terça-feira, setembro 30, 2003
Capital especulativo, um vilão?
Artigo de Petrucio Chalegre no Parlata.
Dizem, ( "dizem", é uma entidade de altíssima credibilidade, experimente contraditar seus ditames, alguém virá com um "dizem" que considera irretorquível) que o capital especulativo nada produz. Vejamos como funciona seu mecanismo. Você entra em uma loja e compra algo a crédito. Uma financiadora permite isto. De onde saiu seu capital? Do depósito de alguém que está tentando ganhar remuneração para sua aplicação. Você telefona. Apenas em 2000, 36 bilhões de dólares foram investidos no Brasil em telefonia. De que arca saiu este dinheiro todo? Das especulações mundiais, do capital que percorre o mundo em busca do melhor lugar onde crescer.
Existiriam estes investimentos sem as bolsas? Sem o desejo dos investidores? Não. Simplesmente você teria que pagar à vista suas compras, o que reduziria enormemente a capacidade de consumo e logicamente os empregos em todos os setores, causando uma redução em cascata de toda a atividade econômica e da riqueza em geral.
No entanto críticas fortes tem surgido ao capital especulativo. Baseiam-se em duas coisas, a primeira uma falácia: que ele não produz nem um prego. Esta é pura ignorância econômica. Os parágrafos acima demonstram com clareza que a possibilidade de investir, de especular, é um motor poderoso do progresso. Permite a alocação de recursos aonde forem providas as condições de segurança, rentabilidade e liquidez. Razão pela qual os que assustam os investidores os perderão facilmente. Motivo de pobreza nos países que não compreendem as regras deste jogo.
A segunda tem fundamento. A instabilidade. A eletrônica moderna criou uma tal velocidade nas transações que os desejos e comportamento de rebanho dos investidores tornaram-se praticamente instantâneos. Isto magnifica qualquer movimento do mercado. Um boato pode levar a uma reação em cadeia imprevisível. Assim a instabilidade aumenta. No entanto criar entraves a liquidez dos investimentos tentando freiar seus movimentos é mexer com um dos três citados pilares que gerem os investimentos. Se você colocar seu dinheiro em algum lugar, quer vê-lo seguro, rentável e líquido, quer poder retira-lo quando quiser. Desta forma a maneira de manter os investimentos em um país é não deixar haver dúvidas sobre estes quesitos. Para impedir a volubilidade, clareza e fundamentos corretos.
Fica claro então, que o capital especulativo é nada mais que essencial para a administração dos investimentos. É o nosso próprio capital poupado e que viabiliza as aposentadorias. Chama-lo de improdutivo é apenas mais uma manifestação da fraqueza dos neurônios da corporação opinativa "dizem".
posted by Miguel Noronha 5:30 da tarde
Johan Norberg: Open borders for immigrants as well pt 5/8
Benefícios da emigração
And above all, the immigrants help their home economy in a very substantial way with their remittances. Most people agree that poor countries benefit from free trade, so that they can make money from exports. Labour emigration is the same thing, the only difference is that they do the work in another country, but the money is sent back home just the same. According to the World Bank foreign workers send 70 billion dollars every year to family and relatives. And the true figure may be much higher, because a lot it is sent via informal channels. Some studies suggest they send back 200 billion dollars annually. This is four times more than all western countries send in development assistance every year.
A Philippines Minister of Labour commented in 1985: ?Overseas employment has built more homes, sent more children of the poor to college and established more business enterprises than all the other programmes of the government put together.?
The remittances increase the purchasing power in poor countries, and therefore help agriculture and business, so that they can invest in better production, and it therefore stimulates the growth of the entire economy. Labour emigration may well be one of the most effective ways to conquer world poverty
posted by Miguel Noronha 4:26 da tarde
A Constituição Europeia Resumida e Explicada
O eurodeputado Jens-Peter Bonde colocou na sua página um slide show em que resume os apectos essênciais do projecto da Constituição Europeia.
posted by Miguel Noronha 3:33 da tarde
Venezuela: Don't Leave Hugo Alone
A growing number of Venezuelans want durable institutions, which would bring a measure of stability they can't attain under the personality-driven style of politics their country has now. Washington can't support them without damaging their credibility, but it can pressure all players to abide by Venezuela's constitution. It can insist on international scrutiny of the current process leading to a referendum on Chávez's presidency, or in competing efforts to balance his powers with a more independent congress and courts.
In any case, Venezuelan democrats need to know they have friends abroad. While the Bush administration is wise not to pick a personal fight with Chávez, it shouldn't be shy about calling for democratic, market-based reforms
posted by Miguel Noronha 3:09 da tarde
Mais Boas Notícias
EU pressed to lift its GMO ban
The EU is under pressure to lift its five-year ban on Genetically Modified Organisms (GMOs), as it risks facing a legal challenge by the US and other countries at the World Trade Organisation (WTO).
The complaints - made by the US and backed by Canada and Argentina - argue that the EU's policy on GMOs violates world trade rules.
EU Agriculture Commissioner Franz Fischler yesterday urged EU farm ministers to lift their moratorium on the approval of new genetically modified organisms, although some countries insisted further legislation was needed to shield consumers and farmers from potential hazards linked to the technology, the FT reported
Russia stalls on Kyoto commitments
Russia has caused consternation in the EU by stalling its decision about whether to sign the international treaty on climate change, the Kyoto Protocol
Nota: para entrar em vigor Protocolo de Kyoto necessita ser ractificado, no mínimo, por 55 países. Até agora apenas 54 o fizeram. A Rússia que inicialmente tinha dado indicação que o iria ractificar voltou atrás nesta decisão.
posted by Miguel Noronha 12:09 da tarde
Constituição Europeia
À medida que se aproxima a CIG alguns países, talvez motivados pelo resultado referendo sueco, começam a levantar duvidas sobre a CE.
Entretanto, e como já nos tem habituado, o MNE alemão continua a debitar ameaças aos países que se atrevem a questionar o texto original. Por seu lado o governo português prima pelo silêncio. Pelo que JPP deu a entender na resposta a António Lobo Xavier (MISSÃO IMPOSSÍVEL - sem permalink) espera-se o pior...
ACTUALIZAÇÃO: A propósito dos comentários de Joschka Fisher leiam o post do Mata-Mouros
posted by Miguel Noronha 10:57 da manhã
O Apagão Italiano
O Liberdade de Expressão refere a dualidade dos media no tratamento de acontecimentos semelhantes nos EUA e na Europa e os "problemas" na Alemanha com a energia eólica.
A propósito deste post lembrei-me de um artigo da TechCentralStation acerca de anteriores apagões (no mês de Junho também em Itália - alguém se lembra de ler alguma coisa sobre o assunto?).
Segundo o mesmo a culpa dos apagões (inclusivamente nos EUA) reside na legislação ambientalista que restringe, grandemente, os aumentos de capacidade na geração de energia e favorece a aposta nas "energias alternativas" que não conseguem suprir satisfatoriamente as necessidades.
posted by Miguel Noronha 10:15 da manhã
Boas Notícias pt II
O Aviz regressou às hostilidades (salvo seja...)!
posted by Miguel Noronha 9:17 da manhã
Intelectuais pedem a Fidel que devolva "liberdade a
Cuba" e criticam Lula
PARIS (AFP) - Pedro Almodóvar, Catherine Deneuve, Sophie
Marceau, Jorge Semprun e outras personalidades
participaram esta segunda-feira em Paris de uma "noite
de solidariedade com o povo cubano", denunciando a
repressão conduzida por seu líder Fidel Castro e
destacando sua decepção com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
A atriz Catherine Deneuve abriu o evento organizado
pela ONG Repórteres sem Fronteiras no teatro do
Rond-point dos Champs-Elysées, com a leitura do
discurso realizado em 8 de janeiro de 1959 em Havana
pelo próprio Fidel, logo após a Revolução Cubana,
conflagrada por ele e Ernesto "Che" Guevarra.
"Enganar o povo terá as piores conseqüências (...)
Farei tudo que estiver ao meu alcance para resolver os
problemas sem derramar uma gota de sangue", prometeu o
então líder revolucionário.
Os participantes desta noite de solidariedade disseram
estar "decepcionados" com a atitude do presidente
Lula, que se negou a encontrar dissidentes durante sua
visita à ilha no último fim de semana.
Para tentar explicar a posição de Lula, o escritor
cubano Eduardo Manet comentou que o "mito da revolução
cubana e o de Fidel Castro persistem nos países
latino-americanos", que "sempre consideraram Cuba e a
revolução cubana como uma esperança e nunca quiseram
ver o que acontecia de ruim".
"Um homem como Lula, que tem necessidade do apoio de
seu povo não pode se permitir esse luxo politicamente,
e ele deve dançar a bossa nova com o Fidel (...) Com
Fidel, é necessário ter muita atenção e Lula sabe
disso perfeitamente", acrescentou o escritor.
Estimulando as intervenções, o escritor e ex-ministro
espanhol da Cultura Jorge Semprun ressaltou que, mais
de 40 anos depois, "o povo está sempre de joelhos
diante dos fuzis". Ele lembrou "as ocultações da
verdade que foram durante muito tempo um atributo de
uma parte da esquerda européia".
"Chegou a hora em que os fuzis deverão se colocar de
joelhos diante do povo", defendeu Semprun.
Uma homenagem particular foi prestada ao poeta e
jornalista Raul Rivero, condenado recentemente a 20
anos de prisão em um processo a portas fechadas, no
qual se concluiu que ele "atentou contra a soberania
do Estado cubano".
Sua filha, Cristina Rivero, subiu no palco e
questionou: "como um poeta, um homem sozinho, poderia,
tal com um Hércules dos Tempos Modernos, dividir o
país?". Depois, a atriz Sophie Marceau leu um poema de
Rivero.
O prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, representado
por seu vice, Christophe Girard, transmitiu uma
mensagem de solidariedade e fez os votos de "uma
liberdade reconquistada na ilha".
No fundo do palco, havia várias máquinas de escrever
empilhadas e, em cada uma delas, estava escrita a pena
infringida a um dos jornalistas ou escritores
condenados recentemente. Em Cuba, sua posse é
proibida, a menos que se tenha uma autorização
especial.
O diretor espanhol Pedro Almodóvar segurava um leque
que dizia "Cuba sim, Castro não" e defendeu que Fidel
devolva a liberdade à Cuba e "apague" a ditadura
instaurada por ele.
posted by Miguel Noronha 9:01 da manhã
Johan Norberg: Open borders for immigrants as well pt 4/8
Restrições à imigração de mão de obra não especializada
This is a paradox. On the one hand, governments are trying to recruit the skilled. On the other hand they are making it increasingly difficult for asylum seekers to enter our countries, with the result that illegal immigrants suffocate in container trucks, and corpses of refugees float ashore on Europe?s southern shores ? in increasingly desperate attempts to get here. A Swedish newspaper commented this policy with an illustration of a boat from the coast guard. They had spotted several refugees in the dark water, desperately trying to keep afloat. Instead of saving them, the official from the coast guard reach for the megaphone, and ask loudly: ?Is anyone of you a software programmer??
I think this morally disturbing attempt to recruit some and keep the others away, to take the best plums, is going to fail. It is another attempt to centrally control the economy. Governments think they can socially engineer and design the labour market. That?s not how an economy works. The government does not know what kind of workers we are going to need a few years from now, or what kind of potential people have just by looking at their formal skills. And the people with the best incentives to find out, and those who are closest to the information is actually those who are most concerned ? businesses and immigrants.
Furthermore, we actually need the unskilled workers as well, for example to take care of service jobs that our own population don?t want to do. When all of us here get old and sick, the services we need most are not going to be given by a software programmer from India. And as Nigel Harris has observed, sometimes we need those unskilled workers to be able to entice the IT specialists to come. If they get ground support from drivers, deliverers, nannies, maids and gardeners in India, why would they want to go to Europe and the US where they won?t afford services like that even though their wages are multiplied? Those services are needed here as well.
posted by Miguel Noronha 8:57 da manhã
segunda-feira, setembro 29, 2003
O Cara do Martelo
Crónica de Percival Puggina no Parlata.
"Quando a gente não quer fazer algo, qualquer desculpa serve". A guerra dos transgênicos me faz lembrar essa anedota
Um granjeiro vai ao vizinho pedir emprestado um martelo. O vizinho o recebe na porta e responde: "Não vai dar. Minha mulher precisa ir à cidade comprar um presente de casamento". O sujeito, surpreso, interroga: "E o que uma coisa tem a ver com a outra?" Ao que o dono do martelo esclarece: "Quando a gente não quer fazer algo, qualquer desculpa serve". A guerra dos transgênicos me faz lembrar essa anedota.
Há mais de dois anos, José Bové foi levado a Não-Me-Toque por um grupo de parceiros que, sob seu patrocínio publicitário, destruíram uma lavoura experimental. Feita a encenação, de volta a Porto Alegre, Bové foi recebido com beijos e abraços no Palácio Piratini. Agora, os mesmos caras que destruíram os experimentos alegam que tais produtos devem ser objeto de mais prolongadas pesquisas.
Mesmo assim você pergunta quanto tempo a mais de pesquisas ele quer, posto que elas já foram feitas, que a poderosa e rigorosa FDA norte-americana as acompanhou e autorizou a comercialização desde o início da década de noventa e que nenhuma instituição técnica (CNTBio incluída) apontou qualquer evidência ou possibilidade de dano ou risco de dano à saúde humana. Mas o interesse do cara não é esse e ele nem responde.
Esnucado, parte para os royalties, alegando que quem usar sementes geneticamente modificadas precisará pagá-los ao fornecedor. Até as pedras sabem, e os agricultores mais ainda, que a opção por tais sementes decorre do alto preço dos herbicidas, mas se você apresentar esse argumento, o cara do martelo salta para a questão do mercado.
"O mundo não quer comprar esses produtos", diz. "Vamos plantar e não vamos poder vender". "A área com soja transgênica teve uma redução de cinco por cento nos EUA, neste ano". No fundo, ele sabe que não existe diferença de preços entre transgênicos e não-transgênicos, que até a União Européia (terra dos fornecedores de herbicidas que financiam a campanha contra os transgênicos) já autorizou sua aquisição e consumo. Ele sabe. Sabe, também, que se houver restrições de mercado ou diferença significativa de preço, basta retornar ao sistema anterior. Mas está se lixando para isso. Está se lixando tanto que passa a dizer que é um caminho sem retorno, embora tenha acabado de afirmar que a área plantada nos EUA teve uma redução de cinco por cento.
É difícil argumentar com o cara do martelo. Ele não se constrange, nem mesmo, em insinuar que transgênicos causam AIDS ou que estão na origem da doença da vaca louca.
posted by Miguel Noronha 5:58 da tarde
Johan Norberg: Open borders for immigrants as well pt 3/8
A imigração como forma de renovação geracional
The United Nations Population Fund (UNFPA) has estimated that to keep the EU population at its present level until 2050, 1.6 million immigrants annually will be needed. And to maintain a steady ratio between working and retired populations, the EU would need to take in 13.5 million immigrants every year. Immigration alone cannot ultimately solve the structural problems of social security, pension systems and chronically low employment, but an influx of immigrant workers could ease the burden of transition to one of the alternative systems that various reformers have advocated.
In the light of these developments, the ability to attract people from abroad will decide which economies will grow, and which will stagnate in the future. The challenge will consist in attracting immigrants, not in trying to keep them away. The problem will not be to find jobs for the people, but to find people for the jobs.
posted by Miguel Noronha 4:18 da tarde
Crónicas da Terra: Do Blogue Para o Bar
O Crónicas da Terra vai passar a realizar encontros para divulgar novidades discográficas na área da folk/músicas do mundo no Agito (Bairro Alto).
O primeiro realiza-se este fim de semana. Se estiverem interessados basta seguir o link acima indicado.
posted by Miguel Noronha 3:00 da tarde
Johan Norberg: Open borders for immigrants as well pt 2/8
Imigração e Desemprego
Many would agree that immigration is great for the consumers, who get cheaper gods and services, but what about the workers? Won?t immigrants take our jobs, and the result will be unemployment? This is a common concern ? and a myth. Think again about the creative destruction that free trade brings about, that I mentioned earlier. When the goods get cheaper because of more efficiency or of immigrant workers, the consumers save money, so that they can use this purchasing power to buy other things, more expensive goods, education, health care, etc. And then people will get jobs in those sectors.
Furthermore, immigrants are not merely producers, they are also consumers, who spend their incomes. Immigrants do not merely supply, they also demand. Who are going to build their houses, grow and sell their food, produce their telephones and TV sets, supply them with health care and their children with education? To see more people as a problem, a burden, a cause of unemployment, is like thinking of more births and more babies as a problem. As long as wages follow how much people can produce, our productivity, there is no reason why it would lead to unemployment.
posted by Miguel Noronha 2:14 da tarde
A Ministra das Finanças e os Seus Detractores
João César das Neves comenta o sucesso obtido por Manuela Ferreira Leite na contenção do défice púlico:
A oposição tem a barriga cheia de «manigâncias» e ataca acaloradamente as Finanças. Nunca houve tantos defensores zelosos da disciplina orçamental e analistas minuciosos do rigor da contabilidade pública. Mesmo que as suas propostas e programas políticos ou a prática governativa de alguns em Governos anteriores demonstrem um enorme desprezo pelos princípios de parcimónia que agora defendem tão acaloradamente. Todo este circo, como de costume, serve para iludir os factos. E esses são que, com enorme esforço das Finanças, o nosso défice real se mantém constante há três anos, tendo os cortes realizados conseguido compensar o efeito cíclico da recessão. E isto é um feito notável da equipa de Ferreira Leite.
posted by Miguel Noronha 12:57 da tarde
Johan Norberg: Open borders for immigrants as well pt 1/8
Este é um resumo de uma comunicação apresentada por Johan Norberg na Teldersstichting, Leiden, Holanda sobre a imigração.
O seu conteúdo pode ser directamente aplicado à recente polémica sobre a imigração.
Benefícios da imigração
The two benefits of globalisation, specialisation, and transmission of new ideas and solutions, are also the two biggest benefits of immigration. Just think of it, free trade means that foreigners produce goods and services that we want, and therefore increase competition, production and specialisation. Immigration on the other hand means that foreigners come to our countries and produce goods and services that we want, and therefore increase competition, production and specialisation.
The transmission of ideas is one of the most important benefits of immigration. Openness to immigration means that people with different starting points and world views can address our longstanding problems and come up with creative solutions to them. Immigrants can utilise what is viable in our culture and combine it with traditions of their own, and we natives can do likewise. It is no coincidence that the US, the most dynamic society in history, was built by immigrants. I come to think of the story about the American historian who wanted to write the history of immigration to the US, but understood that it was impossible to demarcate the subject, and had to change the it to the history of the whole US.
We know from our economics lessons that the free movement of factors of production is necessary if capital and production are going to be at the place and in the particular production where they can benefit the economy most. This is important within a country, but it is even better between countries. And free movement for people means that the most important factor of production, human capital, labour, also experience this flexibility. Attempts to measure the extra wealth that immigrants give the American economy ranges from about $8 billion, to several $100 billion
posted by Miguel Noronha 11:36 da manhã
Edward Said
Nelson Ascher escreve o obituário de Said no EuroPundits.
For two long decades, until the day when the Al Qaeda atrocities, demoralizing his apologetic view of the Islamic world, occasioned his final eclipse by his nemesis, Bernard Lewis [1], Said kept a powerful and evil hold over many intellectuals. And, though below such euphemisms as the “creation of a secular bi-national state where Jews and Arabs would live democratically together” what really lurked was his mad dream of abolishing Israel, something that would result in the extermination of its “non native” population, the real victims of his ideas were first and foremost his own countrymen whom he helped to guide towards new disasters
[1] Bernard Lewis é autor de vários livros sobre o Médio Oriente entre os quais " What Went Wrong?: The Clash Between Islam and Modernity in the Middle East" (já diversas vezes referido pelo Pedro Mexia) cuja leitura recomendo.
posted by Miguel Noronha 9:59 da manhã
28 de Setembro
O Mar Salgado relembra o 28/09/74 e o 28/09/75. O primeiro colocou-nos na via do radicalismo revolucionário anti-democratico. O segundo na via democrática.
Acho curioso que o PS (e Mário Soares) se encontre hoje aliado às mesmas forças que combateu na altura.
A história devia-nos ensinar qualquer coisa...
ACTUALIZAÇÃO: a propósito do post acima comentado o Cidadão Livre relembra outro 28/09 de má memória.
posted by Miguel Noronha 9:36 da manhã
sexta-feira, setembro 26, 2003
Boas Notícias!
O Pedro Lomba está de volta!
posted by Miguel Noronha 5:45 da tarde
Tear down trade barriers
O Washigton Times publicou uma critica de WilIiam H. Peterson (da Heritage Foundation) sobre o livro "In Defesa of Global Capitalism" de Joahan Norberg.
posted by Miguel Noronha 4:47 da tarde
Socialismo vs. Liberdade
O Jorge Bento chamou-me a atenção para um artigo d'O Liberal intitulado "Socialismo democrático é contradictio in terminis".
A tese do Thiago Magalhães (autor do referido artigo) é que a aplicação do socialismo mesmo na sua forma mais soft leva ao controlo dos orgão de informação por parte do Estado com o objectivo de minimizar as fontes de dissidência e contestação.
Para alguém que tenha vivido em Portugal não são novidade as acusações de "governamentalização da RTP" (o único meio ainda ao serviço do Estado). Se imaginarmos uma situação em que todos os (ou pelo menos os principais) orgãos informativos estejam na posse do Estado não será dificil imaginar quão grande será o controlo informativo. Será, aliás, "normal" que nas ditaduras em que este controlo é total se constitui como crime o acesso ou a detenção de meios que possiblitem o acesso a meios de comunicação estrangeiros (por ex: televisão e internet).
Como Hayek explica em "The Road to Serfdom" a aplicação do modelo socialista leva ao progressivo controlo/normatização da sociedade pelo estado. Os orgão de informação, por certo, não poderão escapar a este processo. Ainda para mais se tivermos em consideração a possibilidade de os utilizar como orgãos de propaganda e de minimizar a propagação de criticas aos poderes instituidos.
Contrariamente, o capitalismo, através da aposta na iniciativa privada reduz consideravelmente (ou anula) o risco da estatização (ou mesmo a monopolização não estatal) da informação. Como refere o Thiago:
"em uma sociedade Capitalista, sobre-sai a pulverização dos agentes econômicos, de modo a ter-se os meio de comunicação desvinculados do Estado, sendo absolutamente viável que ocorra o que muito dificilmente se daria num regime socialista: a proliferação, através da mídia, de organizações políticas que se articulam à contra-corrente do sistema político-econômico em que se inserem"
posted by Miguel Noronha 3:26 da tarde
Estranhos Critérios
NO Diario de Notícias:
Assessores de Lula tentam agradar ao «amigo» Fidel
Os assessores do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, procuram uma maneira elegante de fazer com que este fale de direitos humanos e democracia em Cuba, sem causar qualquer desconforto a Fidel Castro, seu amigo de há décadas. Para além deste problema difícil, os assessores têm ainda outra missão: não deixar a mais pequena impressão de antiamericanismo durante a visita que Lula fará a Havana hoje e amanhã, sábado.
A missão é delicada, em especial porque Lula da Silva chegará a Cuba depois de passar pelos Estados Unidos, onde, no seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, teceu fortes críticas à política externa norte-americana, em especial no que diz respeito à questão do Iraque.
Convém não criticar o constante atropelo dos direitos
humanos e a ausência de democracia em Cuba porque pode
ferir susceptibilidades.
Por outro lado uma democracia, como os EUA, pode (e deve) ser
livre e abertamente criticada.
Estranhos critérios....
posted by Miguel Noronha 12:15 da tarde
Leitura Recomendada
Anti-Americanismo - Três tipologias fundamentais no Sobre Tudo e Sobre Nada.
posted by Miguel Noronha 10:40 da manhã
quinta-feira, setembro 25, 2003
Fraude no Eurostat
No EUobserver:
The Commission is facing mounting pressure after two reports released Wednesday night (24 September) revealed that illegal financial practices continued during it current term - leading to a loss of millions of euro of taxpayers' money.
A brief account of investigations carried out by Olaf, the EU anti-fraud office, show conflicts of interest between the EU's statistical arm, Eurostat, and the companies which received grants from Eurostat itself.
It quotes cases where financial losses due to mismanagement of funds and illegal reserves amount to millions of euro.
A summary of the Internal Audit Service report also concludes that "the Commission is ill equipped to protect itself further against the risk of collusion by third parties, where little controls, if any are in place".
Na CNN.com:
CNN's Robyn Curnow says the accusations are "deeply embarrassing" for Prodi, who came to office in 1999 promising "zero tolerance" of corruption after the previous commission was forced to resign en masse over a corruption scandal.
Eurostat officials are alleged to have siphoned millions of euros in EU funds to secret bank accounts in the 1990s.
(...)
The internal audit reports, obtained by Reuters news agency before their official release, say auditors found that officials at Eurostat had set up a system that dates before 1999 under which they channeled money into financial reserves.
Allegations of irregular accounting have also been made, with some saying artificially inflated contract values were made and the difference diverted into private accounts. Some officials have said the accounts were set up simply to bypass complicated and time consuming bureaucracy.
The year 1999 is important as Prodi's Commission took office in 2000.
But the report added: "However, due to a lack of transparency, there is no evidence on whether, how and when the reserves practices were discontinued in 1999 or later."
Damian Wild, Editor at Accountancy Age, told CNN: "Eurostat is accused at worst of fraud and at best of financial malpractice.
"What people are thinking is that if these sort of public, very serious problems can happen within Eurostat, then what does that mean for the rest of the European Commission? It could be endemic."
The report is very harsh on the former head of Eurostat, Frenchman Yves Franchet, Reuters says
No Daily Telegraph:
They revealed that taxpayers' money had been used to pay for perks and freebies, including a riding club, a volleyball team, extravagant dinners, and trips to New York and the Bahamas
posted by Miguel Noronha 9:13 da manhã
Explicação
Como já devem ter reparado O Intermitente não tem tido grande actividade nos últimos dias. Tal deve-se a uma invulgar falta de tempo para dedicar ao blog nos ultimos dias que se prevejo continuar durante mais alguns tempos.
Aos meus leitores, especialmente áqueles que me sugeriram textos, peço paciência. Logo que haja tempo voltarei à actividade regular.
posted by Miguel Noronha 8:41 da manhã
terça-feira, setembro 23, 2003
Mais Sobre os Transgénicos
O Africa Blog tem um excelente post sobre os trangénicos.
posted by Miguel Noronha 5:07 da tarde
The Poverty of Nations: International Monetary Fund Socialism Run Amok
On Sept. 23, the World Bank Group and the board of governors of the International Monetary Fund will meet in Dubai to try -- yet again -- to determine “how current international monetary issues should be addressed.”
Let’s hope they bring some fresh ideas because -- despite a $1.5 billion annual budget, 100-plus offices and more than 10,000 employees -- their current approach isn’t working. The World Bank’s motto is: “Our dream is a world without poverty.” But its assistance has done little or nothing to alleviate poverty and, in many cases, has helped perpetuate the systems that brought the hardship in the first place.
(...)
In most cases, though, the assistance hasn’t helped. Why? Largely because recipients have failed to address the main causes of their economic ruin -- corruption, repressed economies, weak judicial systems and excessive state ownership of key enterprises.
(...)
The World Bank and the IMF won’t come close to realizing the dream of "a world without poverty" as long as they keep feeding money to countries with repressed economies and weak judicial systems. These factors breed corruption and deter growth. And the aid merely enables the problems to persist. Argentina, for example, recently used IMF funds to pay government debts so it could avoid much-needed reform of its corrupt public sector.
posted by Miguel Noronha 3:02 da tarde
Bronca no FSP
O dirigente de uma oranização LGBT acusa o BE de infiltrar e criar várias associações semelhantes com o intituito de controlar estes movimentos.
(...) existe um conjunto de activistas responsáveis por "tradicionais tácticas de golpes muito típicas dos trotskistas", ou seja, "infiltrações nos movimentos LGBT, fazendo crer que são muitos e unidos, criando e recriando associações de que são motores, sócios, fundadores e controladores".
O BE demonstra ser um bom aluno dos PCP no controlo destes "movimentos sociais"...
ACTUALIZAÇÃO: o Comprometido Espectador analisa a "bronca" por outro prisma... ;)
posted by Miguel Noronha 11:40 da manhã
Bush's tariffs deal the economy a $680 million hit
It's the classic protectionist result, with the benefits enjoyed by a concentrated and politically powerful few while the costs are diffused. According to the ITC, a quarter of the U.S. companies surveyed reported losing business to foreign competitors since the tariffs were imposed. That's a pretty significant burden for an economy struggling to come out of recession and already losing manufacturing jobs. And it's not the only cost the tariffs have imposed.
A third of these steel-consumer companies said that they had problems getting the steel they needed because contracts they had signed with suppliers were either modified or broken when the tariffs were imposed. The corresponding loss in reported profits totaled $190 million.
More than half of steel users said they had trouble passing costs on to customers, with 43% reporting they couldn't do it at all.
As for jobs, nearly 34% say that employment would go up if the tariffs were lifted.
The ITC report downplays the overall impact of this damage because of a strange bit of economic logic. It argues that these private-sector costs are almost entirely mitigated by the $650 million in new revenue that Uncle Sam took in from the tariffs. In other words, because the government got richer we're not supposed to worry about the competitive hit these companies have taken. That's the same logic Democrats use to assail the Bush income-tax cuts.
All of this is in addition to the damage the steel tariffs have done to U.S. trade leadership. It's hard for an American President to sell the cause of free-trade agreements to the rest of the world when he is protecting his own steel industry. That message will be reinforced soon enough, we suspect, when the World Trade Organization concludes later this fall that the tariffs are a violation of global trade rules.
We don't think Mr. Bush should wait for that to happen to amend his steel mistake, however. Whatever the political calculations that went into these tariffs, the message from the economy is clear: They're not worth it.
posted by Miguel Noronha 8:56 da manhã
segunda-feira, setembro 22, 2003
Unfair to the Third World
(...)
[F]or reasons far from obvious, agriculture has been excluded from the enriching processes of globalisation. Developed countries, almost without exception, have decided that farmers are a special case, and must be preserved as items of living heritage. If farmers cannot keep their business afloat in the face of international competition, why should they not be expected, like the straw-hat-makers before them, to retrain for something else?
Various arguments are advanced as to why farmers should be treated as a special case. There is the strategic argument: that we need to protect national food supplies in the event of war or some other catastrophe. But wouldn?t our chances of survival be better if we provided every family with an allotment where they could grow their own potatoes rather than produce mountains of unwanted and inedible rape seed? It is argued, too, that farmers need to be supported because they ?look after the countryside?. Wouldn?t it be better, aesthetically and environmentally, to allow prairie fields to return to the oak forests they once were?
Nor can it be said that the consumer benefits in some way from agricultural subsidy. On the contrary, he pays for protectionism through higher prices and less choice. It stands to reason that no country can derive a net benefit from subsidising its own exports: every pound paid to American farmers comes out of the pockets of American taxpayers.
This is an equation that is understood in New Zealand, where subsidies were phased out in the 1980s and barriers to food imports simultaneously lifted. Some grumbling farmers promptly went out of business. The rest, however, embraced the free market. Two decades on, the agricultural sector is booming. Far from succumbing to foreign competition, New Zealand farmers seem to manage to ship their lamb halfway round the world and still compete with Farmer Giles of Chipping Sodbury. Ministers are forever buzzing off on Eurostar to see whether our European partners manage their schools, prisons or sewerage systems better than us. When it comes to agriculture, they should give Europe a miss and jump on a plane to New Zealand.
posted by Miguel Noronha 4:40 da tarde
Mitos Ambientais
1. The "Rights" of Future Generations no TCS. Acerca do problemas decorrentes da instituição de quotas de poluição e do aumento dos custos de produção pelo Protocolo de Kyoto.
instituting quotas has the same, fatal flaw as any other form of central planning. It rests on the assumption that the government knows better. Better than the plethora of market operations, which deals with conscious decisions every day in the realm of economic life. Knowledge, as Nobel Prize winner Friedrich von Hayek demonstrated, is spread through society and cannot be centralized in any superior bureaucratic body. Central planning can never be efficient; in economic terms, it cannot produce the best allocation of resources, since the order such planning intends to create simply cannot exist outside the continuously evolving context resulting from the independent and competitive actions of many. Solutions to problems such as global warming cannot arise if not from the efforts of free individuals who put their creativity and genius at the service of others -- albeit for self-interest -- and who therefore create the opportunity for a better and wealthier future.
After all, the only "right" of future generations that we may conceive of is that our sons and daughters deserve to receive from our hands a wealthier and freer world than the one we inherited from our forbearers. A world where capitalism has been eradicated, and the price of innovation and progress has become too high to be ever met, will be neither wealthier nor freer.
2. "Climate Alarmism Reconsidered" - resumo desta recente publicação do Institute of Economic Affairs (no Valete Fratres)
3. Are We All "Damn Fools"?. Este artigo (também no TCS) procura desmistificar o impacto da descongelação dos glaciares.
First and foremost, people assert we know a lot about glaciers, but we don't. We know next to nothing about glacial activity, but what we do know suggests there are as many expanding glaciers as there are shrinking ones (this even happens with two glaciers within a few miles of each other) and that there is no universal trend either way. There are more than 160,000 glaciers on the planet. Scientists have good, long-term (20-year or more) mass balance measurements on a comparative handful of them.
We are also probably years away from knowing how glaciers contribute to the recorded sea level rise of the last century. Braithwaite and Raper noted last year that "the temperature sensitivity of sea level rise depends upon the global distribution of glacier areas, the temperature sensitivity of glacier mass balance in each region, the expected change of climate in each region, and changes in glacier geometry resulting from climate change." They concluded that "none of these are particularly well known at present," because "glacier areas, altitudes, shape characteristics and mass balance sensitivity are still not known for many glacierized regions and ways must be found to fill gaps." Filling in the gaps in scientific knowledge "will probably take a decade of work by many different groups in a number of disciplines."
Another recent study looked at 67 glaciers in North America and found that glacial melting from the 50s to the 70s contributed about 0.14mm per year to sea-level rise (give or take 30 percent). More detailed measurements of 28 glaciers from the mid-1990s to 2001, when extrapolated to the rest of Alaska, yield a sea-level rise of 0.27mm per year. The authors note that these glaciers "form the largest glaciological contribution to rising sea level yet measured." Yet even at this record rate it will take 90 years for sea level to rise 1 inch. Moreover, the authors did not take account of the Great Pacific Climate Shift that took place, as is well documented, in '76-77. The rising rate is much more likely explained by that than by global warming.
posted by Miguel Noronha 2:44 da tarde
Lula, a ONU e a viagem a Cuba
Excerto de um artigo publicado no Diário de las Americas (Miami) por Armando Valladares, escritor e ex-preso político.
Depois de sigilosos debates no seio do governo brasileiro, parece ter sido decidido: em 26 de Setembro o presidente Lula, após participar na assembléia da ONU, fará uma nova viagem à ilha-cárcere, desta vez como Presidente do Brasil. É um passo qualificado no círculo presidencial como «polêmico» e politicamente arriscado, segundo revela a bem informada colunista Dora Kramer, do Jornal do Brasil.
(...) O próprio Lula reconheceu que as peregrinações à meca comunista começaram em 1985. A última delas, em Dezembro de 2001, foi como co-fundador, junto com Fidel Castro, do subversivo Foro de São Paulo (FSP). Lá, na reunião anual do FSP, prestou comovido tributo ao sanguinário ditador, na presença de líderes revolucionários latino-americanos, inclusive narco-guerrilheiros colombianos. «Apesar de que seu rosto já está marcado pelas rugas, Fidel, sua alma continua limpa porque você nunca traiu os interesses de seu povo»; «obrigado, Fidel, porque vocês continuam existindo".
Em fins de Janeiro de 2002, durante o 2º Fórum Social Mundial de Porto Alegre, ante um auditório de milhares de militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do pró-castrista Movimento dos Sem-Terra (MST) e de comunidades de base seguidoras da teologia da libertação, fez um hábil discurso no qual explicou a seus «companheiros» a necessidade de uma nova tática para tomar o poder no pleito presidencial que se aproximava. (...) Era o «Lula Paz e Amor» que, metamorfoseado, avançaria até chegar à Presidência.
O Presidente Lula dará seu aval a uma das maiores e mais flagrantes contradições _ que não são poucas _ da assembléia geral desse alto organismo: condenar uma vez mais, quase que por unanimidade, o embargo americano, sem dizer uma palavra sequer sobre a causa do problema, que é o implacável embargo interno do regime comunista contra o povo cubano desde mais de 40 anos,
Quem será o Lula que chegará a Cuba? O de Dezembro de 2001, concorde com seu histórico revolucionário? O de Janeiro de 2002, que já estava em rápido processo de metamorfose? Ou uma mescla contraditória de ambos? Me inclino pela terceira opção, própria do zigue-zagueante e contraditório caminhar do Presidente Lula,(...) Se Lula não consegue convencer a alguns de que fez algo efetivo em favor do povo cubano escravizado, ao menos deixará neles uma dúvida benévola... e paralizante. O resultado de sua viagem estará também graduado de uma maneira que favoreça, embora seja discretamente, a continuação da ditadura castrista e/ou a passagem para um «pós-castrismo» controlado por funcionários do actual regime que já estejam sendo preparados para esse fradulento papel. (...) Reitero aqui as considerações finais de um meu artigo anterior:
«Se o Presidente Lula quer desmentir com factos, e não com palavras, que se transformou no maior sustentáculo internacional do regime comunista de Cuba _ com todas as graves responsbilidades que tal implica diante do povo cubano e do generosopovo brasileiro, e sobretudo, diante de Deus _ que adopte medidas diplomáticas categóricas para contribuir para a libertação de centenas e talvez milhares de presos políticos cubanos. Que faça algo eficaz para salvar a vida dos presos políticos Martha Beatriz Roque e Oscar Biscet, que agonizam nos cárceres cubanos, atendendo assim ao apelo que lhe acaba de fazer a Unidad Cubana, de Miami. Que não cruze os braços ante o drama do físico cubano Dr. López Linares, actualmente residente no Brasil, que infrutuosamente lhe escreveu solicitando a sua intervenção para poder viajar a Cuba para conhecer seu filhinho Juan Paolo, de 4 anos de idade. Que não tente pôr panos mornos sobre os «avanços na área social», como a saúde e a educação, que na realidade são implacáveis instrumentos de controle ideológico, político e policial dos infelizes cubanos. Que, enfim, contribua, sem eufemismos, para a urgente liberdade de Cuba».
posted by Miguel Noronha 9:15 da manhã
O Euro e o Pacto de Estabilidade
No Diario de Notícias João César das Neves escreve sobre a necessidade de cumprir o pacto de estabilidade e dos perigos que decorrem do seu incumprimento.
posted by Miguel Noronha 8:57 da manhã
sexta-feira, setembro 19, 2003
Genial
No Correio da Manhã Alberto Gonçalves disserta sobre a (proposta para) alteração da hora.
A grande questão é da ordem dos princípios. Os fusos horários, como as estações, o calendário gregoriano e a inabilidade política do dr. Ferro Rodrigues são convenções, mas convenções assentes em fenómenos naturais. O poder que o dr. Durão legitimamente exerce não se pode gabar do mesmo.
Alterar, a bel-prazer, os nossos relógios será óptimo para facilitar transações com o Luxemburgo. Deixaria, porém, a desagradável impressão de que o Governo aprecia meter o bedelho onde não é chamado, ou que, como se usa dizer, exorbita as respectivas competências. Se a hora for para a frente (nos dois sentidos) serve de aviso (a ambas as partes): estes ligeiros assomos de arrogância costumam esconder uma prepotência maior, que um dia, fatalmente, condenará o Governo e, entretanto, de alguma forma, lixou-nos.
posted by Miguel Noronha 6:06 da tarde
Manifesto Contra o Protecionismo
O Istituto Bruno Leoni, o Center for the New Europe e a Globalia estão a recolher assinaturas para o seu Manifesto contra o protecionismo.
Awareness of the inefficiency and injustice of customs tariffs has been at the heart of every economic theory since the time of Adam Smith. But in spite of the fact that there are those who talk about "unified liberal thinking", and about ideological myths from which the globalization adventure stems, we still live in a world of barriers and tariffs. The European Union, in particular, although it was born as a common area of free exchange, today imposes 15,000 customs duties against products of various origins. This is a series of economic measures which costs the life of 6,600 people every day in the Third World, as demonstrated by a recent report by the Centre for the New Europe. That means 275 deaths per hour. A man every 13 seconds, somewhere in the world, dies because of excessive protectionism and insufficient globalization. If Africa could increase its world exchange quota by just one per cent, that would yield ? 70 billion more per year -- enough to pull 128 million people out of poverty. Notwithstanding that, and despite the important world trade organization meeting in Cancun, Mexico, here in Italy we hear only voices in favour of limited trade - and those voices are piped through many channels. As a stratagem to reinforce our competitiveness, we have come up with the institution of new anti-Asian tariffs. Instead of applying pressure on the Chinese government for the elimination of import barriers that prevent the entrance of our products, we would like to follow its model and pave the way to a "tariff war" that could preclude us from getting into the largest market in the world. As intellectuals, as entrepreneurs, as politicians - but especially as people - let's say "no" to a policy that endangers the lives of fellow humans and that prohibits Italian consumers form benefiting from good products at a low price. Free exchange is the premise for peace. The 1900s have demonstrated what happens when this or that national selfishness comes first. Our wish is that history does not repeat itself
Para adicionarem o vosso nome a esta petição enviem um mail para: noalprotezionismo@cne.org
posted by Miguel Noronha 5:47 da tarde
Os Partidos e a Sociedade
No DN de hoje Manuel Villaverde Cabral passa um quase-atestado de óbito aos partido políticos.
A sua tese baseia-se, principalmente, na "traição" do PT (e de Lula) após vencer as eleições e no recente referendo na Suécia em que os movimentos que apoiaram o "não" foram, não partidos políticos mas, movimentos apartidários.
Antes de mais queria referir que considero os exemplos de MVC faláciosos.
A "traição" de Lula não difere da de outros partidos noutros países que ganham as eleições com base num programa populista (e despesista). A realidade económica não se compadece, no entanto, com as teorias políticas igualitaristas. Perante este axioma só restam duas alternativas ao governo eleito: ou cumpre as suas promessas eleitorais tornando-se responsável pelos seus nefastos efeitos a médio/longo prazo (um bom exemplo desta opção são os governos de António Guterres) ou opta por aceitar a realidade. Não creio que Lula se enquadre perfeitamente no segundo caso embora reconheça que, felizmente para o povo brasileiro, em muitos casos não foi seguida linha da ala mais radical do PT.
Não constituindo a "traição" (como lhe chama MVC) das promessas eleitorais um caso novo esta será julgada pelo eleitores em futuras eleições como sempre sucedeu.
O caso sueco é inteiramente diferente. Nos países escandinavos é comum que nas eleições e referendos referentes à UE a oposição a esta se reuna em movimentos apartidários. O seu objectivo é no entanto uma "single issue" não fazendo sentido a sua transformação em partido político onde os horizontes de intervenção são mais alargados.
De referir que o mesmo sucedeu em Portugal com os recentes (e até agora únicos) referendos acerca da regionalização e do aborto.
A existir um divórcio entre o eleitorado e os partidos políticos (e refiro-me especificamente ao caso português) a razão encontra-se no processo de escolha dos eleitos. A votação em listas distritais em que (na maior parte dos casos) a escolha do cabeça-de-lista é da inteira responsábilidade dos orgãos nacionais do partido ainda para mais com a agravante de estes serem alterados de eleição para eleição é a verdadeira causa. O melhor método para repor a proximidade será a adopção de circulos uninominais.
Nota: Esta opção foi recentemente discutida por vários blogues (entre os quais o Catláxia, o Fumaças, o Faccioso, o Epicurtas e o Veto Político))
Embora não o refira esplicitamente a solução defendida por MVC resido nos chamados novos movimentos sociais (quase todos agupados no FSP). Confesso que me custa a compreender como se pode conferir a estes uma representatividade superior à maioria dos partidos políticos. Como se pode conferir representatividade a organizações cuja aceitação pelos eleitorais não está medido?
A terminar o artigo MVC "remata" com o seguinte parágrafo:
Ora, o défice democrático não só não é exclusivo da União Europeia, como equivale ao declínio do próprio sistema representativo. Em todo o caso, é lícito começar a perguntar se os partidos políticos não serão instituições demasiado arcaicas e grosseiras para representar e gerir sociedades tão complexas como as nossas.
Torna-se claro (para quem andava distraído) que para MVC as sociedades necessitam ser geridas. A sua aposta é claremente num modelo planificado. A solução nomalmente apontada é que os poderes de planificação sejam conferidos a técnicos. Normalmente seres superiores que afastados do "jogo sujo da política" resolveriam todos os problemas da sociedade a regra e esquadro.
A solução que MVC deixa antever não difere muito do modelo da UE que o próprio considera causar um "défice democrático".
A verdadeira solução para este "problema" reside não em mais estado mas na solução inversa. A resolução dos problemas da "complexidade da sociedade" deve ser deixada aos próprios cidadãos que, através das suas escolhas individuais, chegam a melhores resultados que os planificadores.
posted by Miguel Noronha 11:49 da manhã
Liberdade na Educação
No Público Fernando Adão da Fonseca defenda a liberdade dos pais na escolha da escola dos filhos.
posted by Miguel Noronha 9:28 da manhã
quinta-feira, setembro 18, 2003
Massagem no Ego
O Intermitente acaba de ser listado no EuroPundits!
posted by Miguel Noronha 8:55 da tarde
Notas Breves
1. Parabéns Charlotte!!
2. Quando é que o João Pereira Coutinho inaugura a sua página?
Pede-se ao Alberto Gonçalves o favor de o apressar...
3. Caso BBC vs Tony Blair: o fim de Andrew Gilligan (no Valete Fratres)
4. (Excesso de) sensiblidade e (falta de) bom senso: a entrevista de Maria João Pires na TSF (no Jaquinzinhos)
posted by Miguel Noronha 2:21 da tarde
He's Back!
Voltou O Comprometido Espectador!
posted by Miguel Noronha 11:54 da manhã
A "Ameaça" Transgénica pt II
O Faccioso levanta alguma duvidas acerca do meu post em que contestava um artigo no JN de Heloisa Apolónio e de Maria João Guerra.
Diz o António Torres:
No final de toda a argumentação, parece-me que aquilo que importa não será provar-se o perigo dos transgénicos, mas sim, provar-se que são realmente inócuos para o Homem e para a Natureza.
E sobre esta prova, já ouvi cientistas apresentarem as maiores dúvidas.
Nenhuma cultura agrícola é "inócua" para o meio envolvente. Diria até mais: em sistemas abertos somos sempre influenciados por qualquer decisão do(s) nosso(s) vizinho(s).
Nesse ponto porque não questionar também a agricultura "tradicional" que usa pesticidas e a agricultura "biológica" que usa tóxicos naturais para combater as pragas. Ambas as intervenções vão afectar o meio envolvente. Uma das grandes vantagens dos OGM's é a dispensa destes meios de controlo de pragas.
Por outro lado não serão as pragas que "atacam" as colheitas um agente natural? Ao procurarmos extermina-las não estaremos a criar um qualquer desiquilíbrio na natureza? E ao escolhermos plantar uma qualquer espécie num determinado local não estaremos a produzir uma alteração no meio ambiente?
O parágrafo anterior apenas serve para levantar a seguinte questão. Toda a a acção humana, incluindo aquelas que agora são apelidadas de "tradicionais", provoca uma alteração no meio envolvente. Porquê colocar uma tão grande (e alarmista) ênfase nos OGM's?
Parece-me que o argumento do combate à fome é demagógico e nada inteligente.
O problema da fome não tem estado ligado à escassez de alimentos no Mundo mas ao facto de haver muito Mundo sub-desenvolvido.
E sub-desenvolvido, há que dizê-lo, numa grande medida pelo tempo que se tem perdido nas ?experiências socias? de inspiração marxista e pelo que tem custado o contrariar destas ?inspirações? em capitais, esforços e vontades não investidos no desenvolvimento.
Mas neste caso, alguém acredita que um sub-sariano poderia ?comprar? alimentos transgénicos, mesmo sendo baratos ?
Como eu referi no meu post o principal problema da fome no terceiro mundo são as barreiras alfandegárias e os subsídios agrícolas praticados pela UE, EUA e Japão. Estes impedem os primeiros de competir com os segundos numa área em que poderia ter vantagens comparativas para além de nos condenarem a pagar mais caro pelos produtos agricolas.
As ajudas financeiras com que o bloco ocidental tenta combater os problemas do Terceiro Mundo criam aliado à corrupção generalizada (que os subsidios alimentam) não só não resolvem o problema como impedem que estes resolvam o problema da fome e do subdesenvolvimento.
A solução realmente não passa pelos OGM's. A receita é a economia de mercado e o livre comércio.
É claro que os beneficios destes podem (e devem) ser aproveitados tanto pelos agricultores do Primeiro como do Terceiro Mundo.
O argumento de que ?se não se viu mal, quer dizer que não há problema?, parece-me também bastante temerário e mesmo irracional.
Num campo em que depois de entrarmos, e correndo mal as coisas, não fosse possível fugir ao caos, diz a prudência que devemos esperar.
Parece-me lógico pensar desta forma.
A cultura dos OGM's é praticada desde 1986 e ocupa uma área de cerca de 150 milhões de hectares (com um crescimento anual de 5.5 Mh). Até agora não foram dectetadas quasquer problemas, resultantes destas culturas, que para a saúde humana quer para o meio ambiente. Quanto mais tempo teremos de esperar?
Para terminar repito o que já tinha dito no post original: será lícito que 71% dos europeus possam limitar a escolha dos restantes 29%? E, volto a frisar, tenho dúvidas quanto à veracidade destes números...
posted by Miguel Noronha 11:49 da manhã
Castro's time is up
De um editorial do Daily Telegraph sobre o regime castrista a propósito da carta dos três ex-presidentes.
Neither embargo nor engagement has broken Fidel Castro's hold over Cuba. During a period when Latin America's polity has changed dramatically, that should give both the US and the EU pause for thought. The difference between their views, though narrowed by fiercer oppression in Havana, has still to be bridged. But that should not stop them from combining in condemnation of dictatorship.
There is still a tendency in Europe to regard "Fidel" as the romantic hero of the Sierra Maestra. In fact, while posing as David to America's Goliath, he is a bully who has dismally failed his people. The east European provenance of our three correspondents suggests that a comparison with a Soviet leader such as Leonid Brezhnev would be more apt.
posted by Miguel Noronha 9:39 da manhã
Manifesto Pela Democracia em Cuba
Os ex-presidentes Vaclav Havel (Républica Checa), Lech Walesa (Polónia) e Árpád Göncz (Hungria) assinam o Cuba livre!.
Há exactamente um ano, o regime de Fidel Castro prendeu 75 representantes da oposição cubana. Mais de 40 coordenadores do Projecto Varela e mais de 20 jornalistas, juntamente com outros representantes de movimentos pró-democracia, foram parar à cadeia. Em julgamentos encenados, todos eles foram condenados a penas de prisão que vão dos seis aos 28 anos - apenas por terem ousado expressar uma opinião diferente da oficial.
No entanto, a voz de cubanos com um pensamento livre está a fazer-se ouvir cada vez mais alto, e é precisamente isso que mais deve preocupar Fidel Castro e o seu Governo. Apesar da omnipresença da polícia secreta e da propaganda do Governo, milhares de cubanos manifestaram já a sua coragem ao assinar o Projecto Varela, que se baseia na Constituição e pretende organizar um referendo sobre a liberdade de expressão e de associação, a libertação de presos políticos, a liberdade de imprensa e a convocação de eleições livres. Apesar disso, e no melhor dos casos, o regime cubano ignora o Projecto Varela e outras iniciativas, e no pior dos casos persegue esse tipo de iniciativas.
A última onda de confrontos, acompanhada de vários ataques antieuropeus por parte da representação política de Cuba, só pode ser considerada como uma manifestação de fragilidade e desespero. O regime está a perder fôlego da mesma forma que o perderam os líderes dos países para lá da Cortina de Ferro no final da década de 80. A oposição interna está a ficar mais forte e mesmo os raides de Março não conseguiram fazê-la ajoelhar-se. Os tempos estão a mudar, a revolução está a envelhecer juntamente com os seus líderes, o regime está nervoso. Fidel Castro sabe muito bem que virá o dia em que a revolução definhará juntamente com ele.
Ninguém sabe ao certo o que acontecerá nessa altura. No entanto, quanto mais claro ficar em Bruxelas, em Washington, no México, entre os exilados e entre os cidadãos cubanos, que a liberdade, a democracia e a prosperidade de Cuba dependem do apoio que for dado à dissidência cubana, maiores serão as possibilidades da futura transição pacífica da sociedade cubana para a democracia.
Hoje, o mundo democrático tem a obrigação de apoiar os representantes da oposição cubana independentemente do tempo que os estalinistas cubanos se mantiverem no poder. A oposição cubana deve sentir o mesmo apoio que sentiam os representantes da dissidência política na Europa, dividida até há pouco tempo. Respostas de condenação devem ser acompanhadas de medidas diplomáticas concretas procedentes da Europa, América Latina e EUA e podem ser uma forma idónea de pressão contra o regime repressivo de Havana.
Não se pode afirmar que o embargo norte-americano contra Cuba tenha produzido os frutos pretendidos, nem se pode dizer o mesmo da política europeia, que tem sido de certa forma diligente com o regime de Cuba. É preciso deixar de lado as discrepâncias transatlânticas relativas ao bloqueio a Cuba e centrar-se no apoio directo aos dissidentes e aos presos de consciência e suas famílias. A Europa deveria manifestar claramente que Fidel Castro é um ditador e que uma ditadura não pode ser um interlocutor de países democráticos até dar início a um processo de liberalização política.
Ao mesmo tempo, os países europeus deveriam criar um "fundo democrático cubano" de apoio à emergente sociedade civil cubana. Este fundo estaria pronto para ser empregue imediatamente em caso de mudanças políticas na ilha.
A recente experiência europeia de transição pacífica da ditadura para a democracia, quer se trate do exemplo de Espanha, ou posteriormente dos países da Europa Central, serviu de inspiração à oposição cubana. Precisamente por isso, a Europa, recordando as suas próprias experiências, não deveria vacilar neste momento. É a própria história da Europa que a isso obriga
Ainda no Público de hoje "Seis Dissidentes Cubanos Condenados em Abril em Greve de Fome"
posted by Miguel Noronha 9:11 da manhã
Importa-se de Repetir?
Do artigo de Miguel Portas no Diario de Notícias:
O recente voto sueco revela a persistência de uma aliança nacional de classes que prefere o Contrato Social à desregulação neoliberal que impera na União Europeia
Quem me dera que a "desregulação neoliberal" imperasse na UE. Infelizmente a realidade (e a tendência) é bem diferente do que afirmaMiguel Portas...
posted by Miguel Noronha 8:35 da manhã
quarta-feira, setembro 17, 2003
Negócio da China
Na NRO, Bruce Bartlett, desmistifica a questão de subvalorização do yuan face ao dólar.
[I]t is worth remembering that if the yuan is truly undervalued against the dollar, then it is like giving every American a 40 percent discount card on everything made in China. Our real incomes are higher in terms of what they will buy because of the Chinese policy. Instead of complaining, we should all be grateful.
Of course, there are those who will point to jobs in the U.S. that have been lost due to competition from Chinese imports. But is this really a sensible rationale for putting tariffs on Chinese goods, as Sen. Charles Schumer (D., N.Y.) proposes? If Wal-Mart suddenly decided to cut the prices on all its goods by 40 percent, would Sen. Schumer endorse a tax on Wal-Mart because Target was losing jobs? I think not, but the analogy is accurate.
Even if Sen. Schumer's 27.5 percent tariff is imposed on Chinese goods, it is not necessarily going to restore any American jobs. In all likelihood, companies now importing from China will just buy from the next-cheapest producer, which may be Korea, Singapore, Mexico, or someplace else. They are not going to start manufacturing here the goods that are now being imported from China unless we put high tariffs on imports from everywhere.
posted by Miguel Noronha 2:47 da tarde
Neófito pt II
Uma adição de peso à blogosfera liberal: o Adam Smith Institute Weblog!
posted by Miguel Noronha 9:26 da manhã
Neófito
O Vitamina C anuncia-nos a sua chegada à blogosfera.
posted by Miguel Noronha 9:08 da manhã
terça-feira, setembro 16, 2003
A "Ameaça" Transgénica
O JN publica hoje um artigo de Heloisa Apolónia (HA) e Maria João Gonçalves (MJG) (ambas do PEV) intitulado "Livrem-nos dos transgénicos".
O protocolo de Cartagena, subscrito pela União Europeia, determina que em caso de risco para a biodiversidade, a importação de OGM pode ser recusada. Os EUA , Canadá e Argentina queixaram-se à Organização Mundial do Comércio porque a União Europeia mantém uma moratória que impede novos transgénicos no mercado europeu. A União Europeia está em vias de levantar a moratória e simultaneamente quer recusar a qualquer Estado-Membro a liberdade de optar pela não produção e comercialização de transgénicos. O Tribunal Europeu aceita o impedimento de comercialização de transgénicos, se houver riscos para a saúde. E assim vão os interesses em relação aos Organismos Geneticamente Modificados (OGM).
Que eu tenha conhecimento, até agora, ainda não foram apresentadas provas do perigo do trangénicos. Nos países que já os utilizam ainda não foi detectada nenhum risco para a saúde pública. Só posso concluir que a existência da moratória se deve a razões políticas.
De acordo com estudos realizados à escala europeia, 71% de cidadãos dos diferentes Estados da União rejeitam os OGM.
Então, se a maioria das pessoas não quer OGM, afinal a quem serve a introdução e generalização no mercado desses produtos transgénicos?
Não querendo colocar em causa os números apresentados questiono a legitimidade dos 71% restrigirem a liberdade de escolha aos restantes 29%.
A resposta, essa, é unânime - servem o interesse económico das multinacionais do sector agro-alimentar, que, para além do controlo que hoje já detêm sobre a distribuição e comercialização de alimentos, pretendem ir mais longe e dominar também as sementes e a produção agrícola.
A resposta está bastante incompleta. Os trangénicos servem igualmente os interesses dos agricultores que podem beneficiar de culturas mais resistentes às pragas e com maiores rendimentos o que lhes porporciona maior lucro. Poderão também beneficiar os consumidores ao proporcionarem produtos agricolas mais baratos.
Se HA e MJG não quiserem estes beneficios estão no seu direito. Não podem é pretender limitar os direitos dos restantes agentes económicos.
É evidente que depois procuram encapotar os seus interesses económicos com argumentos aliciantes, e utilizam o combate à fome como um deles. Isto é por demais hipócrita, quando os países desenvolvidos ou estruturas internacionais como a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial que têm recusado atingir os níveis definidos nas cimeiras da FAO ou na Conferência do Rio, para as ajudas ao desenvolvimento, entre floreados discursos de solidariedade e cooperação, acentuam modelos económicos que defendem exclusiva ou prioritariamente os seus interesses e não o equilíbrio de desenvolvimento dos países no mundo.
Como é que se pode combater a fome no mundo, enquanto a perspectiva for a da dependência da produção alimentar em relação a alguns países desenvolvidos ou enquanto a perspectiva for a da caridade, desde que com lucro para as multinacionais, claro? A fome combate-se com uma questão fundamental que a lógica dos OGM recusa: a soberania alimentar dos povos!
Através dos bebefícios descritos no parágrafo os trangénicos podem efectivamente trazer benefícios para o "combate à fome".
No entanto, como alter-globalistas militantes HA e MJG, esquecem-se de mencionar que o verdadeiro problema reside nas barreiras alfandegárias e nos subsidios agricolas que impedem o "terceiro mundo" de competir com o "primeiro mundo" e desta forma liberta-los (e libertar os nosso agricultores) da subsidio-dependência.
Para além disso, argumenta-se, face à incerteza e às muitas contradições que existem em relação à dimensão real dos impactos para a saúde decorrentes da ingestão de alimentos contendo OGM, que o direito de opção dos consumidores fica assegurado por via de uma rotulagem que indique se aquele produto contém ou não OGM.
Mas, desde logo, é preciso ter consciência que a agricultura não é uma actividade confinada a espaços fechados ? não se faz agricultura em laboratórios. Obrigatoriamente uma cultura com OGM irá interagir e contaminar culturas tradicionais/biológicas de campos vizinhos. O vento, os insectos, o escoamento de águas conseguem transportar sementes e grãos de pólen a grandes distâncias, e rapidamente os OGM estarão disseminados, contribuindo, também, para a perda de biodiversidade.
Volto a frisar que não existem provas de que a "contiminação" de que falam HA e MJG seja prejudicial para qualquer ser vivo e a não ser que o nosso habitat seja protegido por uma redoma de vidro seremos sempre "afectados" pelas acções dos nosso vizinhos. Afirmação como esta não passam de puro e infundado alarmismo.
E quem hoje já domina a distribuição e a comercialização de produtos, oferecendo até marcas diferentes, oriundas da mesma empresa, não pode falar em direito de escolha e de opção porque só oferece ao consumidor aquilo que quiser.
Tanto mais que as multinacionais conseguiram até impor que, para efeitos de rotulagem, existam percentagens admissíveis de contaminação, para aquém das quais a informação ao consumidor não é exigida.
Os OGM tendem sempre, pois, a ser uma imposição e não uma opção, nem para os agricultores que dependerão das multinacionais do sector e não das necessidades de produção do seu país, nem para os consumidores que terão cada vez menos hipótese de adquirir produtos livres de OGM
Tenho para mim que o aumento da oferta significa mais opções para o consumidor e não menos poder de escolha. A decisão final pertence sempre ao consumidor e não, como pretendem HA e MJG ao PEV ou a qualquer eurocrata em Bruxelas. Se as autoras realmente acreditam que 71% dos europeus "rejeitam" os trangénicos diria que existe um grande mercado a ser explorado por quem se dedica às agriculturas "tradicional" e "biológica" mas parece que nem elas acreditam na veracidade desta número...
Os ecologistas são muitas vezes criticados e apelidados de fundamentalistas pelo combate que têm feito à procura de imposição de OGM. Tal como éramos criticados em relação às preocupações com as alterações climáticas, que afinal já têm efeitos visíveis tão acentuados! É que nós ecologistas não somos submissos aos interesses económicos das multinacionais, nem somos conformados por aquilo que nos querem impingir como inevitabilidades, nem queremos que façam de nós e de todos "gato, sapato". Por isso queremos, por precaução, um mundo livre de OGM
Eu diria que este artigo é um bom exemplo do "fundamentalismo" ecologista...
posted by Miguel Noronha 4:33 da tarde
Kyoto on Mars
O aquecimento global em... Marte!! pelo Valete Fratres.
posted by Miguel Noronha 2:54 da tarde
EU and US let down farmers in poor nations
Um artigo de Johan Norberg no Taipei Times [nota: este artigo foi publicado antes da conclusão da cimeira de Cancun]
(...)
Contrary to popular perception, the 1999 trade meeting in Seattle didn't fall apart because of protests. It collapsed because developing countries faced demands for environmental and labor standards without getting, in return, increased market access. If that happens in Cancun, developing countries may drop out of the trade talks. This would be a shock to the multilateral trade system. And it could end the wave of economic and political liberalization that has made life better in many parts of the world.
(...)
Some of the same is happening today and many poor countries feel betrayed. They were promised progress if they liberalized. But when they did, they weren't allowed access to the world economy. We dumped our subsidized goods in their countries. But they weren't allowed to export their goods to us. Brazilian President Lula da Silva has said that all his country's efforts and exports are useless "if the rich countries continue to preach free trade on one side and practice protectionism on the other side." South African President Thabo Mbeki has said that there is a real threat of famine in Africa, because of Western protectionism: "It remains an inexcusable shame."
We do not make friends with these double standards. Instead, anti-American and anti-Western movements surface. According to polls, globalization and trade are popular with the world's poor, but the rich countries and their policies are unpopular. So, in the end, many will dismiss the free market because they never see it in practice.
posted by Miguel Noronha 12:03 da tarde
O Fracasso da Cimeira de Cancun
Artigo de José Manuel Fernandes no Público:
(...)
São muitos os culpados deste fracasso, incluindo alguns países pobres que, no domingo, bloquearam qualquer avanço nos chamados "temas de Singapura", um conjunto de normas que estão a ser discutidas desde 1996 e que visavam criar regras mais transparentes de governação - e menos susceptíveis à corrupção - nos países em desenvolvimento. Mas não nos devemos enganar: a culpa principal recai sobre os países desenvolvidos, em especial a União Europeia, os Estados Unidos e o Japão
(...)
Trata-se de posições politicamente insustentáveis.
No caso americano, estamos perante uma enorme incoerência política, já que um Presidente que se afirma defensor do livro comércio insiste numa política proteccionista tão ou mais grave da que o levou a tarifar as importações de aço para proteger uma indústria americana decadente. O cálculo político de curto prazo com eleições no horizonte mostram que, para George W. Bush, os votos de uns milhares de agricultores valem mais do que os princípios que invoca.
No caso europeu também existe uma tremenda contradição entre as palavras e os actos: uma Europa que gosta de se apresentar como paladina dos direitos dos mais fracos não pode ao mesmo tempo subsidiar cada vaca com cerca de dois dólares por dia quando, em África, metade da população sobrevive com menos de um dólar por dia.
(...)
posted by Miguel Noronha 10:00 da manhã
segunda-feira, setembro 15, 2003
Destabilização Monetária
Recomendo a leitura do post "Estabilizar Destabilizando" de Luís Aguiar Santos Causa Liberal acerca do número de Agosto da revista "Economia Pura".
Um pequeno comentário. Se um dos problemas da deflação é o adiamento das decisões de consumo com a inflação o temos o perigo inverso (ie as decisões de consumo são antecipadas por forma a minimizar a perda do poder aquisitivo do dinheiro). Se se considera que uma taxa de inflação de 1 a 3% não conduz à antecipação das decisões de consumo pergunto-me porque se vê numa deflação da mesma ordem o perigo inverso?
posted by Miguel Noronha 4:24 da tarde
A Imigração
A propósito do comentário do Abrupto ao discurso anti-imigração de Paulo Portas (também já comentado pelo Valete Fratres) relembro o estudo publicado pelo Alto Comissariado Para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).
Segundo este estudo quer em Portugal (2001) quer em Espanha (1996-1998) a imigrantes foram contribuintes liquidos. O ACIME estima este contributo em 323.605 m? o que corresponde a uma contribuição de cerca de 1392 ? por cada imigrante legalizado.
O ACIME estima ainda que os cerca de 50.000 mil ilegais "correspondem a um desperdício do
Estado em 10,4 milhões de contos" (dado não realizarem os descontos legais).
Relembro ainda a posição de Julian Simon (já aqui há tempos referida). Os imigrantes constituem uma mais-valia para um país dado que são (em certos casos) um fonte de mão-de-obra qualificada, diminuem a pressão inflacionista por via salarial e constituem a nossa melhor garantia de renovação geracional (dadas as taxas negativas de crescimento populacional).
posted by Miguel Noronha 1:03 da tarde
Anna Lindh
Jens-Peter Bonde relembra Anna Lindh a MNE sueca assassinada recentemente.
"Anna Lindh, the Swedish Minister of Foreign Affairs, fought sincerely for openness in the EU. During the Swedish EU Presidency in the Spring of 2001 we developed a close co-operation as she was unable to make herself heard in dealing with Spain, France and Portugal and needed support in the European Parliament. I got to know Anna as an upright politician who gained my respect - even when we could not agree.
Anna paid with her life for the citizens' free access to Nordic politicians. Knowing the risk she still safegarded the principle of openness. That principle is so precious that we will honour her memory best by realising that a politician is also a human being, who should be allowed to go shopping or take a bus and talk to people without personal protection. Should this proximity between the elected and the electorate be lost, the dreadful assassin will not only have killed a great politician - but the lifeblood of Nordic democracy itself."
posted by Miguel Noronha 12:03 da tarde
sexta-feira, setembro 12, 2003
Unmasking Noam Chomsky
[...] Chomsky?s moral perspective is completely one-sided. No matter how great the crimes of the regimes he has favoured, such as China, Vietnam and Cambodia under the communists, Chomsky has never demanded their leaders be captured and tried for war crimes. Instead, he has defended these regimes for many years to the best of his ability through the use of evidence he must have realised was selective, deceptive and in some cases invented.
In fact, had Pol Pot ever been captured and tried in a Western court, Chomsky?s writings could have been cited as witness for the defence. Were the same to happen to Osama bin Laden, Chomsky?s moral rationalisations in his most recent book??almost any crime, a crime in the street, a war, whatever it may be, there?s usually something behind it that has elements of legitimacy??could be used to plead for a lighter sentence.
This kind of two-faced morality provided a model for the worldwide protests by left-wing opponents of the American-led coalition?s war against Iraq. The left was willing to tolerate the most hideous acts of state terrorism by the Saddam Hussein regime, but was implacable in its hostility to intervention by Western democratic governments in the interests of both their own security and the emancipation of the Iraqi people. This is hypocrisy writ large.
The long political history of this aging activist demonstrates that double standards of the same kind have characterised his entire career.
Chomsky has declared himself a libertarian and anarchist but has defended some of the most authoritarian and murderous regimes in human history. His political philosophy is purportedly based on empowering the oppressed and toiling masses but he has contempt for ordinary people who he regards as ignorant dupes of the privileged and the powerful. He has defined the responsibility of the intellectual as the pursuit of truth and the exposure of lies, but has supported the regimes he admires by suppressing the truth and perpetrating falsehoods. He has endorsed universal moral principles but has only applied them to Western liberal democracies, while continuing to rationalise the crimes of his own political favourites. He is a mandarin who denounces mandarins. When caught out making culpably irresponsible misjudgements, as he was over Cambodia and Sudan, he has never admitted he was wrong.
Today, Chomsky?s hypocrisy stands as the most revealing measure of the sorry depths to which the left-wing political activism he has done so much to propagate has now sunk.
posted by Miguel Noronha 5:42 da tarde
quinta-feira, setembro 11, 2003
O 11 de Setembro pt V
Poucos acontecimentos recentes ter-me-ão causado a mesma emoção que o dos ataques de 11/09/01. Um que também não me sai da memória é o massacre do cemitério de Santa Cruz.
Na altura esse acontecimento serviu para transformar Timor-Leste, verdadeiramente, numa causa nacional ainda que por pouco tempo. Realizaram-se algumas vigilias, o governo elaborou um "plano secreto" para lidar com a questão. Depois a "causa" quase morreu na opinião pública só ressuscitando plenamente na altura da realização do referendo que iria decidir a independência do território.
Passadas apenas algumas semanas do massacre de Santa Cruz a minha faculdade realizou um debate sobre Timor. Este foi organizado pelo meu professor de Ciência Política Dr. José Manuel Pureza (JMP). Incluindo os elementos da "mesa" não deviamos estar mais de 10 pessoas na sala e duas sairam pouco depois da sessão se ter iniciado.
No final eu e outro colega comentamos esse facto com o nosso professor. Ele confessou a sua tristeza pela fraca adesão dos alunos ainda que isso o não surpreendesse. Já tinha presenciado outros eventos semelhantes ainda com menos assistentes. Aconselhou-nos, no entanto, a não desaminar. A independência de Timor seria um caminho penoso mas continuaria a lutar pela causa ainda que ninguém o quisesse ouvir.
Já anteriormente, pela a forma como lecionava, tinha uma opinião bastante positiva de JMP. Ela saiu bastante reforçada depois desta sessão.
No ano seguinte JMP abandonou a minha faculdade e apenas de tempos a tempos tinha notícias suas, normalmente, quando ocorria algum evento relacionado com a causa timorense.
Recentemente fiquei, negativamente, surpreendido que vi noticiada a sua eleição para a direcção do BE. No entanto o verdadeiro choque foi a comentário que hoje li no Abrupto acerca do 11 de Setembro. Diz JPP:
Na TSF, José Manuel Pureza explicou aquilo que a capa do Público diz: tinha sentido associar os dois onze de Setembro [a deposição de Allende e o ataque ao WTC] pois estes estavam unidos pelo ?expansionismo americano?. Está tudo esclarecido. É uma forma de pensar próxima do negacionismo do holocausto. E campos de concentração será que houve?
Concordo em parte com JPP. A semelhança como o negacionismo do holocausto reside "apenas" na gravidade e no despudor das afirmações. Não é, no entanto, idêntica. Estes "pensadores" não negam os atentados. Eles justificam-nos como o resultado natural das acções do "imperialistas americanos". A culpa,segundo eles, não é dos extremistas islâmicos. É "nossa. Ainda que os valores professados pelos terroristas contradigam todos os seus valores. Como escreveu recentemente Nelson Lehman (director do Instituto Liberal de Brasília):
Hoje, os valores em evidência proclamados pelos autodenominados progressistas poderiam ser assim listados: Democracia Participativa, Direitos de Minorias raciais , culturais e de ?gênero?, Afirmação Feminista, Liberdade e de Expressão, Pluralismo Cultural, sacralização do Meio-Ambiente, e outros temas correlatos. A consciência destes valores tem sua origem, seus idelizadores e promotores, em indivíduos e organizações norte-americanas.
Onde tais valores são desconhecidos e mesmo hostilizados ?
Em atrasadas comunidades do terceiro mundo, no ambiente cultural Islâmico, nos remanescentes regimes comunistas, Coréia do Norte e Cuba.
No entanto, o alvo predileto de todos os ressentidos ataques dos progressistas, ou utópicos socialistas, são justamente os Estados Unidos da América.
Sem perceber o paradoxo, nossos progressistas esquerdófilos tomam o partido das sociedades patriarcais, machistas, autoritárias, supersticiosas, opressoras, dogmáticas, intolerantes, representadas pelas sociedades muçulmanas, tribais e comunistas. Já sua irracional crítica se volta contra a matriz de seus próprios ideais democráticos, pluralistas, libertários, os Estados Unidos. Apenas deste cobram ética, tolerância e Direitos Humanos, jamais da Al Kaeda, das FARCs ou do MST.
Eis a psicopatologia de nossos tempos.
É, no mínimo triste, que eles não se apercebam disto. É ainda mais triste quando me apercebo que "nestes" deva nclui o meu antigo professor.
posted by Miguel Noronha 10:59 da tarde
O 11 de Setembro pt IV
Um sobrevivente relata as emoções dois anos depois da tragédia.
posted by Miguel Noronha 4:53 da tarde
O 11 de Setembro pt III
"Standing, Notwithstanding" no Dissident Frogman.
posted by Miguel Noronha 9:04 da manhã
O 11 de Setembro pt II
"Forget The Idiots" e concentrem-se nos culpados é a proposta de Nelson Ascher para este 11/09 num post extremamente emotivo.
posted by Miguel Noronha 9:01 da manhã
quarta-feira, setembro 10, 2003
"Concorrência Desleal"
O Diário Digital noticia que por ordem do IVV foram arrancados 180 hectares do vinha ilegal em Campo Maior.
«Em Portugal o regime de novas plantações de vinha determina, de acordo com a legislação comunitária, a proibição até 31 de Julho de 2010 da plantação de novas vinhas com castas classificadas para a produção de vinho», refere o comunicado do IVV, de forma a evitar situações de concorrência desleal que prejudiquem os vinicultores
E o interesse dos consumidores? O IVV parece actuar apenas com o intuito de manter o status quo e criar barreiras artificiais (e injustificadas) à entrada de novos produtores. Quem deve fazer de juíz é o consumidor e não o IVV.
Relembro as palavras de Milton Friedman em "Liberdade Para Escolher" acerca da ICC (Interstate Commerce Comission):
A ICC ilustra o que se pode chamar a história da intervenção governamental. Um mal verdadeiro ou imaginário exige que se tome medidas. Forma-se uma coligação política constituida por reformadores sinceros e altruístas e por partes igualmente sinceras e movidas por interesses próprios. Os objectivos incompativeis dos membros da coligação (por exemplo preços baixos para o consumidor e preços elevados para o produtor) escondem-se por trás de belos discursos retóricos sobre "interesse público", "concorrência honesta" e outras coisas semelhantes. A coligação consegue que o Congresso (ou um corpo legislativo estadual) faça aprovar uma lei. O preâmbulo da lei não passa de retórica e o corpo da lei concede poderes às entidades governamentais para "tomar medidas". Os reformadores idealistas gritam vitória e concentram a sua atenção em outras causas. As partes interessadas lançam-se à obra para que o poder seja utilizado em seu benefício. Normalmente conseguem-no. O êxito origina os seus próprios problemas que são enfrentados alargando o âmbito da intervenção. A burocracia cobra os seus tributos de modo que já nem os interesseses especiais do início beneficiam. No fim, os efeitos acabam por ser exactamente o oposto do objectivo dos reformadores e, geralmente, nem sequer vão ao encontro dos objectivos dos interesses especiais. Contudo, o organismo está tão firmemente instituido e estão em jogo tantos direitos adquiridos que é quase impossível a revogação da legislação inicial. Em vez disso é necessária nova legislação para resolver os problemas causados pela primeira legislação e, assim, começa um novo círculo vicioso.
posted by Miguel Noronha 7:57 da tarde
O 11 de Setembro
Um artigo na American Spectator relembra o que não devia ter sido esquecido acerca do 11/09.
We won't forget those we lost, but we must also not forget how we lost them. If memory is devoted solely to the focus on absence and not on cause, then 9/11 becomes no different than a day of mourning for the victims of a tragic fire. Unfortunately there are a good number of Americans who for various reasons desire this kind of national posture. Those of us who disagree will have to win this argument before America can win the war.
posted by Miguel Noronha 7:14 da tarde
Os Alter-Globalistas Atacam de Novo
A cimeira de Cancun da OMC iniciou os seus trabalhos com mais uma manifestação de falta de civismo dos alter-globalistas.
Pergunto o que aconteceria se um grupo pró-globalização interrompesse, mesmo de forma não violenta, uma qualquer manif ou reunião do FSM ou de qualquer outra organização adjacente.
Presumo que seriam, no mínimo, apelidados de fascistas...
posted by Miguel Noronha 6:50 da tarde
segunda-feira, setembro 08, 2003
A Venezuela e o Terrorismo Árabe (via Instapundit)
Depois das acusações de ligações do regime chavista aos narco-terroristas das FARC surgem agora indícios este é no mínimo culpado de inacção face ao terrorismo islâmico.
Intelligence agencies are investigating links between Islamic terrorist networks and the Venezuelan government. While U.S. counter terrorist efforts in Latin America have until now tended to concentrate on the "tri border area" of Brazil, Paraguay and Argentina, it's believed that al-Qaida suicide bombers could also be hiding in Venezuela.
Investigators name two Venezuelan based al-Qaida suspects: Hakim Mamad Al Diab Fatah who was deported from the U.S. on suspicion of involvement with the Sept. 11, 2001 attacks and Rahaman Hazil Mohammed Alan who is jailed in the U.K. for smuggling an explosive device onto a British Airways flight. American and British officials complain that their investigations are stymied because the government of President Hugo Chavez has dismantled U.S.-trained intelligence units which tracked terrorist connections among the half-million strong Venezuelan Arab community.
Chavez has instead brought in Cuban and Libyan advisors to run his security services according to American, British and other European diplomatic officials in Caracas.
(...)
Venezuelan police officials speaking on condition of anonymity say that Mohammed's identity is manufactured and that members of his supposed family have connections with Chavez government circles. They could also be connected with a Hizbollah money laundering operation centred around the Banco Confederado on the resort island of Margarita which channels money into the establishments of several Arabs in Venezuela with known radical ties,
A U.S. trained Venezuelan intelligence officer who formed part of the disbanded counter terrorist unit, Section 11, tells UPI that Chavez has been withholding key intelligence from U.S. authorities about the head of Hizbollah's financial operation, Mohammed Al Din, a contributor to Chavez's presidential campaign.
The source says that his unit was eliminated while it was investigating suspicious cash transfers between the Banco Confederado and Lebanon during 2001. A Section 11 undercover agent was killed in Margarita where Diab Fatah has been recently spotted according to Intelligence officers. The island is considered a stronghold of Chavez's state sponsored militias, the Circulos Bolivarianos.
posted by Miguel Noronha 2:19 da tarde
A Cimeira de Cacun
Num Artigo no Público Luís Salgado de Matos fala sobre a cimeira de Cacun.
Alerta para as falácias dos "alterglobalistas" e dos proteccionitas que, sob a bandeira do combate à pobreza, pretendem colocar entaves ao comércio livre e impedir o verdadeiro desenvolvimento do terceiro mundo e condena-los à subsidio-dependência.
Os proteccionistas, porém, não desistiram de impedir um acordo. Os proteccionistas são de dois tipos: Estados nacionais e «altermundialistas»; parecem divergir mas concordam em responsabilizar o comércio livre pela injustiça social: se o leitor defender a liberdade de comércio, acusam-no de levar a fome ao mundo. Esta propaganda é chantagem.
A liberdade do comércio é indispensável ao crescimento económico e à liberdade política. Adam Smith e David Ricardo demonstraram que o comércio livre cria riqueza - mesmo que só um dos Estados baixe as barreiras, por isso que mesmo assim a especialização aumenta a produtividade. Esta demonstração é mesmo uma das poucas verdades da ciência económica.
A liberdade comercial dificulta o autoritarismo do Estado-nacional pois gera pluralismo: comércio livre significa que o Estado não pode ter o poder todo, já que o comércio produz poder.
Cai no entanto, ele próprio, numa falácia ao defender a redistribuição da riqueza por via estatal ao mesmo tempo que defende o mercado como gerador de riqueza.
O comércio internacional livre, como qualquer mercado livre, pode criar desigualdade. Em cada país atlântico a acção social do Estado corrige os excessos do mercado. Precisamos de idêntica correcção à escala da Terra.
Estas políticas reduzem o potencial de crescimento ao criarem distorções na redistribuição de recursos e ao criamem desincentivos à criação de riqueza e conferem ao estado um poder desmesurado (factor que LSM alerta no caso do proteccionismo mas falha em associar ao estado neste caso) São formas ineficientes de "caridade" dada a grande (e crescente) percentagem de recusos que tendem a ser absorvidos pela burocracia estatal.
posted by Miguel Noronha 9:42 da manhã