O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
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quarta-feira, dezembro 22, 2004

A Outra Resposta

Tal como o seu parceiro de blog o LNT, do Tugir, decidiu também responder ao meu post. Ao contrário do Carlos optou por um tom pouco simpático e, decindindo não responder às perguntas formuladas, optou por me colocar algumas questões. Como diria Sun Tzu: "A melhor defesa é o ataque".

Acusa-me o Luís de pertecer a essa infame escola segundo a qual "não existem almoços grátis". Quase que acertava no alvo! Na verdade estou em crer que que, para além dos almoços, não existem jantares, lanches e SCUT's grátis. Tudo tem um custo. Resta saber quem o paga. No entanto, se souber de algum restaurante...

No seguimento da sua ofensiva pede que fundamente a afirmação que "A teoria e a prática demonstram que, por regra, o Estado toma pior decisões de consumo e investimento que os indivíduos".

Em minha defesa posso referir o falhanço das economias planificadas e o sucesso das economias de mercado. Dentro destas últimas posso também evidenciar que a Suécia, o modelo para qualquer social-democrata, tem vindo gradualmente a empobrecer desde que adoptou este via (era o 3º mais rico da OCDE nos anos 70 e agora está próximo do 20º). Posso relembrar a conhecida (e reconhecida) aptidão do Estado para criar e manter empresas ineficientes, incapazes de produzir lucros e de satisfazer os seus clientes. O estudo que revelou que o Estado português desperdiça 37% dos recursos financeiros gastos na área da saúde e 70% na do ensino. Dos "jobs for the boys", etc. Posso também sugerir-lhe algumas leituras que cobrem tanto a parte teorica como a factual.

  • "O Que é a Escolha Pública?" de José Manuel Moreira e André Azevedo Alves;

    (...) [A]o longo das últimas décadas, esta concepção do Estado como «corrector» das falhas de mercado tem vindo a ser crescentemente questionada. A análise dos pressupostos justificativos da intervenção governamental na economia e o estudo da forma como essa intervenção tende a desenvolver-se na prática têm feito crescer o número daqueles que olham com cepticismo as «miraculosas» soluções estatais. Daí a busca de alternativas que permitam - simultaneamente - evitar intervenções de consequências nefastas e promover o eficiente desempenho das funções fundamentais do Estado.

    Estes estudos, que no fundo visam conseguir uma análise realista e teoricamente consistente do processo político, da acção colectiva e das práticas governativas, deram origem, no âmbito da Economia e da Ciência Política, a uma nova abordagem: a «teoria da escolha pública» (public choice, na terminologia anglo-saxónica), que consiste, grosso modo, na aplicação da análise económica à política.


  • "The Fatal Conceit: Errors of Socialism" de F.A.Hayek

    For those who wonder why the promised utopia of state intervention never seems to work out as planned, this book provides the answer. Hayek addresses a much ignored theme, namely how institutions like money, markets and trade developed spontaneously and flourished because they were superior to any alternatives, not because they were consciously designed. He makes a powerful argument for tampering with these at our peril, and does so in a style that is not beyond the scope of a reader not familiar with economic theory. This book would represent excellent value were it ten times the actual price.


  • "The Welfare State We're in: The Failure of the Welfare State" de James Bartholomew

    Relata as consequências económicas e sociais do welfare state em Inglaterra. Atenção: contém estatisticas e descrições horripilantes!

  • "Cowboy Capitalism: European Myths, American Reality" de Olaf Gersemann.

    Neste livro, escrito por um correspondente de uma publicação económica alemã nos EUA, é destruido o mito da superioridade do "Modelo Social Europeu". Carregadinho de estatisticas!!

    Espero que lhe baste como fundamentação e que lhe sirva como prova de uma coerência "que não resulta somente de um alinhavo de teorias bem escritas e das matérias frescas por exigência da escola".

    Aguardo notícias suas.
    posted by Miguel Noronha 9:27 da tarde
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    "A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
    F.A.Hayek

    mail: migueln@gmail.com