O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

sábado, março 15, 2003

Villepin quer solução pacífica nos Açores


O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Dominique de Villepin, espera que a Cimeira nos Açores resulte numa solução pacífica para desarmar o Iraque. Villepin disse esperar «que os três responsáveis façam o que queremos».

Ninguém explicou ao sr Villepin que não tinha sido convidado?
posted by Miguel Noronha 7:10 da tarde

Sábado!

Após uma extenuante incursão ao centro do país estou de volta
Tinha pensado fazer um "refresh" na coluna direita da página mas a preguiça levou a melhor e, como qualquer bom português, resolvi adiar a coisa para o dia seguinte.
posted by Miguel Noronha 7:07 da tarde

sexta-feira, março 14, 2003

Wellcome Back!

Registo com agrado o regresso do blog benfiquista Calcio Rosso que aproveitou para fazer um retiro espiritual depois daquela tristeza no Carnaval.
Não. Não estou a falar do Alberto João Jardim.
posted by Miguel Noronha 8:06 da tarde

Recomendações Musicais

Já há muito tempo que não usava estas páginas para recomendar discos. Foi mais falta de tempo (e disposição) para ouvi-los que outra coisa.




Antipop Consortium vs Matthew Shipp
Já tinha falado sobre ele aqui embora, na altura, ainda se encontrasse à experiência cá em casa. Agora que todas as duvidas se dissiparam posso afiançar que se trata de um bom disco. É a união do jazz com o hip hop de uma forma absolutamente original.



Arovane "Cycliph EP"
Ambientes hipnóticos criados com samples e percurssões.
Para abir o apetite para o album que aí vem.



posted by Miguel Noronha 7:34 da tarde

Do Iraque, em directo para o Blogger

Descobri, por mero acidente, o blog de Kevin Sites, correspondente da CNN actualmente em missão no Golfo.

Actualizações em directo da "zona quente"...


posted by Miguel Noronha 2:47 da tarde

Partido de Monteiro tem nome de associação cívica já registada

"O partido que Manuel Monteiro pretende constituir até Junho, tem o mesmo nome que uma associação cívica já registada. O ex-líder do CDS/PP poderá assim ver-se confrontado com alguns problemas na hora de registar no Tribunal Constitucional a Nova Democracia"

"A associação, registada no Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC), era constituída por 150 pessoas, entre as quais Celeste Cardona, Ribeiro e Castro, Rui Pena, Maria do Rosário Carneiro e Luís Barbosa. Apesar da sua actividade não ter sido dada como extinta, encontra-se em standby. "

Será uma estratégia para arregimentar de uma assentada 150 militantes?
posted by Miguel Noronha 2:27 da tarde

Vasco Pulido Valente dixit:

"A retórica não substitui a realidade"

Vou mandar bordar esta máxima em ponto de cruz e pendura-la na parede lá de casa...
posted by Miguel Noronha 12:20 da tarde

Jardim Não Reconhece Legitimidade ao TC

È perfeitamente natural. Há alguns autarcas que não reconhecem o Tribunal de Contas,o Governo não reconhece que estamos em recessão, o PS não reconhece que tenha ultrapassado o défice, o Vale e Azevedo não reconhecia a diferença entre as suas contas bancárias e as do Benfica, os jogadores de futebol raramente reconhecem quando fazem penalty e eu próprio não reconheci o Presidente do Governo Regional da Madeira no desfile carnavalesco.
posted by Miguel Noronha 10:24 da manhã

O Público e o jornalismo de tendência

Numa nota da direcção intitulada O PÚBLICO e a Crise Iraquiana sobre as opiniões expressas pelos vários comentadores sobre esta questão o Público afirma que não deve tomar partido baseado na:

"consciência de que em Portugal não existe espaço para os chamados "jornais de tendência" que, para desempenharem o seu papel de "artérias de ideias" numa sociedade democrática, teriam de ser vários representando várias tendências. Por isso entendemos ser mais útil e mais importante manter o pluralismo interno, inclusivamente nos espaços de opinião editorial"

O Público tem todo o direito em definir a sua linha editorial mas devo lembrar que o New York Times que assumiu uma posição anti-intervenção também publica artigos de opinião contrários a esta posição.
Não me parece que ideia que "em Portugal não existe espaço para os chamados 'jornais de tendência' " tenha sido testada. Muito menos que seja necessário o aparecimento de um jornal (assumidamente) de esquerda para que possa aparecer uma publicação de direita.
posted by Miguel Noronha 10:02 da manhã

A Reforma da ONU vista por um arabe

Amir Taheri do Arab News lista alguns dos mais importantes conflitos e intervenções militares que ocorreram à margem do Conselho de Segurança. Mesmo em situações de genocidio o CS não emitiu qualquer resolução condenando os seus autores nem aprovou as intervenções militares de países estrangeiros para os depor.

"The UN would not have authorized Tanzania to invade Uganda, boot out Idi Amin and break his death machine. Neither did the UN approve when the Vietnamese Army invaded Cambodia to get rid of the Khmer Rouge that had already killed half of that country’s population. Nor did the UN applaud American action to remove tyrants from power in Grenada and Haiti, and restore democratic government.

The former UN Secretary-General Boutros Boutros-Ghali has had the courage to admit that it was guilty of criminal negligence when it did not act to stop the genocide in Rwanda (some two million dead) or in the former Yugoslavia (half-a-million dead). More recently, the UN has turned a blind eye to the genocidal war waged by Russia in Chechnya where a whole nation is being destroyed. Each time anyone did anything to right a wrong it was outside the UN remit (as was the case in Kosovo).
"

Questiona igualmente o estaturo igualitário que é conferido a todos os membros da ONU

"The UN is based on the assumption that all members are of equal stature and have equal interests, aspirations and preoccupations. That is a myth. The newest member, Switzerland, is not in the same category as one of the UN’s founding members, Afghanistan. Nor does the Maldives have the same preoccupations as China. A majority of UN members are in no position to develop an analysis of the global situation and are, at best, preoccupied with their survival. This is why they think nothing of giving the chairmanship of the UN commission on human rights to Libya while voting to expel the United States, or asking Iraq to head the UN committee on disarmament."

E a desadequação da estrutura do Conselho de Segurança:

"The situation in the Security Council is even more anomalous. The five permanent, or veto-holding, members represent a balance of power that has long ceased to exist."

Quando foi eleito para Secretário-Geral da ONU Koffi Anan pôs em marcha um programa com vista à reforma da sua estutura. Não sei quais os resultados obtidos até agora mas palpita-me que sejam poucos (e em áreas pouco significativas). Seria necessário que alguns países abdicassem de direitos adquiridos...

Ontem aproveitei para discutir este artigo (e outros que vão passando por estes blogs) com a pessoa que insiste que eu faça a barba todos os dias e que percebe bastante mais que eu da estrutura da ONU. (Re)Lembrou-me o facto de a ONU não ser o CS ter várias organizações especificas (a FAO, a OMS, a UNESCO e outras bem mais desconhecidas) cujo papel é bastante importante e as decisões não tão polémicas. Não partilhando uma visão tão pessimista quanto ao futuro da ONU sugeriu que talvez seja o momento para esta reconhecer que as suas pretensões em ser o "policia" do mundo não fazem sentido.
posted by Miguel Noronha 9:29 da manhã

quinta-feira, março 13, 2003

Ingrid Betancourt


As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciaram hoje que a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt “está de boa saúde física”. Betancourt é refém dos rebeldes marxistas há mais de um ano. (no Publico)

Aqueles que negam que as FARC sejam um grupo terrorista devem pensar que a senhora decidiu passar uma temporada no campo, longe da azáfama citadina...

posted by Miguel Noronha 5:03 da tarde

Revolucionário

No Diário Digital: RTP vai avaliar trabalhadores


Eis uma medida extremamente inovadora que, de certo, vai ser seguida por muitas empresas privadas. O que virá a seguir? Promoções por mérito?
A Comissão de Trabalhadores da RTP colabora na iniciativa opondo-se...
posted by Miguel Noronha 4:46 da tarde

Duvida Existencial

Os nossos confrades do Blogue dos Marretas levantaram a questão sobre a existência ou não de uma esquerda democrática.
O Valete Fratres! numa jogada de antecipação reconheceu a sua existência.

Eu também respondo que sim. Em Portugal essa esquerda encabeçada por Mário Soares (e se quisermos Sá Carneiro que na altura se dizia socialista e queria aderir à respectiva internacional) foram essenciais para travar os impetos totalitários do periodo revolucionário.
O grande problema da esquerda democrárica são as "febres" frentistas que surgem em periodos de crise de identidade (normalmente quando passam do governo para a oposição). Estas levam-na a associar-se com tudo o que é organização à sua esquerda sejam elas ecologistas, trotskystas, estalinistas ou artistas . Já dizia a minha mãe, o problema são às más companhias...

posted by Miguel Noronha 3:46 da tarde

Interessante

Para quem gosta de História recomenda a leitura do artigo THE AXIS OF NOWHERE: MOLDOVA. Mais uma vitima do Estalinismo que hoje é o estado mais pobre da Europa.

nota: este artigo também se encontra publicado no europundits que é uma iniciativa conjunta de diversos bloggers
posted by Miguel Noronha 1:23 da tarde

As razões do veto

Um editorial do New York Times indica que poderão existir "outras" razões para a China e a França vetarem a intervenção no Iraque:

"France, China and Syria all have a common reason for keeping American and British troops out of Iraq: the three nations may not want the world to discover that their nationals have been illicitly supplying Saddam Hussein with materials used in building long-range surface-to-surface missiles."

Estarei a ficar paranoico?
posted by Miguel Noronha 12:25 da tarde

Por favor...

Os apologistas anti-guerra ganharam mais um adepto. Desta vez José Miguel Júdice. Num artigo do Publico diz:

""Não tenho dúvidas que o Iraque vem violando de há muito a legalidade internacional. Mas nós achamos que a legalidade internacional é muito frágil e quanto mais frágil é, mais cautela se deve ter com ela".

O militante social-democrata fez questão de sublinhar que não quer colocar em causa as "conveniências estratégicas política ou ideológicas" em jogo, afirmando-se preocupado "única e simplesmente com a ordem de legalidade"

Segundo esta lógica o Iraque pode desreipeitar livremente os acordos internacionais que nenhum mal vem ao mundo.Para os EUA e seus aliados o caso já muda de figura. Realmente a legalidade internacional é mesmo muito frágil. Tão frágil que me pergunto da sua utilidade...
posted by Miguel Noronha 11:10 da manhã

O Barril

Num artigo publicado no Blog de Esquerda fala-se da consequênicas negativas da intervenção no Iraque. Dizem que pode levar à radicalização dos regimes saudita e iraniano (causada pela constestação popular). Defende-se desta forma a continuidade de um ditador.

Em primeiro lugar não os imaginava defensores da realpolitik.

Em segundo, queria fazer notar que no Irão a contestação popular é essencialmente anti-radical e pró-Khatami e que as consultas populares têm mostrado um crescente apoio aos orgãos eleitos (não-radicais). Penso realmete que existe a hipótese de ocorrer um golpe de estado dos radicais do regime. Porém este poderá ocorrer independentemente de eventuais acontecimentos no Iraque. Imagino que a percepção que já não têm a maioria da população do seu lado e os riscos de uma eventual guerra civil que os têm demovido.

Quanto à Arábia Saudita, é minha convição (e a Administração Bush já também já o deixou subenteder) que os radicais já estão no poder. Talvez um Iraque democrático (comprimisso já por diversas vezes assumido por Geoge W Bush) tenha efeitos benéficos na região...

Em ultimo lugar penso que a questão palestiniana poderá ser beneficada com a queda do regime iraquiano (e não só). Fala-se do extremismo israelita (nomeadamente da pressão exercida pelos colonos) mas não se refere que outro grande entrave são os extremistas palestinianos. Para estes a única solução é a "destruição de Israel". Os dois extremismos condicionam grandemente a margem negocial de ambas as partes.
Cortar as fontes de financiamento dos extremistas palestinianos (como o Iraque) poderá aumentar as possibilidades da paz. Penso que a "destruição" de Saddam será mais benéfica que prejudicial para a criação do Estado Palestiniano.

posted by Miguel Noronha 10:05 da manhã

quarta-feira, março 12, 2003

A evitar...

Definitivamente a evitar o album "Adventures in Lo-Fi" de King Britt. Com tanto disco bom por aí não percam tempo nem dinheiro com este...


posted by Miguel Noronha 8:42 da tarde

Debate no Oxford Democracy Forum (via instanpundit)

O OxDem vai hoje realizar um debate sobre a "guerra e a democracia no Médio Oriente" (se estiverem na zona de Oxford aproveite mas tem de se apressar porque já começou).
O instantpundit e eu recomendamos a leitura da declarações iniaciais que vão ser proferidas por Josh Chafetz e David Adesnik. Falam não só do Iraque mas também do movimento dos estudantes iranianos e do dever da comunidade internacional nos pós-guerras (no plural - acho que não me enganei no português).
posted by Miguel Noronha 6:06 da tarde

Contestação na UMP

Enquanto se fala na contestação que Tony Blair sofre no Labour Party pouco é dito sobre a contestação que existe no seio da UMP:

«Environ 25 % des députés UMP ne sont pas d'accord avec le veto.» François Goulard, député UMP
posted by Miguel Noronha 1:56 da tarde

Afinal parece que não é...

O ex-presidente da Assembleia da República e presidente do PS, António de Almeida Santos, declarou ao PUBLICO que não comportam nenhuma inconstitucionalidade as afirmações públicas de declaração de apoio a um ataque unilateral contra o Iraque, no caso de não ser aprovada nenhuma deliberação do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Então? Em que ficamos. O Secretário-Geral do PS diz uma coisa. O Presidente do PS outra. Não deviam ter feito uma reunião primeiro?
posted by Miguel Noronha 10:41 da manhã

Exageros

Segundo o Diário Digital:

Os responsáveis administrativos do Congresso norte-americano aprovaram esta terça-feira uma nova designação para as batatas fritas e as tostas servidas nas cafetarias do edifício. As batatas fritas [«french (francesas) fries»] e as fatias douradas [«french (francesas) toasts»] foram rebaptizadas de «batatas» e «fatias» da «liberdade» - «freedom fries/toasts», noticia terça-feira a agência AP.

Será que alguém se vai lembrar de propor algo semelhante para a francesinha? Tenham juízo...
posted by Miguel Noronha 9:04 da manhã

As Incongruências de Claire Short (via Samizdata)

A Ministra Claire Short que se opões à intervenção no Iraque, ameaçando inclusivamente demitir-se, tinha a seguinte opinião quanto aos bobardeamentos na Sérvia (também não autorizados pela ONU):

The truth is this is a war. Wars are vile... It's against an evil, monstrous regime that has caused a terrible war and displacement, raping and killing people. Now it is doing it again. This evil will be reversed. We will succeed, the sooner the better... But we will do what is necessary. It will be done and we will look after people and get them home...Please everyone think what is at stake here... This is a challenge for our generation. We must do what is right otherwise evil will triumph, Europe will have fascism back in it and all the instabilities that will lead to increasing conflict... Please be steady everyone. We've got to do what is right and we will do it.

- Clare Short, May 23, 1999, on the need for war against the Serbs (not OK'd by the UN).



posted by Miguel Noronha 9:00 da manhã

Ontem na TVI, Miguel Sousa Tavares citou os editoriais do New York Times para exemplificar o descontentamento "generalizado" que exite na sociedade americana. É pena que ele se tenha "esquecido" que outros jornais, como o Washington Post apoiaram-na. E que as sondagens indicam que a maioria da população também...
posted by Miguel Noronha 8:51 da manhã

terça-feira, março 11, 2003

Voz do Deserto

Já amplante divulgado por blogs bem mais importantes que o meu, a Voz do Deserto é o único blog calvinista que ousa elogiar simultaneamente Marco Paulo e Ryan Adams.
O Intermitente aconselha igualmente a visita à Florcaveira e à audição dos seus artistas associados. No winamp do meu pc já roda o tema "Lamaque Teve Duas Mulheres" de Tiago Guillul.
posted by Miguel Noronha 4:28 da tarde

11 Março

O Blogue dos Marretas lembra hoje o aniversário do 11 Março. Foi o fim da (tentativa de) transicção pacifica e o início do PREC.
Durante o periodo que mediou este dia e o 25 de Novembro estivemos entregues a seres que diziam ser a "vanguarda da revolução" e que pretendiam implantar um regime comunista em Portugal à revelia da vontade da populção. Desvalorizaram o resultado das eleições com o imbativel argumento que não se podia perder por via eleitoral o que se tinha ganho através do "processo revolucionário". Foi destruido o tecido empresarial português e estivemos à beira da guerra civil. Pelo caminho deixaram a Constituição de tal forma condicionada que só em 1986 se acabou com os ultimos resquicios do modelo socialista que nos pretenderam impor.
A História veio a mostrar quem estava certo e quem estava errado. O regime democrático e economia de mercado implantaram-se, não obstante o modelo que nos pretenderam impor por decreto.

Para recordação aqui fica o comunicado dos soldados do RAL-1:

CAMARADAS SOLDADOS, OPERÁRIOS E CAMPONESES:

O ataque que o RAL 1 hoje sofreu demonstra a todos que até aqui têm sido tratados com panos quentes continuam vivos e activos à espera da primeira oportunidade para esmagarem a classe operária.

Porquê um ataque ao RAL 1?

Porque os soldados do RAL 1 sabem bem que os seus inimigos são os capitalistas e fascistas que nos têm oprimido e cada vez que vão para a rua sabem que só têm um papel a desempenhar quer os senhores generais gostem ou não: DEFENDER OS OPERÁRIOS E COMBATER TODOS OS REACÇIONÁRIOS.

Por isso o RAL 1 e todos aqueles que defendem o povo têm as espingardas fascistas apontadas sobre si.

Mas isso, camaradas, não nos atemoriza. Nós, os militares do RAL 1, contamos convosco e mais uma vez vos garantimos que estamos ao vosso lado.

Para aqueles que vieram semear sangue entre nós só nos resta exigir o seu.

FUZILAMENTO IMEDIATO

CAMARADAS O POVO ARMADO JAMAIS SERÁ VENCIDO!

ORGANIZEMO-NOS E ESMAGUEMOS TODOS OS FASCISTAS!

MORTE AO FASCISMO! MORTE AO CAPITALISMO!

FUZILAMENTO JÁ

FUZILAMENTO JÁ

FUZILAMENTO JÁ

MORTE AO FASCISMO! JUSTIÇA POPULAR!

Os militares do RAL 1, vítimas hoje do atentado fascista

RAL 1, 11-3-75

posted by Miguel Noronha 1:10 da tarde

Aconselhável

Aconselho a leitura da coluna de Miguel Monjardino no DN.
O artigo é demasiado extenso para o transcrever na totalidade mas aproveito para destacar alguns trechos:

"Liderar uma potência hegemónica é uma tarefa árdua e ingrata. Em Janeiro de 2001 temíamos o abandono e o desinteresse da recém-empossada Administração W. Bush. Nove meses depois, nas semanas que se seguiram aos ataques terroristas contra Washington e Nova Iorque, éramos todos americanos. Em Janeiro de 2003 temíamos seriamente o resultado do intenso interesse de George W. Bush e da sua equipa por questões de segurança internacional."

A Europa tem a pretensão de querer impor a política externa dos EUA. No estado mais grave esta doença leva a que pretendemos que ela seja sempre o inverso da actual. Ainda que há alguns meses atrás tenhamos defendido exactamente o contrário. Como dizia um leitor da Coluna Infame ao mesmo tempo que se pretende que nada se faça quanto ao Iraque toda a gente pretende atirar para cima dos EUA a responsabilidade de "domesticar" a Coreia do Norte e do Irão. Quem sabe daqui a uns meses mudem de opinião...


"2003 começa com alguns dos nossos influentes comentadores mais preocupados com George W. Bush do que com Saddam Hussein. Para estes comentadores, a «nação indispensável» transformou-se numa espécie de «hiperpotência pária» agressiva e errática, governada por políticos extremistas com credenciais democratas duvidosas."

Preocupamo-nos mais um governo democráticamente eleito do que com um ditador. Na sua crónica de ontem, finalmente, Eduardo Prado Coelho, admitiu que entre o Iraque e os EUA lá preferia os amercanos. Deve ter-lhe custado um pouco...

"O actual belicismo verbal de Freitas do Amaral torna penosamente claro que o ano que viveu em Nova Iorque como presidente da Assembleia Geral da ONU não lhe deixou muito tempo para conhecer as qualidades e os defeitos da democracia americana. Tocqueville esteve menos tempo nos EUA com muitos melhores resultados. Esperemos que o semestre que Freitas do Amaral vai passar em Yale, a universidade de George W. Bush, em 2004, como professor visitante produza melhores resultados que a sua primeira experiência na ONU. Até lá convém esclarecer que a extrema-direita americana é um pouco como o monstro de Loch Ness. De quando em quando alguém se lembra de falar nela mas é difícil avistá-la nas redondezas da Casa Branca."

Juntos os meus votos aos dele...

posted by Miguel Noronha 11:12 da manhã

Biblioteca online

Graças ao Iberian Notes descobri o Making of America Books.
Este site é composto por cerca de 8500 livros do sec XIX que foram "scaneados". O autor do Iberian Notes garante que no meio de muita "palha" é possível encontrar algumas preciosidades.
posted by Miguel Noronha 9:14 da manhã

segunda-feira, março 10, 2003

O Futuro da ONU

Segundo um rumor publicado no Valete Fratres! os EUA podem suspender a sua participação na ONU se está se recusar a apoia-los.

Qualquer que seja o desfecho da reunião do Conselho de Segurança (CS) amanhã parece-me que o CS da ONU tal qual existe hoje tem os dias contados. É ineficaz e não reflete o actual balanço de poder. Só Jacques Chirac, Freitas do Amaral e mais uns quantos iluminados não se deram conta disso.
posted by Miguel Noronha 10:31 da tarde

Nem todos...

Pelo visto nem todos os árabes estão contra a guerra. Nem estão dispostos a lutar ao lado dos iraquianos contra os "infieis". Um grupo de kuwaitianos entrevistados pelo Arab News pensa de maneira bastante diferente:

"Kuwaitis are prepared for war. They hope that whatever happens they will succeed in getting rid of Saddam Hussein and his repressive regime, according to a group of them interviewed by Arab News yesterday. “This is why we have to have this war.."
posted by Miguel Noronha 10:24 da tarde

Cavaco e a Presidenciais

Dizia Pedro Lomba na Coluna Infame que "Cavaco Silva tem pouco perfil presidencial. É essencialmente um decisor frio e distante e o poder do Presidente da República passa por fazer discursos metafóricos, visitar lares de idosos e associações recreativas ao domingo à tarde. Estão a ver Cavaco fazer isto?"

Concordo que Cavaco Silva (CS) como PR pode ser bastante inoportuno para governo do PSD. Imagino que juntando a sua autoridade como PR à que o PSD lhe confere como "pai espiritual" tentará (por diversas vezes) substituir-se ao PM.
É verdade que Portugal tem um regime semi-presidencialista (à semelhança da França) mas as sucessivas revisões constitucionais reduziram o PR a um papel quase simbólico. E também duvido que isso baste a CS.

Mas continua a ser o melhor candidato para o PSD e para a Direita. Atrevo-me mesmo a dizer que será imbativel por melhor que seja o candidato da Esquerda.
E acresce ainda que a mais remota hipótese de ter Pedro Santana Lopes como PR para além de pele de galinha me causa calafrios na espinha...
posted by Miguel Noronha 5:46 da tarde

Falso Alarme

Segundo o Sunday Mirror alguns soldados iraquianos confundiram um exercicio (com fogo real) com o início da guerra e renderam-se...

"A British Army source in Kuwait contacted me to explain how the extraordinary surrender bid unfolded. The source said: "The British guys on the front-line could not believe what was happening. They were on pre-war exercises when all of a sudden these Iraqis turned up out of nowhere, with their hands in the air, saying they wanted to surrender."



posted by Miguel Noronha 4:15 da tarde

Os Jornalistas e a Guerra no Iraque

Segundo uma notícia do Guardian os jornalistas da BBC foram instruidos a, nas suas reportagens, demonstrar a demonstrar a sua oposição à guerra.

"We must reflect significant opposition in the UK (and elsewhere) to the military conflict and allow the arguments to be heard and tested. Those who speak and demonstrate against war are to be reported as part of the national and international reality"

Se mais provas fossem necessárias da sobre-exposição do movimento "pacifista" na imprensa...

Noutro campo, parece que está a causar algum "mal-estar" as regras que o exército americano quer impor aos jornalistas que vão acompanhar as unidades no terreno.
É compreensivel que os reporteres queiram transmitir o máximo possível mas algumas dessas informações podem por em causa a segurança das unidades ou comprometer o sucesso das operações militares.
É um argumento assim tão dificil de entender? Se entendem que a sua integridade profissional fica assim tão ameaçada podem sempre optar por ficar "em terra"...
posted by Miguel Noronha 11:48 da manhã

Guiné-Bissau

O Publico noticia que o "secretário de Estado da Informação guineense ordenou a expulsão do chefe de redacção da Rádio Difusão Nacional, Ença Seidi, por este ter noticiado o regresso a Bissau do ex-primeiro-ministro, Francisco Fadul"

Quando foi eleito Kumba Yalá declarou-se marxista-leninista. Não era, de facto, um bom sinal...
posted by Miguel Noronha 11:21 da manhã

domingo, março 09, 2003

Reformas no Sistema Politico

Um artigo no Publico de hoje traz as ideias de Marques Mendes (e logo, julgo eu, do PSD) quanto às reformas no Sistema Politico.

Para o combate à corrupção, Marques Mendes, propõe a limitação de mandatos a nível autarquico e nos altos níveis da Administração Publica.
Penso que a proposta de limitação de mandatos só encontrará oposição nos próprios autárcas. É relativamente consesual em Portugal. Já o transporte desse princípio para a Administração Publica não será tão pacifico. Dado que esses cargos são, por norma, de confiança politica a rotação é usualmente (e anormalmente) elevada. E porque não profissionalizar esses cargos? Que tal levar em frente a (não realizada) ideia socialista do "No jobs for the boys".
Outra medida fundamental, e dado que ultimamente a investigação em Portugal tem começado a dar grande passos no combate à corrupção, será resolver a morosidade dos processos judiciais. Evitar-se-iam prescrições embaraçosas...

Quanto ao financiamento o PSD pretende que este seja essencialmente publico. Não explica porém até que ponto poderá ir o financiamento privado. E porque não torná-lo essencialmete privado? Se os partidos são uma emanação da sociedade caberá a esta financia-los de forma directa. O financiamento aos partidos deve ser olhado como um serviço à sociedade e não como um negócio "sujo.
Se existem duvidas quanto a eventuais "favores" torne-se obrigatória a sua publicação. E que tal incentivar a publica declaração dos financiamentos tornado-os dedutiveis em sede de IRS (ou IRC)? .Normalmente a estratégia da cenoura funciona melhor que a do pau...

Quanto ao sistema eleitoral (que é o ponto em que existem mais divergências entre os partidos) o PSD parece ter-se decidido por um sistema misto com circulos uninominais e uma lista nacional.
Será, à partida, a melhor ideia dado que proporciona as vantagens da representação directa dos eleitos pelos eleitores proporcionada pelos circulos uninominais corrigindo (embora não completamente) a proporcionalidade dos votos com a lista nacional.
Nada diz sobre quantos circulos e qual a dimensão da lista nacional. Penso que não estará nas suas intenções mas este sistema é claramente melhorado (ao nível da proporcionalidade) se se usar o sistema de aproveitamento de restos dos circulos uninominais para a lista nacional.
Existem, no entanto, argumentos contra os circulos uninominais. Diz Marques Mendes que "o sistema favorece a "personalização" e a "responsabilização" da vida política". Esta mudança pode (e deve) significar o fim da "disciplina partidaria". O mal não reside porém aí. O aparecimento de "queijos limianos" e de casos mais graves de populismo pode-se tornar endémico. A escolha das listas de deputados vai ter que ser bem mais pensada sob pena de acontecerem surpresas desagradáveis para as direcções dos partidos.

Mas o mais provavel é que tudo fique na mesma...
posted by Miguel Noronha 6:50 da tarde

Simplesmente Ursula Rucker

Ontem, no São Luiz, Ursula Rucker apresentou da forma mais simples possivel um concerto brilhante.

Apenas "auxiliada" por um guitarrista e por um sampler usou a sua voz e a sua empatia com o público para criar um espectáculo grandioso que levou o publico ao extase. Com um discurso militante (de esquerda) mas não radical transforma cada canção num manifesto. A voz é a sua pricipal "arma" e ela utiliza-a de forma irrepreensivel. Não aconteceram por acaso as suas colaborações com King Britt, 4 Hero ou Silent Poets.

A actual conjuntura não lhe é obviamente indiferente. Aproveitou para lançar algumas (curtas) palavras de ordem contra George W Bush e a guerra mas (felizmente) não cedeu à tentação de se alongar nos discursos nem de transformar o concerto num comicio. Grande parte do publico manifestou-lhe o seu apoio nestas questões. Eu não. Mas nada disto afectou a qualidade do concerto.

O São Luiz ovacionou-a de pé à saída. E ela mereceu-o.
posted by Miguel Noronha 5:25 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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