O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

sábado, maio 22, 2004

Binómios

O PS já é de esquerda? Não sei se serão resquícios do seu passado partidário mas, de repente, o Daniel fez-me lembrar o Álvaro Cunhal. Para ele quando o PS estava na oposição era de esquerda. Noutras ocasiões...
posted by Miguel Noronha 12:56 da manhã

sexta-feira, maio 21, 2004

Rebolices

Será que Ana Gomes também se "torceu de riso" quando foram reveladas as fraudes no "agora subitamente investigado" programa "Oil For Food"?
posted by Miguel Noronha 8:28 da tarde

Os Desafios no Horizonte de Timor Leste

Um artigo de Paulo Gorjão (o autor do Bloguítca) no Público.
posted by Miguel Noronha 12:54 da tarde

Os Custos do Euro 2004 - pt II

O Público revela mais alguns pormenores do relatório do Tribunal de Contas. Para além da questão da "derrapagem" orçamental realço as questões levantadas quanto à sua futura rentablização e custo de manutenção.
posted by Miguel Noronha 12:25 da tarde

Edital

Avisam-se os leitores deste blogue e eventuais spammers que alterei o meu mail. Devem passar a enviar as vossas comunicações para: migueln@gmail.com

Constou-me, entretanto, que as contas de webmail do google estão a ser alvo de grande procura. Como, nesta fase, apenas foram oferecidas a alguns afortunados (como eu!!) já existe um mercado. Há ofertas para todos os gostos. Desde umas, potencialmente interessantes, bootlegs do Tom Waits às reprováveis fotografias de um cão nú.

(obrigado pelo dica, Luís)

posted by Miguel Noronha 10:20 da manhã

Sarin

O Indepundit levanta algumas questões pertinentes (e inquientes) relacionadas com a recente descoberta da granada de gás sarin.

During the 1980-88 Iran-Iraq war, Saddam's military used sarin and other chemical agents against Iran and the Kurdish population. They primarily employed helicopters equipped with agricultural-type sprayers, as well as a crude type of chemical warhead that required the ingredients to be mixed on the battlefield immediately before firing. (I'd hate to be the guy with that job).

There is no evidence that Saddam?s military employed more sophisticated "mix-in-flight" binary chemical artillery shells during the Iran-Iraq war, nor even that they possessed such technology at that time.

After the First Gulf War, Iraq was required to declare to UN weapons inspectors all aspects of its chemical, biological, and nuclear weapons programs, to include a complete inventory of all existing or destroyed munitions. They did NOT declare any binary chemical warheads.

In October 1995 (after the UN discovered some previously undisclosed documents), Saddam revised his weapons declaration, admitting that his scientists had developed "prototypes" of shells capable of delivering binary sarin, but claimed that the project had never reached full production. UN inspectors noted at the time, however, that "new documentation shows production in quantities well beyond prototype levels."

The artillery shell discovered earlier this week, according to General Kimmitt, contained a "mix-in-flight" binary chemical warhead. This type of warhead, as noted above, was not used in the Iran-Iraq war, and was not included by Saddam in any of his weapons declarations.

posted by Miguel Noronha 8:58 da manhã

quinta-feira, maio 20, 2004

Os Custos do Euro 2004

Um relatório do Tribunal de Contas alerta para excessivo endivamento suportado pelas autaquias.

Entre as conclusões destaque para a confirmação de um grande aumento do endividamento autárquico (nomeadamente nos concelhos que envolvem os estádios de Leiria, Braga, Guimarães, Aveiro, Algarve e Coimbra), com custos que devem suportados ao longo de 20 anos.

O TC escreve ainda que o encargo público com evento será superior a 600 milhões de euros, a preços de 2004, não entrando nestas contas o valor actual dos encargos dos promotores públicos com a manutenção e conservação das infraestruturas e equipamentos.


Na TSF refere-se outros pormenores do referido relatório.

O Estado pagou apenas 13 por cento do custo total de seis estádios do Euro 2004 auditados pelo Tribunal de Contas, contra uma previsão inicial que apontava para uma comparticipação estatal de 25 por cento.

De acordo com o Tribunal de Contas, os contratos-programa assinados entre o Executivo e os promotores públicos responsáveis pela construção ou remodelação dos estádios previam que a comparticipação do Estado fosse de 25 por cento do investimento de referência considerado para efeitos de comparticipação.

Como o custo final dos projectos dos seis estádios auditados - Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Guimarães e Leiria - acabou por ser mais elevada que o previsto, a comparticipação pública acabou por descer para apenas 13 por cento.

O TC alerta, no entanto, para o elevado endividamento das autarquias promotoras, uma vez que estas não limitaram valores para efeitos de comparticipação, à semelhança do que fez o Estado.

A instituição salienta ainda que a elevada diferença verificada entre o investimento de referência e o investimento efectivamente realizado deve-se, não só, a uma subestimativa de custos, mas também às dificuldades sentidas pelos promotores em controlar os custos.


Uma nota final. Se a comparticipação do Estado (que seria 25% do investimento previsto) foi, dado o custo final, apenas de 13% significa que a "derrapagem" foi cerca de 90%.
posted by Miguel Noronha 5:52 da tarde

Alguém Me Explica a Lógica da Ministra?

No Diário Digital:

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Patrício Gouveia, disse esta quarta-feira que existe na UE uma «atitude de disponibilidade para negociar» a Constituição, o que poderá abrir caminho a um acordo até ao final da presidência irlandesa

(...)

Para Teresa Gouveia seria negativo para a conjuntura económica se não houvesse um acordo, sublinhando ainda que seria «desmoralizador», pois a Europa e o mundo precisam de «boas notícias».


Negativo para a conjuntura económica? Para a Europa e para o mundo?!!
posted by Miguel Noronha 5:10 da tarde

Subsídios Agricolas

O editorial da Spectator congratula-se com a proposta, avançada pela Comissão Europeia, em acabar com os subsídios à exportação de produtos agrícolas mas avisa que, para terminarem as distorções nos mercados agricolas, é necessário é necessário acabar de vez com a PAC.

The distortions created by subsidies and tariffs are an inconvenience to Western consumers, who have to pay more for their food as a result. But they are devastating to the world's poor. In a free market, a far greater proportion of the food eaten in Europe and America would be grown in developing countries than is the case at present. This is so because it is developing countries that have the comparative advantage in agriculture: their labour costs and land prices are lower. Yet at present we have the bizarre spectacle of America exporting rice to Haiti and the European Union exporting tomatoes to Ghana - all thanks to generous subsidies paid to American and European farmers. Taxpayers in developed nations, in other words, are helping to undermine the main industry in which developing nations have a comparative advantage. This isn't just bad economics; it is immoral. According to Oxfam, which last year produced a report on the effects of trade barriers on the world's poor, trade barriers cost poor countries £100 billion a year, twice what they receive annually in aid. If poor countries were allowed to increase their share of world trade by just 1 per cent, it would lift 128 million people out of poverty.

Welcome though it is, last week's announcement by Pascal Lamy should not be taken for granted. Europe's agricultural lobby is powerful and will not give up its subsidies without a fight. Nor is the ending of export subsidies enough: all support for farmers in Europe should be phased out, just as it was in New Zealand in the 1980s, much to the benefit of consumers and, as it has proved, the farming industry too. The proposed "reform" of the CAP is absurd: it will mean the end of farmers being paid to produce unwanted quantities of milk; yet they will continue to receive handouts simply for being farmers - without necessarily producing any food at all.

The real battle of ideology being waged across the globe at present is between free trade and protectionism: between those who see trade as a generator of wealth and peace across the world, and those who just want to stand up for the little guy down the road. The ending of export subsidies would be a small victory for free trade, but one which points Europe in the right direction.

posted by Miguel Noronha 4:53 da tarde

Índia

Um artigo no Washington Post discorre sobre o recente livro de Jagdish Bhagwati, a evolução da Economia indiana e os resultados das recentes eleições.

[I]f the India of the 1960s was right about growth's importance, it was wrong about how it might be achieved. The economy crawled along during the 1960s and 1970s, and the Indian Planning Commission was a large part of the problem. As Bhagwati [1] realized soon after he arrived to work there, there was no way that government planners could know how many tractors or machine tools India needed. Meanwhile, import substitution was no match for the export-focused strategy of the East Asian tigers.

Which brings us to last week's election. The incumbent government going into that contest had accelerated the reversal of India's failed development strategy, and had reaped the benefits. The economy is now humming along at 7 to 8 percent annually, twice as fast as in the statist 1960s and 1970s: India has at last achieved the expansion that Nehru wanted. And yet the government's reward was to lose the election to opponents who complained that growth was not reducing poverty. The leader of those opponents was Sonia Gandhi, the head of the Congress Party that Nehru once presided over and the widow of his grandson.

There were several reasons for this electoral upset. But prominent Indian intellectuals -- Salman Rushdie in The Post, Arundhati Roy in the British Guardian -- could not resist declaring that the failure of growth as an anti-poverty strategy explained at least part of the result. The "immense countryside India," Rushdie wrote confidently, ". . . has not benefited in the slightest from the recent economic boom." According to Roy, the election represented a decisive defeat for "neo-liberalism's economic 'reforms.' " And so we have a curious inversion. India used to understand growth's importance, but not how to achieve it. Now India knows how to achieve it; but some famous Indians, and perhaps millions of ordinary voters, have lost sight of growth's importance. People don't seem to have noticed that, whereas India's poverty rate stuck obstinately above 50 percent during the low-growth 1960s and 1970s, it is now falling precipitously: To 36 percent in the government's household survey of 1993-94; to 29 percent in the next survey, six years later. The idea that the countryside has not benefited is simply spurious. In the interval between the two most recent surveys, rural poverty fell from 37 percent to 30 percent.

And that, in a nutshell, is the problem with globalization -- we can't seem to appreciate the good things that it brings. Bhagwati's new book offers other examples: He explains how globalization is good for women's rights, good at reducing child labor, good for the environment. If only the globo-skeptics would spend less time celebrating India's odd election and more time reading him.


[1] Jagdish Bhagwati, famoso economista indiano que editou recentemente o livro "In Defense of Globalization"

E falando do novo governo indiano. O Primeiro-Ministro indigitado, depois da desistência de Sonia Gandhi, é
Manmohan Singh (que já era - no entanto - dado como futuro Ministro das Finanças). Este é apontado como o "pai" da liberalização da Economia indiana, durante os anos 90, durante o governo de Narasimha Rao. Não se esperam, portanto, retrocessos neste campo.
posted by Miguel Noronha 3:37 da tarde

Agricultura Biológica

Recomendo a leitura dos comentários e dos artigos sugeridos no Liberdade de Expressão.
posted by Miguel Noronha 2:08 da tarde

Comercialização dos OGM's: As Reacções

Um artigo do Público demonstra bem os tiques autoritários das organizações ambientalistas.

A organização ecologista Greenpeace acusou a Comissão Europeia de "defender os interesses da agro-indústria e dos agricultores norte-americanos", em detrimento dos interesses dos cidadãos europeus

(...)

A organização ambientalista Os Amigos da Terra afirmou, em comunicado, que "a Comissão está a brincar com a saúde dos consumidores"


Já as organizações dos consumidores, propriamente ditas optam por uma posição bem menos radical realçando o direito de opção dos consumidores:

"Não aprovamos nem nos opomos à decisão", declarou Jim Murray, director da Organização Europeia de Consumidores (BEUC). "Não temos uma posição de princípio contra, desde que certos requisitos estejam preenchidos, incluindo neles a opção de escolha dos consumidores. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor faz sua a posição do BEUC


É claro que é legitimo por em causa a representatividade das associações de consumidores. O mesmo se pode dizer relativamente as associações ambientalistas.


posted by Miguel Noronha 12:10 da tarde

Hayek Links

O Hayek Links foi actualizado.

posted by Miguel Noronha 9:34 da manhã

Constituição Europeia

Coligação defende referendo à Constituição Europeia

A coligação PSD/CDS-PP para as eleições europeias defende a realização de um referendo ao futuro tratado constitucional europeu. Na apresentação do manifesto da «Força Portugal», João de Deus Pinheiro disse que essa «seria uma excelente oportunidade para debater a Europa.


Gostava de saber a posição das restantes forças partidárias.

posted by Miguel Noronha 8:48 da manhã

quarta-feira, maio 19, 2004

Os Impostos e o Preço da Gasolina

Hoje no Parlamente a oposição exigiu que o Governo baixasse o ISPP. O líder parlamentar do PS disse inclusivamente que "[a] responsabilidade dos impostos é sua e do Governo. Vão manter esta carga fiscal que recai no bolso das famílias dos portugueses ou vão mexê-la para diminuir o preço da gasolina e do gasóleo em Portugal?".

Não posso deixar de demonstrar o meu apreço quando vejo qualquer parlamentar clamar pela descida dos impostos. O apreço é maior quando essas vozes são provenientes da esquerda. Esta tem por hábito propor soluções estatistas que exigem o aumento da despesa pública e (consequentemente) dos impostos.

Destaco as palavras de António José Seguro quando fala da "carga fiscal que recai no bolso das famílias". Tocante! Acho inclusivamente que este devia alargar a mesma lógica aos outros impostos. Não podemos, contudo, pedir tudo de uma vez...

Para terminar gostaria de saber quais as áreas onde a oposição pretende uma diminuir as despesas, por forma a equilibrar as contas do Estado após a descida dos impostos. Se não souberem podem perguntar-me que eu tenho bastantes sugestões.


posted by Miguel Noronha 9:11 da tarde

Bernard Lewis

A crítica ao recente livro de Bernard Lewis "From Babel to Dragomans: Interpreting the Middle East" no Daily Telegraph.
posted by Miguel Noronha 5:51 da tarde

Iraque: "What Must Come Next"

Num artigo os senadores John McCain e Joe Liberman defendem uma série de medidas que devem ser tomadas para solucionar os problemas políticos e de segurança no Iraque.

In Iraq our national security interests and our national values converge. Iraq is the test of a generation, for America and for our role in the world. We will endure setbacks, as the past weeks have painfully illustrated. But our focus must remain on our ultimate objective: helping to fashion a responsible and representative Iraqi government, with legitimacy in the eyes of Iraqis and the world. We do not have the luxury of time.

posted by Miguel Noronha 4:59 da tarde

Hayek Links

O Hayek Links foi actualizado.
posted by Miguel Noronha 4:23 da tarde

Link

Chamo a atenção para o blogue Nota Latina da brasileira Graça Salgueiro (minha conhecida de outras paregens interneticas - espero que a Dra Edite Estrela não esteja a ler isto...). Este blogue é dedicado a revelar "o que a imprensa esconde sobre o que acontece na América Latina".
posted by Miguel Noronha 2:32 da tarde

Reconhecimento

A comissária sueca na UE reconhece o fracasso do welfare state no seu país:

"The excellence of Swedish welfare is a myth...other countries catch up and surpass Sweden in several areas."


O texto foi traduzido por Johan Norberg que eu de sueco não percebo nada.

posted by Miguel Noronha 10:29 da manhã

OGM's

Segundo o EU Business a UE prepara-se para levantar a proibição à comercialização de OGM's.

Um recente relatório da FAO vêm reforçar a ideia dos benefícios e da segurança dos OGM's embora sem abandonar a ideia de que se deve continuar a estudar o seu impacto.

The 17 May report 'Agricultural Biotechnology: Meeting the Needs of the Poor?' states that transgenic technology has great potential for increasing crop yields, reducing costs to customers and improving the nutritional value of foods. It stresses, however, the need for a crop-by-crop approach to assess the risks as well as the importance of more funding by national governments.

(...)

GM crops currently on the market are safe to eat, the report adds, and notes that scientists differ with regard to their opinions on their environmental impact. The report therefore calls for more research to measure the environmental consequences of the so-called 'gene flow'.

The report concludes that 'science cannot declare any technology completely risk free.' It says that it is unrealistic to demand complete certainty about the effects of a technology before deciding whether to use it.

posted by Miguel Noronha 9:18 da manhã

terça-feira, maio 18, 2004

Teste o Seu Liberalismo

Façam o teste e descubram: "Etes-vous libéral?" na página de Les Cercles Liberaux. Em francês é claro...

posted by Miguel Noronha 7:56 da tarde

Gasolina - Estudo Comparativo

O Tempestade Cerebral compara os preços da gasolina e do gasóleo em Portugal e Espanha e conclui que o culpado é mesmo o Governo...
posted by Miguel Noronha 5:14 da tarde

Os Ganhos do Comércio Livre

Johan Norberg chama a atenção para um um paper de Kym Anderson que explicita os ganhos potenciais com a abolição de subsídios e medidas protecionistas e com os ganhos de eficiência que daí se podem advir.

- If rich countries abolished their agricultural protectionism, the world economy could gain $122 billion per year, simply by more specialisation and efficiency.

  • If poor countries abolished their own tariffs, their economies could gain $65 billion per year.

  • If we halved the legal limits for subsidies and tariffs, the global economy could gain something between $188 billion and $1 trillion per year.

  • But there are not merely static efficiency gains. Cutting trade barriers by half could also raise economic growth by a third in developing countries and one-sixth in richer countries.

  • Over 50 years, this extra growth plus the static efficiency gains from trade, adds more than $23 trillion to the world economy. Of this total, poor countries would reap $11.5 trillion.


  • Notas:
    (1) valores expressos em USD de 1995
    (2) 1 bilião (sistema americano) = 1000 milhões = 1.000.000.000
    1 trilião (sistema americano) = 1 bilião = 1 = 1.000.000.000.000

    posted by Miguel Noronha 12:11 da tarde

    Hayek Links

    Actualização do Hayek Links. Adições nas secções "Online Books and Articles - By Hayek", "Online Books and Articles - About Hayek" e "Other".

    posted by Miguel Noronha 10:56 da manhã

    A TSF e os Seus Especialistas

    A conhecida isenção informativa da TSF pode ser, mais uma vez aferida com a notícia do recente atentado com gás sarin. O Jaquinzinhos já aqui tinha demonstrado a fiabilidade dos especialistas habitualmente convidados comentar as notícias.

    Não querendo deixar morrer o assunto o especialista de hoje é, nada mais nada menos que o conhecido Hans Blix. Afirma o senhor Blix que o "[g]ás sarin não revela [a] existência de armas químicas". Brilhante! Pelo visto não coloca em causa que se trate, realmente, de gás sarin mas adianta que isso não prova nada porque "[n]ão é de todo absurdo [que a granada seja da guerra de 1991]" e que "podem existir restos de granadas do passado e isso é uma coisa bem diferente de ter depósitos deste tipo de armas". Não serão mais que restos de inventário, portanto.

    posted by Miguel Noronha 9:45 da manhã

    A Queda de um Anjo

    No BdE é notoria a indignação com o artigo de Ramos Horta no Público. Teria sido preferível que este tivesse tombado (palavras suas!!) em 1975 a viver para cometer esta "traição". Um mártir têm a vantagem de não nos poder contrariar.
    posted by Miguel Noronha 8:39 da manhã

    segunda-feira, maio 17, 2004

    Trotsky

    O comunista preferido pelos alter-globalistas revista e diminuído n' O Comprometido Espectador.
    posted by Miguel Noronha 4:07 da tarde

    Tudo Mal

    Artigo de Francisco Sarsfield Cabral no DN:

    Quase dois terços dos rendimentos dos agricultores dos países da OCDE (ou seja, dos países desenvolvidos) vêm de ajudas do Estado. Há excepções, como a Austrália e a Nova Zelândia. Mas na maioria dos países ricos a agricultura passou a ser, sobretudo, uma caça ao subsídio directo e indirecto. O número de agricultores diminuiu, aliviando a factura dessa ajuda para o contribuinte. E o consumidor dos países ricos tolera os preços agrícolas altos, pois gasta hoje em alimentos uma parcela reduzida do seu orçamento.

    Tudo bem, então? Não, tudo mal. Primeiro, porque apenas um terço do dinheiro gasto teoricamente em subvencionar a agricultura acaba nos bolsos dos agricultores - o grosso da ajuda é comido pelos intermediários comerciais. Depois, porque os pequenos agricultores pouco beneficiam dessas ajudas. Mais grave ainda, o proteccionismo agrícola dos ricos liquida a agricultura dos países pobres. Uma libra (de peso) de açúcar custa 25 cêntimos produzir na UE, contra 8 na Índia e 4 no Brasil. Mas a UE subsidia brutalmente a sua produção de açúcar, viabilizando-a à custa dos produtores do mundo pobre. Coisa semelhante acontece com o algodão nos Estados Unidos ou com o arroz no Japão. E na carne, nos lacticínios, nos vegetais, nas frutas, etc.

    Os comissários europeus da agricultura, Franz Fischler, e do comércio internacional, Pascal Lamy (que é francês e foi o braço-direito de Delors), propuseram que a UE suspendesse os subsídios às exportações agrícolas, se os seus parceiros comerciais fizessem o mesmo. Tais subsídios representam apenas 6 por cento das ajudas aos agricultores da UE. Pois logo a França se opôs. O que não impede o Governo francês de se apresentar como o amigo dos países pobres.


    posted by Miguel Noronha 3:01 da tarde

    Iraque: Artigo de Ramos Horta

    O artigo de José Ramos Horta (já referenciado pelo Bloguítica) aparece na edição de hoje do jornal Público.

    Em quase 30 anos de vida política activa, apoiei o uso da força em várias ocasiões e não esqueço que as consequências de não fazer nada perante o mal foram graficamente demonstradas quando o mundo se pôs à parte e não impediu o genocídio do Ruanda. Nessa altura, onde estavam os manifestantes pela paz? Estavam tão silenciosos como estão hoje face aos bárbaros comportamentos dos fanáticos religiosos.

    Há quem me acuse de ser mais um fomentador da guerra do que um Nobel da Paz, mas não tenho medo de confrontar os meus críticos. É sempre mais fácil dizer não à guerra, mas ser politicamente correcto significa deixar os inocentes a sofrer, desde Phnom Penh a Bagdad. E é isso que quem foge do Iraque corre o risco de estar a fazer.

    posted by Miguel Noronha 10:20 da manhã

    União Europeia: Os Avisos de Milton Friedman

    O Prémio Nóbel da Economia, Milton Friedman, lançou uma série de avisos aos países europeus:

  • Euro
    "there is a strong possibility that the euro zone could collapse in the next few years because differences are accumulating between countries ... I'm not saying it is a certainty, just that it is a strong possibility".

    He suggests that the euro could be replaced with the old national currencies.

  • Agenda de Lisboa
    "No I do not think that the EU can catch up with the US by 2010. It is a nice dream, a good hope and I wish them well, the world would benefit".

    "But I think the chances of achieving it are very slim. The rest of the world is not going to stand still. India is not going to stand still, China is not going to stand still and the US is not going to stand still".

  • Sobreregulamentação e Potencial de Crescimento
    "There is no doubt what the EU should do. Abolish your rules and regulations. Abolish your [high level of] spending. The European economy is too burdened with rules and regulations".

    "There is nothing wrong with the basic strength of the individual countries. But they have burdened themselves with a range of rules that strangle their economies"
    posted by Miguel Noronha 8:41 da manhã
  • domingo, maio 16, 2004

    Democracia e Socialismo

    No DN.

    O secretário-geral do PS alertou sexta-feira à noite para a «necessidade de a Europa estar cada vez mais unida e de falar a uma só voz nas questões de política externa», unindo-se na defesa e no respeito do Direito Internacional. «Não admitimos que haja uma Europa europeia e uma Europa pró-senhor Bush», frisou Ferro Rodrigues


    Já sabemos que para os socialistas europeus (e, já agora, para o sr. Chirac) é inadmissível que existam opiniões diferentes das suas e que quem ousa contraria-los nada mais é que um seguidista e um lacaio dos americanos. Infelizmente em Democracia não é possível obrigar os outros a reprimir as suas opiniões. Mesmo que o sr. Ferro Rodrigues as considere "inadmissíveis".
    posted by Miguel Noronha 9:30 da tarde

    Harmonização Fiscal

    A presidência irlandesa e a Comissão Europeia revelaram estar contra as propostas de harmonizaçáo fiscal.

    Irish Prime Minister Bertie Ahern said on Friday he opposed calls for European Union nations eventually to harmonize their corporate tax rates.

    "Tax harmonization in my view, and tax issues, are a matter of competence of member states and should remain so," said Ahern, whose nation holds the rotating presidency of the now 25-strong EU, after talks in Lisbon with Prime Minister Jose Manuel Durao Barroso.


    (...)

    In Brussels on Thursday, a spokesman for tax commissioner Frits Bolkestein told reporters that the commission had "absolutely no intention" of presenting a proposal on corporate tax rates.

    "If there is an initiative by France and Germany in this regard, it will not be supported by the commission," Jonathan Todd said, reiterating the backing of Brussels for "fair tax competition" among EU members

    posted by Miguel Noronha 3:36 da manhã

    Powered by Blogger

     

    "A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
    F.A.Hayek

    mail: migueln@gmail.com