sexta-feira, dezembro 17, 2004
Resposta ao Paulo Gorjão
Admito que possa não ter ficado claro mas quando me refiro a uma "coligação PS/BE" estou a incluir o acordos parlamentares como é o caso do referido pela notícia d'A Capital e que originou o post para o qual o Paulo me remete.
Neste o Paulo afirma não vislumbrar qualquer problema num acordo deste tipo. Na mesma notícia João Texeira Lopes (do BE) enumerava as áreas que seriam visadas pelo acordo. Duas destas eram a legislação laboral e fiscal. Do que recordo, nestas áreas as propostas do BE em ambas eram tão mediáticas como contraproducentes. Não posso ver assim de forma tão benevolente um tal acordo parlamentar.
Que eu tenha conhecimento nada impede que o PS governe com maioria relativa. Não é aconselhável mas não seria o primeiro caso. Se à esquerda do PS as opções de coligação são pouco recomendáveis a culpa não é do PSD nem do PP. Não pode nem deve ser imputada à direita a culpa do PCP, da UDP ou do PSR serem partidos de matriz comunista e, logo, anti-democráticos. Ninguém retira a legitimidade à eleição dos seus deputados tal como em França ninguém o pode fazer aos eleitos da FN. Isso não faz deles, contudo, "boas companhias". Aqui reside um grave erro de análise que o Paulo faz quando compara o BE ao PP. O PP é democrático e o espaço que o separa do PSD é bem menor do que aquele que divide (ou devia dividir) o PS do BE.
posted by Miguel Noronha 3:02 da tarde
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