O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

So Long

O Intermitente também é filho de Deus. Vai por isso, à semelhança de outros ilustres blogues, tirar umas mini-férias para um local onde ninguém saiba o que é o Carnaval.
posted by Miguel Noronha 8:29 da tarde

A Antologia do Disparate pt III

Os partidos da oposição dizem não acreditar no valor do défice anunciado por Durão Barroso. Apresentam variadas e inovadoras razões.

O BE porque "a própria Comissão Europeia demonstrou que ao longo do último ano não se verificou uma consolidação orçamental". E quem somo nós para contraiar a Comissão?

O PCP porque "Toda a gente sabe, incluindo a Comissão Europeia, que os défices abaixo dos 3% são sustentados em contabilidades criativas e em engenharias financeiras". Não existe outra hipótese...

ADENDA:
O Barnabé não acredita porque não está para isso.

O País Relativo acredita mas não se dá por vencido.

ADENDA 2: Ferro Rodrigues acredita mas não o admite em público.
posted by Miguel Noronha 6:00 da tarde

Música

Dou as boas vindas ao blogue O Som e a Furia cujo autor conheço de outras paragens internéticas.

Podem encontrar excelentes críticas, a começar pela do novo disco dos ISAN.
posted by Miguel Noronha 3:14 da tarde

A Fome e o Totta

Depois de uma, mal sucedida, tentativa de "tomar as dores da esquerda", o Luís Rainha, vira a sua atenção para uma campanha publicitária do Totta.

Já sabemos, de antemão, que a esquerda embirra com as campanhas publicitárias (serão os publictários todos de direita?). Para o LR o cumulo é atingido quando se procura associar uma causa huminitária a um produto financeiro.

Não consegui saber grande pormenores sobre esta campanha (a página do banco não estava disponível) mas suponho que pela utilização do cartão de crédito seja doada uma dada quantia a uma ONG. Nada de escandaloso (como pretende o LR).

Argumento o LR:

Claro que dá muito menos trabalho apelar ao sentimento do que criar produtos que ofereçam vantagens bastantes, por si mesmos, para atrair novos consumidores


Saberá, por acaso, o LR quais as "vantagens" que os consumidores procuram num dado produto? Eu não. Mas presumo que, para alguns, a associação a uma causa humanitária (ainda que indirecta) seja um factor a ter em conta. Esse pode ser um factor de diferenciação com a concorrência. Se o produto tiver sucesso ganha o Totta (ao angariar clientes), ganham os clientes do Totta (dado que obtêm uma satisfação acrescida pela participação numa causa humanitária) e ganham os destinatários da ajuda (como é óbvio).

Caso, como pretende LR, existisse uma proibição deste tipo de campanhas o Totta continuaria a comercializar o mesmo tipo de produtos, Certamente com outras vantagens, menos "nobres" associadas.

Os clientes continuariam a utilizar o mesmo tipo de serviços.

Os destinatários da ajuda ficariam pior dado o desaparecimento de uma fonte de financiamento que, ainda por cima, não concorre com as outras.
posted by Miguel Noronha 12:29 da tarde

Força!

Miguel Sousa Tavares também conhecido como "a reserva moral da nação" anuncia a sua intenção de emigrar se Santana Lopes vier a ser o nosso próximo PR. E ainda dizem que a sua eleição não trará vantagens ao país...

ACTUALIZAÇÃO: O Jaquinzinhos também comenta o referido artigo:

O potencial de divertimento ao imaginar o Miguel, como comentador da noite das eleições, no momento do anúncio da vitória de Santana, é um factor que não deve ser menosprezado...


ACTUALIZAÇÃO 2: O Alberto ficou com problemas de consciência.
posted by Miguel Noronha 11:12 da manhã

Vasco Rato e João Marques de Almeida " A Encruzilhada"

O propósito deste livro, segundo os seus autores, é realçar a importância da manutenção da complementaridade entre a EU e a NATO, para a Europa e, particularmente, para Portugal.

Sem a EU (a actual, em que os órgãos essenciais são essencialmente paritários e em que existe o poder de veto) a Europa corre o risco do retorno aos nacionalismos e ao fim da paz Kantiana que vigora, dentro das suas fronteiras, desde o fim da última guerra mundial.

Sem a NATO, e com a previsível criação de uma estrutura militar unificada no seio da EU, torna-se mais difícil resistir à instituição do directório europeu. Isso significaria o desaparecimento de qualquer autonomia para os restantes Países-Membros na políticas externa e de segurança.

Os autores apontam o erro daqueles que pretendem imputar à Administração Bush (filho) a deriva unilateralista dos EUA. Como já o fizeram vários autores (Alain Minc é o exemplo mais recente) esta tendência foi claramente assumida pela Administração Clinton podendo-se, inclusivamente, dizer que esta sempre foi a tendência da política americana desde o final da Segunda Guerra Mundial.

É analisada e demistificada a polítca de Segurança Nacional da presente administração de forma extensiva.

A forte oposição francesa à intervenção no Iraque é vista como resultando, não de um qualquer sentimento pacifista, mas como a continuação da traves mestras definidas por De Gaulle que pretendia fazer da França o "Líder da Europa" e constituir-se como um pólo alternativo às superpotências. Dado a sua incipiente estrutura militar (quando comparada com os EUA) o seu estatuto de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU constitui a principal "arma" do seu arsenal. É claro que para o seu poder seja efectivo, à França, convém revestir de um carácter legalista as decisões de um órgão que sempre foi político.

Neste livro realço também a interessante desconstrução que é feita aos argumentos de Freitas do Amaral e Mário Soares.
posted by Miguel Noronha 9:27 da manhã

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Governed by Rules Not Men

This year billions of dollars and billions of hours will be spent campaigning for this or that candidate in our national elections. Can we argue that the nation's welfare is served best by picking the "right" person? I think not. The nation's welfare is served best by focusing not on political personalities but on neutral rules of the game and their even application and enforcement.

Think for a moment about sports, say basketball. Teams play one another. One team loses and the other wins, but they and their fans leave the stadium peacefully and most often as friends. Why? The game's outcome is seen as fair because there are fixed, known, neutral rules evenly applied by the referees. The referee's job is to apply the rules - not determine the game's outcome. Imagine the chaos on the court and among the fans if one team had its paid referees to help it win while its opponent had theirs.

In the political arena, the Framers gave us reasonably fair and neutral rules of the game, otherwise known as the United States Constitution. If our government acted, as the Framers intended, as a referee and night watchman, how much difference would it make to any of us who occupied the White House or Congress? It would make little, if any. It would be just like our basketball game example. Any government official who knew and enforced the rules would do. But increasingly who's in office is making a difference since government has abandoned its referee and night watchman function and gotten into the business of determining winners and losers.

In many places around the world, the prospect of, or the result of national elections leads to all manner of violence and mayhem. Why? Because the political arena plays a much larger rule than ours in determining winners and losers, and in some cases who wins can literally mean life or death. We need only to look at the history of countries in Africa, Middle East and Southeast Asia. Where governments decide winners and losers, the most effective coalitions are those based on race, religion, region and ethnicity - the bloodiest coalitions in mankind's history.

So which is it: do we want government as referee and night watchman or the decider of winners and losers?

posted by Miguel Noronha 4:48 da tarde

As apostas da Inter

A CGTP-IN considera que é imperioso concretizar uma estratégia de desenvolvimento económico e social do país. E propõe que esta se desenvolva através de seis eixos fundamentais:

- Evolução da economia para produções mais exigentes, com maior valor incorporado, e serviços de maior qualidade

- Política de inovação com aperfeiçoamento contínuo de produtos e de serviços

- Mudança da mentalidade patronal na gestão e na organização das empresas para lhes elevar a produtividade

- Investimento na qualidade do emprego, incluindo a qualificação e a introdução de novas tecnologias

- Criação de relações diferentes entre o Estado e os cidadãos, assentes na ética e no rigor

- Defesa do sector produtivo, sobretudo das empresas com alta capacidade tecnológica e mão-de-obra qualificada


Dando seguimento a esta estratégia prevê-se a convocação de uma jornada de luta que culminará numa grande manifestação unitária.
posted by Miguel Noronha 12:21 da tarde

A Irlanda

O último post d'A Causa Foi Modificada ("Ao contrário da Irlanda...") coloca em causa aqueles que dizem que o sucesso da Irlanda (e o relativo insucesso de Portugal) se deveu às prioridades do investimento público.

A este propósito queria relembrar um artigo do Cato Institute (que eu aqui comentei) que procura descobrir as razões do "milagre irlândes".

Segundo este artigo o crescimento económico não se deveu ao investimento público (nem à injecção de fundos comunitários) mas sim ao ambiente de livre concorrência, desregulamentação e impostos baixos.
posted by Miguel Noronha 11:31 da manhã

Syrians Demand Reform

No Arab Reform Bulletin.

A new petition signed by more than 700 Syrian intellectuals, writers and lawyers calls on the Syrian government to lift the state of emergency in force since 1963. The petition's organizers intend to submit the document to the Syrian authorities on March 8, the forty-first anniversary of the ruling Baath party's assumption of power.

An English translation of the petition, which was published in Arabic in Lebanon's Al Nahar on February 10, reads as follows:

"On March 8, 1963, the National Council of the Revolutionary Command declared a state of emergency in Syria. Forty one years later, the country remains burdened by the emergency law whose effects have spread to all the elements of the citizens' and society's life, creating a situation which besieges the society, freezes its movement, and imprisons thousands of citizens for reasons pertaining to their views or political stances or for accusations that do not constitute criminal acts.

The emergency law has developed to include extraordinary rules that have depended to a great extent on the mood of its enforcers.

We the signatories demand that the Syrian authorities abrogate the state of emergency and all its legal, political, and economic effects including:

-Abrogating all emergency and extraordinary trials
-Halting all oppressive detentions
-Releasing all political detainees and prisoners of conscience, with adequate compensation
-Restoring the dignity of those deprived of civilian rights for political reasons
-Allowing the return of exiled citizens to their homeland under legal guarantees
-Opening a file for missing people that discloses their location, settles their legal conditions, and compensates their relatives.
-Allowing democratic liberties, including the right to form political parties and civil society groups."

On January 31, the Syrian government abruptly released some 130 political prisoners. Both the petition and the prisoner amnesty are reminiscent of developments in 2000, when 99 Syrians signed a petition calling for an end to the state of emergency, and the Syrian government responded by releasing some 600 political prisoners. A crackdown on Syrian democracy activists and liberal intellectuals soon followed. It remains to be seen whether the changed regional climate, created by the U.S. occupation of Iraq, will lead the Syrian regime to respond differently this time.

posted by Miguel Noronha 10:32 da manhã

A Reunião dos "Big Three"

A reunião dos líderes da França, Alemanha e Reino Unido terminou com a declaração de que estes jamais pensaram na criação do malfadado directório.

Uma das resoluções pode e deve, inclusivamente, ser saudada:

The Brussels executive should "draw up a timetable with clearly defined goals with a view to abolishing regulations and reducing bureaucracy which unduly hamper competitiveness and innovation", says the joint letter.


No entanto estes pretendem substituir a burocracia comunitária por um comissário (que acumulará a vice-presidência da Comissão Europeia) que supervisione a área económica. O papel deste não será meramente decorativo.

This person should have a say in all decisions on EU projects "which impact on the targets of the Lisbon agenda [the EU's goal to become the most dynamic economy in the world by 2010]".


Não se verificará, desta forma, uma completac devolução das competências aos Estados-Membros.

Significativamente os 3 países já decidiram que o primeiro país a ocupar este cargo será a Alemanha. Suponho que já tenham decidido que a França e o Reino Unido serão os seguintes na linha da sucessão.

Não é para levar a sério, pelos vistos, a promessa, inicial.
posted by Miguel Noronha 9:15 da manhã

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

A Antologia do Disparate - pt II

Como prometido deixo aqui as declarações de Saramago proferidas em Quito (Equador). A notícia é da Agência Efe. Encontrei algumas notícias que referiam esta confereência mas nenhuma tão completa quanto a que agora publico. Presumo que amanhã seja notícia em tudo o que é orgão de infomação português.

Quito, 17 fev (EFE).- O Prêmio Nobel de Literatura de 1998, o português José Saramago, disse hoje, terça-feira, em Quito que a democracia é "uma falácia", uma "piada", e que esse sistema político não foi superado porque ninguém ainda encontrou outro.

Ele disse que em nome da democracia foram feitas muitas atrocidades no mundo e, nesse momento, referiu-se à intervenção dos Estados Unidos no Iraque.

"Os Estados Unidos estão muito conscientes de que dentro de 40 ou 50 anos terão dois concorrentes que vão se apresentar no cenário mundial como aspirantes ao domínio mundial ou, pelo menos, a compartilhar esse domínio. Serão eles a China e a Índia", asseverou Saramango, lembrando a intervenção dos Estados Unidos na maioria dos países do mundo.

"Quantos países têm bases militares nos EUA? Em quantos países os EUA não têm bases militares?", questionou o escritor em um encontro com leitores realizado na Casa da Cultura Equatoriana.

"Tudo se fez em nome da democracia", lamentou, antes de acrescentar que "se começassemos a dizer claramente, para que todo mundo escutasse, que a democracia é uma piada, um engano, uma fachada, uma falácia, e uma mentira, talvez pudéssemos no entender melhor".

O literato afirmou que enquanto se escutar a palavra democracia sem a devida importância que o conceito tem, o mundo continuará tendo um dos "problemas políticos fundamentais de todos os tempos".

Saramago qualificou de "ingênuo" aqueles que dissem que a democracia é "o Governo do povo, para o povo e pelo povo". "Isso não tem nada a ver com a realidade", assentiu.

O Prêmio Nobel, que está Quito para receber a condecoração "Medalla Guayasamín de Unesco", também criticou o fato de haver pessoas no mundo que passam fome.

"Como é possível que o povo esteja morrendo de fome? A fome é a obscenidade máxima e todos nós deveríamos nos sentir insultados com o fato de que há pessoas com fome", ressaltou.

Saramago contou que, em sua reunião de hoje com líderes indígenas do Equador, lamentou o fato de eles terem uma história de 500 anos "de genocídio lento, de dor infinita, de sofrimento sem perdão".

"Não pensemos só o que os Estados Unidos querem que façamos; pensemos em nós", acrescentou ao ressaltar que não se pode permitir que "milhões e milhões de pessoas se encontrem sob as ordens de uma potência que tem uma visão mundial sem limites".

"Não podemos, somos cidadãos, somos pessoas, temos direitos", destacou.

Ele disse que os povos da América têm ainda mais direito a reclamar porque foram "infinitamente explorados".

Questionou o fato de o mundo ser "mais ignorante do que nunca" apesar de todas as facilidades que existem para evitar esse fato.

"O ensino não foi preparado para a massificação e o resultado é que, no fundo, o que importa é lançar ao mercado de trabalho jovens" que receberão salários muito baixos, manifestou.

Saramago explicou que, também dentro da chamada democracia, as pessoas são "livres, mas dentro de um limite muito bem definido".

posted by Miguel Noronha 8:24 da tarde

Sabedoria Chinesa

Toda a verdade é revelada aqui.
posted by Miguel Noronha 6:44 da tarde

Podemos Sempre Contar Com a Esquerda

Acabei de saber que estou deprimido. É para coisas como esta que serve o barnabé.

ADENDA: Leiam "A Depressão Segundo São Barnabé" no Jaquinzinhos.
posted by Miguel Noronha 5:39 da tarde

A Antologia do Disparate

Não sei se é da época mas chegaram-me ao conhecimento dois textos que só podem ser relevados tendo em atenção a próximidade com o Carnaval.

O primeiro é o artigo do mui sapiente Professor Rosas no Publico.

Não sei comece pela "chantagem que os "populares" exerceram sobre a sobrevivência do Governo [que] fez dobrar a liderança laranja", pela "privatização da segurança social" (se calhar é verdade e só eu é que não sabia...) ou pelo o "ultramontanismo católico no ensino" (desculpe?).

Podia também comentar a sua "verdade" sobre o PEC e os défices orçamentais. Este ultimo é, para Rosas, o garante do "desenvolvimento e à modernização das economias europeias". Presumo que, por esta hora, o Dr Ferro Rodrigues já o tenha sondado para futuro Ministro das Finaças.

Mas não vale a pena. Quem acredita nas inelutáveis verdades do Professor não regressa facilmente à normalidade. Nem com massivas doses de realidade por via intravenosa.

O segundo é (mais) uma conferência do "nosso" Saramago. Fica para depois.
posted by Miguel Noronha 3:51 da tarde



O conhecido Johan Norberg recomenda o livro The Free-Market Innovation Machine: Analyzing the Growth Miracle of Capitalism de William J Baumol.

Neste Baumol defende que a principal força do capitalismo (e desta forma a principal causa do crescimento económico) está, não na competição via preço mas, no constante processo de inovação empresarial

While giving price competition due credit, Baumol stresses that large firms use innovation as a prime competitive weapon. However, as he explains it, firms do not wish to risk too much innovation, because it is costly, and can be made obsolete by rival innovation. So firms have split the difference through the sale of technology licenses and participation in technology-sharing compacts that pay huge dividends to the economy as a whole--and thereby made innovation a routine feature of economic life. This process, in Baumol's view, accounts for the unparalleled growth of modern capitalist economies. Drawing on extensive research and years of consulting work for many large global firms, Baumol shows in this original work that the capitalist growth process, at least in societies where the rule of law prevails, comes far closer to the requirements of economic efficiency than is typically understood.


Podem ler aqui um excerto do primeiro capitulo.
posted by Miguel Noronha 12:42 da tarde

Richard Perle e David Frum


A FrontPage Magazine publica uma entrevista com Richard Perle e David Frum a propósito do seu livro "An End to Evil: How to Win the War on Terror". Eis alguns destaques.

Frontpage Magazine: Richard Perle and David Frum, welcome to Frontpage Interview. It's a pleasure to have you with us. In your new book, An End to Evil, you provide a manifesto on how we must deal with militant Islam in our War on Terror. For the sake of our readers, could you crystallize some of the main strategies you emphasize that will help the West win this war? Mr. Frum, why don?t we begin with you?

Frum: Thank you Jamie: honored to be here. An End to Evil is a handbook for victory in the war on terror: a series of highly specific recommendations about what to do to make America more safe and to defeat our terrorist enemies. First, we have to make the American homeland more secure by making it more difficult for terrorists to enter the country; and by cutting them off from money and support if they do enter. Second, we have to wage war against terrorist organizations abroad and the states that support them. Third, we have to challenge the terrorists' ideas - because make no mistake, the terrorists have ideas. Finally, we need to modernize our institutions so that we can fight this new war - including threatening to leave the UN unless it amends its charter to recognize the sponsoring of terror as a form of aggression

(...)

FP: Mr. Frum, you come out in favor of the doctrine of pre-emption in cases where there is a perceived threat. Do you think our preemptive strike in Iraq legitimates that strategy? How does this fit with the fact that, so far, there is the question of the "missing WMDs"? Give your best defence of preemptive strikes. What do you say to leftists who argue that they are "internationally illegal"?

Frum: The operation in Iraq was a tremendous success - and an indispensable prerequisite for what comes next. One crucial thing we must do is pressure Saudi Arabia to cut off the flow of funds from its citizens to terrorists. So long as the world's second-biggest oil producer was, in effect, an international outlaw, Saudi Arabia's ability to get away with a two-faced policy on terrorism was magnified. Iraq is now rejoining the international community. Soon its oil will be flowing. And Saudi Arabia will find itself much less immune to American pressure to cut off the terrorists' funds. As for international law: If international law protected the right of Saddam, Uday, and Qusay to tyrannize the people of Iraq and threaten the peace of the region and the world - well, that's a pretty serious comment about the state of international law, isn't it?

(...)

FP: Mr. Perle, what exactly is France?s problem? Why do the French prefer to get into bed with monsters rather than side with us against the forces of tyranny? There is some kind of dark pathology here. Could you give us a little insight into the mindset of the French in this context?

Perle: When the issue is put properly and the facts are clear I believe most Frenchmen will come down on the same side as us. But often the facts are not clear. On Iraq, the French press was an abomination, rife with distortion on almost every element of the issue. Anyone reading the French press or watching French television would have concluded that we were acting out of base motives (mostly oil) and without regard for the hundreds of thousands of innocents who would perish in a long bloody war at the end of which the Middle East would be aflame. The current French government, under Chirac and Villepain, believes that it can build Europe as a ?counterweight? to the United States. It loathes and fears the emergence of the United States as the sole superpower and seeks to diminish our standing and influence in the world. So it inclines toward opposition to any enterprise that we lead.

posted by Miguel Noronha 10:51 da manhã

EUA - Primárias do Partido Democrático

o Senador John Kerry venceu as primárias realizadas ontem no Estado do Wiscosin. John Edwards ficou em segundo e Dean em terceiro.

Veremos se se cumprem os rumores da desistência de Dean que apostava num bom resultado neste estado para fazer "renascer" a sua candidatura.

Kerry passou a ser o candidato favorito da TSF que apresenta o seu maior rival, Edwards, como "advogado milionário". Não consta que Kerry seja propriamente um indigente.
posted by Miguel Noronha 8:39 da manhã

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Triste Coincidência

Calhou, no dia em que comemoro um ano na blogosfera, ficar a saber da decisão do Pedro Lomba em acabar com a Flor de Obsessão.

Para quem não saiba a Coluna Infame (Pedro Lomba, Pedro Mexia e João Pereira Coutinho) foi um dos motivos (talvez o principal) que me levaram a criar O Intermitente.
posted by Miguel Noronha 7:55 da tarde

Empresas do Estado «são cancros» nas contas públicas, diz Pina Moura

O antigo ministro socialista das Finanças, Pina Moura, disse esta terça-feira que o sector empresarial do Estado é um dos grandes «cancros» das contas públicas.

Em reacção ao documento do Tribunal de Contas (TC) emitido na segunda-feira e que arrasou a gestão das empresas estatais, Pina Moura considerou que são estas entidades quem mais fomenta o endividamento.

Segundo o TC, entre 1999 e 2001 as dívidas das empresas públicas aumentaram 10% em cada ano, atingindo os 15 mil milhões de euros, valor que o ex-ministro de Guterres encarou com alguma naturalidade face à dificuldade em combater o «cancro da situação financeira pública».

Em declarações ao Fórum da TSF, o economista disse ainda que esta é uma questão com 30 anos, «responsável por um agravamento de dez pontos percentuais na dívida do Estado».

Entre os conselhos para inverter o cenário, Pina Moura sustenta a adopção de novas políticas no domínio dos tarifários e modelos de gestão semelhantes aos aplicados na TAP e RTP


E porque não considerar, alternativamente, a privatização das ditas empresas?

Para que motivo se considera "estratégica" a propriedade de empresas como a TAP e da RTP pelo Estado português?

Não poderão os mesmos serviços ser asgurados por empresas privadas?

Mesmo que se considere essencial a existência de algum serviço público. Não poderá ser este contratado com empresas privadas num concurso em que vence o que apresenta a melhor combinação qualidade/preço?

Porque continuamos nós, há 30 anos, a pagar milhões por empresas que prestam um serviço de fraca qualidade?
posted by Miguel Noronha 5:37 da tarde

Por Uma Segurança Social Privada

O Cato Institute acaba de lançar umprograma de reforma da Segurança Social baseado em contas individuais geridas por entidades privadas.

Pelo que já li, este, assemelha-se ao que foi utilizado no Chile.

Individuals would be able to privately invest their half (6.2 percentage points) of their payroll tax through individual accounts.

Individuals who choose individual accounts will receive a recognition bond based on past contributions to Social Security. Workers choosing individual accounts will forgo accrual of future benefits from traditional Social Security.

Allowable investment options for the individual accounts will be based on a 3-tier system: a centralized, pooled collection and holding point; a limited series of investment options, with a lifecycle fund as a default mechanism; and a wider range of investment options for individuals who accumulate a minimum level in their accounts.

At retirement, individuals will be given an option of purchasing a family annuity or taking a programmed withdrawal. These two options will be mandated only to a level required to provide an income above a minimum level. Funds in excess of that required to achieve this level of retirement income can be withdrawn in a lump sum.

If an individual accumulates sufficient funds within their account to allow them to purchase an annuity that will keep them above a minimum income level in retirement they will be able to opt out of the Social Security system in its entirety.

The remaining 6.2 percentage points of payroll taxes will be used to pay transition costs and to fund disability and survivors benefits. Once, far in the future, transition costs are fully paid for, this portion of the payroll tax will be reduced to the level necessary to pay survivors and disability benefits.

This discussion will be offered in the context of payable Social Security benefits. That is, the Social Security system will be restored to a solvent pay-as-you-go basis prior to the development of individual accounts. Workers who choose to remain in the traditional Social Security system will receive whatever level of benefits Social Security can pay with existing levels of taxation

posted by Miguel Noronha 4:17 da tarde

China: a próxima crise asiática

Um artigo na TechCentralStation aponta o perigo de uma grave recessão na Ásia causada pelo colapso da Economia chinesa.

Recent analysts draw parallels with conditions in China today and the situation in Asia on the eve of the currency crisis. Some saw the collapses in Southeast Asia as a classic property boom and bust. China certainly looks like that. Donald Straszheim, an independent economist who is generally bullish on China, sees parallels with the Japanese system, where politically-influenced loans led to over-spending on infrastructure projects: "China's financial system is heading for a Japan-style quagmire."

The difference between Japan and the Asian currency crisis economies was that Japan had vast savings to dip into. Rather than crash, it ground to halt. China has savings, but how do they compare to the debt, how much debt is there and has it got the system to manage a crash?

Andy Rothman, China strategist at CLSA identifies the primary problem as misallocation of resources. "Five years after it began steps to recapitalise its state banking system, China still suffers from an increasing stock of non-performing loans, widespread capital misallocation and manifold structural inefficiencies" Rothman said.

Few economists think a financial meltdown is imminent, but all are warning about the level of debt. We have to remember one thing about economists. They generally get it right, but can never tell us the timing. All, however, recognize what the impact of financial failure in China could be on the world economy.

China has become an important contributor to global growth, the major global consumer of commodities, a prop economy for much of the rest of Asia and an important source of earnings for major global corporations. We got a small taste of the impact of economic correction a decade ago.

In 1993 the Chinese government slammed the brakes on growth to stifle inflation, creating a sharp drop in both economic activity and demand for products from abroad. Steel imports, for example, fell to 22.8 million tons in 1994 from 33.5 million tons in 1993. The stakes today are far higher. Morgan Stanley has predicted that even if Chinese growth were to slow to 8%, commodity prices could fall by 15%. Imagine the impact of a full scale recession.

China has not had the normal cycle of growth and recession. Desperate to maintain growth to generate jobs, China's leadership has managed the economy to keep growth. We know its instruments of control are crude. The financial system is weak. The challenges facing the Chinese leadership would defeat most politicians in most countries. They are good, but they would have to be miracle workers to prevent a crash


As causas da (previsível) recessão chinesa encontram-se (mais uma vez) no excesso de intervencionismo estatal. Quando esta suceder iremos ter a mesma miriade de articulistas a discorrer novamente sobre o "fracasso do neoliberlismo". Estarão errados mais uma vez.
posted by Miguel Noronha 3:07 da tarde

Lamentável

Ontem alguém acedeu a este humilde blogue através da busca "ensinar a furtar".

Existem pessoas com uma péssima ideia da blogosfera.
posted by Miguel Noronha 12:48 da tarde

PS considera lamentável carta de apoio ao PEC subscrita por Durão Barroso

O secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, considera "lamentável e "um erro inexplicável e irreflectido" que o primeiro-ministro, Durão Barroso, tenha subscrito uma carta, assinada por cinco seus homólogos europeus, ao actual presidente da União Europeia, a defender o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).


(...)

Conhecido o contéudo da carta, Ferro Rodrigues, que hoje se reúne com economistas para debater a situação financeira do país e da União Europeia, afirma que "as cartas subscritas pelo primeiro-ministro [no âmbito da política internacional] normalmente não trazem nada de bom". "Desta vez, as companhias escolhidas pelo primeiro-ministro não são muito diferentes daquelas em que esteve envolvido da última vez", continuou o líder socialista, numa referência à carta do grupo de chefes de Governo europeus a apoiar a intervenção anglo-americana no Iraque.

Ferro Rodrigues classificou como "um erro inexplicável e irreflectido" a posição assumida hoje por Durão Barroso, acusando-o de ser "incoerente" com o que tem afirmado sobre esta matéria em Portugal. "No actual momento da Europa, os países têm de ter políticas para favorecer o crescimento económico e o combate ao desemprego, mas esta carta representa um apoio conservador à manutenção das regras do PEC, só para fingir que elas se cumprem", argumentou.


Destas lamentáveis (estas sim) declarações do Líder do PS posso tirar a ilação que Ferro Rodrigues não sabe separar questões de polítca económica com outras de política internacional. Para um candidato a Primeiro Ministro (como o são todos os lideres da oposição) esta confusão não augura nada de bom.

Mais uma vez temos implícita a acusação de seguidismo. Volto a realçar que, para FR, tal situação não se coloca apesar de este alinhar sempre pelas posições do eixo franco-alemão.

Gostaria ainda que FR clarificasse alguma questões.

Quando refere que "esta carta representa um apoio conservador à manutenção das regras do PEC, só para fingir que elas se cumprem" estará FR a a criticar o não cumprimento da PEC? Nesse caso não seria coerente, da sua parte, o apoio às restrições orçamentais realizadas por este Governo? Se pensa que estas não são suficientes (como declara) não seria natural exigir restrições mais eficazes?

Ao exigir "políticas para favorecer o crescimento económico e o combate ao desemprego" estará FR a partir do princípio que o crescimento económico gera emprego ou o inverso?

Caso se trate da primeira opção porque não apoia então a redução do défice orçamental?

Se no seu entendimento é o emprego que gera o crescimento económico porque não apoia a estatização total da Economia? Não seria esse o corolário desta linha de pensamento?
posted by Miguel Noronha 11:45 da manhã

A Lista de Saddam

O Guardian revela mais alguns pormenores sobre o financiamento dos movimentos "pecifistas" pelo anterior regime iraquiano.

Money illicitly siphoned from the UN oil-for-food programme by Saddam Hussein was used to finance anti-sanctions campaigns run by British politicians, according to documents that have surfaced in Baghdad.

Undercover cash from oil deals went to three businessmen who in turn supported pressure groups involving the ex-Labour MP George Galloway, Labour MP Tam Dalyell, and the former Irish premier Albert Reynolds, it is alleged in documents compiled by the oil ministry, which is now under the control of the US occupation regime.


posted by Miguel Noronha 9:48 da manhã

Hoje

O Intermitente comemora hoje o seu primeiro aniversário.
posted by Miguel Noronha 8:31 da manhã

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Eurodúvidas

Confesso que o teor de algumas notícias, sobre a UE, hoje aqui postadas quase me impeliram a colocar a respectiva bandeira junto a citação de F. A. Hayek que serve de mote a este blogue.

Mas foi sol de pouca dura. Bastou-me lembrar da trindade Fischer-Chirac- Prodi para regressar à realidade.
posted by Miguel Noronha 8:36 da tarde

EU says outsourcing good for world economy

A European Union delegation said Monday outsourcing was beneficial for the world economy and added it understood India's concerns about objections in western nations to shifting jobs overseas.

"It's something that is good for you (India) and good for our service industries," EU's External Relations Commissioner Christopher Patten told reporters in New Delhi.

"We have no problems with outsourcing. We are very understanding of India's concerns on the issue."

Patten was part of an EU delegation led by Irish Foreign Minister Brian Cowen whose country currently holds the rotating EU presidency.

Patten said the EU believed western outsourcing of jobs to countries like India, Mexico and China, where labour costs are lower and goods can be produced more cheaply, was an "an aspect of a more liberal world economy."

posted by Miguel Noronha 8:24 da tarde

Durão, Aznar e Berlusconi pedem cumprimento do PEC

Os primeiros-ministros de Portugal, Espanha e Itália, Durão Barroso, José Maria Aznar e Silvio Berlusconi, respectivamente, escreveram uma carta ao presidente do Conselho Europeu, onde realçam a importância para os Quinze do cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Na carta, os governantes lembram que o PEC é um elemento essencial na governação económica da União Europeia e uma condição necessária para o crescimento económico sustentado. Por isso, defendem, que as regras do PEC devem ser aplicadas de forma consistente e não discriminatória.

As propostas dos três primeiros-ministros deverão agora ser tidas em consideração pela presidência irlandesa no Conselho Europeu de Março.

A carta é assinada igualmente pelos primeiros-ministros da Holanda, Polónia e Estónia.

posted by Miguel Noronha 5:06 da tarde

Até Que Enfim

Ele está de volta à net.
posted by Miguel Noronha 4:11 da tarde



Cortesia American RealPolitik
posted by Miguel Noronha 3:22 da tarde

Commission calls for abolition of unjustified restrictions of competition in professional services

Extensive research by the European Commission into the state of competition among lawyers, notaries, accountants, architects, engineers and pharmacists concludes that existence of price, advertisement and other restrictions is preventing the delivery of benefits to the economy and consumers in particular.

Because those restrictions are mainly national in scope, a report adopted by the Commission today calls on national governments, competition authorities and the professional bodies themselves to reform or eliminate such restriction unless duly justified.

(...)

Italy and Germany continue to have minimum prices for architects, engineers and lawyers combined, in some cases, with maximum prices. The experience in countries which have abolished price regulations -- France, concerning legal services, and UK for what regards conveyance and architectural services indicates that price controls are not an essential instrument for ensuring high quality standards.

A number of countries also continue to prohibit professions from advertising their services making it more difficult and expensive for consumers to search for the quality and prices that best meet their needs. This is the case for auditors (France, Luxembourg, Spain and Portugal) or notaries (France, Italy, Spain and Greece) while the same and other professions are also under significant advertising restrictions in other countries.

Other, less visible restrictions regard access to the professions themselves by way of excessive licensing regulations or restrictions based on demographic and geographic criteria, for example for pharmacists and notaries in certain countries.

Restrictive regulation protects consumers, it is sometimes argued by some professions. The Commission fears that the only clear effect is to protect the professions themselves from the healthy winds of competition and intends to explore with consumer organisations alternative ways of helping consumers find the service they want and judge its quality.

The Commission acknowledges that regulation may be necessary, for example to prevent misleading publicity, poorly constructed buildings or inaccurate audit reporting. But restrictions must be considered carefully to assess whether those legitimate public interests may not be achieved through less anti-competitive means.

posted by Miguel Noronha 12:09 da tarde

Portugueses consideram que Euro 2004 não compensa

A maioria dos portugueses é da opinião que o investimento em eventos internacionais, como a Expo 98 e o Euro 2004, não compensa. Esta é uma das principais conclusões da última sondagem realizada pela Universidade Católica para a RTP e Público sobre o turismo.

Dos 735 inquiridos, 51% reconheceu que a procura turística em Portugal aumentou depois da Expo 98 e 57% acredita que essa tendência irá manter-se depois do Campeonato Europeu de Futebol. Todavia, 60% considera negativo o balanço entre os benefícios trazidos pela visibilidade destes eventos e o investimento financeiro a que obrigam ou que obrigaram

posted by Miguel Noronha 11:04 da manhã

Iraque: As Controvérsia do Pós-Guerra (via Dissecting Leftism)

Um artigo do News Weekly expõe a falácia das controvérsias que surgiram no pós-guerra.
posted by Miguel Noronha 9:41 da manhã

domingo, fevereiro 15, 2004

Venhas Mais Cinco

A amizade ultrapassa as ideologias.

Quando é que combinamos uma noitada?
posted by Miguel Noronha 3:13 da manhã

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

mail: migueln@gmail.com