various forms of aid to keep Alstom afloat.

The French state would in addition be authorized to acquire a temporary stake in Alstom, which builds ships, high-speed trains and power stations, of up to 31.5 percent.

But the EU commission for its part imposed several conditions on the deal, notably requiring Alstom to take on one or more industrial partners between now and 2008, sell off about 10 percent of its business and to refrain from any significant acquisitions in the European transport sector for the next four years.

French officials have lately been speaking of the need to create "national (industrial) champions" in Europe to confront competition from big US companies.

But Byrne on Thursday voiced reservations about such an initiative if it requires state assistance.

"Ideas promoted by some member states that still see national champions supported with state aid is a completely wrong point of view," he said.


posted by Miguel Noronha 5:09 da tarde

Recrutamento

O Winds of Change está à procura de um colaborador.

posted by Miguel Noronha 3:54 da tarde

Procura global impulsionará zona euro, diz economista-chefe do BCE

A forte procura global vai, «claramente, impulsionar a zona euro» disse esta quinta-feira Otmar Issing, economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), num discurso proferido em Passau, Alemanha.

Apesar de indicadores que apontam para uma procura doméstica ainda «estagnada», e os consumidores evidenciando sinais de incerteza nos gastos, a zona euro beneficiará, ao longo de 2004, do desenvolvimento positivo da economia mundial, cujo crescimento é «forte e vigoroso», atestou Issing.
O responsável do BCE sublinhou ainda, a existência de factores favoráveis à aceleração do crescimento económico na zona, tendo em conta as condições vantajosas no mercado financeiro (baixas taxas de juro), bons sinais de restruturação nas empresas, e melhoria do clima económico.

Reconhecendo a existência de alguns riscos resultantes de desequilíbrios regionais que não poderão ser sustentados no longo prazo, Issing disse esperar que a recuperação «gradual» da economia europeia ganhe maior impulso ao longo do ano em curso.


Entretanto, e para refrear os ânimos, Frank Shostak alerta para o risco de uma recessão na China que podem afectar negativamente toda a Economia mundial.

posted by Miguel Noronha 2:48 da tarde

É Preciso Saber Ler Os Sinais

No Diário Digital:

O presidente da República, Jorge Sampaio, afirmou na quarta-feira à noite que a vitória do FC Porto na Liga dos Campeões é um (...) bom sinal para a retoma


Mais uma demonstração da sapiência económica do nosso PR. Pelo menos não usou a palavra "solidariedade"...

posted by Miguel Noronha 12:12 da tarde

O Relatório da AI

No Público, José Manuel Fernandes crítica o relativismo e a politização do último relatório da Amnistia Internacional.

O que faz a credibilidade de organizações como a Amnistia Internacional é a sua independência e a sua capacidade de julgamento sem pressupostos políticos. O que faz ou o que fazia. De facto, o que se pode dizer de uma organização que ontem declarou que a situação de direitos humanos no mundo em 2003 foi a pior dos últimos 50 anos? Ou que perdeu a memória ou que está obcecada com uma pequeníssima parte da realidade.

Nos últimos 50 anos, ocorreram genocídios como o do Ruanda; durante décadas, houve União Soviética e o "goulag"; na China, dezenas de milhões de pessoas morreram em operações como as do "Grande Salto em Frente" ou na "Revolução Cultural"; na América Latina, houve períodos onde as democracias se contavam pela palma de uma mão e as ditaduras dominavam, da Argentina a Cuba, do Chile ao Brasil; a Indonésia de Suharto praticou crimes sem nome; no Camboja, reinou um senhor chamado Pol Pot; e tudo isto, ou boa parte disto e muito, muito mais, ao mesmo tempo.

Face a este breve recordatório, como pode a Amnistia considerar que em 2003 "governos e grupos armados colocaram os direitos humanos e a lei humanitária internacional sob a maior pressão dos últimos 50 anos"? Há apenas uma explicação: aquela organização - que durante a guerra fria era das poucas que mantinha independência em relação aos dois blocos - passou a preocupar-se demasiado com fazer política. Ou, pelo menos, com dar opiniões sobre política.

Por isso, num mundo em que 22 milhões de pessoas vivem num imenso campo de prisioneiros onde morrem à fome, como a Coreia do Norte, num planeta não existe uma só democracia no mundo árabe, numa época onde na China qualquer direito humano não é mais do que uma palavra vã, toda a ênfase vai para as acções dos Estados Unidos, que são avaliadas com base na visão política própria da actual direcção da organização.

É assim que, num relatório onde nos acostumámos a encontrar sobretudo factos, lemos logo na introdução uma opinião: "A agenda de segurança global promovida pela Administração dos EUA está desprovida de visão e de princípios. Ao violar direitos a nível nacional, ignorando os abusos a nível internacional e recorrendo à força militar em ataques preventivos quando e onde lhe apraz, a Administração dos EUA tem vindo a lesar a justiça e a liberdade e tornou o mundo um local mais perigoso." Pode concordar ou discordar - mas precisamente porque é uma opinião não tem o valor dos factos objectivos.

É natural, saudável e desejável que se exija de uma democracia mais respeito para com os direitos humanos e se seja mais vigilante em relação ao abusos cometidos pelos seus agentes, isoladamente ou em grupo. Mas é bom ter noção das proporções - e quem olhar para este relatório da Amnistia pensará que os abusos cometidos por soldados americanos, abjectos e gravíssimos, na prisão de Abu Ghraib, foram piores que os assassínios em massa que aí praticava o regime de Saddam. Ou seja, deixa de haver noção das proporções.

Um relatório da Amnistia que denunciasse os mesmos factos que este denuncia - e bem -, mas que se abstivesse das sentenças políticas e tivesse a noção das proporções seria da maior utilidade. Assim, será desvalorizado por todos os que suspeitem que o relato dos factos foi influenciado pelas opiniões da introdução.


posted by Miguel Noronha 11:15 da manhã

Face It: It's All Your Own Fat Fault

No Daily Telegraph Boris Johnson tece comentário acerca da última paranoia europeia: a luta contra a obesidade.


There used to be a saying that no politician ever attacked motherhood and apple pie. All that is over, my friends. There is a new threat to our little ones. Its name is apple pie, and it is making them less little all the time. With every groaning axle on our blimp-like people carriers, with every squeak of the midnight fridge, with every pop of our collar buttons, the nation is getting fatter and fatter, says the health select committee - and the Government is doing nothing about it.

How long can this complacency continue? ask the MPs, and they set out a series of demands. Vending machines are being used by schools to boost their budgets by £10 million. They must be scrapped, say the vigilant MPs. Planning policies must be changed so that people can get to shops on foot or by bike, say the MPs - so presumably we must stand by for more government-inspired attacks on the car. Women are doing only 25 per cent of the recommended weekly quota of exercise, complain the MPs; so with any luck we can expect John Prescott, or some other lean and limber Labour minister, to lead the women of Britain in physical jerks.

Most shocking of all, ministers "have spent 10 years failing to achieve a walking strategy". That, say, the MPs, is "scandalous". Ten years! It's far longer than that! I would say that human civilization has been deprived of a walking strategy for 40,000 years. No, I would go further. As a species, we have been without a proper walking strategy ever since Australopithecus Africanus (or was it Homo Erectus?) first hauled himself upright.

I don't mean to be unkind to my fellow MPs, who have doubtless sat for ages devising this report - only breaking off for refreshment at the Commons heavily subsidised and choctastic canteen - but what in the name of all that's sacred are we supposed to achieve with a "national walking strategy"? Who is going to propound this miracle method of locomotion, called putting one foot in front of the other - and who is going to pay for him or her, not to mention his car, pension and NI contributions?

(...)

But we do not eat too much because the Government somehow encourages us to do so. We are not a nation of fatties (and we are, amazingly, even fatter than the Americans) because of some failure of public policy. People may eat too much when they are in some way unhappy, in an act that is partly consolatory and partly self-destructive. It may be that women are so bombarded with images of perfect womanhood that they get down in the dumps and binge in a kind of mutiny. Maybe we all eat too much because we are spiritually poor, and seek the easy gratification of food.

What do I know? Speaking for myself, I would say a lot of us also eat too much because we are perfectly happy, but also really rather greedy. So before we employ thousands of walking experts in the NHS, and before we roll out some vast new anti-obesity strategy, let us get some things straight. This is not a disease. Any talk of "pandemics" or "cures" is pure cant. This is a phenomenon entirely caused by personal volition.

The committee says: "Individuals cannot solve the problem as ministers seem to suppose." But if individuals cannot solve the problem, then no one can solve the problem; because there is absolutely no one, apart from yourself, who can prevent you, in the middle of the night, from sneaking down to tidy up the edges of that hunk of cheese at the back of the fridge.

The more the state tries to take responsibility for the problem, the less soluble the problem will become, and the more people will indeed feel that they are the "victims" of an affliction, when it is nothing but their own fat fault. The more the state prescribes the diet of children, the more it takes away responsibility from parents, and the less chance there is of genuinely persuading a child to cut down on Pringles or play more football.

posted by Miguel Noronha 9:56 da manhã

What Blogging Archetype Are You Most Like?


You are an Andrew Sullivan.

You are not afraid to share your political views with everyone in candid and clear ways.

You may also be making some money... one day.

Take the What Blogging Archetype Are You test at GAZM.org


(via Notas Varias)

posted by Miguel Noronha 8:30 da manhã

quarta-feira, maio 26, 2004

Porto

Parabéns ao João, ao Alberto e ao Francisco.

Adenda: Parabéns aos blasfemos.
posted by Miguel Noronha 11:13 da tarde

A Bombardier e a EMEF

Excerto da notícia do Público.

A proposta do Governo em utilizar a EMEF para, em conjunto com a Agência Portuguesa de Investimento (API), resolver o problema do fecho da Bombardier, é comentada em tom jocoso pelo pessoal e até pelos quadros superiores da empresa afiliada da CP. É que a EMEF está ela própria na iminência de despedir pessoal, porque lhe escasseiam as encomendas. A evolução tecnológica da CP (seu principal cliente e seu único accionista), que cada vez mais utiliza modernos comboios eléctricos, não se coaduna com a pesada estrutura da sua empresa de manutenção, que tem mais de uma centena de trabalhadores excedentários - que não foram despedidos como os da Bombardier apenas porque trabalham no sector empresarial do Estado. Só no Barreiro, até há pouco um dos maiores centros oficinais da EMEF, estima-se que 80 operários deixarão de fazer falta quando, dentro de semanas, começarem a operar comboios eléctricos para o Algarve e as oficinas ficarem sem locomotivas a diesel para reparar.

Com 1600 trabalhadores e prejuízos de nove milhões de euros em 2003 (e de 9,8 milhões no ano anterior), a EMEF sofre ainda com o facto do seu accionista estar em falência técnica há vários anos, o que tem levado a CP a usá-la como empresa instrumental, até para esconder alguns dos seus prejuízos, pagando-lhe a manutenção dos comboios a preços abaixo dos de mercado.


No comments...


posted by Miguel Noronha 3:21 da tarde

Cunhal

Lembranças de Maria João Avillez.

As pátrias comunistas - Cunhal dizia "socialistas" - eram sempre doiradas e azuis. Era lá que os trabalhadores tinham até "acesso a instalações de recreio que para os portugueses seriam um sonho" e, se havia filas para o talho e para o pão, isso devia-se "às retaliações políticas dos Estados Unidos, cortando a exportação dos cereais". E quando, numa ocasião, a conversa sobre este tema se tornou irrespirável, o Dr. Cunhal começou pura e simplesmente a discorrer sobre as aflições que lhe causavam certas avenidas de Lisboa - na zona do Técnico ou na do Restelo - pejadas, "à luz do dia", de "jovens prostitutas". Como tudo o resto, o muro de Berlim também tinha explicação racional. E nunca se comoveu, ou sequer se interessou, quando um dia lhe descrevi as minhas sombrias vicissitudes ocorridas na mesma Berlim, então ainda "de Leste". A União Soviética era o sal e o sol da terra, e Cuba, terra verdadeiramente "progressista", simbolizava a gloriosa vitória sobre os malefícios americanos, enquanto o pobre, decadente e corrupto Ocidente tinha os dias contados. Sim, assim mesmo, a preto e branco, só a preto e branco, num discurso quase primário, tal o sectarismo de que estava eivado.

posted by Miguel Noronha 2:24 da tarde

Subsídios Agrícolas (via Johan Norberg)

Os efeitos dos subsídios da no sector do leite em África:

The European dairy industry is swimming in a sea of subsidies. Each cow, be it Fresian or Jersey, receives $2 a day, just to chew grass.

But it doesn't stop there. Not only does the EU dairy industry get a subsidy for producing the milk, it also receives a subsidy for exporting it. Sacks of powdered milk from France, Northern Ireland and even Lithuania can be seen in small shops across West Africa.

Despite the French President, Jacques Chirac's call for a moratorium on agricultural export dumping, French farmers are the chief culprits in dumping milk into West Africa. For all Chirac's rhetoric, reforming Europe's dairy industry is itself a sacred cow. In 2001, 21,000 tonnes of powdered milk were packed on to cargo ships and imported into this corner of Africa. Much of this was from France.

The impact of milk dumping is devastating. With 6.5 million cattle, Mali has more livestock than any of its West African neighbours, yet 9,000 tonnes of powdered milk is being imported into the country every year.

So contentious is the milk issue that the EU is having to postpone any decision on curtailing milk subsidies until 2007. Sadly, by the time that they agree to turn off the EU milk taps, many of west Africa's dairy farmers will have sunk deeper into poverty, under a flood of European milk.


posted by Miguel Noronha 11:20 da manhã

Al-Qaeda

Um relatório do International Institute for Strategic Studies revela que "a (...) determinação [da Al-Qaeda] foi reforçada com a guerra no Iraque" e "que os ataques recentes em Espanha, Turquia e Arábia Saudita mostram que o grupo se reconstituiu totalmente depois de ter perdido a sua base no Afeganistão". O mesmo relatório "[estima] que a [Al-Qaeda] tenha células em mais de 60 países com 18 mil potenciais terroristas".

Parece-me, pelos resumos que apareceram nos media, que este relatório comete (pelo menos) dois erros. Primeiro atribui excessiva importância à guerra no Iraque enquanto motivador das actividades da Al-Qaeda e, em segundo lugar, parece subestimar a importância das células adormecidas (particularmente na Europa).

Uma organização que leva a cabo um atentado como o 11/09 não parece ter falta de motivação. Por outro lado não parece ter existido uma alteração dos seus objectivos finais. Acho desta forma estranho que se fale de um "acréscimo de motivação". Certamente que países que anteriormente preferiam ignorar a ameaça dos fundamentalistas islâmicos não constituiriam alvos preferenciais da Al-Qaeda. No entanto, como reconhece o relatório, isso não impedia que a Al-Qaeda já operasse nesse países.

Antes dos atentados nos Estados Unidos a 11 de Setembro de 2001, a Europa servia sobretudo para "recrutamento, organização e abastecimento" da rede. Mas a melhoria da segurança interna nos Estados Unidos "aumentou os riscos da Europa se tornar um alvo directo".


Como revela este, esclarecedor, parágrafo o aumento das medidas de segurança nos EUA é o primeiro factor que leva a Al-Qaeda a procurar outros "países-alvo" no mundo ocidental. Esta já estava presente na Europa antes de 11/09/01. Os operacionais da Al-Qaeda já se movimentavam na Europa (a famosa "pista alemã" do 11/09) e nada faz supor que não estaria nos planos da organização a execução de atentados no futuro.

Existe ainda a questão do número de efectivos da organização. O Right Wing News desmistifica o assustador número de "18.000 potenciais terroristas" dispostos a lutar contra o demónio ocidental.
posted by Miguel Noronha 10:33 da manhã

Prodi apela a "mudança radical" na política económica da UE

O presidente da Comissão Europeia (CE), Romano Prodi, considerou esta terça-feira que a política económica da União Europeia necessita de uma "mudança radical» para conseguir atingir o objectivo de ultrapassar os Estados Unidos e tornar-se na «economia mais competitiva do mundo em 2010".


Tenha que manifestar a minha inteira concordância com o presidente da CE. É necessário que cessar as políticas de subsidiação e proteccionistas da UE. É necessário acabar com a fúria sobreguladora europeia e diminuir a carga fiscal, liberalizar os mercados e desmontar o welfare state.

Só não vejo como este desiderato se coaduna com os apelos ao aumento do orçamento comunitário e com o pojecto constitucional.
posted by Miguel Noronha 8:21 da manhã

terça-feira, maio 25, 2004

Hayek Links

Actualização do Hayek Links.
posted by Miguel Noronha 4:57 da tarde

Keynes

O Futurecasts faz uma leitura crítica do famoso livro "The General Theory of Employment, Interest, & Money" de John Maynard Keynes (parte
1 e parte 2).

posted by Miguel Noronha 4:02 da tarde

Por Uma Europa Diferente

Um grupo de autores ligados ao Institute of Economic Affairs editou recentemente um manifesto em que criticam o actual projecto constitucional europeu o propõem um caminho diferente. Eis um resumo:

The IEA's authors suggest a different constitutional model that is highly practical whilst soundly grounded in political theory and historical experience.

In all future discussions, those determining the content of constitutional changes should represent the member states parliaments and electorate, not the institutions of the European Union " it is on behalf of the people of Europe not the institutions of Europe that the constitution should be drafted.

There should be a significantly greater role for member states. Except where there is a genuine international interest, issues should be reserved for member states. In particular, the EU should have no role to play in labour markets. The Constitution should guarantee this.

The European Court's first duty should be to prevent restrictions being placed by governments on trade within the EU. The EU must be first and foremost a free trade zone.

The constitution should be a simple document that restrains the power of European politicians rather than giving power to different groups of politicians. The constitution must limit the power of the EU, not give politicians and bureaucrats a licence to run amok.

Restrictions on central EU powers and extension of the veto will also allow nations to independently discover the best forms of regulation rather than having particular forms forced upon them.

The experience of previous constitutional conventions - such as in the USA and Canada - suggest that successful constitutions are written by the political leaders of the day, who will have to live with the consequences of their decisions, not by an ensemble of has-beens who may not be around to see the impact of their decisions!


posted by Miguel Noronha 12:42 da tarde

Che Guevara

No Sunday Telegraph.

Images of Hitler are not considered in any way to be fashionable, even though there are many stunning photographs of him. Guevara, on the other hand, retains an extraordinary psychological and visual allure. Yet, contrary to modish perceptions, their ambitions were very similar: to engulf an entire continent in fire and quench its flames with the blood of millions.

Guevara merely happened to be less successful, yet his memory is preserved in a sickly aspic of brainless sentimentality and mawkish stupidity. Why? It cannot simply be because he was prepared to die for his beliefs: unquestioned respect for such determination perished at 9.12 am, September 11, 2001, Eastern Standard Time.

No, the militant Left appeals to the adolescent Oedipus complex in insecure, immature artists for whom the status quo is a resented father-figure, and the socialist revolutionary is the liberator who will expel paternal authority. And even though artists have seen what happens when you chuck out dear old dad - as in the Soviet Union, Red China, Kampuchea, North Korea - these cultural darlings are usually too obsessed with their own visceral emotions to comprehend fully the catastrophe of the triumph they seek.

For such lesser artists, art is all about self: the world is merely a warehouse of artefacts for personal indulgence. Thus these solipsistic infants drink from the mythic wells of "liberation", and revere a serial-murderer from Argentina. The poster of Guevara on an undergraduate wall is an echo of this fatuity, a historically-ignorant and adolescent rejection of the poor devil who is paying for the flat. Above all, Guevara's enduring status in film and populist imagery is proof of mankind's pathetic inability to recognise evil when its guise is beauty and its lie is love.


posted by Miguel Noronha 11:05 da manhã

Parabéns

O Jaquinzinhos comemora um ano de existência.
posted by Miguel Noronha 8:24 da manhã

segunda-feira, maio 24, 2004

Hayek Links

Actualização do Hayek Links.
posted by Miguel Noronha 4:49 da tarde

Teorias da Conspiração

Excerto do artigo de José Pedro Zúquete no Público.

Os atentados do 11 de Setembro, momento traumático e novo na história, como não podia deixar de ser, deram origem a toda uma vaga conspiratória, destinada a tentar compreender aquilo que parecia incompreensível. Esta vaga foi amplificada pela Internet, o oráculo anárquico da "mão oculta.". Antes, escrevia-se um panfleto. Agora, abre-se uma "webpage" ou cria-se um "blog". Um intelectual francês de seu nome Thierry Meyssan publicou mesmo um livro onde defendeu a tese de que nenhum avião caiu no Pentágono, mas que foi o governo americano, instrumento de uma conspiração de extrema-direita, que ordenou mísseis contra o Pentágono de forma a justificar a primazia do lobby "militar-industrial". O livro vendeu milhares de cópias e tornou-se um best seller em França. E há mais. Um americano célebre residente na Europa, Gore Vidal, com a concordância de muitos, insinuou que o governo americano tinha sido cúmplice do ataque terrorista de forma a justificar a invasão do Afeganistão e a construção de um oleoduto na região.

Mas a conspiração favorecida por muitos é aquela que liga os interesses económicos da família Bush aos sauditas e à família Bin Laden. Um dos modernos profetas da lógica da conspiração, o activista Michael Moore, preparou mesmo um "documentário" dedicado à trama. O facto de poucos dias após o ataque terrorista muitos sauditas residentes na América, entre os quais familiares de Bin Laden, empresários, estudantes terem sido autorizados a partir para o seu país é a prova para muitos da cabala. Pouco importa que a Comissão do 11 de Setembro tenha declarado recentemente que tudo foi feito com aprovação do FBI porque os sauditas, sobretudo aqueles que tinham no nome "Bin Laden", temiam pela sua segurança. Ou que Osama está afastado da família há anos (ele é o mais novo de 24 irmãos!) e constitui motivo de embaraço para todos. Ou ainda que o "sinistro" Grupo Carlyle, na base do conluio Bush-Sauditas-Bin Ladens, tenha como um dos principais investidores George Soros, inimigo declarado de Bush e que tem como missão, nas suas palavras, "retirar Bush da Casa Branca."

Mas nada disto interessa. A conspiração não permite estas "subtilezas" da lógica porque a conspiração cria "a sua" própria lógica. Ou seja, o mecanismo demolidor, hipnotizante e monolítico do mito. Desde sempre. Realmente só há uma coisa mais forte do que uma teoria da conspiração: é o nosso desejo de acreditarmos numa.


posted by Miguel Noronha 12:32 da tarde

Jean-François Revel

A última edição do Democracia Liberal inclui a tradução de um artigo de Jean-François Revel orginalmente publicado no Le Point.
posted by Miguel Noronha 11:39 da manhã

Um Convite À Fuga de Capitais

Directiva da Poupança obriga banca a procurar off-shores fora da UE

A directiva europeia entre em vigor em Janeiro de 2005 e vai obrigar os bancos portugueses a transferir os depósitos dos seus clientes particulares sedeados em paraísos fiscais da UE, como as Ilhas Cayman ou o Lichenstein, para off-shores localizados fora do espaço europeu, como as Bahamas ou o Panamá.
Além das aplicações nestes territórios, também as aplicações localizadas na Suíça - onde se situam a maior parte dos fundos dos clientes do private banking nacional - vão passar a estar sujeitos ao escrutínio fiscal possibilitado pela legislação comunitária, uma vez que o Estado helvético aceitou sujeitar-se à directiva.

Consoante a opção de cada Estado-membro, a tributação passará a ser realizada mediante retenção na fonte pelo território em que são efectuadas as aplicações ou no Estado em que o particular reside.


Como já aqui tinha referido esta medida para além de não atingir os objectivos desejados poderá provocar a fuga de capitais (e de investimento) da Europa para os EUA e Sudoeste asiático.
posted by Miguel Noronha 10:29 da manhã

sábado, maio 22, 2004

Binómios

O PS já é de esquerda? Não sei se serão resquícios do seu passado partidário mas, de repente, o Daniel fez-me lembrar o Álvaro Cunhal. Para ele quando o PS estava na oposição era de esquerda. Noutras ocasiões...
posted by Miguel Noronha 12:56 da manhã

sexta-feira, maio 21, 2004

Rebolices

Será que Ana Gomes também se "torceu de riso" quando foram reveladas as fraudes no "agora subitamente investigado" programa "Oil For Food"?
posted by Miguel Noronha 8:28 da tarde

Os Desafios no Horizonte de Timor Leste

Um artigo de Paulo Gorjão (o autor do Bloguítca) no Público.
posted by Miguel Noronha 12:54 da tarde

Os Custos do Euro 2004 - pt II

O Público revela mais alguns pormenores do relatório do Tribunal de Contas. Para além da questão da "derrapagem" orçamental realço as questões levantadas quanto à sua futura rentablização e custo de manutenção.
posted by Miguel Noronha 12:25 da tarde

Edital

Avisam-se os leitores deste blogue e eventuais spammers que alterei o meu mail. Devem passar a enviar as vossas comunicações para: migueln@gmail.com

Constou-me, entretanto, que as contas de webmail do google estão a ser alvo de grande procura. Como, nesta fase, apenas foram oferecidas a alguns afortunados (como eu!!) já existe um mercado. Há ofertas para todos os gostos. Desde umas, potencialmente interessantes, bootlegs do Tom Waits às reprováveis fotografias de um cão nú.

(obrigado pelo dica, Luís)

posted by Miguel Noronha 10:20 da manhã

Sarin

O Indepundit levanta algumas questões pertinentes (e inquientes) relacionadas com a recente descoberta da granada de gás sarin.

During the 1980-88 Iran-Iraq war, Saddam's military used sarin and other chemical agents against Iran and the Kurdish population. They primarily employed helicopters equipped with agricultural-type sprayers, as well as a crude type of chemical warhead that required the ingredients to be mixed on the battlefield immediately before firing. (I'd hate to be the guy with that job).

There is no evidence that Saddam?s military employed more sophisticated "mix-in-flight" binary chemical artillery shells during the Iran-Iraq war, nor even that they possessed such technology at that time.

After the First Gulf War, Iraq was required to declare to UN weapons inspectors all aspects of its chemical, biological, and nuclear weapons programs, to include a complete inventory of all existing or destroyed munitions. They did NOT declare any binary chemical warheads.

In October 1995 (after the UN discovered some previously undisclosed documents), Saddam revised his weapons declaration, admitting that his scientists had developed "prototypes" of shells capable of delivering binary sarin, but claimed that the project had never reached full production. UN inspectors noted at the time, however, that "new documentation shows production in quantities well beyond prototype levels."

The artillery shell discovered earlier this week, according to General Kimmitt, contained a "mix-in-flight" binary chemical warhead. This type of warhead, as noted above, was not used in the Iran-Iraq war, and was not included by Saddam in any of his weapons declarations.

posted by Miguel Noronha 8:58 da manhã

quinta-feira, maio 20, 2004

Os Custos do Euro 2004

Um relatório do Tribunal de Contas alerta para excessivo endivamento suportado pelas autaquias.

Entre as conclusões destaque para a confirmação de um grande aumento do endividamento autárquico (nomeadamente nos concelhos que envolvem os estádios de Leiria, Braga, Guimarães, Aveiro, Algarve e Coimbra), com custos que devem suportados ao longo de 20 anos.

O TC escreve ainda que o encargo público com evento será superior a 600 milhões de euros, a preços de 2004, não entrando nestas contas o valor actual dos encargos dos promotores públicos com a manutenção e conservação das infraestruturas e equipamentos.


Na TSF refere-se outros pormenores do referido relatório.

O Estado pagou apenas 13 por cento do custo total de seis estádios do Euro 2004 auditados pelo Tribunal de Contas, contra uma previsão inicial que apontava para uma comparticipação estatal de 25 por cento.

De acordo com o Tribunal de Contas, os contratos-programa assinados entre o Executivo e os promotores públicos responsáveis pela construção ou remodelação dos estádios previam que a comparticipação do Estado fosse de 25 por cento do investimento de referência considerado para efeitos de comparticipação.

Como o custo final dos projectos dos seis estádios auditados - Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Guimarães e Leiria - acabou por ser mais elevada que o previsto, a comparticipação pública acabou por descer para apenas 13 por cento.

O TC alerta, no entanto, para o elevado endividamento das autarquias promotoras, uma vez que estas não limitaram valores para efeitos de comparticipação, à semelhança do que fez o Estado.

A instituição salienta ainda que a elevada diferença verificada entre o investimento de referência e o investimento efectivamente realizado deve-se, não só, a uma subestimativa de custos, mas também às dificuldades sentidas pelos promotores em controlar os custos.


Uma nota final. Se a comparticipação do Estado (que seria 25% do investimento previsto) foi, dado o custo final, apenas de 13% significa que a "derrapagem" foi cerca de 90%.
posted by Miguel Noronha 5:52 da tarde

Alguém Me Explica a Lógica da Ministra?

No Diário Digital:

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Patrício Gouveia, disse esta quarta-feira que existe na UE uma «atitude de disponibilidade para negociar» a Constituição, o que poderá abrir caminho a um acordo até ao final da presidência irlandesa

(...)

Para Teresa Gouveia seria negativo para a conjuntura económica se não houvesse um acordo, sublinhando ainda que seria «desmoralizador», pois a Europa e o mundo precisam de «boas notícias».


Negativo para a conjuntura económica? Para a Europa e para o mundo?!!
posted by Miguel Noronha 5:10 da tarde

Subsídios Agricolas

O editorial da Spectator congratula-se com a proposta, avançada pela Comissão Europeia, em acabar com os subsídios à exportação de produtos agrícolas mas avisa que, para terminarem as distorções nos mercados agricolas, é necessário é necessário acabar de vez com a PAC.

The distortions created by subsidies and tariffs are an inconvenience to Western consumers, who have to pay more for their food as a result. But they are devastating to the world's poor. In a free market, a far greater proportion of the food eaten in Europe and America would be grown in developing countries than is the case at present. This is so because it is developing countries that have the comparative advantage in agriculture: their labour costs and land prices are lower. Yet at present we have the bizarre spectacle of America exporting rice to Haiti and the European Union exporting tomatoes to Ghana - all thanks to generous subsidies paid to American and European farmers. Taxpayers in developed nations, in other words, are helping to undermine the main industry in which developing nations have a comparative advantage. This isn't just bad economics; it is immoral. According to Oxfam, which last year produced a report on the effects of trade barriers on the world's poor, trade barriers cost poor countries £100 billion a year, twice what they receive annually in aid. If poor countries were allowed to increase their share of world trade by just 1 per cent, it would lift 128 million people out of poverty.

Welcome though it is, last week's announcement by Pascal Lamy should not be taken for granted. Europe's agricultural lobby is powerful and will not give up its subsidies without a fight. Nor is the ending of export subsidies enough: all support for farmers in Europe should be phased out, just as it was in New Zealand in the 1980s, much to the benefit of consumers and, as it has proved, the farming industry too. The proposed "reform" of the CAP is absurd: it will mean the end of farmers being paid to produce unwanted quantities of milk; yet they will continue to receive handouts simply for being farmers - without necessarily producing any food at all.

The real battle of ideology being waged across the globe at present is between free trade and protectionism: between those who see trade as a generator of wealth and peace across the world, and those who just want to stand up for the little guy down the road. The ending of export subsidies would be a small victory for free trade, but one which points Europe in the right direction.

posted by Miguel Noronha 4:53 da tarde

Índia

Um artigo no Washington Post discorre sobre o recente livro de Jagdish Bhagwati, a evolução da Economia indiana e os resultados das recentes eleições.

[I]f the India of the 1960s was right about growth's importance, it was wrong about how it might be achieved. The economy crawled along during the 1960s and 1970s, and the Indian Planning Commission was a large part of the problem. As Bhagwati [1] realized soon after he arrived to work there, there was no way that government planners could know how many tractors or machine tools India needed. Meanwhile, import substitution was no match for the export-focused strategy of the East Asian tigers.

Which brings us to last week's election. The incumbent government going into that contest had accelerated the reversal of India's failed development strategy, and had reaped the benefits. The economy is now humming along at 7 to 8 percent annually, twice as fast as in the statist 1960s and 1970s: India has at last achieved the expansion that Nehru wanted. And yet the government's reward was to lose the election to opponents who complained that growth was not reducing poverty. The leader of those opponents was Sonia Gandhi, the head of the Congress Party that Nehru once presided over and the widow of his grandson.

There were several reasons for this electoral upset. But prominent Indian intellectuals -- Salman Rushdie in The Post, Arundhati Roy in the British Guardian -- could not resist declaring that the failure of growth as an anti-poverty strategy explained at least part of the result. The "immense countryside India," Rushdie wrote confidently, ". . . has not benefited in the slightest from the recent economic boom." According to Roy, the election represented a decisive defeat for "neo-liberalism's economic 'reforms.' " And so we have a curious inversion. India used to understand growth's importance, but not how to achieve it. Now India knows how to achieve it; but some famous Indians, and perhaps millions of ordinary voters, have lost sight of growth's importance. People don't seem to have noticed that, whereas India's poverty rate stuck obstinately above 50 percent during the low-growth 1960s and 1970s, it is now falling precipitously: To 36 percent in the government's household survey of 1993-94; to 29 percent in the next survey, six years later. The idea that the countryside has not benefited is simply spurious. In the interval between the two most recent surveys, rural poverty fell from 37 percent to 30 percent.

And that, in a nutshell, is the problem with globalization -- we can't seem to appreciate the good things that it brings. Bhagwati's new book offers other examples: He explains how globalization is good for women's rights, good at reducing child labor, good for the environment. If only the globo-skeptics would spend less time celebrating India's odd election and more time reading him.


[1] Jagdish Bhagwati, famoso economista indiano que editou recentemente o livro "In Defense of Globalization"

E falando do novo governo indiano. O Primeiro-Ministro indigitado, depois da desistência de Sonia Gandhi, é
Manmohan Singh (que já era - no entanto - dado como futuro Ministro das Finanças). Este é apontado como o "pai" da liberalização da Economia indiana, durante os anos 90, durante o governo de Narasimha Rao. Não se esperam, portanto, retrocessos neste campo.
posted by Miguel Noronha 3:37 da tarde

Agricultura Biológica

Recomendo a leitura dos comentários e dos artigos sugeridos no Liberdade de Expressão.
posted by Miguel Noronha 2:08 da tarde

Comercialização dos OGM's: As Reacções

Um artigo do Público demonstra bem os tiques autoritários das organizações ambientalistas.

A organização ecologista Greenpeace acusou a Comissão Europeia de "defender os interesses da agro-indústria e dos agricultores norte-americanos", em detrimento dos interesses dos cidadãos europeus

(...)

A organização ambientalista Os Amigos da Terra afirmou, em comunicado, que "a Comissão está a brincar com a saúde dos consumidores"


Já as organizações dos consumidores, propriamente ditas optam por uma posição bem menos radical realçando o direito de opção dos consumidores:

"Não aprovamos nem nos opomos à decisão", declarou Jim Murray, director da Organização Europeia de Consumidores (BEUC). "Não temos uma posição de princípio contra, desde que certos requisitos estejam preenchidos, incluindo neles a opção de escolha dos consumidores. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor faz sua a posição do BEUC


É claro que é legitimo por em causa a representatividade das associações de consumidores. O mesmo se pode dizer relativamente as associações ambientalistas.


posted by Miguel Noronha 12:10 da tarde

Hayek Links

O Hayek Links foi actualizado.

posted by Miguel Noronha 9:34 da manhã

Constituição Europeia

Coligação defende referendo à Constituição Europeia

A coligação PSD/CDS-PP para as eleições europeias defende a realização de um referendo ao futuro tratado constitucional europeu. Na apresentação do manifesto da «Força Portugal», João de Deus Pinheiro disse que essa «seria uma excelente oportunidade para debater a Europa.


Gostava de saber a posição das restantes forças partidárias.

posted by Miguel Noronha 8:48 da manhã

quarta-feira, maio 19, 2004

Os Impostos e o Preço da Gasolina

Hoje no Parlamente a oposição exigiu que o Governo baixasse o ISPP. O líder parlamentar do PS disse inclusivamente que "[a] responsabilidade dos impostos é sua e do Governo. Vão manter esta carga fiscal que recai no bolso das famílias dos portugueses ou vão mexê-la para diminuir o preço da gasolina e do gasóleo em Portugal?".

Não posso deixar de demonstrar o meu apreço quando vejo qualquer parlamentar clamar pela descida dos impostos. O apreço é maior quando essas vozes são provenientes da esquerda. Esta tem por hábito propor soluções estatistas que exigem o aumento da despesa pública e (consequentemente) dos impostos.

Destaco as palavras de António José Seguro quando fala da "carga fiscal que recai no bolso das famílias". Tocante! Acho inclusivamente que este devia alargar a mesma lógica aos outros impostos. Não podemos, contudo, pedir tudo de uma vez...

Para terminar gostaria de saber quais as áreas onde a oposição pretende uma diminuir as despesas, por forma a equilibrar as contas do Estado após a descida dos impostos. Se não souberem podem perguntar-me que eu tenho bastantes sugestões.


posted by Miguel Noronha 9:11 da tarde

Bernard Lewis

A crítica ao recente livro de Bernard Lewis "From Babel to Dragomans: Interpreting the Middle East" no Daily Telegraph.
posted by Miguel Noronha 5:51 da tarde

Iraque: "What Must Come Next"

Num artigo os senadores John McCain e Joe Liberman defendem uma série de medidas que devem ser tomadas para solucionar os problemas políticos e de segurança no Iraque.

In Iraq our national security interests and our national values converge. Iraq is the test of a generation, for America and for our role in the world. We will endure setbacks, as the past weeks have painfully illustrated. But our focus must remain on our ultimate objective: helping to fashion a responsible and representative Iraqi government, with legitimacy in the eyes of Iraqis and the world. We do not have the luxury of time.

posted by Miguel Noronha 4:59 da tarde

Hayek Links

O Hayek Links foi actualizado.
posted by Miguel Noronha 4:23 da tarde

Link

Chamo a atenção para o blogue Nota Latina da brasileira Graça Salgueiro (minha conhecida de outras paregens interneticas - espero que a Dra Edite Estrela não esteja a ler isto...). Este blogue é dedicado a revelar "o que a imprensa esconde sobre o que acontece na América Latina".
posted by Miguel Noronha 2:32 da tarde

Reconhecimento

A comissária sueca na UE reconhece o fracasso do welfare state no seu país:

"The excellence of Swedish welfare is a myth...other countries catch up and surpass Sweden in several areas."


O texto foi traduzido por Johan Norberg que eu de sueco não percebo nada.

posted by Miguel Noronha 10:29 da manhã

OGM's

Segundo o EU Business a UE prepara-se para levantar a proibição à comercialização de OGM's.

Um recente relatório da FAO vêm reforçar a ideia dos benefícios e da segurança dos OGM's embora sem abandonar a ideia de que se deve continuar a estudar o seu impacto.

The 17 May report 'Agricultural Biotechnology: Meeting the Needs of the Poor?' states that transgenic technology has great potential for increasing crop yields, reducing costs to customers and improving the nutritional value of foods. It stresses, however, the need for a crop-by-crop approach to assess the risks as well as the importance of more funding by national governments.

(...)

GM crops currently on the market are safe to eat, the report adds, and notes that scientists differ with regard to their opinions on their environmental impact. The report therefore calls for more research to measure the environmental consequences of the so-called 'gene flow'.

The report concludes that 'science cannot declare any technology completely risk free.' It says that it is unrealistic to demand complete certainty about the effects of a technology before deciding whether to use it.

posted by Miguel Noronha 9:18 da manhã

terça-feira, maio 18, 2004

Teste o Seu Liberalismo

Façam o teste e descubram: "Etes-vous libéral?" na página de Les Cercles Liberaux. Em francês é claro...

posted by Miguel Noronha 7:56 da tarde

Gasolina - Estudo Comparativo

O Tempestade Cerebral compara os preços da gasolina e do gasóleo em Portugal e Espanha e conclui que o culpado é mesmo o Governo...
posted by Miguel Noronha 5:14 da tarde

Os Ganhos do Comércio Livre

Johan Norberg chama a atenção para um um paper de Kym Anderson que explicita os ganhos potenciais com a abolição de subsídios e medidas protecionistas e com os ganhos de eficiência que daí se podem advir.

- If rich countries abolished their agricultural protectionism, the world economy could gain $122 billion per year, simply by more specialisation and efficiency.

  • If poor countries abolished their own tariffs, their economies could gain $65 billion per year.

  • If we halved the legal limits for subsidies and tariffs, the global economy could gain something between $188 billion and $1 trillion per year.

  • But there are not merely static efficiency gains. Cutting trade barriers by half could also raise economic growth by a third in developing countries and one-sixth in richer countries.

  • Over 50 years, this extra growth plus the static efficiency gains from trade, adds more than $23 trillion to the world economy. Of this total, poor countries would reap $11.5 trillion.


  • Notas:
    (1) valores expressos em USD de 1995
    (2) 1 bilião (sistema americano) = 1000 milhões = 1.000.000.000
    1 trilião (sistema americano) = 1 bilião = 1 = 1.000.000.000.000

    posted by Miguel Noronha 12:11 da tarde

    Hayek Links

    Actualização do Hayek Links. Adições nas secções "Online Books and Articles - By Hayek", "Online Books and Articles - About Hayek" e "Other".

    posted by Miguel Noronha 10:56 da manhã

    A TSF e os Seus Especialistas

    A conhecida isenção informativa da TSF pode ser, mais uma vez aferida com a notícia do recente atentado com gás sarin. O Jaquinzinhos já aqui tinha demonstrado a fiabilidade dos especialistas habitualmente convidados comentar as notícias.

    Não querendo deixar morrer o assunto o especialista de hoje é, nada mais nada menos que o conhecido Hans Blix. Afirma o senhor Blix que o "[g]ás sarin não revela [a] existência de armas químicas". Brilhante! Pelo visto não coloca em causa que se trate, realmente, de gás sarin mas adianta que isso não prova nada porque "[n]ão é de todo absurdo [que a granada seja da guerra de 1991]" e que "podem existir restos de granadas do passado e isso é uma coisa bem diferente de ter depósitos deste tipo de armas". Não serão mais que restos de inventário, portanto.

    posted by Miguel Noronha 9:45 da manhã

    A Queda de um Anjo

    No BdE é notoria a indignação com o artigo de Ramos Horta no Público. Teria sido preferível que este tivesse tombado (palavras suas!!) em 1975 a viver para cometer esta "traição". Um mártir têm a vantagem de não nos poder contrariar.
    posted by Miguel Noronha 8:39 da manhã

    segunda-feira, maio 17, 2004

    Trotsky

    O comunista preferido pelos alter-globalistas revista e diminuído n' O Comprometido Espectador.
    posted by Miguel Noronha 4:07 da tarde

    Tudo Mal

    Artigo de Francisco Sarsfield Cabral no DN:

    Quase dois terços dos rendimentos dos agricultores dos países da OCDE (ou seja, dos países desenvolvidos) vêm de ajudas do Estado. Há excepções, como a Austrália e a Nova Zelândia. Mas na maioria dos países ricos a agricultura passou a ser, sobretudo, uma caça ao subsídio directo e indirecto. O número de agricultores diminuiu, aliviando a factura dessa ajuda para o contribuinte. E o consumidor dos países ricos tolera os preços agrícolas altos, pois gasta hoje em alimentos uma parcela reduzida do seu orçamento.

    Tudo bem, então? Não, tudo mal. Primeiro, porque apenas um terço do dinheiro gasto teoricamente em subvencionar a agricultura acaba nos bolsos dos agricultores - o grosso da ajuda é comido pelos intermediários comerciais. Depois, porque os pequenos agricultores pouco beneficiam dessas ajudas. Mais grave ainda, o proteccionismo agrícola dos ricos liquida a agricultura dos países pobres. Uma libra (de peso) de açúcar custa 25 cêntimos produzir na UE, contra 8 na Índia e 4 no Brasil. Mas a UE subsidia brutalmente a sua produção de açúcar, viabilizando-a à custa dos produtores do mundo pobre. Coisa semelhante acontece com o algodão nos Estados Unidos ou com o arroz no Japão. E na carne, nos lacticínios, nos vegetais, nas frutas, etc.

    Os comissários europeus da agricultura, Franz Fischler, e do comércio internacional, Pascal Lamy (que é francês e foi o braço-direito de Delors), propuseram que a UE suspendesse os subsídios às exportações agrícolas, se os seus parceiros comerciais fizessem o mesmo. Tais subsídios representam apenas 6 por cento das ajudas aos agricultores da UE. Pois logo a França se opôs. O que não impede o Governo francês de se apresentar como o amigo dos países pobres.


    posted by Miguel Noronha 3:01 da tarde

    Iraque: Artigo de Ramos Horta

    O artigo de José Ramos Horta (já referenciado pelo Bloguítica) aparece na edição de hoje do jornal Público.

    Em quase 30 anos de vida política activa, apoiei o uso da força em várias ocasiões e não esqueço que as consequências de não fazer nada perante o mal foram graficamente demonstradas quando o mundo se pôs à parte e não impediu o genocídio do Ruanda. Nessa altura, onde estavam os manifestantes pela paz? Estavam tão silenciosos como estão hoje face aos bárbaros comportamentos dos fanáticos religiosos.

    Há quem me acuse de ser mais um fomentador da guerra do que um Nobel da Paz, mas não tenho medo de confrontar os meus críticos. É sempre mais fácil dizer não à guerra, mas ser politicamente correcto significa deixar os inocentes a sofrer, desde Phnom Penh a Bagdad. E é isso que quem foge do Iraque corre o risco de estar a fazer.

    posted by Miguel Noronha 10:20 da manhã

    União Europeia: Os Avisos de Milton Friedman

    O Prémio Nóbel da Economia, Milton Friedman, lançou uma série de avisos aos países europeus:

  • Euro
    "there is a strong possibility that the euro zone could collapse in the next few years because differences are accumulating between countries ... I'm not saying it is a certainty, just that it is a strong possibility".

    He suggests that the euro could be replaced with the old national currencies.

  • Agenda de Lisboa
    "No I do not think that the EU can catch up with the US by 2010. It is a nice dream, a good hope and I wish them well, the world would benefit".

    "But I think the chances of achieving it are very slim. The rest of the world is not going to stand still. India is not going to stand still, China is not going to stand still and the US is not going to stand still".

  • Sobreregulamentação e Potencial de Crescimento
    "There is no doubt what the EU should do. Abolish your rules and regulations. Abolish your [high level of] spending. The European economy is too burdened with rules and regulations".

    "There is nothing wrong with the basic strength of the individual countries. But they have burdened themselves with a range of rules that strangle their economies"
    posted by Miguel Noronha 8:41 da manhã
  • domingo, maio 16, 2004

    Democracia e Socialismo

    No DN.

    O secretário-geral do PS alertou sexta-feira à noite para a «necessidade de a Europa estar cada vez mais unida e de falar a uma só voz nas questões de política externa», unindo-se na defesa e no respeito do Direito Internacional. «Não admitimos que haja uma Europa europeia e uma Europa pró-senhor Bush», frisou Ferro Rodrigues


    Já sabemos que para os socialistas europeus (e, já agora, para o sr. Chirac) é inadmissível que existam opiniões diferentes das suas e que quem ousa contraria-los nada mais é que um seguidista e um lacaio dos americanos. Infelizmente em Democracia não é possível obrigar os outros a reprimir as suas opiniões. Mesmo que o sr. Ferro Rodrigues as considere "inadmissíveis".
    posted by Miguel Noronha 9:30 da tarde

    Harmonização Fiscal

    A presidência irlandesa e a Comissão Europeia revelaram estar contra as propostas de harmonizaçáo fiscal.

    Irish Prime Minister Bertie Ahern said on Friday he opposed calls for European Union nations eventually to harmonize their corporate tax rates.

    "Tax harmonization in my view, and tax issues, are a matter of competence of member states and should remain so," said Ahern, whose nation holds the rotating presidency of the now 25-strong EU, after talks in Lisbon with Prime Minister Jose Manuel Durao Barroso.


    (...)

    In Brussels on Thursday, a spokesman for tax commissioner Frits Bolkestein told reporters that the commission had "absolutely no intention" of presenting a proposal on corporate tax rates.

    "If there is an initiative by France and Germany in this regard, it will not be supported by the commission," Jonathan Todd said, reiterating the backing of Brussels for "fair tax competition" among EU members

    posted by Miguel Noronha 3:36 da manhã

    sexta-feira, maio 14, 2004

    Revisão, Já!

    Segundo o secretário-geral da CGTP o regulamento do Código Laboral contém "medidas absolutamente violentas, inaceitáveis e até inconstitucionais".

    Depreendo, pelas suas palavras, que a Constituição da Repéblica Portuguesa permita leis "violentas" e "inaceitáveis". Não compreendo porque razão alguns sectores se apegam tanto a ela. Diria mesmo que era razão suficiente para a rever de alto a baixo.
    posted by Miguel Noronha 4:41 da tarde

    Saudades da Albânia?

    O deputado Luís Fazendo do BE justificou estar contra o voto de pesar pela morte de António Champalimaud por não se rever «nos elogios ao capitalismo e ao mercado».
    posted by Miguel Noronha 2:24 da tarde

    Acerca da "Surpresa na Índia"

    Ao comentar a surpreendente vitória do Partido do Congresso na recentes eleições escreve Vital Moreira:

    De nada valeu ao governo de direita de Nova Deli a invejável prosperidade económica, o sucesso externo no sector dos serviços e da indústria de software, o êxito da afirmação da Índia na cena internacional, as boas perspectivas de paz com o Paquistão, etc.

    A verdade é que naquele imenso e populoso País os beneficiários da modernização económica liberal são uma minoria, tornando ainda mais evidente a miséria da grande massa da população, sobretudo do campesinato, que representa ainda 2/3 da população. O sucesso na economia não chega para ganhar eleições. Estas dependem sobretudo dos que ficam excluídos dela. Foi esse sentimento que o velho Partido do Congresso, liderado pela improvável Sónia Gandhi, soube interpretar.


    A "miséria" (ou pelo menos a sua perpetuação) de que fala VM resulta das políticas proteccionistas e estatistas que foram a marca do Partido do Congresso que governou ininterruptamente durante décadas.

    A título comparativo podemos olhar para a performance do Japão que saiu da IIª Guerra Mundial com grande parte da sua infraestrutura destruída (ao contrário da Índia) e onde as políticas liberais foram dominantes.É interessante também verificar que, no Japão, subsistiu o proteccionismo e/ou intervencionismo estatal nalguns sectores (como a agricultura e banca) que são exactamente o calcanhar de aquiles da Economia japonesa.

    O iníco da liberalização da Economia indiana é recente. Mesmo assim produziu resultados surpreendentes e a transferência de postos de trabalho dos EUA para a Índia levou mesmo alguns políticos americanos a exigir políticas que impeçam a deslocalização de postos de trabalho (o PCP não está só nesta luta...).

    A melhoria das condições de vida não atingiu ainda toda a população nem todos os estados da Índia. Por um lado a liberalização ainda não atingiu todos os sectores, por outro a necessária reconversão (ou encerramento) das ineficazes industrias que apenas subsistiam graças às subvenções estatais é causadora de desemprego.

    No entanto, ao contrário do que pensam os igualitaristas, a distribuição da riqueza não pode nem deve ser feita por via administrativa. Esta é resultado do crescimento económico e nomal funcionamento dos mercados sem necessidade de interbenção estatal. As políticas redistributivas estatais funcionam como desincentivos à produção de riqueza. Conseguem a igualdade mas, como referia Hayek, a um nível muito baixo. A prórpria Índia é disso um exemplo vivo.
    posted by Miguel Noronha 12:05 da tarde

    Amorim reforça para 4,8% no Banco Popular

    Aguarda-se a todo o instante uma reacção contra o reforço da intromissão portuguesa na sector bancário espanhol.
    posted by Miguel Noronha 11:03 da manhã

    (Ainda a) Harmonização Fiscal - Duas Falácias

    Segundo o DN a harmonização fiscal foi um dos temas abordados na cimeira franco-germanica de ontem. Refere o artigo:

    A harmonização fiscal é apontada como uma consequência inevitável do euro. Segundo afirmam muitos académicos, este será um desenvolvimento a prazo, pois a existência de uma moeda única europeia implica que a harmonização seja a única forma de evitar «competição fiscal» entre as diferentes economias.


    Para contestar a falácia da "inevitabilidade" bastaria olharmos para o exemplo dos EUA. Neste país, apesar de possui a mesma unidade monetária há mais de dois séculos, subsistem diversas políticas fiscais. É claro que nos estados onde as taxas de imposto são mais elevadas se verifica uma fuga das empresas e trabalhadores (como aconteceu recentemente na Califórnia). Tal como no caso dos preços também nos caso da fiscalidade a evidência empírica não demonstra a tendência para a convergência que (pelos vistos) é partilhada por "muitos académicos".

    Custa-me igualmente a compreender a demonização da "competição fiscal". A competição conduz à eficiêcia e ao crescimento económico. Por outro lado menores taxas de imposto significam menos despesa (e burocracia) estatal. A pretenderem impor a harmonização fiscal a França e a Alemanha pretendem continuar a alimentar os seus monstruosos e ineficazes sistemas públicos e alimentar as suas clientelas políticas afastando as preocupações decorrentes dos estragos que estas políticas provocam nas suas economias.
    posted by Miguel Noronha 10:31 da manhã

    Constituição Europeia

    A presidência irlandesa declarou estar contra a alteração proposta pelo eixo franco-germanico para a rectificação do projecto constitucional.
    posted by Miguel Noronha 8:29 da manhã

    quinta-feira, maio 13, 2004

    (Acho Que) Ainda Vou a Tempo

    Parabéns aos cinco dos Impérios!
    posted by Miguel Noronha 5:36 da tarde

    Relatório Sobre Presos Políticos de 1975

    Na sequência do post do Abrupto (e da polémica gerada) a jornalista Eunice Lourenço do jornal Público publica um artigo sobre as prisões arbitrárias e as torturas (no COPCON, PM e RALIS) no pós-25 de Abril.

    ADENDA: N'O Acidental, João Marques de Almeida também escreve sobre o assunto.
    posted by Miguel Noronha 2:41 da tarde

    Yes Minister - fiction or truth?

    Civil service spending cuts have become a real life farce in Tony Blair's back yard

    The Economy Drive: Take One

    Minister for Administrative Affairs Jim Hacker is accused of wasting government money in the civil service.

    Permanent secretary Sir Humphrey Appleby tells him there is no way to slim down the civil service because of his government's continuous stream of new legislation.

    Hacker sends his political adviser Frank Weisel to find examples of government waste. Sir Humphrey is determined to prevent spending cuts in his department and devises Operation Hairshirt, a plan to cause Hacker to feel the effect of spending cuts personally.

    When Weisel reports, Sir Humphrey presents a rational explanation for every example and proposes to cut luxuries, starting with Hacker's chauffeur-driven car and private office.

    Sir Humphrey eventually comes to Hacker's rescue by proposing to axe the vacancies in the Bureaucratic Watchdog Office.

    As a real spending cut, he proposes to cut out tea ladies. "The public doesn't know anything about wasting government money," he tells Hacker. "We're the experts."

    The Economy Drive: Take Two

    Prime Minister Tony Blair asks Sir Peter Gershon, outgoing head of the Office of Government Commerce, to find ways of cutting government waste.

    Nicknamed HMS Gershon by Treasury hands because he sails in and out of rooms, Sir Peter says cutting 80,000 civil service jobs would save £10 billion-£15 billion a year.

    Sir Peter feels the 400 local authority purchasers could be reduced to 40, 10 or as few as four. Organisations collecting local taxes and paying housing benefit could also be slimmed.

    Senior civil servants warn public sector job cuts could be difficult to achieve. At the Home Office, proposals to reduce the headcount from 3,200 to 2,950 had somehow resulted in it rising to 4,900. A new £311m headquarters will not be big enough.

    Blair presses ahead, despite warnings of an electoral backlash. As an example of the need to cut costs, the job centre at Wingate in his own Sedgefield, County Durham, constituency, is to be closed. Five staff are to lose their jobs. "We won't be afraid to take tough decisions," says a Treasury spokesman.

    posted by Miguel Noronha 12:17 da tarde

    Hayek Links

    O Hayek Links foi actualizado e ligeiramente remodelado.
    posted by Miguel Noronha 9:50 da manhã

    Constituição Europeia - O Plano B

    A França e a Alemanha irão hoje sugerir um plano de contingência para o tratado constitucional. Receosos do impasse provocado por uma eventual recusa de alguns países (principalmente o Reino Unido) em adoptá-la, irão propor que este necessite da aprovação de apenas 20 dos 25 países-membros para entrar em vigor.

    É claro que uma "sugestão" do eixo franco-germânico equivale a uma ordem, no seio da UE.
    posted by Miguel Noronha 8:41 da manhã

    quarta-feira, maio 12, 2004

    O Culpado é Sempre o Mesmo

    Em (mais) uma declaração demonstrativa da sua clarividência a Liga Árabe acusa Israel pelas imposições de sanções pelos EUA à Síria. É excusado procurar, na mesma declaração, qualquer qualquer palavra que condene o regime ditatorial hereditário da Síria.

    posted by Miguel Noronha 5:58 da tarde

    Comentários

    Fui obrigado a fazer uma pequena alteração no sistema de comentários. Espero que não se tenha perdido nada.
    posted by Miguel Noronha 4:49 da tarde

    Desculpe?

    Enebriado com a abertura de uma nova livraria francofona em Lisboa, Eduardo Prado Coelho consegue tornar os seus textos ainda mais crípticos:

    Pela Internet, compramos o que não queremos e acabamos por não comprar o que desejaríamos se não ignorássemos que existia.

    posted by Miguel Noronha 11:20 da manhã

    Hayek

    O Washington Times publicou críticas a duas biografias de F.A. Hayek: Hayek's Challenge: An Intellectual Biography of F.A. Hayek de Bruce Caldwell e Hayek's Journey: The Mind of Friedrich Hayek de Alan Ebstein.

    These two books confirm Hayek's status as one of the great intellects of the last century. His defense of the "spontaneous order" has replaced the formerly dominant socialist model, and his wide-ranging work provides a rich background for understanding the centrality of freedom in human society.

    posted by Miguel Noronha 9:11 da manhã

    terça-feira, maio 11, 2004

    ANP é responsável por grande parte da violência entre palestinianos

    As cidades palestinianas vivem uma situação próxima da anarquia, sobretudo devido à incapacidade da Autoridade Palestiniana em impor a ordem, ao facto de muitos dos seus responsáveis alimentarem a actividade dos gangs para reforçarem as respectivas posições, bem como devido às divisões sociais internas, indica o relatório.

    O documento ? publicado pelo MEMRI, um instituto especializado na análise dos media do Médio Oriente - refere que a tragédia palestiniana e o ciclo de violência interna que ali se regista não pode ser apenas atribuído ao conflito israelo-palestiniano. As divisões sociais, devido a influências culturais e culturais e as diferentes correntes ideológicas, levam a um crescente recurso às armas.

    (...)

    [O]s escândalos que têm atingido a ANP e a erosão da respectiva legitimidade impedem qualquer tentativa por parte das autoridades palestinianas em recolher as armas, como é exigido pelos acordos de paz, e tal levaria à sua extinção, acrescenta o autor do relatório, o activista dos direitos humanos Basem Eid.

    O relatório cita ainda um responsável da ANP afirmando que 90% das actividades fora de lei dos gangs são perpetradas por gente a soldo da ANP.

    (...)

    Outro factor significativo é a proliferação de corpos de segurança e policiais independentes, cujas funções são ou indefinidas ou sobrepostas, o que contribui para uma maior confusão e leva a confrontos verbais e físicos. No entanto, estas tensões internas são por vezes encorajadas pelos responsáveis da ANP que, ao procurarem reforçar as suas próprias posições, apoiam por vezes gangs e milícias locais.

    posted by Miguel Noronha 12:28 da tarde

    Subsídios Agrícolas

    A Comissão Europeia propôs a abolição dos subsídios à exportação extra-comunitária de produtos agrícolas. A Comissão faz depender a sua proposta da adopção de medidas idênticas por parte dos seus principais parceiros. Os EUA e a Austrália já demonstraram pretender aceitar esta proposta. O único obstáculo parece vir da França (a maior beneficiária da PAC) que considera que a Comissão "excedeu o seu mandato" e considera a proposta "tácticamente perigosa".
    posted by Miguel Noronha 11:33 da manhã

    Hayek Links

    Aproveitando o post que ontem aqui coloquei decidi criar um novo blogue: o Hayek Links. O objectivo deste é disponibilizar de forma permanente os links para artigos e publicações online de e sobre F.A. Hayek. As sugestões e correcção serão sempre bem-vindas.
    posted by Miguel Noronha 9:41 da manhã

    segunda-feira, maio 10, 2004

    Hayek



    Comemorou-se no úlitmo Sábado, 08 de Maio, 105º aniversário de F. A. Hayek. Agradecimentos ao Cafe Hayek. Como não tenho tempo para mais, deixo uma relação (não exaustiva) de páginas sobre Hayek (ou sobre a Escola Austriaca) na internet.

  • Biografias/Referência:
    No Adam Smith Institute; no Misses Institute; na Library of Economics and Liberty; La Escuela Austriaca; na CEPA; no Nobel Institute, no Dictionary of Economics (artigo de Roger W. Garrison e Israel Kirzner); no Freeman.


  • Organizações/blogs:
    Hayek Cafe, Friends of the Austrian School of Economics, Institut Hayek, Hayek Center (onde estão alojados os blogs Presto Pundit e Taking Hayek Seriously); The London School of Economics Hayek Society; The Mont Pelerin Society.


  • Livros/Artigos Online:
    Can We Still Avoid Inflation (F.A.Hayek);
    Entrevista na Reason Magazine;
    "F. A. Hayek and the Rebirth of Classical Liberalism" (John N Gray)
    "The Fundamentals of Austrian Economics" (Thomas C Taylor);
    "Hayek: His contribution to the political and economic thought of our time" (Eamonn Butler);
    "Hayek, Currency Competition and European Monetary Union" (Otmar Issing)
    "La Pretensión del Conocimiento" (F.A.Hayek)
    "Liberalism" (F.A.Hayek);
    "Ludwig Von Mises" (F.A.Hayek);
    "The Road to Serfdom" (versão condensada) (F.A.Hayek);
    "The Use of Knowledge in Society" (F.A.Hayek);
    "Why I Am Not a Conservative" (F.A.Hayek);
    posted by Miguel Noronha 5:13 da tarde
  • Nelson Ascher


    Nelson Ascher (que já colaborava no blogue colectivo Europundits) resolveu criar o seu próprio blogue: o Nenhures.
    posted by Miguel Noronha 3:48 da tarde

    Demagogia Pura

    É o que se pode dizer do novo cartaz do Bloco de Esquerda.
    posted by Miguel Noronha 2:21 da tarde

    Constituição Europeia

    O Reino Unido parece querer aproveitar a instabilidade provocada pelo anunciado referendo ao tratado constituicional da UE. O Governo trabalhista pretende utilizar o receio criado pela sua rejeição para impor as suas reinvidicações. Estas centram-se, principalmente nas áreas do orçamento comunitário e da fiscalidade. Outras reinvidacações britânicas prendem-se com a manutenção do poder de veto nas áreas da defesa, relações externas e segurança social.

    Boas notícias, portanto.
    posted by Miguel Noronha 10:36 da manhã

    sexta-feira, maio 07, 2004

    Lower Taxes, Bitte

    Mary Tupy (do Cato Institute) escreve no WSJ sobre a pressão, que Alemanha está a exercer, sobre os novos países-membros da UE para aumentarem as suas taxas de imposto e sobre o mito das ajudas comunuitárias ajudarem as Economias mais pobres.

    To start, Mr. Schroeder is right to point to low taxes among new EU members. Estonia has a zero percent corporate tax on reinvested or retained profits. Latvia and Lithuania have a corporate tax of 15%; Hungary, 16%; Poland and Slovakia, 19%. However, the chancellor fails to mention that most of the old EU members have long since realized that lower taxes lead to higher economic growth. For instance, between 1996 and 2003, Belgium cut its corporate tax rate to 34% from 40.2%; Denmark to 30% from 34%; Greece, to 35% from 40%. Iceland cut its corporate tax rate to 18% from 33%; Ireland to 12.5% from 40%; Italy to 38.3% from 53.2%; Luxembourg to 30.3% from 40.3%; and Portugal's rate dropped to 33% from 39.6%.

    Mr. Schroeder is hypocritical in his criticism of lower rates because Germany has done the same, reducing its corporate tax rate from 57.4% in 1996 to 39.4% in 2003. So, the real concern of the chancellor does not seem to be lower taxes per se. Rather, Mr. Schroeder seems to object to the fact that some nations are able to lower their taxes more than others, leaving Germany and its expensive system of welfare entitlements behind.

    (...)

    Economic growth is, of course, the primary concern of the new members. According to the World Bank, the 2002 GNI per capita in Latvia, Lithuania and Slovakia was $3,480, $3,660 and $3,950 respectively. The 2002 GNI per capita in Germany, however, was $22,740. If the new members are to catch up with the West, in other words, they must be allowed to follow policies that generate faster economic growth. Luckily, it seems that their market-friendly policies have been paying off. Between 1998 and 2003, for example, average GDP growth in Estonia, Hungary, Latvia, Lithuania, and Slovakia was, 4.69%, 4.04%, 5.87%, 5.27% and 3.23% per year respectively. The German economy, on the other hand, grew at an average rate of 1.25% during the same period.

    (...)

    [A]id was supposed to generate faster economic growth in outlying regions of Europe. There are conceptual problems with that approach to economic growth. Governments are notoriously bad at tackling the essential problem of economics: efficient allocation of resources. Whereas the market decides allocation of resources according to risk-adjusted returns on investment, governments allocate resources on the basis of political lobbying.

    (...)

    As a practical matter, aid cannot be the determinant of economic growth in Europe. If that were true, Greece and Portugal, which received some of the largest amounts of aid, but pursued socialist economic policies, would be Europe's economic superpowers. Instead, they are among the poorest pre-enlargement members of the EU.

    (...)

    Thus, the proponents of aid look to Ireland as a supposed success story. But the lessons derived from the experiences of the Celtic Tiger are quite different. When Ireland joined the European Economic Community in 1973, it was one of Europe's poorest nations. By 2002, Ireland could boast a GNI per capita of $23,030 -- higher than Germany's $22,740 and France's $22,240. What happened?

    The EU aid could not have been a major cause of Ireland's economic growth. As Benjamin Powell shows in a Cato Institute study, Ireland's economic growth rates increased at a time when European aid was declining as a percentage of the Irish GDP. What Ireland did to increase its growth was reduce its top marginal tax rate from 80% in 1975 to 44% in 2001, and cut the standard income tax from 35% in 1989 to 22% in 2001. The Irish cut their corporate tax rate from 40% in 1996 to 12.5% in 2003. All in all, Ireland's tax revenue in 1999 was 31% of the GDP. A comparable figure in the rest of the EU averaged 46%. As a result of those and other reforms, the Irish economy grew at an average annual rate of 7.65% between 1992 and 2001.

    There is, in other words, enough evidence to suggest that market-friendly policies are better at generating rapid economic growth than financial aid. The new members should be encouraged, not threatened, when they adopt such policies. The old EU members should look at new members not as a threat, but as an example to be emulated.

    posted by Miguel Noronha 5:42 da tarde

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    "A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
    F.A.Hayek

    mail: migueln@gmail.com