O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

quinta-feira, julho 31, 2003

Resposta a André Alves

Concordo com o argumento do Causa Liberal. O Tratado de Versalhes impôs condições "pesadí­ssimas e irrealistas". No entanto, o caos social que se verificou no pós-guerra teria sido evitado se a América não se tivesse relegado ao isolacionismo e tivesse assistido a Alemanha como fez após a IIº Guerra Mundial.
posted by Miguel Noronha 10:29 da tarde

Taki

No Causa Liberal Carlos Novais "responde" a David Frum com uma citação de Taki Theodoracopulos. Eis outra citação de Taki:

Peter Robinson: So, the paleo-conservative position is protectionist?

Taki Theodoracopulos: I do feel very sad when you see Bethlehem Steel, whose President we raced against sailing in the '50s, Bethlehem Steel was one of the great giants and now to see these people. You know, people used to go, grandsons, great grandsons, straight into the business. All those wonderful John O'Hara books, everything was based on big businesses which kept the thing going--no longer. To support sweatshops so Nike can make a fortune here, in Vietnam, I'm not for. I believe in protection for American workers.

Nem a CGTP ou o BE diriam melhor...
posted by Miguel Noronha 10:24 da tarde

Futuros pt III

No EconLog Arnold Kling também faz a apologia do mercado de futuros e cita a opinião de vários especialistas. Queria destacar um em particular:

The futures market in orange juice concentrate is a better predictor of Florida weather than the National Weather Service. The Iowa Electronic Markets outperform the opinion polls in predicting presidential election vote shares. Hewlett Packard ran a market forecasting printer sales that outpredicted any of its analysts. The Defense Department should be applauded for admitting to its own limitations. Last winter we studied a market in "Saddam Securities" that proved to be a good predictor of the probability of war in Iraq.
posted by Miguel Noronha 5:32 da tarde

Trabalho Arduo

Ser o responsável pela manutenção de dois blogues pode ser cansativo e sobretudo bastante confuso...
posted by Miguel Noronha 4:50 da tarde

Futuros pt II

No seguimento do seu anterior artigo (ver aqui), Hal Varian publica hoje no NYT uma coluna em que defende a ideia original e atribui o seu abandono a reacções exageradas de alguns políticos e a uma má condução política deste tema.

Uma vez que a ideia de um mercado público sobre futuros é pouco provável que venha a ser recuperada Varian propões, como alternativas, um mercado "fechado" apenas acessível a analistas da CIA (e de outras agênicas de informações) ou um indice público compósito (um "political instability index") que não seria tão polémico.


"We desperately need better ways to forecast political instability, and the Policy Analysis Market had significant promise. It's sad to see poor public relations torpedo a potentially important tool for intelligence analysis"

ACTUALIZAÇÃO (via Presto Pundit)
Joseph Stiglitz faz várias críticas à proposta original. Estas são (no meu entender) todas rebatidas nos artigos de Hal Varian.
posted by Miguel Noronha 3:14 da tarde

Edward Meadow Rabbit

Manuel Falcão comments on EMR's todays column. It's his first post-vacation article and it seems his mind's still somewhere in Algarve. The green tea quote is rather stranger indeed...
posted by Miguel Noronha 2:15 da tarde

Venezuela

O The Devil's Excrement tem notícias frescas mas preocupantes.

O regime entrou na fase negacionista...
posted by Miguel Noronha 1:11 da tarde

Alan Sokal Sobre Boaventura Sousa Santos

No Público

Da vasta obra de Boaventura Sousa Santos, Sokal confessa que apenas leu "O Discurso sobre as Ciências". "Tenho muito gosto nesta conversa pública com ele. O seu discurso é muito claro, mas as suas ideias são confusas e mal fundamentadas." E refere um excerto do livro em que Sousa Santos afirma que "a ciência moderna não é a única explicação possível da realidade e não há sequer qualquer razão científica para a considerar melhor que as explicações alternativas da metafísica, da astrologia, da religião, da arte ou da poesia".
posted by Miguel Noronha 11:57 da manhã

Os crimes de Saddam

O DN tem vindo a publicar crónicas do escritor peruano Mario Vargas Llosa sobre o Iraque em que se denunciam os crimes de Saddam Hussein. Eis alguns exemplos

"Uma das explicações para o vandalismo [refere-se à onda de violência e saques ocorridos após a queda do regime] é a abundância de delinquentes comuns soltos no Iraque por ordem de Saddam. Quantos eram? Entre trinta e cem mil. Os números nunca coincidem e alcançam extremos fantásticos.

Sem dúvida, uma boa parte dos estragos proveio dessas massas de delinquentes lançados a fazer das suas nesse país sem lei nem ordem que Saddam quis legar à posteridade. Foram causados também por pandilhas de agentes, torturadores e funcionários do regime empenhados em fazer desaparecer qualquer traço das suas malfeitorias"



O vice-presidente da Associação de Prisioneiros, Abdul Fattah Al-Idrissi, assegura-me que, por exagerado que pareça, o número de assassinados e desaparecidos desde que o Partido Baas deu o primeiro Golpe de Estado e se iniciou a irresistível ascensão de Saddam Hussein em 1963 oscila entre cinco e seis milhões e meio de pessoas. Ou seja, algo assim como 20 por cento da população do Iraque. «Nem Hitler tem um recorde semelhante».

Alguém deseja discutir a (suposta) ausência de justificações para a intervenção no Iraque?

posted by Miguel Noronha 11:17 da manhã

Constituição Europeia

Segundo o EU observer, ao contrário de outros países e apesar dos "avisos" de Joshcka Fisher e Giscard D'Estaing, o Reino Unido vai apresentar proposta de alteração à proposta da CE.

The British government will publish a "White Paper" - a policy statement - setting out its "red lines", areas in which it is not prepared to compromise, after the summer break, the paper says.

These "red line" issues include: proposals which move towards tax harmonisation, the mutual defence pact - which the UK government sees as undermining NATO - and the creation of an EU public prosecutor


O RU espera que outros países apoiem estas propostas. É expectável que a "sagrada aliança" franco-alemã e outras luminárias acusem estes países de "seguidismo"...
posted by Miguel Noronha 9:50 da manhã

WTO

Segundo as últimas notícias é possível que a presente reunião da WTO (a decorrer em Toronto - Canadá) tenha bons resultados:

"The United States and European Union say they will to try to hammer out a deal on cutting agricultural tariffs and quotas before mid-August in a bid to salvage ailing global free-trade negotiations"

Espero que os "bons indícios" se transformem em "bons notícias".
posted by Miguel Noronha 9:29 da manhã

Inconsequências

Um artigo do FrontPage magazine conta como a proibição do DDT está a ter consequências gravíssimas em África. Mais um caso de ecologismo militante e incosequênte.

Although DDT "provides the most effective, cheapest, and safest means of abating and eradicating" infectious diseases, all changed with the 1962 publication of Carson's tome Silent Spring. And just as the world's leading scientists predicted 30 years ago, Carson's crusade against DDT has
caused the world's deadliest infectious diseases such as typhus and malaria, which "may have killed half of all the people that ever lived" according to the World Health Organization, to make a deadly comeback that will soon threaten the United States and Europe again

posted by Miguel Noronha 9:05 da manhã

quarta-feira, julho 30, 2003

A Escola Austriaca

Podem encontrar nesta página um resumo da história e dos principais temas da Escola Austriaca. Inclui bastantes links...
posted by Miguel Noronha 11:17 da tarde

Michael Novak

Um artigo na de Michael Novak na NRO sobre o anti-americanismo e a hegemonia americana.


When some American critics (ineptly) describe America as an empire-to make fellow Americans feel guilty — they define empire by an abiding American concern to keep international trade routes open; and by American preparedness since World War II to fight two wars at any one time, as we had to do in Asia and Europe from 1941 right through the Soviet threat until 1989. They blame our economic motives and our military motives. They do not mean acquisition of territory, just worldwide watchfulness and worldwide activities.

But think of the alternative. An isolationist America unwilling or unable to argue for free trade, and to keep the trade lanes open, would dash the hopes of every nation seeking to emerge from poverty by entering the "circle of economic prosperity" constituted by that trade.

An America unwilling to help democratic forces and those seeking protection of their human rights, everywhere around the world, would not have presided over the growth of democracies in the world from 4 in 1900 to 30 in 1974 to 117 today. The vast populations moving out of poverty since 1950, those moving from illiteracy to literacy, and those whose average age at death jumped from roughly 41 to 62, made these advances during the period of American preeminence. At least a little of this worldwide progress is owed to the blood shed by Americans (and many others) in overcoming massive tyrannies, and to the treasure and techniques Americans shared with those in need.

America neither deserves nor desires uncritical love, by Europeans or anyone else. But does it not seem at least a little ungenerous and, compared to real alternatives, utterly groundless to give currency to calumnies about America? Such calumnies now circulate widely among intelligent people in Europe, who have reason to know better. For your own self-respect, dear friends, raise questions about them.

About our faults and misjudgments say all you will. Only, I urge you, cleave to the truth. That garment best becomes what Europe stands for.


posted by Miguel Noronha 8:12 da tarde

Trabalhadores da TSF expressam preocupações aos partidos

O Públido noticia que uma delegação dos trabalhadores da TSF requereu (e obteve) audiênicas com o PS, o PCP, o BE e Jorge Sampaio a quem expressaram as suas preocupações.

"Mais do que uma questão laboral que preocupa cada um dos funcionários, os trabalhadores estão muito apreensivos com uma possível descaracterização do projecto"

Ainda que considre a TSF a minha estação de "defeito" (mais por falta de alternativas que por outra coisa - sublinho) custa-me a compreender a razao que leva representantes de vários partidos e o PR a imiscuirem-se nos assuntos de uma rádio privada. Apenas a publicidade gerada em torno dela e o desejo de ser associado a (mais) uma nobre causa (no seu pobre entendimento) o pode justificar. Presumo que alguém deputado mais afoito já tenha pedido um debate de urgência para debater este "problema"...
posted by Miguel Noronha 6:10 da tarde

O Federalista

No seu artigo de hoje António José Texeira escreve sobre a edição portuguesa dos "Federalist Papers".

Apesar de todos os elogios que lhe tece, AJT, comete um erro crasso. Compara a Constituição de Filadélfia à actual Constituição portuguesa. Enquanto a primeira se limitava a apontar principios genéricos e, como bem refere AJT, a limitar a acção do poder político, a nossa constituição, pese embora as revisões operadas, continua a ser demasiado "precisa" (ie não generalista) e dirigista.
posted by Miguel Noronha 5:42 da tarde

Unpatriotic Conservatives

The antiwar conservatives aren't satisfied merely to question the wisdom of an Iraq war. Questions are perfectly reasonable, indeed valuable. There is more than one way to wage the war on terror, and thoughtful people will naturally disagree about how best to do it, whether to focus on terrorist organizations like al-Qaeda and Hezbollah or on states like Iraq and Iran; and if states, then which state first?

But the antiwar conservatives have gone far, far beyond the advocacy of alternative strategies. They have made common cause with the left-wing and Islamist antiwar movements in this country and in Europe. They deny and excuse terror. They espouse a potentially self-fulfilling defeatism. They publicize wild conspiracy theories. And some of them explicitly yearn for the victory of their nation's enemies


posted by Miguel Noronha 3:36 da tarde

Futuros (via Virginia Postrel)

Um artigo de Hal Varian no NYT ("A Market Approach to Politics") defende a utilização dos contractos de futuros para outros fins (vidé o post acerca da polémica dos futuros sobre o terrorismo)

ACTUALIZAÇÃO: A NRO e o Liberdade de Expressão têm artigos sobre este tema.
posted by Miguel Noronha 1:12 da tarde

A Iª Guerra Mundial (continuação)

Carlos Novais respondeu ao meu post sobre o supracitado tema.

Continuo a achar estranho que CN reconheça a Alemanha prussiana e a Rússia czarista como "estados liberais" (como André Alves reconheceu).

O status quo do pré-Iª GM era inviável a médio prazo. As tensões nacionalistas no interior dos impérios centrais levariam levariam à implosão dos ditos impérios. Essa fragmentação poderia ter acontecido ser recurso à guerra mas infelizmente não foi esse o caso. Por outro lado, como já anteriormente o disse, considero profundamente hipócrita que as democracias liberais assistissem impávidamente à expansão alemã na Europa continental que, volto a frisar, era um estado iliberal.

Quanto ao pós guerra CN contradiz-se. Foi precisamente o isolacionismo das democracias ocidentais que levou à instabilidade política na Alemanha.

Quanto ao nation building que CN critica só defendo a intervenção das potencias ocupantes na manutenção da ordem pública e na recuperação das infra-estruturais essenciais (como seria normal num estado "normalizado"). O restante esforço pode e deve ser feito com recurso à iniciativa privada (como está a acontecer no Iraque).
posted by Miguel Noronha 12:09 da tarde

Guest Blogger

A partir de hoje e até ao seu legitimo proprietário regrassar de umas merecidas férias vou estar também no Valete Fratres!.

Confesso. Estou algo nervoso...
posted by Miguel Noronha 11:03 da manhã

The End of Words

O que é que se diz a um amigo quando lhe falece a mãe?
posted by Miguel Noronha 10:50 da manhã

terça-feira, julho 29, 2003

A Inevitabilidade do Estado

Um artigo de Walter Williams questiona a inevitabilidade da existência de certas politicas e organismos estatais.

"Whenever someone says that this or that government program is absolutely necessary, I always wonder, "What did people do and how did they survive before the program?"

If someone says food stamps are absolutely necessary for poor people's survival, I wonder how America's millions of poor immigrants made it. Unless I missed something, mass starvation is not a part of our history. Was there a stealth food stamp program during the 1700s and 1800s?

Then there's the question: How did we manage to build the world's greatest cities without the help of the 1965-created U.S. Department of Housing and Urban Development? Did cities become worse off or better off afterward? Or, how did we manage to produce energy to fuel the world's richest economy before the 1977 creation of the Department of Energy?

(...)

In a free society, government has the responsibility of protecting us from others, but not from ourselves. Before government got into the business of protecting us from ourselves, we did have a greater measure of protection from others.

(...)

Don't you wonder how so many Americans made it without today's oppressive, caring, nanny government?"

posted by Miguel Noronha 7:35 da tarde

Exemplar

O post do Abrupto sobre o Rendimento Mínimo Garantido é a prova que a realidade não se compraz com as intenções dos planificadores.
posted by Miguel Noronha 3:07 da tarde

Futuros Sobre o Terrorismo - Uma Solução "Liberal"? (via Instapundit)

Apesar de algumas mentes "esclarecidas" julgarem tratar-se de um disparate, a verdade é que prevista bolsa de futuros sobre o terrorismo pode ser uma forma de agregar informação dispersa mais eficaz (uma solução "liberal") do que o recurso aos analistas especializados das agências de informação (similar à da economia planificada). O OxBlog também concorda:

Knowledge and expertise are widely diffused in any society. As I explained at length in a post on Hayek last year, complex systems function by finding ways to aggregate diffuse knowledge into simple indices, which then allow actors in the system to take advantage of knowledge that they don't actually have (e.g., no one knows exactly what Americans' breakfast cereal preference orderings are, but by watching the information-aggregating index that we call "price," producers can generally ensure that, when you go to the supermarket, you'll find the brand you want. Compare that to the shortages of some items and overproduction of others that centrally planned economies have produced). A futures market in terrorist attacks, while it sounds grisly, may help us to aggregate diffuse knowledge in a way that will prove superior to expert knowledge. It also may not, but it seems to me that it's worth a try. At the very least, if we're going to demand that the government get creative in fighting terror, we shouldn't be so quick to criticize when it does just that.

There is the problem of "insider trading" -- i.e., terrorists placing bets on when terrorist attacks will occur. But it strikes me that there's probably some feasible way to set up the system so as to help us catch people who try to do this.


ACTUALIZAÇÃO: Segundo as últimas notícias este projecto vai ser abandonado. A compilação da informação vai continuar a ser feita pelos métodos "tradicionais. É pena que, mais uma vez, se insista em soluções que já demonstraram ser pouco fiáveis e não se dê oportunidade a outras mais inovadoras.
posted by Miguel Noronha 2:44 da tarde



cortesia American Realpolitik
posted by Miguel Noronha 1:00 da tarde

A Iª Guerra Mundial

No Causa Liberal, Carlos Novais (CN), busca na Iª Guerra Mundial o argumento contra a intervenção externa. Nada mais errado.

É estranho que, sendo um libertário, CN não veja no fim das potências centrais (e centralistas) europeias um factor positivo. Presumo igualmente que tendo (certamente) lido Hayek CN deva saber quer a raiz dos autoritarismos comunista e nazi já se encontravam, respectivamentes, nos regimes czarista e prussiano.

Por ultimo é ainda mais gritante que CN não compreenda que o isolacionismo americano no pós-guerra que abandonou aqueles países à sua sorte, ao contrário do que foi feito após a IIª Guerra Mundial na Alemanha e no Japão onde foi feito um esforço de nation building, carrega parte das culpas pelas eventos subsquentes.

Tal como no passado, as democracias-liberais não podem assistir impávidas às guerras. É imperativo que se abandone a neutralidade hipócrita que povo a mentalidade da (maior parte da) esquerda e dos isolacionistas de direita.
posted by Miguel Noronha 11:50 da manhã

Enganador

Diário Digital:

Filipinas: Quatro líderes do motim foram treinados pelos Estados Unidos

Quatro dos principais líderes da sublevação militar ocorrida no passado domingo nas Filipinas foram treinados para a luta anti-terrorista pelas tropas especiais dos Estados Unidos, indica uma fonte militar.

Estes oficiais receberam treino de tiro de precisão, combates nocturnos e técnicas anti-terroristas com forças especiais norte-americanas no sul do arquipélago no ano passado, indicou um alto responsável militar que pediu para manter o anonimato.
Este treino fazia parte da ajuda fornecida pelo Exército norte-americano às Filipinas, aliado chave de Washington na guerra contra o terrorismo. As novas técnicas foram utilizadas posteriormente na luta contra o grupo guerrilheiro Abú Sayaf.


comentário: a enfânse dada ao treino de quatro dos "golpitas" nos EUA sugere o envolvimento deste país no golpe

CNSNews.com:

Manila media reports said the officers leading the revolt included some of the top achievers at the national military academy, as well as war-fighting veterans of the long running conflict against Muslim terrorists in the south


During the 19-hour standoff, the rebels accused the government and Armed Forces of the Philippines (AFP) of corruption and demanded that Arroyo and Defense Secretary Angelo Reyes resign.

But they failed to win visible backing from the public or other military units, while Arroyo won strong support from allies, including the U.S. and Australian governments.

Political analyst Alex Magno, head of the Foundation for Economic Freedom in Manila, said Monday he and many others were still trying to understand what would have driven "otherwise competent men" with promising military careers ahead of them to do "something completely bizarre."


comentário: esta segunda notícia refere igualmente que, pelo menos, parte dos "golpistas" pertencia a tropas de elite (que certamente receberam parte do seu treino nos EUA) mas que a pressão dos EUA e da Austrália (assim como a falta de apoio popular) foi determinante no fracasso do golpe.

Tal como no recente golpe ocorrido em São Tomé e Princípe alguns comentadores vieram, precipitadamente, sugerir que os EUA seriam os seus mentores. O factos vieram a provar o contrário. Ambos os golpes foram condenados desde o início pelos EUA que em ambos os casos advertiram os golpistas das graves consequências dos seus actos. Há, no entanto quem continue a tese conspirativa. Existe igualmente uma enorme legião de adeptos dos "X Files"...
posted by Miguel Noronha 10:41 da manhã

Frase do Dia

O Contra a Corrente regressa em grande forma:

A atitude de contenção forçada do Dr. Ferro Rodrigues tem a mesma credibilidade que os efeitos especiais de um filme do Ed Wood
posted by Miguel Noronha 9:05 da manhã

Lula Supports Castro's Internal "Blockade"

If President Lula wants to deny with facts, and not with words, that he has been transformed into the greatest international supporter of the Communist regime of Cuba - with all the grave responsibility that it implies before the Cuban people and the generous, cordial and intuitive Brazilian people, but, above all, before God - let him take clear diplomatic measures to contribute to the liberation of hundreds and perhaps thousands of Cuban political prisoners. Let him do something significant to save the lives of the political prisoners Martha Beatriz Castle and Oscar Biscet, who agonize in the Cuban jails, waiting thus the public call that has just been made by the Cuban organization United Cuba, of Miami. Let him not cross his arms before the drama of the Cuban physicist, Dr. López Linares, currently living in Brazil, who fruitlessly wrote to the Brazilian president asking for his intervention to be able to travel to Cuba to meet his little son Juan Paolo, four years of age. Let him not try to put tepid cloths on the crimes of Castro alleging the external "blockade" or the supposed "advances in the social sphere," such as health and education, that in reality are two implacable instruments of ideological, mental, political and police control of the unfortunate Cubans. Let him, in short, contribute, without euphemisms, toward the urgent liberation of Cuba.

In the meantime, we will continue taking literally as true the affirmation attributed to Mr. Lula by the communications media, during his trip to Havana, in December of 2001, to participate together along with the dictator Castro at the tenth meeting of the Forum of São Paulo (FSP), side by side with the chief Colombian drug guerrillas Rodolfo González (FARC) and Ramiro Vargas (ELN) and more than three hundred Communist leaders of the continent: "In spite of the fact that your face is already marked by wrinkles, Fidel, your soul remains clean because you never betrayed the interests of your people"; "thanks, Fidel, thanks because you continue to exist."


posted by Miguel Noronha 8:39 da manhã

segunda-feira, julho 28, 2003

O Erro de Stiglitz

O livro "Globalization and Its Discontents" de Joseph E. Stiglitz tem sido frequentemente utilizado pelo "alter-globalistas" (mesmo que não o tenham lido) para alimentar a onda de histeria gerada em torno da chamada "globalização neo-liberal".

Daniel T. Griswols Director Associado do Centro de Estudos de Política Comercial do Cato Institute publicou uma critica ao livro. Esta encontra-se traduzida para português no blog do Claudio Tellez.

Existe ainda outro resumo critico (bem mais extenso) publicado no Futurecasts.
posted by Miguel Noronha 7:27 da tarde

"Pacifistas" Violentos

Uma manifestação dos "alter-globalistas" resultou, mais uma vez, em violência e na destruição de lojas e restaurantes. A sua lógica continua indestrutível:

Another organizer, Stefan Christoff, defended the violence against the stores, saying the Gap is a multinational corporation that runs sweatshops.

"These are very legitimate targets, as the WTO is a legitimate target," said Christoff, who denounced the police presence in downtown Montreal as a militarization of the city


Nem o presidente do Moto-Clube de Faro diria melhor...



posted by Miguel Noronha 4:36 da tarde

Constituição Europeia

Um artigo do Daily Telegraph prova que, apesar de não conter o termo, estamos perante uma constuição federalista e "dirigista":

In many ways, this new European Constitution fits the model of existing federal constitutions. The word "federal" was removed by the drafters for cosmetic purposes, but the structure - which that word correctly described - remained unchanged. Part I lists first the "exclusive" powers of the EU (the federal government), and then the "shared" powers, where the member states are allowed to act "to the extent that the Union has not exercised" its own power. This is directly modelled on Chapter VII of the German constitution, which distinguishes "exclusive" and "concurrent" powers, and allows the provinces to make laws about the latter "to the extent that the Federation does not use its legislative power".

The list of "exclusive" powers in the new EU Constitution is admittedly quite short; but many of the powers usually exercised by federal governments are listed in the "shared" category, and the mechanisms are in place for the European federal authorities to take over as much of them as they need. What is entirely lacking is a list of the exclusive powers of national governments. In theory this is unnecessary, as they retain all powers not otherwise listed.

In practice it might be embarrassing to compile such a list, as it would reveal how few items of significance were left at the national level. The Indian constitution makes salutary reading here. Its list of the exclusive powers of the individual states includes major items such as agriculture and fisheries - matters controlled by the governments of Mysore and Uttar Pradesh, but not by those of Britain and France.




"But if this draft European Constitution is in some ways a typical federal constitution, in other ways it is one of the most disturbingly untypical constitutions ever written. The purpose of any constitution is to set out the fundamental structure of authority of the state - the powers of the parliament, government and judiciary, the basic rules for elections and citizenship, and so on. A constitution is about legality and political authority. It is not about the particular policies which a government, once it was legally elected, might or might not wish to pursue.

This constitution, on the other hand, is stuffed full of policy statements. The third of its four main sections is actually entitled "The Policies and Functioning of the Union". These policies are mostly defined in terms of "objectives", which range from the sublime ("peace" and "social justice") to the ridiculous ("protecting the physical and moral integrity of sportsmen and sportswomen")
"




posted by Miguel Noronha 4:25 da tarde



Quagmire = a difficult, precarious, or entrapping position

cortesia American RealPolitik


posted by Miguel Noronha 3:29 da tarde

Alberto João Jardim Pede "Mais Estado"

Em mais um polémico discuros no Chão da Lagoa Alberto João Jardim (AJJ) pediu mais tecnocracia como forma de desmontar o aparelho politico-ideologico do estado.

Como uma vez sugeriu Miguel Esteves Cardoso AJJ é na verdade um socialista. A sua preferência pelo estatismo é por demais evidente. Os enormes défices orçamentais da Madeira, pagos pelo Orçamento de Estado, a pretexto de serem "custo da insularidade" e sob ameças de independência do arquipélago são a prova. Pese embora o enorme peso do estado no continente a Madeira é verdadeiramente o ultimo reduto socialista em Portugal.
posted by Miguel Noronha 12:06 da tarde

Venezuela

No seu recente programa (que tem de ser obrigatoriamente transmitido por rádios e televisões) Hugo Chavez defendeu a prisão dos seus opositores, o encerramente das televisões que não são favoráveis enquanto louvava os "50 anos da revolução cubana".

O autoritarismo de Chavez cresce de dia para dia. Ainda alguém pretende defendê-lo?
posted by Miguel Noronha 11:07 da manhã

Venezuela

No seu recente programa (que tem de ser obrigatoriamente transmitido por rádios e televisões) Hugo Chavez defendeu a prisão dos seus opositores, o encerramente das televisões que não são favoráveis enquanto louvava os "50 anos da revolução cubana".

O autoritarismo de Chavez cresce de dia para dia. Ainda alguém pretende defendê-lo?
posted by Miguel Noronha 11:07 da manhã

Orgulhosamente Sós

No seu ultimo discurso (que só durou uma hora!!), Fidel Castro, rejeitou a ajuda ofercida pela UE, apelidou de fascista para baixo os líderes europeus e disse que o "ódio" dos países ex-comunistas da Europa se deve a Cuba ter alcançado uma sociedade "mais justa e humana" que o capitalismo que eles adoptaram.

Aguada-se a todo o instante uma crónica de Ruben de Carvalho a justificar (e a apoiar) estas barbaridades.
posted by Miguel Noronha 10:37 da manhã

domingo, julho 27, 2003

Why Do Intellectuals Oppose Capitalism?

Neste artigo, Robert Nozick, tenta perceber porque em certas áreas existe um desproporcionado número de adversários do sistema capitalista.

Why then do contemporary intellectuals feel entitled to the highest rewards their society has to offer and resentful when they do not receive this? Intellectuals feel they are the most valuable people, the ones with the highest merit, and that society should reward people in accordance with their value and merit. But a capitalist society does not satisfy the principle of distribution "to each according to his merit or value." Apart from the gifts, inheritances, and gambling winnings that occur in a free society, the market distributes to those who satisfy the perceived market-expressed demands of others, and how much it so distributes depends on how much is demanded and how great the alternative supply is. Unsuccessful businessmen and workers do not have the same animus against the capitalist system as do the wordsmith intellectuals. Only the sense of unrecognized superiority, of entitlement betrayed, produces that animus
posted by Miguel Noronha 11:07 da tarde

Piadas Para Economistas

"Econometricians do it if they can identify it. Applied econometricians do it even if they can't."

"Q: How many investors does it take to change a light bulb?
A: None - the market has already discounted the change.
"

"Q:How many Keynesian economists does it takes to change a light bulb?
A:All. Because then you will generate employment, more consumption, dislocating the AD (agg. demand) to the right,...
"

posted by Miguel Noronha 12:03 da tarde

A Suécia no Pacifico

Um artgo da Fortune relata como, o excesso de regulação, está a afastar as empresas da Califonia para outros estados da união.

"The state government under embattled Democratic Governor Gray Davis is turning so stridently antibusiness that it threatens to inflict permanent structural damage. Since 2002 the left-leaning legislature has enacted or expanded half-a-dozen laws dealing with burdensome regulations like family leave and overtime pay. Some corporate leaders think California is becoming Sweden-on-the-Pacific. "I've never seen anything like this is 35 years," says Angelo Mozilo, CEO of Countrywide Financial, the big mortgage company based near Los Angeles. "The state is punishing business, yet it's somehow convinced that business will not leave.".

"Wrong: Companies?and jobs?are departing in droves. The state has lost 289,000 manufacturing jobs since 2001. "The jobs that have to stay here are ones that involve direct contact with customers," says Liam McGee, head of Bank of America in California. "The mobile jobs?in systems development, manufacturing, call centers?are moving to other states." Fidelity National, the nation's biggest title-insurance company, is shifting its headquarters from Santa Barbara to Jacksonville. Scores of the small businesses that form the backbone of California's economy are moving either jobs or headquarters out of state. Buck Knives is going to Idaho, and Coast Converters, a bagmaking company, to Las Vegas. Taylor-Dunn, a manufacturer of cartlike vehicles for airports, is expanding in Ohio and Missouri. Though Countrywide is growing rapidly, Mozilo is shrinking operations in California and shifting all expansion to low-cost states like Texas. By his estimate, the flood of new legislation will increase Countrywide's cost per worker by $4,000 to $5,000 a year"



posted by Miguel Noronha 10:58 da manhã

sábado, julho 26, 2003

The Road to Serfdom

A quem não conhece este livro de Hayek (ou mesmo a quem já o leu) aconselho este excelente resumo critico.

Leitura obrigatória para os socialistas de todos os partidos...
posted by Miguel Noronha 3:44 da tarde

Questão Importante

Alguém me explica como é que eu volto a disponibilizar o posts arquivados?
posted by Miguel Noronha 11:32 da manhã

Os Liberalismos

O Catalaxia tem um excelente artigo intitulado "As duas vias do liberalismo".
posted by Miguel Noronha 10:32 da manhã

sexta-feira, julho 25, 2003

Guest Bloggers

Como manter o blog activo durante as férias do blogger? É simples, convidam-se outros bloggers para tomar conta dele.

Foi o que fez Eugene Volokh que convidou Daniel Drezner e David Bernstein para "tomar conta" do Volokh Conspiracy.
posted by Miguel Noronha 5:51 da tarde

Constituição Europeia pt III

Mais de 80% dos europeus quer referendo a Constituição Europeia

A grande maioria dos cidadãos dos 15 Estados-membros da União Europeia (UE) e dos 10 países candidatos à adesão considera essencial ou útil a realização de um referendo sobre a Constituição Europeia, segundo uma sondagem levada a cabo em Junho e divulgada esta sexta-feira pela Comissão Europeia
posted by Miguel Noronha 5:13 da tarde

Finalmente

Eis a coluna de hoje de Alberto Gonçalves:

Na apresentação da festa do "Avante!", os jornalistas interrogaram o dr. Rúben de Carvalho sobre Cuba. Fizeram bem, já que nem sempre é possível trazer ao de cima a real essência do PCP.

Embora condenando, de forma "claríssima", a pena de morte em sentido lato, o dr. Rúben recusou-se a condenar a pena de morte em Cuba, graças – acreditem – à solidariedade que a vida do povo cubano lhe suscita. Não duvidamos: também por solidariedade com os respectivos povos, o PCP nunca condenou a pena capital na URSS, na Hungria, na Checoslováquia, na Roménia e etc. Ainda hoje, há dezenas de povos na Terra que rezam para que o PCP jamais se solidarize com eles.

Mas não se busque cinismo no discurso dos nossos comunistas. É a fé, e apenas a fé, que os impede de distinguir uma população do regime de partido único que a esmaga. Movido a dogma, o PCP não consegue imaginar a existência de uma esfera privada, em que o quotidiano dos cidadãos seja alheio à influência do totalitarismo marxista. Na prática, a tradução deste princípio é um tanto rude: para o PCP, se Fidel oprime e abate os cubanos, os cubanos devem regozijar-se pela opressão e pelo abate, dado ser em Fidel e no Partido que o bem comum se realiza.

Nenhuma novidade, portanto. Só enjoa um bocadinho sabermos que, depois de todo o século XX, uma aberração como o PCP permanece entre nós

posted by Miguel Noronha 5:09 da tarde

A Europa e os EUA

Num discurso proferido na Fundação F.A. Hayek em Bratislava, Michael Novak fala da importância da NATO, da falência do Estado Social europeu, do sucesso do capitalismo, do crescimento da tecnocracia na Europa, do anti-americanismo, dos valores comuns que unem os EUA e a Europa e da necessidade de, em vez de tentarmos ser blocos rivais, nos unirmos. Este discurso foi publico em três partes na NRO (1, 2 e 3)

"no other potential alliance in the world rivals the European and North Atlantic civilization, not in cultural power, nor in economic power, nor in military power. The only thing that can defeat us is our own disunity"
posted by Miguel Noronha 4:51 da tarde

Jobs Migrating Overseas, but It's a Two-Way Street

Um artigo de James Flanigan no Los Angeles Times que defende as vantagens do outsorcing.
posted by Miguel Noronha 4:14 da tarde

Vantagem Singular

A única vantagem do Correio da Manhã ser distribuido gratuitamente em todos os restaurantes e cafés é que às Sextas posso ler a crónica do Alberto Gonçalves a tempo e horas. A edição online só a disponibliza a horas impróprias.

A de hoje recomenda-se particularmente...
posted by Miguel Noronha 2:07 da tarde

NATO

Apesar dos desmentidos, parece que a candidatura de António Vitorino para Secretário-Geral da NATO está a perder força. Ainda bem. Neste ponto de boa vontade abdico do (suposto) reforço do prestigio nacional em troca da manutenção da eficácia da NATO.
posted by Miguel Noronha 11:14 da manhã

Constituição Europeia pt II

O Publico notícia que Durão Barroso "apenas" pretende ver clarificados alguns aspectos do projecto da CE. Parece, pois, que vamos continuar a representar o papel do "aluno bem comportado" da CE. É pena...
posted by Miguel Noronha 11:07 da manhã

Constituição Europeia pt I

O MNE alemão Joschka Fischer num autoritarismo despropositado "aconselhou" os outros países membros a não altararem a proposta da Convenção.

Se outros governos trouxerem para a negociação propostas de alteração do texto, «nós levaremos as nossas», avisou o número dois do Executivo germânico. «O melhor será deixar [o texto] tal como foi proposto. Penso que será esse o caso»

Confesso não compreender o alcance de tal ameaça. Se o governo alemão, tal como os restantes, quiser alterar a proposta (e sublinho que se trata ainda de uma proposta) inicial devem fazê-lo. O voto alemão contará tanto como o dos outros estados membros.

ACTUALIZAÇÃO: A ideia do Pedro Mexia não me parece má. Venham daí as alterações!
posted by Miguel Noronha 10:57 da manhã

Afeganistão

No seu blog, Daniel W. Drezner, faz uma análise bastante completa à situação no Afesganistão. Não obstante alguns revezes estão a aparecer os primeiros resultados do nation building.
posted by Miguel Noronha 9:17 da manhã

quinta-feira, julho 24, 2003

Trade unions: as spurious as rain-makers?

"WHEN anthropologists first studied peoples in semi-arid areas around the world they found most groups had shamans or priests or medicine men who devised rituals to bring down the life-giving rains. There was no more an important task ... nor a more fraudulent one."

"Apart from cricket, perhaps we go without rain-making rituals but we do have tricksters attempting comparable frauds. We call them trade unions"

"(...) They are worse than any tribal rain-makers because they achieve the impoverishment of all working people
."
posted by Miguel Noronha 6:00 da tarde

O "Exemplo" Social Democrata Dinamarquês

Graças ao Claudio Tellez descobri este artigo do Misses Institute que relata os resultados da experiência social-democrata dinamarquesa. Eis uma versão resumido em modo copy+paste:


1. Grande depêndencia do estado e elevada carga fiscal

Despite its reputation as a showcase of political utopia, 40 percent of its adult population live on government transfer income, full-time, all-year. A little more than a third of these people are pensioners and the rest are working age. About one third of the people who actually hold a job work for the government or government-owned companies. The effective tax level is around 70 percent, not the 50 percent that is usually reported (the lower figure comes about by disregarding the effects of the sales tax and excise taxes).

2. Sistema insustêntavel a médio prazo

People can feel socially secure in Denmark—at least for now. People don't get rich from welfare but they can live a comfortable life. Practically all people are eligible for one program or another. But the system is unsustainable in the longer run. In the early 1970s only about 300,000 people of working age lived full-time all year on government welfare. Today it is about 900,000. The population size has remained unchanged at around 5 million. In the not too distant future, more people are going to be pensioners and fewer people will be working age. At some point, the trough will be empty

3. Crime aumenta apesar da baixa taxa de pobreza e da política igualitarista

If we next look at the crime level, the Danish Statistical Yearbook 2002 shows reported crimes from 1935 to 1960 to be stable: about 100,000 crimes per year. But from 1960 until today, the number of crime reports has increased by 500 percent, to more than 500,000 per year. And if we look at violent crime, the picture is even grimmer. The number of violent crimes in 1960 was approximately 2,000; it is approximately 15,000 today. This is an increase of more than 700 percent, and it is still rising steeply.

This is a very surprising development. Welfare state advocates often say that crime is caused by poverty. Well, Denmark has become about twice as rich per citizen during this period of rising crime. Another argument is that poverty is caused by economic inequality. Well, Denmark has engaged in the most comprehensive income redistribution program of any nation. Denmark is the most egalitarian country in the world today


4. Algumas explicações para o aumento da criminalidade

There are better explanations. Massive redistribution schemes have undercut people's respect for property rights. The rhetoric against wealth producers that has accompanied the redistribution has created social antagonisms. People on government transfer income have a lot of extra time on their hands, and their hands do the "devil's work."

The best explanation may be the change in the views of intellectuals. In the 1960s, the theory emerged that crime should not be blamed on the offender but on society. This led to the conclusion that crime should not be punished—at least not very harshly—but instead socially treated


5. Apesar do educação ser totalmente gratuita as taxas de escolaride são inferiores às dos EUA

(...) Let us compare Denmark to the U.S., where public funding of especially higher education is not nearly as readily available as it is in Denmark. According to the report "Education at a Glance" from the OECD, 15 percent of people between the ages of 25 and 64 has a bachelor degree or more in Denmark. In the U.S.A., it is 26 percent—nearly twice as many. In Sweden, the number is 13 percent, and Norway 16 percent.

If we look at the other end of the education level, those with only 9 years of education, in Denmark it is 34 percent, whereas in the U.S. it is 14 percent. In Sweden the number is 26 percent and in Norway 18 percent. Again the numbers are much more favorable in the U.S.


6. Saúde: nenhuns progressos e listas de espera

Denmark is one of the few OECD countries where the average life span has hardly increased since the early 1970s. In the early 1970s, Denmark was at the top in OECD comparisons; today it is closer to the bottom.

According to the politicians, this has nothing to do with poor quality at the Danish hospitals or long waiting lists for examination and surgery. They say it is due to the Danish people's habit of smoking and drinking. And yet, often one can read in the news stories of people who die preventable deaths simply because they were on a waiting list and unable to get care.

7. ... e o estado planeia aumentar o controlo da vida dos seus cidadãos...

One option for young people is to leave. It was recently proposed by one of the three economists from the Danish Economic Council that if young people in Denmark wish to move abroad after they have completed their education, they should first have to pay back the costs of their education. Only when they have paid enough taxes to cover all the expenses of their education, would they be able to move abroad without having to pay the government first.

Thus do we have proposed the social-democratic version of the Berlin Wall, an economic barrier to prevent emigration so that the state can continue to tax people to sustain a system that is unraveling. The mere suggestion is a telling sign that Denmark has nearly reached the end of the road.

posted by Miguel Noronha 4:05 da tarde

Aung San Suu Kyi

Vários países da ASEAN estão a pressionar o governo birmanês para que liberte a líder da oposição democrática Aung San Suu Kyi. A Tailândia pede a realização de um forum internacional e a Malásia ameaçou mesmo com a expulsão da Birmânia da ASEAN.

Recordo que em Maio passado o Secretário de Estado americano Colin Powell pediu aos membros da ASEAN para abandonarem a atitude complacente que tinham para com o regime ditatorial birmanês.
posted by Miguel Noronha 3:21 da tarde

Europa "Legaliza" Transgénicos

Depois de muitas resistências a Europa vai permitir a comercialização e o cultivo de transgénicos. Apesar de a proposta ainda prever algumas restrições a escolha vai ser feita, em ultima análise, pelos agricultores e consumidores e não pelo sr. Bouvé ou por qualquer obscura ONG.

A histeria que envolve as tentativas de proibições dos OGM's baseiam-se em estudos que apenas demonstram não existem certezas desta ser 100% segura.

É estranho que as mesmas reticências não sejam levantas quantos aos produtos provinientes das agriculturas "tradicional" ou "biológica" quando também não existem certezas destes serem 100% fiáveis

Nenhum estudo provou até agora os perigos dos OGM's e muitos deles ignoram (deliberadamente?) que apesar dos transgénicos serem cultivados e comercializados há quase 20 anos não se verificaram, até agora, os temídos efeitos negativos que se lhes atribuem.

Para mais informação recomendo a leitura deste artigo da Scientific Alliance.
posted by Miguel Noronha 11:25 da manhã

Iraque vs. Vietname

Um artigo da StrategyPage.com explica as diferenças entres os conflitos no Iraque e no Vietname.

Because Vietnam was no Iraq. As a military pal recently said to me, if Vietnam were Iraq, the United States would have occupied Hanoi, killed or dispersed the Politburo and utterly destroyed the North Vietnamese Army. Laos and Cambodia would not have served as sanctuaries for communist troops and supplies. (Syria understands this difference.) Southerners from Saigon would be part of a new national council in the process of drawing up a democratic constitution.

posted by Miguel Noronha 9:49 da manhã

quarta-feira, julho 23, 2003

Pode-se confiar na CNN? (via Andrew Sullivan)

Depois de confessar ter, durante anos, ocultado histórias de massacres e outros crimes no Iraque, durante o regime de Saddam Hussein, a CNN parece nada ter aprendido e continua repetir os mesmos erros. Desta vez a história passa-se no Irão.
posted by Miguel Noronha 7:06 da tarde

J'Acuse!

Ruben de Carvalho acusa: «Actual Governo é o mais à direita desde o 25 de Abril»

Tem toda a razão camarada Ruben! E eu digo mais: a actual oposição é a mais à esquerda desde o PREC!

E então?
posted by Miguel Noronha 5:52 da tarde

Pena de morte e assassinato como método político

Recomendo o excelente post do Ivan Nunes com o supracitado título. Neste post

Já não posso é concordar é com sua afirmação de que a posição de Ruben de Carvalho não "decorre de uma filosofia marxista-leninista". Uma leitura de Orwell ou Hayek (vidé a série "Hayek e Orwell") permite desfazer essa ilusão.
posted by Miguel Noronha 5:44 da tarde

British firms dominate Europe's 'premier league'

"Despite being Europe's largest economy, Germany's best performing company in this list was BMW - ranked 21st. Only four German firms were ranked in the top 50, compared to 17 British companies. This is partly explained by the fact that the UK has the most publicly traded businesses in the EU but also by the relatively solid performance of the UK economy in comparison to the rest of the EU.

Paul Strebel, a professor at the International Institute for Management Development in Lausanne, Switzerland, said, "many German companies such as car manufacturers, are well managed. But the environment is more difficult there in terms of the macro background and structural rigidities".

Germany has strict laws regarding the hiring-and-firing of employees and many economists believe this inflexibility in the German labour market restricts the performance of its companies.

The Confederation of British Industry, which represents four million British companies, attributed the success of British companies to the flexibility of the labour market in the UK. A spokesman for the organisation told the EUobserver, "our flexible labour market is the jewel in our economy's crown
".

ACTUALZAÇÃO:

Em Portugal a situação é esta:

Os 200 trabalhadores da Gartêxtil não gostaram de saber que o dono da empresa, que está encerrada desde Maio de 2002, pretende reactivar a fábrica apenas com um quarto dos trabalhadores.

Em reunião plenária de hoje dos trabalhadores ficou decidida a realização de uma marcha lenta no IP5, no dia 5 de Setembro, a ocupação da dependência da Guarda da Caixa Geral de Depósitos, que é o principal credor da Gartêxtil, e um acampamento frente ao Governo Civil da Guarda.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta (STBA), Carlos João, disse à Lusa que a Gartêxtil, integrado no grupo CARVEST, sedeado em Caria, "é uma empresa viável e tem capacidade para desenvolver a sua actividade, à semelhança da empresa-mãe, recentemente viabilizada com gestão controlada".

O sindicalista acredita "no interesse de Francisco Cabral, empresário da CARVEST", mas opõe-se à proposta de reactivar a empresa apenas com 50 trabalhadores, "enquanto os restantes iriam para casa a zero".

Para evitar que o principal credor da empresa, a CGD, transforme as actuais instalações num espaço dedicado ao imobiliário, o plenário de trabalhadores decidiu apresentar uma exposição à Assembleia Municipal da Guarda e que esta classifique aqueles terrenos como zona de interesse industrial


Se a empresa só tem trabalho para 50 pessoas não interessa. Para o sindicato ou trabalham todos ou não trabalha nenhum. Entretanto, e perante a contestação anunciada, não me admiro que a empresa (ou quem a subcontrata) deslocalize a produção para outras paragens. Se isso suceder em vez de 50 trabalhadores contratados e 150 no desemprego teremos 200 no desemprego...
posted by Miguel Noronha 5:04 da tarde

Uma Questão de Letras

A Cinderella Bloggerfeller, considerada por alguns o membro mais culto da blogosfera (desculpa, Pedro), publica um interessante artigo (UNDER WHICH ALPHABET?) que demonstra como o alfabeto pode constuir uma arma de dominação para uma potência invasora (caso do Azerbeijão) ou de resistência à mesma (caso da Arménia).
posted by Miguel Noronha 3:56 da tarde

Ditaduras Culturais

No recente encontro de sumidades culturais o "nosso" Manuel Maria Carrilho (MMC) emitiu uma série de opiniões muito duvidosas:

"(...) Manuel Maria Carrilho disse que o que está em causa "não é a resistência, mas a afirmação da diversidade cultural". O deputado socialista fala "numa dimensão da globalização que remete as diferenças culturais para a marginalidade"

Pode-se daqui inferir que MMC é contra a globalização e adepto da autarcia. Só numa sociedade fechada podem as "diferenças culturais" permanecer intactas. Numa sociedade aberta é natural a livre absorção de influências externas.
Nem em França onde o governo legisla incessantemente em "defesa" da cultura francesa se consegue evitar a "contaminação" por culturas exógenas. E não será o que o que estado francês apelida de "cultura francesa" o resultado de um processo de "contaminações"?
Pretende, pois, com esta carta de intenções "congelar" a cultura num ponto espefico no tempo. Pretende-se, ainda, proibir aos cidadãos a liberdade de escolha de produtos culturais. Pretende o estado substituir-se ao cidadão na valoração da cultura.


"Para Carrilho é tempo de "reafirmar" o papel da cultura no desenvolvimento dos países e na prevenção dos conflitos: "Os problemas no Iraque do pré e pós-guerra devem-se essencialmente ao desconhecimento sobre as especificidades culturais daquele povo".

MMC não especifica a quem atribui a incompreensão que no pré-guerra resultaram nos "problemas no Iraque". Terá sido Saddam Hussein que não compreendeu que era contra as tradições massacrar o seu próprio povo e invadir as nações vizinhas ou terão sido os americanos que não compreenderam que estes acções eram prefeitamente compreensiveis à luz da cultura iraquiana?
Quanto aos "problemas do pós-guerra" que solução propões MMC? A instauração de uma nova ditadura? Infelizmente não avança soluções...


"Considerando a cultura como "o terceiro pilar da globalização", o ex-ministro português diz que a "latinidade é o exemplo de uma matriz cultural que deve ser divulgada ao destinatário universal".

Como já devem ter reparado esta afirmação está em claro desacordo com a primeira. Pretende defender os povos da "invasão cultural" que atira as suas culturas para a "marginalidade" mas se a cultura invasora for a portuguesa (e não a anglo-saxónica) já não vê nenhum mal nisto.
Presumo que se fosse esta a realidade MMC já não se manifestasse contra a globalização nem sentisse necessidade de elaborar manifestos.


Para terminar e para demonstar até que ponto vai o insanidade dos participantes desta cimeira cultural deixo as palavras do presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni:

"Exigiremos que os governos tenham em conta a diversidade cultural, para que desapareçam as diferenças entre Norte e Sul, entre pobres e ricos" [!!!]

posted by Miguel Noronha 12:12 da tarde

terça-feira, julho 22, 2003

Hayek e Orwell pt III

Pelos vistos não fui o único a notar as semlhanças entre "The End of Truth" e "1984". Greg Ransom do Presto Pundit escreve o seguinte:

"I've always been convinced that this theme [o "doublespeak"] in Orwell was much inspired by his reading of Hayek's chapter eleven, "The End of Truth" in The Road to Serfdom. Orwell read and reviewed Hayek's book in 1944, during during the period in which he was writing 1984."
posted by Miguel Noronha 5:45 da tarde

Hayek e Orwell pt II

Acerca do post anterior encontrei o seguinte artigo do destaco algumas passagens

Nota: A ordem do texto foi deliberadamente alterada

1. Os ideias orwellianos

a) A recusa do abandono do socialismo

Being an anti-communist did not mean for Orwell the severing of a connection with the left. What he knew was the grotesqueness of any socialism that did not begin with a complete repudiation of the "Soviet myth". Towards the end of his life Orwell explained: "Every line of serious work that I have written since 1936 has been written, directly or indirectly, against totalitarianism and for democratic socialism."

b) Liberdade e Igualitarismo

But Orwell did not love only liberty. He also loved equality. In Republican Spain he fleetingly experienced a world where "the working class was in the saddle". This was the kind of world in which Orwell wanted to live. His great Russian Revolution fable, Animal Farm, is essentially the story of the hope for equality cruelly betrayed

c) a crítica liberal do igualitarismo

In my opinion Orwell's greatest failure as a writer was his unwillingness to think seriously about the tension between the ideals he loved, liberty and equality. Even in his own age, intelligent liberals argued that in any advanced industrial society the kind of equality of which Orwell dreamed could only be achieved by the creation of the kind of oppressive state he loathed.


2. A experiência da guerra civil espanhola

a) a experiência do estado totalitário e o controlo da informação

Orwell's serious political thinking began with his involvement on the anti-fascist side in the Spanish Civil War. What Orwell experienced were the brutal attempts by the pro-communist forces to crush their Republican opponents, the Anarchists and Trotskyists.

From this experience all his subsequent political writing flowed. Through the power of his political imagination, Orwell's fleeting experience of the suppression behind Republican lines in Spain led him to an understanding of the atmosphere of the totalitarian state.

On the basis of the astonishing dishonesty of the ideologues and the press concerning what was happening in Spain, Orwell came to fear a future world from which the ideal of objective truth had vanished and where those who held power were able to control the future through their control over the past. It was in Spain, moreover, that Orwell first saw the peculiar corruption to which those intellectuals who attached themselves to a country or a cause were prone.



b) A génese de "1984"

For Orwell the essence of totalitarianism was the attack it waged against freedom. After Spain he lived with a permanent dread that the liberal civilisation into which he had been born was gradually being destroyed. This was the source of 1984, the most important warning he wrote about the abuse of absolute state power in the technological age.


3. A crítica de Orwell a "The Road to Serfdom"

On one occasion Orwell wrote a brief review of the most important anti-socialist manifesto of the 20th century, Hayek's Road to Serfdom. Orwell was honest enough to admit the truth of Hayek's warning that a "collectivist" economy gives to a "tyrannical minority" terrible potential power. But because he believed that the evils of laissez faire capitalism were even worse, all he could offer as an answer to Hayek was a politics where "the concept of right and wrong" had been restored. This is astonishingly lame. In the end, because Orwell's democratic socialism was founded on ethics rather than economics, it proved utterly ulnerable to the power of the neo-liberal critique.


posted by Miguel Noronha 5:27 da tarde

Não Causalidade

Não podia estar mais em desacordo com a ideologia professada pelos autores de três dos melhores discos de musica portuguesa de sempre. São eles os anarquistas Pop Dell'Arte ("Free Pop"), os situacionistas Mão Morta ("Mão Morta") e os trotskystas Linha Geral ("Linha Geral"). O talento não escolhe ideologias...
posted by Miguel Noronha 3:52 da tarde

Constituição Europeia

O DN noticía mais um debate sobre o projecto da CE.

Dos participantes (Pacheco Pereira, João Ferreira do Amaral, Rui Machete, João Salgueiro [moderador] e Guilherme Oliveira Martins) apenas Oliveira Martins se mostro favorável à sua aprovação embora refira que esta necessita de «alterações significativas».

O debate prossegue embora ainda sem grande visibilidade. Espero que as personalidades que até agora se manifestaram contra a CE não se encondam atrás da disciplina partidária quando este passar para o domínio público. Interessava também conhecer a posição do governo português. Se está contra, a favor ou a favor mediante determinadas alterações ao projecto inicial.

ACTUALIZAÇÂO: Recomendo a leitura deste artigo do Financial Times
posted by Miguel Noronha 12:03 da tarde

Hayek e Orwell

No 11º capitulo ("The End of Truth") de "The Road to Serfdom", F.A. Hayek, descreve como o estado totalitário constroi o pensamento único. Como através do controlo total da informação e de todos os aspectos da vida pessoal (que deixa de ser verdadeiramente "pessoal") os objectivos individuais fazem parte de um plano maior gerido pelo planificador-mor. A sociedade é o estado e nada pode existir fora dele. Toda a dissidência é assim vista como uma acção anti-social devendo, como tal, o seu autor ser marginalizado ou, mesmo, reprimido.

São óbvios os pontos de contacto entre "The Road to Serfdom" e "1984" de George Orwell. Dado que o primeiro foi editado em 1944 e o segundo 1948 e que ambos viviam em Inglaterra existe alguma hipótese de Orwell ter tido conhecimento do livro de Hayek.

Durante a guerra civil espanhola, George Orwell, tinha contactado "de perto" com as ideologias totalitárias nazi-fascista e comunista pelo que certemente partilhava a aversão que Hayek tinha ao estado que tudo pretende controlar. Aquando dos confrontos entre os comunistas e os anarquistas Orwell tomou partido pelos segundos.

Apesar do acima exposto duvido, no entanto que Orwell (que nunca renegou o socialismo) tivesse visto no individualismo a melhor solução para combater os totaliritarismos que assolaram a Europa. É igualmente pouco provável que Orwell descobrisse no socialismo o "caminho" para o estado totalitário e que, como Hayek expôs no seu livro, não existem soluções intermédias.

Nas suas obras ambos descreveram o estado total que elimina qualquer traço da individualidade. Apenas Hayek tirou, no entanto as devidas conclusões.
posted by Miguel Noronha 10:20 da manhã

segunda-feira, julho 21, 2003

A Tragédia Nacional

Apesar de não ser esse o ponto fulcral do seu artigo, João César da Neves revela o principal problema dos portugueses:

"O elemento determinante da diferença está noutro lado. Não é a qualidade e a orientação da política, mas a psicologia nacional. Os portugueses só mudam sob pressão. É nos momentos de dificuldade e exigência que os lusitanos se excedem e brilham. Quando tudo está bem e as oportunidades de mudanças são boas, cai-se na modorra paralisante. O eng.º Guterres tinha todas as condições para as reformas. Todas, menos o ambiente favorável. A prosperidade de meados de 90 fazia os portugueses sonhar apenas com a melhor forma de participar nos ganhos. A última coisa em que se pensava era em mudanças necessárias, mas dolorosas. Nessas condições, a reforma era oportuna mas inconcebível. Como em 1975 e 1982, o sentimento de alívio foi fatal.

Pelo contrário, em Portugal as épocas de correcção, avanço e transformação são sempre situações de aperto e dificuldade. Antes foi o medo do FMI e da CEE que nos empurrou para as reformas. Agora o principal mérito destas medidas pertence ao Pacto de Estabilidade e Crescimento
."

Já um professor meu dizia que as mudanças "a quente" são sempre menos "dolorosas" do que as realizadas "a frio". As reformas que é necessário operar na economia portuguesa terão um impacto negativo ao nível social no curto prazo. Num periodo de crescimento económico este seria menos "drástico". No entanto, como diz o ditado, mais vale tarde que nunca. Não tendo sido feitas no passado e apesar de ficarem aquém do desejado seria ainda pior que o presente governo, num subito ataque de populismo (do qual o PS é o porta-voz), recuasse.
posted by Miguel Noronha 12:57 da tarde

A Vontade Escasseia

Não sei se atribua a culpa ao cansaço, se ao facto de ver toda a gente, excepto eu, a ir de férias, se ao estado do tempo. A verdade é que a vontade escasseia. Nos próximos tempos prevejo uma, drástica, diminuição da minha actividade bloguistica. Conto apenas concluir o resumo do texto sobre a deflação e, eventualmente, emitir um comentário sobre o mesmo. É igualmente provável que comente alguma notícia ou artigo de opinião que ache relevante. Fazendo jus ao seu nome a actualização deste blogue será algo intermitente.

Pode também acontecer que a meio da tarde este texto deixe de fazer sentido. Pode ser que não...

ACTUALIZAÇÃO: Faço minhas as palavras do José Mário Silva.
posted by Miguel Noronha 11:09 da manhã

Brevemente Num Computador Perto de Si

Chega-me a notícia (através do Flor de Obssessão) que João Pereira Coutinho, o ex-infame que faltava, estará prestes a regressar à blogosfera. Apesar de ainda não ter inicado as hostilidades aproveito para colocar já o link.
posted by Miguel Noronha 10:42 da manhã

sábado, julho 19, 2003

Citações

"Individuality is freedom lived."
John Dos Passos

"A society that puts equality...ahead of freedom will end up with neither equality nor freedom."
Milton Friedman

"What a free society offers to the individual is much more than what he would be able to do if only he were free."
F.A. Hayek


posted by Miguel Noronha 1:59 da tarde

sexta-feira, julho 18, 2003

Brasil: Um Outro Carro é Possível! (via Claudio Tellez)

"Governo estuda a criação do "carro do trabalhador"

Em entrevista ao Jornal da Globo de ontem, o ministro do trabalho, Jaques Wagner, afirmou que o governo está estudando junto com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindicato dos Metalúrgicos a possibilidade de se elaborar um ?carro do trabalhador?, mais popular do que o existente. O ministro acredita ser possível alavancar o setor automotivo, que potencialmente gera mais empregos."

Um outro governo para o Brasil é não só possível como desejável...
posted by Miguel Noronha 8:40 da tarde

Os Mitos da Deflação pt III

Tipos de deflação - lado da oferta

1. Bank Credit Deflation

"[W]hen depositors lost confidence that banks were able to continue redeeming the titles?represented by bank notes, checking and savings deposit ?to the property theyhad entrusted to the banks for safekeeping and which the banks were contractually obliged to redeem upon demand. This property was usually gold and silver money and the fractional-reserve banks were not in a position to discharge their contractual obligations to all its rightful owners at once because they had created multiple titles to this property in the course of their lending operations."

"In the case of other banks, the threat that their depositors would demand cash payment en bloc was sufficient reason to induce them to reduce their lending operations and build up their ratio of reserves to note and deposit liabilities in order to stave off failure."

"These two factors together resulted in a large contraction of the money supply and, given a constant demand for money, a concomitant increase in the value of money. After national central banks took legal custody of the public?s gold deposits, which occurred in the U.S. during World War One, the central bank itself usually engineered bank credit deflation during financial crises provoked by its previous inflationary policy in order to protect these gold deposits and to avert the depositor?s loss of faith in the overall banking system."

"When any firm that trades on its trustworthiness, be it a financial services firm, an armored car company or a law firm, loses the confidence of its customers or clients that it is operating in their best interests, it will be rapidly purged from the market by an adjustment process that reallocates resources and improves the welfare of consumers. Bank credit deflation represents just such a benign and purgative market adjustment process."

"[I]n the era before the 1930?s when the natural flexibility of prices and wage rates prevailed and was not impeded by legal constraints, bank credit deflations in the U.S. were swift and devoid of severe economic dislocations."

"[Na crise de 1929-1933] the rigidity of prices and wage rates induced by the ?stabilization? policies of the Hoover and early Roosevelt Administrations prevented the deflationary adjustment process from operating to effect the reallocation of resources demanded by property owners."

2. Confiscatory Deflation

"[A]n emphatically malign form of deflation that is coercively imposed by governments and their central banks and that violates property rights, distorts monetary calculation and undermines monetary exchange. It may even catapult an economy back to a primitive state of barter, if applied long and relentlessly enough.This form of deflation involves an outright confiscation of people?s cash balances by the political and bureaucratic elites."

Nota: O autor relata detalhadamente os eventos da recente crise argentina nas pp 15-20
posted by Miguel Noronha 5:36 da tarde

Os Mitos da Deflação pt II

Tipos de deflação - lado da procura

1. Growth Deflation:

"As a consequence of rapid technological improvement and its embodiment in additional capital investments, labor productivity increased phenomenally in these industries [de produtos electónicos] driving down per unit costs of production and increasing profit margins. Since the resulting expansion of the supplies of goods forthcoming from these industries outstripped the expansion of the supply of dollars during this period, the effect was a spectacular drop in the prices of high-tech products and a corresponding rise in the dollar’s purchasing power in terms of these products."

"(...) the effect of growth deflation on economic activity and consumer welfare is entirely benign, because it is the result of the voluntary exchanges of property titles among resourceowners, capitalist-entrepreneurs, and consumers. These monetary transactions generate a natural increase in the value of money as a necessary complement to the growth of real wealth and income and the greater satisfaction of human wants that they yield."


2. Cash-Building Deflation:

"[W]hen an individual deliberately chooses to reduce his current spending on consumer goods and investment assets below his current income, preferring instead to add the unspent income to his cash balance held in the form of currency and checkable, or otherwise instantly accessible, bank deposits."

"Cash building usually stems from a more pessimistic or uncertain attitude toward the future caused possibly by the onset of a recession, a natural disaster or the imminent prospect of war. It may even result from speculation on the happy prospect that prices may fall in the near future as a result of economic growth or for other reasons."

"A pervasive price deflation will result causing shrinkage of the aggregate flow of dollars spent and received in income per period of time. Despite the reduction in total dollar income, however, the deflationary process caused by cash building is also benign and productive of greater economic welfare. It is initiated by the voluntary and utility-enhancing choices of some money holders to refrain from exchanging titles to their money assets on the market in the same quantities as they had previously.However, with the supply of dollars fixed, the only way in which this increased demand to hold money can be satisfied is for each dollar to become more valuable, so that the total purchasing power represented by the existing supply of money increases."

"We should note here that the fall in money expenditure that accompanies this process implies a fall in nominal wage rates as well as in consumer goods’ prices, although the real wage rate (...) remains roughly unchanged. Nevertheless, if there is interference with the free exchange of property titles on the labor market that renders the money price of labor downwardly inflexible, such as minimum wage laws or laws that grant unions exclusive privileges as bargaining agents in particular firms or industries, then unemployment and a decline in economic activity will result."
posted by Miguel Noronha 1:00 da tarde

Os Mitos da Deflação pt I

Resumo de "An Austrian Taxonomy of Deflation" por Joseph T. Salerno. [versão copy+paste]

Redução do preço dos inputs:

"(...)[A]s Carl Menger, the founder of Austrian economics has taught us, the prices of the myriads of intermediate and original inputs into the production process, broadly categorized as capital goods, labor and natural resources, are ultimately imputed via an entrepreneurial market process from the prices of consumer goods. Thus when economists, business forecasters and Alan Greenspan scrutinize indexes of input prices such as PPI or indexes of raw commodity prices, they do so because they incorrectly believe that changes in these indexes are harbingers of future changes in general consumer prices, as if input prices determined product prices rather than the other way around."
posted by Miguel Noronha 12:30 da tarde

Invasores ou Libertadores?

Da crónica de Mário Bettencourt Resendes:

"O debate sobre os processos utilizados pelas superstruturas políticas não altera, nem um milímetro, a bondade do afastamento de Saddam Hussein e da eliminação da tirania iraquiana. E, a este respeito, vale a pena ler o texto publicado no insuspeito Le Nouvel Observateur, que transcreve a crónica do regresso ao Iraque do escritor e activista de esquerda Jabbar Yassin Hussin. Exilado em França desde 1976, Hussin volta à terra natal com a satisfação da queda da ditadura, mas recusa-se a apertar a mão que o soldado norte-americano lhe estende à chegada. Com o passar dos dias, descobre, surpreso, um sentimento alargado de reconhecimento face às tropas libertadoras. Ou seja, uma situação muito diferente da que se poderia inferir com base em alguns relatos. A generalização apressada de episódios localizados distorce sempre os retratos de conjunto."
posted by Miguel Noronha 11:09 da manhã

quinta-feira, julho 17, 2003

Citações Políticamente Incorrectas

"A government which robs Peter to pay Paul can always depend on the support of Paul." George Bernard Shaw

"Giving money and power to government is like giving whiskey and car keys to teenage boys." P.J. O'Rourke

"When buying and selling are controlled by legislation, the first things to be bought and sold are legislators." P.J. O'Rourke

"Progress is precisely that which the rules and regulations did not foresee." Ludwig von Mises

posted by Miguel Noronha 9:48 da tarde

Primeiro-ministro «já não convence»

Foi com espanto que li a supracitada afirmação de Miguel Portas referindo-se à prestação televisiva de Durão Barroso, ontem, na RTP1.

Não me recordava de o conhecido bloquista ter alguma vez apoiado a actual coligação governamental...
posted by Miguel Noronha 5:38 da tarde

Tecnofascistas

Recomendo a leitura do artigo Eurofascism, Lite de Maggie Gallagher sobre o crescente poder dos tecnocratas na Europa.
posted by Miguel Noronha 1:28 da tarde

Em Defesa do Outsorcing

Arnold Kling (do EconLog) defende que o outsorcing ao contrário de "roubar" empregos crias novas oportunidades de negócio em todos o mundo.
posted by Miguel Noronha 12:02 da tarde

Golpe em São Tomé e Principe - Actualização

O Causa Liberal afirma que ao contrário do que eu digo os americanos podem estar envolvidos. Não avança, no entanto, com argumentos para sustentar essa afirmação. Continuo a aguardar desenvolvimentos...
posted by Miguel Noronha 11:43 da manhã

Cuba




cortesia Merde in France
posted by Miguel Noronha 10:38 da manhã

Gerhard Schroeder?s Double Standard

"Italian slurs against Germans: bad. German slurs against Americans and Jews: good."

Ainda acerca da polémica Berlusconi-Schroeder. Quem tem telhados de vidro não atira pedras ao vizinho...
posted by Miguel Noronha 9:19 da manhã

quarta-feira, julho 16, 2003

Televisão Pública

Jonathan Miller do Daily Telegraph enfrenta um julgamento por se recusar a taxa que financia a BBC. Eis o essencial da sua argumentação:

"It is at first unsettling being a criminal defendant, since I am normally one to offer tea to the police. It would have been much easier to pay and spare myself all the threatening mail from the BBC's TV licensing contractor.

But the licence fee makes no sense. If everyone loves the BBC so much, why is the public forced to pay for it? It's an extortion racket.
"


"The other point is that the reason the BBC licence was ever legitimate in the first place has expired in the white heat of technology.

I am 51, and have watched television expand from one channel to channels too numerous to count. The broadcast medium that used to be limited by radio spectrum scarcity has transformed itself into a digital cornucopia.

The stated rationale for the TV licence, according to the prosecution's skeleton argument against me prepared by Emerson, a leading silk in Cherie Blair's Matrix Chambers, is to ensure pluralism.

But there is no finding of market failure to justify this massive imposition. I can choose from hundreds of channels, with more providers than ever.

There is no possible justification for a constantly expanding BBC, paid for by a blanket impost on television sets and even broadband computers. It is like being told to give more and more money to the Guardian to be allowed to read the Sun
"


"The BBC does some things that are good - it would be surprising if, with £3 billion of other people's money to spend, it did not produce some quality programmes nor employ some clever people.

But how much BBC do we need? Why does this organisation need to be so vast, rampaging through markets, competing unfairly with those risking their own money?

I am not against public broadcasting. When I lived in Washington DC, I was happy to be a paying subscriber to WETA, the public station there, and had the right to vote for the station's board of directors. Were the BBC to approach me not with a threat but a considered commercial proposition, I would probably subscribe (with millions of others).
"



posted by Miguel Noronha 8:12 da tarde

O Intermitente Errou

Relativamente à polémica acerca das Opções Inadiáveis reconheço que, por lapso meu, confundi os periodos em que os vários acontecimentos se deram. A cisão dos deputados das "opções inadiáveis" aconteceram posteriormente (em 1978) ao conturbado congresso de 1975.

Peço humildemente desculpa ao Opções Inadiáveis (o blogue) que tinha toda a razão e agradeço a colaboração do leitor que me fez ver o meu erro.
posted by Miguel Noronha 6:01 da tarde

A Verdade Nua e Crua

Do artigo de José Manuel Fernandes no Público:

Quase 125 dias depois, e mesmo sabendo-se apenas o que se sabe hoje, caído o regime opressor e aberta uma avenida de esperança para a região, é difícil sustentar que a guerra não valeu a pena. E muito menos que foi injusta e fútil. Só mesmo quem, no fundo da sua alma, preferia a continuação de Saddam no poder a uma vitória militar dos Estados Unidos. Mas isso nunca confessarão.

Recomendo a leitura do artigo completo.


posted by Miguel Noronha 5:41 da tarde

How I became an 'unconscious fascist

Recomendo a leitura deste testemunho de Fiamma Nirenstein correspondente do La Stampa em Jerusalém.
posted by Miguel Noronha 4:15 da tarde

A Defesa Ideológica da Criminalidade

Continuando a leitura do Combate diz Manuel Deniz (no artigo "Cenas da luta de classes em França":

A prisão espectacular de José Bové, tratado como se fosse um perigoso terrorista, foi um exemplo claro desta nova filosofia de governo. Apesar das manifestações e apelos que exigiam a graça presidencial, Chirac apenas concedeu a Bové dois meses de amnistia, nada mais. O que significa que Bové passará praticamente um ano na prisão, por delito de actividade sindical.

Manuel Deniz confunde a destruição deliberada de propriedade privada com "actividade sindical". É o relativismo pós-moderno em acção.


posted by Miguel Noronha 3:15 da tarde

BE vs PCP

Por sugestão do Manuel Deniz Silva fui dar uma vista de olhos na edição online do Combate.

No artigo sobre o Fórum Social Português Jorge Costa (JC) critica o sectarismo do PCP e na sua afilhada sindical (a CGTP). Por outro lado enaltece o papel do BE que se dispôs a participar "no processo de preparação num espírito de responsabilidade partilhada e concebendo-se em pé de igualdade com todas as outras entidades participantes". Esquece-se de dizer que a maior parte dos gruposculos participantes no FSP são "afilhados" do BE. Como, embora ninguém o admita, o BE teve o papel dirigente na preparação e elaboração do encontro quer directa que indirectamente.

O único "trunfo" do PCP reside na CGTP. Aqui reside o seu ultimo reduto de influência e de capacidade de mobilização. Significativamente é no campo sindical que o BE sente mais dificuldades de penetração. Verificar-se-à, no futuro, uma interessante luta pela hegemonia sindical.
posted by Miguel Noronha 2:58 da tarde

Hospitais SA produzem mais com menos custos

Os hospitais que, desde Janeiro, funcionam como sociedades anónimas registaram um aumento da produção e uma diminuição de custos, segundo indicadores ontem apresentados pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, como balanço dos seis primeiros meses de actividade destas unidades convertidas em empresa.

Segundo estes dados, houve um acréscimo de 12% nas consultas externas, relativamente ao mesmo período de 2002, e de 21,6% nas intervenções cirúrgicas. Uma produção acompanhada de uma diminuição de 16% nos custos. Os cinco hospitais-piloto _ Amarante, Aveiro, Pulido Valente, Santarém e Santa Marta _ tiveram ainda uma redução da demora média pré-operatória e uma subida da taxa de utilização de camas

posted by Miguel Noronha 10:32 da manhã

Golpe em São Tomé e Principe

Ouvi na TSF a notícia de um golpe de estado de São Tomé e Principe.

Apesar do tudo indicar ser o petróleo a principal motivação para o sucedido é a Nigéria, e não para os EUA, o princípal suspeito pela instigação do mesmo.

O actual presidente, Fradique de Mesezes, era partidario da negociação com empresas americansas e da instalação de uma base militar americana no arquipélago.

O princípal "concorrente" às concessão petroliferas é a Nigéria que, significativamente, é também a maior potência militar africana.

Aguardemos por desenvolvimentos...

ACTUALIZAÇÃO:
Segundo o Público os membros da auto-proclamada junta militar declararam "solenemente a intenção de "respeitar os princípios universais dos regimes democráticos, pautando a sua conduta pelo diálogo com todas as forças vivas da Nação e todos os interessados no bem estar do povo são-tomense".
Um golpe de estado militar num país democrático não parece ser obra de quem respeita os princípios universais dos regimes democráticos. Acho eu...
posted by Miguel Noronha 9:25 da manhã

terça-feira, julho 15, 2003

Não Resisti

Peço desculpa ao Comprometido Espectador. Dado ter surgido no seguimento de um post seu (excelente por sínal) pertencia-lhe o direito de responder a esta atorda do Linhas de Esquerda. Peço desculpa mas foi mais forte que eu...

Diz o nosso JAK:

"Por ultimo o comprometido interroga-se: ?É coisa que nunca percebi: numa região assolada por ditadores e miséria, porque é que se ataca sempre o único oásis de prosperidade e democracia na região?? [refere-se a Israel]

Se os EUA dessem o mesmo nível de ajudas aos países vizinhos que dá a Israel talvez houvesse mais países prósperos e menos ditadores. Mais, a uma democracia exige-se mais que a um Estado sem lei nem roque. É nos mais fortes que reside a esperança da paz e nunca nos mais fracos.
"

Tens razão JAK. É urgente lançar uma campanha de ajuda financeira às petro-ditaduras do Médio Oriente. Também foi por falta de empenho dos EUA que muitas dos países alinharam com o bloco soviético copiando exemplarmente o seu modelo politico e económico com resultados desastrosos. As democracias tem deveres as ditaduras não. É às primeiras que devemos imputar as culpas e exigir responsabilidades. As segundas são inimputáveis.

ps: esta conversa lembra-me um post que escrevi há uns tempos...
posted by Miguel Noronha 10:58 da tarde





Cortesia do American RealPolitik
posted by Miguel Noronha 10:17 da tarde

Cuba: MNE brasileiro diz que embargo prejudica direitos humanos

O ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, Celso Amorim, criticou o embargo económico a Cuba, que, defende, dificulta o respeito dos direitos humanos na ilha. Falando esta terça-feira em Madrid, Amorim deixou claro, no entanto, que o seu governo se opõe à pena de morte e aos julgamentos sumários levados a cabo pelo regime de Fidel Castro.

Isto até podia ter piada não fora a trágica situação dos presos políticos em Cuba.


posted by Miguel Noronha 7:12 da tarde

O Milagre Irlandês pt II

A propósito do post sobre a Irlanda o autor do Tempestade Cerebral aconselha-me a ler este estudo que, segundo ele compara os os casos de Portugal, Espanha (Iberian Tigers) e Irlanda (Celtic Tiger).

Ainda não o consegui ler (maldito trabalho!!) mas conto faze-lo em breve.

Obrigado.
posted by Miguel Noronha 4:22 da tarde

A Terceira Via

Reza desta forma a crónica de Teresa de Sousa:

A sua última grande reunião foi em Berlim, em Junho de 2000, quando Bill Clinton estava ainda na Casa Branca, o centro-esquerda ainda estava no governo da maioria dos países da União Europeia, a economia mundial continuava a ser confortavelmente arrastada pela década de ouro da economia americana e o 11 de Setembro era um pesadelo apenas imaginável na ficção produzida em Hollywood.

O que preocupava então os líderes mundiais de centro-esquerda era como controlar e regular uma globalização económica cujas consequências se tinham manifestado bruscamente em dois acontecimentos dramáticos: a crise dos mercados financeiros que eclodiu na Ásia, em 1997, contagiando e castigando duramente todas as economias emergentes; a revolta pública e violenta contra a reunião de Seattle da OMC, em Dezembro de 1999, que marcou o início dos movimentos anti-globalização.


Não se Teresa de Sousa partilha (ou partilhava) também destas preocupações, de qualquer forma revela um grave problema de análise por parte dos líderes da Terceira Via.

A crise asiática foi desencadeada por uma política câmbial errada e insustentável (ver estudo do Cato Institute) que pretendia manter uma taxa de câmbio constante independentemente dos enormes fluxos de capital que eram injectados nos seus mercados. O problema não resultou de uma "falha do mercado" mas antes do impedimento por parte das autoridades monetárias que este funcionasse.

Admito que a "revolta de Seattle" tenha impressionado qualquer um. No entanto como se veio a provar (e eu não canso de o dizer) a sua expressão social é pequena e as suas propostas utópicas (para não usar um adjectivo pior).

A cedência ao populismo (que Teresa de Sousa julga ser monopólio da direita) foi o princípio do fim da experiências governativas da Terceira Via. Esta foi apeado do poder nos EUA e em quase todos os países europeus. Parece que (mais uma vez) a história de nada serviu. A esquerda cola-se cada vez mais (com raras excepções) aos movimentos de alter-globalização. Ainda não percebeu a razão da sua queda.

posted by Miguel Noronha 12:51 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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