O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

sábado, fevereiro 14, 2004



Cortesia Cox & Forkum
posted by Miguel Noronha 11:04 da manhã

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Monopólio vs Mercado


Benjamin Powell and David Skarbek explicam porque é que o Monopólio (o jogo de tabuleiro - bem entendido) não representa uma verdadeira economia de mercado.
posted by Miguel Noronha 6:11 da tarde

Virar o Bico ao Prego

No Causa Nossa, para conseguir justificar a sua posição, Vital Moreira aplica as famosas técnicas conhecidas como "dois pesos, duas medidas" e "virar o bico ao prego".

A primeira é usada quando qualifica a recusa do PSD e do PP em aprovar um voto de protesto "contra a construção do muro israelita na Cisjordânia" de seguismo face à política externa americana. Claro que a sua posição não deve ser interpretada como seguidista face ao eixo franco-alemão. É sempre utíl imbecilizar o adversário. Não nos obriga a contra-argumentar.

A segunda quando acusa a construção do muro de segurança de "encoraja[r] Israel na sua opção guerreira e que tornam a guerra infinita". Quase começo a acreditar que o dito muro tem capacidades ofensivas.

E para terminar em beleza acrescenta:

Não se pode esperar dos palestinianos que não resistam à violência bruta da ocupação com a violência. Trata-se de elementar legítima defesa


Desde quando a "legitima defesa" inclui atentados bombistas contra civis?

ACTUALIZAÇÃO: O Super Flumina também comenta o post de Vital Moreira.
posted by Miguel Noronha 2:47 da tarde

Vasco Gonçalves diz que Soares Liderou Contra-Revolução

Felizmente que o fez. Só é pena que actualmente, Mario Soares, apareça de "braço dado" com os revolucionários que que ajudou a derrubar.

É pena também que ainda exista quem dê "tempo de antena" ao esclerosado ex-general que liquidou a Economia nacional e que nos queria integrar no bloco soviético.
posted by Miguel Noronha 12:14 da tarde

Reino Unido: Líder Conservador Defende Uma UE Diferente

No Daily Telegraph

European Union [is] damaging itself because it [is] seen by its citizens as "a one-way street to closer integration to which all must subscribe".

He added: "This is a perception which must be changed if Europe is to retain public confidence."

Mr Howard stressed that he understood why Germany had developed a strong pro-integration approach to Europe in the post-war era. It was, he said, "thanks to her specific experiences in two world wars".

But he said Britain's different post-war history and traditions, and its faith in its own government institutions, meant that the British people could not accept the constant and irreversible transfer of powers to Brussels which their German counterparts regarded as necessary.

He called for a more flexible Europe in which countries could say no to EU policies rather than having to fight unseemly battles to secure opt outs, as Britain did over the single currency at Maastricht.

"I'm not talking about a two-speed Europe," he said. "That implies that we are all agreed on the destination and differ only about the speed of the journey."

He did not want Britain to be taken down the road towards a federal state. "I don't want to reach the destination that some of our partners may aspire to. But I don't want to block their aspirations. My policy is simple. Live and let live. Flourish and let flourish. That is a modern and mature approach."

posted by Miguel Noronha 10:58 da manhã

The Lie of Egalitarianism

A FrontPage magazine entrevista John Kekes.

Frontpage Magazine: Mr. Kekes, welcome to Frontpage Interview. Let me begin with your argument that the absurdity of egalitarianism is, among many other things, its flawed premise that justice requires overlooking whether individuals deserve what they have and whether they are responsible for what they do not have. Could you talk a bit about this?

Kekes: Egalitarians believe that the obligation of the government is to treat citizens with equal consideration and they interpret that primarily in economic terms. They think that a government that allows substantial differences in wealth is immoral and their policy is to change the existing differences in wealth by taxation. The money collected by taxation is then used to benefit those who have less.
The fundamental objection to this is that the egalitarian policy ignores the crucial question of how people have come to differ in wealth. If they earned their money by legitimate mean, hard work, intelligence, in tough competition, and not being afraid to take risks, then they deserve what they have. To take their money from them in order to benefit those who have made wrong choices, were afraid of taking risks, or lost in a fair competition is unjust because it takes from people what they deserve and use it to benefit those who do not deserve it. To say that a government that does not adopt this unjust policy is immoral is absurd. It is the precise opposite of the truth. and it is this falsehood that egalitarian rhetoric endlessly repeats.

posted by Miguel Noronha 9:50 da manhã

Socialists Accused of Expenses Scam

The socialists in the European Parliament are in turmoil after one of their own members made serious allegations that some members of the group are involved in a expenses scam.

Austrian MEP, Hans-Peter Martin, has alleged that some of his colleagues have claimed expenses for meetings that they have not attended. He has subsequently been kicked out of the group

Last Thursday (5 February) Mr Martin removed an attendance register for a meeting which he says proves that some MEPs still claim their daily allowance - to which they are entitled for Parliament attendance in Brussels and Strasbourg - in spite of not participating in the meeting.

"The fact is that MEPs last Thursday morning wanted to sign themselves on to an attendance list for a session that was cancelled. With one signing in they have an automatic right to a daily allowance of 262 euro - even when the session does not take place", said Mr Martin in a statement.


Aumentemos o orçamento comunitário. Eles merecem...
posted by Miguel Noronha 8:47 da manhã

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Dá-lhes Pacheco!

Apesar de alguns o acusarem de evitar falar no assunto Pacheco Pereira publica a segunda parte do artigo sobre a invasão do Iraque.
posted by Miguel Noronha 4:14 da tarde

Angústias

De tempos a tempos surge entre a esquerda bem pensante um artigo ou post dedicado a defunta livraria francesa de Lisboa.

Desta vez esse papel coube ao Rui Santos que lamenta que no lugar da supracitada Livraria Francesa e da Clepsidra existam agora duas lojas chinesas.

Invariavelmente o dedo acusador aponta na direcção do "capitalismo global". Não consta que alguém se tenha lembrado de imputar a culpa à respectiva propritária. Estranho.

Tendo em consideração a profusão de manifestações de solidárias começo a pensar que o fecho das ditas livrarias não se deveu à falta de vendas. Aconselho, inclusivamente, o Rui Santos a aproveitar esta extraordinária oportunidade de negócio antes que alguém se lhe antecipe.

E já que estamos em maré de queixinhas aproveito para expor as minhas.

Acho inacreditável que não estejam disponíveis (ou sejam dificilimas de encontrar) traduções portuguesas de Hayek (a edição de "The Road to Serfdom" já se encontra esgotada há muito), Mises, Nozick, Kirzner, Kekes, Berlin (os dois livros editados pela Bizâncio também estão esgotados) ou Oakeshott.

Será que a culpa também é do "capitalismo global"?
posted by Miguel Noronha 2:43 da tarde

Contradições

No Diario de Notícias Miguel Portas avança sub-reptíciamente com a proposta da emissão de títulos de dívida publica pela UE.

Não vou agora comentar multiplos exemplos de esbanjamento dos fundos comunitários e as nefastas consequências que poderiam advir do aumento do orçamento comunitário por esta via.

Julgo que para financiar uma "dívida pública europeia" seria necessário, a curto-prazo, a criação de um "imposto europeu". A imposição de um imposto aos contribuintes dos Estados-Membros supõe que estes tenham alguma forma de representação directa (no taxation without representation).

Dado que o BE se opôs (e bem, embora nem sempre pelas melhores razões) à aprovação do projecto de Constituição Europeia que pretendia criar cargos comunitários electivos estas duas propostas entram em clara contradição.

Para terminar. Esta autonomização, política e orçamental, da UE pressupunha a existência de uma "cidadania europeia". Tal sentimento não se cria por decreto.
posted by Miguel Noronha 11:41 da manhã

Resistências

O Cidadão Livre publicou uma excelente resposta ao artigo de Eduardo Prado Coelho.
posted by Miguel Noronha 9:56 da manhã

De Quem é Culpa?

O artigo ficcional de Timothy Garton Ash sobre o atentado bombista de 2009 em Paris, publicado há cerca de uma semana no Guardian, é republicado pelo Público.
posted by Miguel Noronha 8:37 da manhã

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Weapons of Mass Hysteria

A quem ainda tenha duvidas sobre porque razão se deve continuar a apoiar a invasão do Iraque aconselho a leitura deste artigo da National Review Online. Eis um breve excerto.

The threat of WMDs may have been the centerpiece of the administration's arguments to go to war, but for most of us, there were plenty of other ? and far more important reasons ? for prompt action now.

Let us for the nth time recite them: Saddam had broken the 1991 armistice agreements and after September 11 it was no longer tolerable to allow Middle East dictators to continue as rogue states and virtual belligerents. Two-thirds of Iraqi airspace were de facto controlled by the United States ? ultimately an unsustainable commitment requiring over a decade of daily vigilance, billions of dollars, and hundreds of thousands of sorties to prevent further genocide. He had defied U.N. resolutions; and he had expelled inspectors, demanding either enforcement or appeasement and subsequent humiliation of the international community.

It really was an intolerable situation that in perpetuity thousands of Kurds and Shiites were doomed on any given week that American and British planes might have been grounded. Saddam had a history of war against Kuwait, Saudi Arabia, Israel, Iran, and the United States, destroyed the ecology of the Mesopotamian wetlands, gassed his own people, and relented in his massacres only to the degree that the United States monitored him constantly. Should we continue with the shameful litany?

Well, in addition, in northern Iraq al Qaedists were battling the Kurds. Old-line terrorists like Abu Abbas and Abu Nidal were at home in Baghdad. Husseinite bounties subsidized suicide-murdering in Israel. A number of accounts had cited relationships between al Qaeda and Baathist intelligence. Iraq, in fact, was already at a critical mass. Faced with a brutal unending U.N. embargo and the loss of its airspace, it was descending into a badland like Afghanistan. The amorality is not that we took him out, but that after 1991 we waited about 100,000 corpses too long

posted by Miguel Noronha 6:56 da tarde

Olhe Que Não...

No Público Eduardo Prado Coelho queixa-se que o partidários da deposição de Saddam "bloquearam toda a discussão intelectual com argumentos de índole... terrorista".

Pela quantidade de artigos que tem escrito sobre o assunto parece que a ele ninguém o bloqueou...
posted by Miguel Noronha 5:27 da tarde

As Ordens pt II

O Manuel esclarece a sua posição acerca do post anterior e o Tempestade Cerebral relembrar o caso do licenciamento das grandes superfícies.
posted by Miguel Noronha 4:03 da tarde

As Ordens

Não vejo porque o Manuel se indigna tanto com o ataque de Vital Moreira à ANF (ver o post "O Licenciamento das Farmácias).

De facto como bem refere o Manuel verificam-se situações idênticas noutras profissões. As ordens profissionais, mais que um orgão deontológico ou de mera certificação, procuram a criação de barreiras à entrada nas respectivas áreas. Através da restrição da oferta procuram maximizar o rendimento dos seus associados prejudicando a livre competição.

O facto do artigo de VM apenas contemplar a ANF não invalida o seu raciocínio. A desregulamentação de um mercado coloca-nos numa situação melhor mesmo que tal não se verifique noutros. Devemos é, consequentemente, estender o mesmo raciocíno aos outros mercados.
posted by Miguel Noronha 11:36 da manhã

Em Meu Nome

No Causa Nossa, Vital Moreira louva o mea culpa de Pedro Mexia e refere:

É uma declaração digna de registo, tanto mais que idêntica declaração está por fazer por quase todos os outros que apoiaram a guerra no Iraque por causa das tais armas (e só elas a poderiam legitimar, se existissem) mas que agora "assobiam para o ar" com inexcedível cinismo. Por isso só pode ser louvada a atitude de PM.


Confesso não saber quem são os "quase todos" de que VM fala nem, pela minha parte, posso ser acusado de "assobiar para o ar". Continuo a afirmar (como já o fiz no post imediatamente anterior) que a remoção de Saddam era per se um facto positivo.

Os que agora defendem que a melhor política seria a continuação das inspecções parecem estar olvidados dos entraves que eram sistemáticamente levantados pelo regime iraquiano.

Quando VM afirma que "a posição justa foi a dos demais membros do Conselho de Segurança, liderados pela França e pela Alemanha, que reclamaram que, antes de se ir precipitadamente para a guerra, se desse mais tempo à missão de inspecção no Iraque para descobrir a verdade." parece estar a esquecer-se do facto anterior.

Para além do mais a sua posição também se torna mais clara quando olhamos que detinha contratos de exploração petrolifera no Iraque e que recebeu "gratificações" do regime de Saddam. Parece-me que a "posição justa" era tudo menos desinteressada.

Pare terminar refere ainda VM:

A verdade dos factos deu razão aos segundos, que foram miseravelmente vilipendiados pela maior parte dos partidários da guerra. O mínimo que podemos fazer agora é vindicá-los. O que deve ficar para a história deve ser a verdade dos factos e não a mistificação do partido da guerra.


A verdade dos factos é que Saddam era um ditador sanguinário. Se provas faltassem as extensas valas comuns descobertas pelas forças aliadas permitem tirar todas as dúvidas.

Quando se reclama que o direito internacional era favorável à manutenção do anterior regime iraquiano pergunto-me qual será a validade moral do mesmo.
posted by Miguel Noronha 10:07 da manhã

Declaração

Contráriamente ao Pedro Mexia, mesmo tendo a absoluta certeza que não existiam ADM's no Iraque de Saddam (coisa que só os iluminados de esquerda pareciam saber - até o relatório Blix lançava essa dúvida) continuaria a apoiar a invasão do Iraque.

Continuo a achar que um mundo sem Saddam é melhor que um mundo com ele. Continuo sem perceber como se pode atribuir os atentados a uma suposta "resitência iraquiana" que apenas se opõe à presênça americana. No meu parco entendimento uma verdadeira resistência, que actuasse com o objectivo que correntemente se lhe atribui, não realizaria atentados que matam indiscriminadamente os seus compatriotas.

Para terminar, e voltando à questão das ADM's, as declarações de David Kay deixam claro que o regime de Saddam, embora não as possuindo à data da invasão, nunca parou de tentar obter as tais armas. Mais. Este esperava ansiosamente pelo refrear das sanções e inspecções (tantas vezes exigidas pelos "pacifistas") para retomar a sua produção.

PS: Pelos vistos não sou o único.

ACTUALIZAÇÃO: Pelo visto há mais um.
posted by Miguel Noronha 9:06 da manhã

EUA - Primárias do Partido Democrático

John Kerry venceu as primárias realizadas ontem na Virginia e Tennessee.

A contagem dos delegados ficou da seguinte forma:

John Kerry 516
Howard Dean 182
John Edwards 165
Wesley Clark 105

Entretanto o General Wesley Clark anunciou a sua desistência.

Na TSF o entesiasmo com Kerry cresce de dia para dia e já quase não se fala de Dean.
posted by Miguel Noronha 8:34 da manhã

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Menos Estado

No Causa Liberal, André Alves responde ao relativo Miguel Cabrita.

Nota: ver também aqui.
posted by Miguel Noronha 6:52 da tarde

O Licenciamento das Farmácias

No Público Vital Moreira desfere um violento e certeiro ataque às restrições existentes ao licenciamento e regime de propriedade das farmácias em Portugal

Trata-se de um regime caracterizado por enormes "barreiras à entrada", onde não se aplicam as regras da liberdade de iniciativa e de estabelecimento próprias de uma economia de mercado. Por um lado, a titularidade de farmácias está reservada a farmacêuticos, caso singular de exclusivo profissional de propriedade e de actividade empresarial. Por outro lado, a criação de farmácias está sujeita a limites quantitativos e territoriais, que restringem drasticamente o número de farmácias autorizadas, bem como a concorrência nesse sector.

(...)


Os malefícios deste malthusianismo no estabelecimento de novas farmácias só pode ser o que está à vista de todos. Existem menos farmácias do que as que poderiam existir, tendo em conta os seus potenciais candidatos, dado o número de farmacêuticos hoje existente, muitos com compreensível vontade de ter a sua farmácia. A reserva de mercado e a ausência de concorrência tornam os seus proprietários beneficiários de típicas "rendas de monopólio" com rentabilidade comercial garantida e sem risco, o que as torna ainda mais apetecíveis. A escassez artificial e a sua rentabilidade garantida elevam exponencialmente o valor comercial das farmácias, que no mercado se comercializam hoje por centenas de milhares de contos. Por isso, o acesso a um novo alvará de farmácia constitui um bilhete de entrada para uma verdadeira mina de ouro de duração inesgotável.

A primeira vítima deste regime contra a liberdade de estabelecimento e contra a concorrência é obviamente o público, que dispõe de menos farmácias do que poderia e deveria ter, e menos à mão, com menos farmácias de serviço nos fins-de-semana e nos períodos nocturnos do que deveriam existir e com farmácias que não têm o incentivo da concorrência para se modernizarem e melhorarem as condições de serviço aos seus clientes. O mesmo se diga dos efeitos da falta de concorrência sobre os preços e o inerente prejuízo para os consumidores e para a verba das comparticipações do Estado

posted by Miguel Noronha 2:04 da tarde

Secularismo, Fé e Tolerância

Recomendo a leitura do artigo de José Manuel Fernandes no Público.

Aquilo que choca no "absolutismo" dito republicano francês não é este derivar de o Estado ser laico - no sentido em que não tem religião -, mas de o Estado impor que os cidadãos abdiquem das suas religiões e das suas crenças quando entram em determinados espaços públicos (escolas, hospitais e o que mais se verá). É querer que a sociedade seja como o Estado, isto é, também ela laica e sem religião.

Por isso, por violentar o direito à diferença e à individualidade, por não ser tolerante, o banimento de símbolos religiosos que só são "ostentatórios" na cabeça retorcida do legislador é uma medida iliberal.

posted by Miguel Noronha 12:36 da tarde

Weapons of Political Destruction

Artigo de Thomas Sowell

The issue of "weapons of mass destruction" is being played for all it is worth as a weapon of political destruction. In fact, it is being played for more than it is worth.

The ultimate question is whether we should or should not have gone to war with the Saddam Hussein regime in Iraq. Weapons inspector David Kay's statement that he does not believe that we are going to find weapons of mass destruction in Iraq has been trumpeted across the land, while his statement that Saddam Hussein was even more dangerous than we thought has been passed over in silence

(...)

The intelligence reports that Bush and Blair saw were also seen by Congressional leaders who proceeded to vote for war. Those who now talk about a need for "iron-clad proof" are talking election-year nonsense when it comes to national survival.

When the planes flew into the World Trade Center, that was iron-clad proof. When the Japanese bombed Pearl Harbor, that was iron-clad proof. We cannot wait for iron-clad proof in a nuclear age.

The Manhattan Project that created the first atomic bomb was based on intelligence reports that Hitler's atomic bomb project was farther along than it turned out to be. Should we have waited and risked having Hitler get the first atomic bomb?

What the President knew when he went to Congress for an authorization for war was that Saddam Hussein had weapons of mass destruction in the past, that international inspectors could not account for what happened to all of them that were supposed to have been destroyed and that the Iraqi dictator was refusing to comply with repeated UN resolutions on the subject.

Was that enough or should President Bush have waited for that "iron-clad proof" we hear so much about? We had already waited for more than a decade, with Saddam Hussein playing cat and mouse games.


Would we have been better off to have had more or better information from the intelligence agencies -- especially more agents on the ground to supplement satellite surveillance and other high-tech methods? No question.

But many, if not most, of those in Congress who are now complaining loudly about intelligence failures are people who voted repeatedly to cut the budgets of the intelligence agencies and to restrict their operations. Senator John Kerry is just one of those who crippled these agencies and now complain that they were not effective enough.

(...)

Was the Iraqi war worth it and should we have gone to war if we had to do it over again, knowing what we know now? On net balance, yes.

Among the things that we know now is that you get cooperation in the Middle East after you have demonstrated your willingness to use force. Would Libya have revealed and dismantled its weapons of mass destruction if the Qaddafi regime had not seen what happened in Iraq? Would Syria and Iran have taken a more conciliatory attitude if they had not seen what happened in Iraq?

Negotiations are not a substitute for force. When international negotiations work, often it is because aggressors know what is going to happen if it doesn't work.

posted by Miguel Noronha 11:05 da manhã

Como Dar a Volta às Notícias

O InstaPundit relata como a CNN distorceu a notícia da obtenção, pelo exército americano, de um documento em que um operacional jordano da Al-Qaeda pede maior apoio da organização devido à dificuldade em obter apoio dos iraquianos.

Eis alguns exertos da notícia do NYT que refere excertos do documento apreendido.

"Many Iraqis would honor you as a guest and give you refuge, for you are a Muslim brother," according to the document. "However, they will not allow you to make their home a base for operations or a safe house."

The writer contends that the American efforts to set up Iraqi security services have succeeded in depriving the insurgents of allies, particularly in a country where kinship networks are extensive.

"The problem is you end up having an army and police connected by lineage, blood and appearance," the document says. "When the Americans withdraw, and they have already started doing that, they get replaced by these agents who are intimately linked to the people of this region."

With some exasperation, the author writes: "We can pack up and leave and look for another land, just like what has happened in so many lands of jihad. Our enemy is growing stronger day after day, and its intelligence information increases.

"By God, this is suffocation!" the writer says.

But there is still time to mount a war against the Shiites, thereby to set off a wider war, he writes, if attacks are well under way before the turnover of sovereignty in June. After that, the writer suggests, any attacks on Shiites will be viewed as Iraqi-on-Iraqi violence that will find little support among the people.

"We have to get to the zero hour in order to openly begin controlling the land by night, and after that by day, God willing," the writer says. "The zero hour needs to be at least four months before the new government gets in place."

That is the timetable, the author concludes, because, after that, "How can we kill their cousins and sons?"

"The Americans will continue to control from their bases, but the sons of this land will be the authority," the letter states. "This is the democracy. We will have no pretexts."


E eis como a CNN relatou a mesma notícia:



Posteriormente a CNN corrigiu a notícia para "Bin Laden May Have Recruiting Problems".
posted by Miguel Noronha 8:51 da manhã

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Re: Pensar o Estado ao contrário



Aconselho ao Miguel Cabrita este livro.

A ineficiência do Estado é a regra e não a excepção.
posted by Miguel Noronha 5:13 da tarde

Um Outro Povo é Possível

Portugueses acreditam que «aperto do cinto» vale a pena

Mais de metade dos portugueses acredita que os sacrifícios que estão a ser feitos para equilibrar as contas públicas e para não aumentar a dívida do Estado estão a valer a pena. Este é uma das principais conclusões de uma sondagem elaborada pela Universidade Católica para o programa da RTP1 «Prós e Contras» e para o jornal Público.


Reagindo de imediato o porta-voz do PS disse estar em preparação um decreto-lei que obrigue os portugueses a mudarem de opinião.
posted by Miguel Noronha 2:07 da tarde

Luta de Classes

Artigo de Rodrigo Constantino dos Santos

Karl Marx, sem nada entender de economia, diagnosticou uma luta de classes vigente em sua época. Existiria uma latente disputa entre capital e trabalho, e o primeiro levaria vantagem, se apropriando da mais valia, o excedente produzido pelo proletário. Marx ignorava coisas básicas em economia, como a lei de oferta e demanda. E foi com esta visão distorcida da realidade que ele incitou uma revolução do proletariado, que deveria se unir e tomar o poder à força e sangue. As conseqüências, nos países que tentaram colocar em prática seus "ensinamentos", foram justamente muito sangue, assim como a destruição do capital, e, por conseguinte, a do trabalhador. A miséria de todos, menos os donos do poder, foi o que restou.

Infelizmente Marx não viveu para ver os ganhos do trabalhador justo no país que mais valorizou o capital e a liberdade. Os Estados Unidos iriam experimentar um crescimento fantástico em sua economia, melhorando bastante a qualidade de vida da sua população. Os trabalhadores conquistaram, não através de revolução sangrenta, mas via a lógica do mercado, inúmeros direitos e regalias. O capital e o trabalho não são necessariamente separados, e atualmente os executivos, assim como diversos funcionários, são os verdadeiros donos das empresas americanas. Onde está a luta de classes?

Ela na verdade existe, mas paradoxalmente, Marx ajudou muito a aumentá-la. A verdadeira luta de classes ocorre entre os criadores de riqueza e os parasitas que tentam se apropriar dela. A riqueza de uma nação não é estática, nem garantida por recursos naturais pertencentes ao solo. Riqueza é algo construído, através de muito esforço e suor, pela união entre trabalho e capital. Alguma mente inovadora, uma alma empreendedora, decide se arriscar num novo negócio. Se dispor de capital próprio, contrata pessoas e juntos lutam para competir no mercado. Caso contrário, algum capitalista pode financiar o projeto, apostando no seu sucesso. Todos estão do mesmo lado, dependendo do sucesso da nova empresa para ganharem. O capitalista assume o risco com sua poupança, o trabalhador executa suas funções, todos visando o mesmo objetivo: o lucro. Reparem que não há coerção nesse empreendimento, mas sim consentimento de todas as partes envolvidas, sejam elas o capitalista, o idealista ou os trabalhadores.

Não existe exploração alguma, e o sucesso da empresa é o sucesso de todos envolvidos no processo, que de alguma forma se arriscaram e se esforçaram. Bem, na verdade nem todos! O único que não assumiu riscos, não entrou com o trabalho, não teve participação alguma na criação e idealização do projeto, mas ainda assim é o maior acionista, o que mais ganha com o sucesso da empresa, é o governo. Este se apropria, via impostos coercitivos, de um montante cada vez maior das empresas e funcionários, utilizando para isso o argumento falacioso de "justiça social", ou fazendo-nos crer que tamanha extorsão é necessária para o funcionamento da máquina burocrática estatal. O verdadeiro inimigo de capitalistas, empresários, trabalhadores da classe média, profissionais liberais, é o Estado. A luta de classes real se dá entre trabalhadores, incluindo aí os donos do capital que assumem riscos, e os parasitas sanguessugas, os donos do poder.

Enquanto a lógica de mercado dita as ações das empresas, com todos lutando em um mercado competitivo para agradar ao máximo os consumidores, os políticos vivem por uma lógica diferente, de maximização de votos. Para isso, milhares de privilégios são distribuídos, leis populistas são assinadas e cargos são leiloados. O Estado possui uma lógica natural de crescer de tamanho, os governantes lutam para se perpetuarem no poder, e a máquina estatal vai se transformando num verdadeiro Leviatã. A carga tributária aumenta, assim como o endividamento do governo, ou emissão de moeda, para poder bancar esta gastança descontrolada. As conseqüências são desemprego, miséria, recessão, inflação, tudo causado pela elite paquidérmica dos governantes. Com um povo ignorante, sem conhecimento destes fatos, a situação se agrava, entrando num círculo vicioso onde o desespero leva ao desejo de um salvador da pátria, dando mais poder ainda para o causador da miséria.

A propaganda política consegue ainda inverter a causalidade dos fatos, depositando a culpa naqueles que apenas queriam gerar riqueza e empregos, montar um negócio e lutar para sobreviver no mercado. Os empresários passam a ser o bode expiatório para os leigos, e mais governo passa a ser a solução proposta e defendida. Aumenta-se a burocracia, dificulta-se a formação de novas empresas, eleva-se a carga fiscal para alimentar mais bocas parasitárias, e gera-se mais miséria para o povo. Dentro da ciranda da felicidade, os poderosos ficam ricos, os "amigos do rei" também, sendo eles os empresários corruptos que se aliam ao governo onipresente ou os funcionários públicos privilegiados. As facções que garantem votos, como sindicatos fortes, são beneficiadas, em detrimento a todos os outros que trabalham e pagam impostos, sem dispor dos mesmos privilégios, com embalagens mais bonitas como "direitos adquiridos".

Os parasitas seqüestram os bens atuais dos trabalhadores, e ainda comprometem os ganhos futuros dos jovens que entram no mercado de trabalho, deixando como herança uma enorme conta a pagar. Um jovem de classe média que entra na disputa por uma vaga no mercado já carrega todo o peso de uma dívida pública avassaladora, uma carga tributária proibitiva, um rombo previdenciário gigante etc. Ele enfrenta uma dúvida cruel, entre lutar do lado dos abandonados, dos trabalhadores que geram riqueza e são explorados pelo governo, ou aderir à máquina, se transformar num funcionário público privilegiado, ficar do lado dos exploradores. Como as vantagens oferecidas na segunda opção são cada vez maiores, como culpar alguém por esta decisão racional? E assim o governo cresce sem parar.

O problema é que o número de parasitas aumenta exponencialmente em relação ao número de trabalhadores que geram riqueza, como fica evidente com o recente anúncio da mega contratação governamental pelo PT. A conta fica cada vez mais cara para sustentar as classes privilegiadas, e cada vez menos gente contribui no pagamento. A carga tributária já chega a 40% da riqueza gerada no país, pesando sobre os ombros da classe média. Sem falar da ineficiência dos serviços prestados pelo governo, forçando mais gastos ainda por parte do trabalhador. Projetando a manutenção desta tendência de crescimento da classe parasitária privilegiada em relação aos que geram a riqueza, não precisa ser economista para ficar preocupado. Essa luta de classes pode não acabar bem. A sorte dos governantes é que a paciência do brasileiro parece infinita, assim como a ignorância. A classe média caminha rumo à sua extinção, mas aplaude o aumento do Estado, justamente aquele que prepara seu aniquilamento. São como moscas diante daquela luz hipnotizante que as atrai, apenas para fritá-las em seguida.

posted by Miguel Noronha 12:27 da tarde



Cortesia Filibuster
posted by Miguel Noronha 11:02 da manhã

EUA - Primárias Partido Democrático

o Senador John Kerry obteve mais uma retumbante vitória nas primárias realizadas ontem no Maine.
posted by Miguel Noronha 9:42 da manhã

domingo, fevereiro 08, 2004

Ultraje!

O neoconservador José Manuel Fernandes desferiu um ultrajante ataque ao ex-Ministro (e pelos vistos candidato ao PE) Sousa Franco.

O homem que presidiu a um dos períodos em que os gastos do Estado cresceram de forma mais descontrolada, em que o ritmo de contratação de funcionários públicos disparou sem correspondência com a qualidade dos serviços prestados, o homem que desperdiçou a oportunidade de ouro da coincidência temporal de uma fase de forte crescimento económico, com o correspondente crescimento das receitas fiscais, e de descida das taxas de juro para fazer as reformas que os nossos vizinhos espanhóis fizeram, esse mesmo homem tem ainda a desfaçatez de se indignar contra medidas impopulares como a contenção salarial na função pública, sugerindo que talvez fosse possível continuar o "fartar vilanagem".

A verdade é que conforme o tempo vai passando e a poeira assentando, vai-se tornando mais claro que o desgoverno final da gestão socialista com Pina Moura e Guilherme Oliveira Martins era, antes do mais, o corolário dos erros do consulado farto de Sousa Franco. Pior: os que lhe sucederam pagaram um preço político pesado sem que o responsável lhes manifestasse, em especial a Pina Moura, qualquer solidariedade. Pelo contrário.


Relembro que Sousa Franco é o ideologo da doutrina económica oficial dos socialistas conhecida por "As leis económicas são o que o Homem quiser" ou "Gaste agora que alguém pagará depois".

Espera-se, a qualquer instante, uma reacção do Largo do Rato. Fontes próximas do líder socialista revelaram que, à altura da sua saída do Governo, Sousa Franco tinha pronta legislação que permitia o combate ao défice através da venda de rifas em feiras. Consta que, por pura inveja, Pina Moura nunca tirou partido desta medida.
posted by Miguel Noronha 12:34 da tarde

EUA - Primárias do Partido Democrático

O Senador John Kerry venceu destacadamente em mais dois estados (Michigan e Washington). A sua nomeação começa a ser praticamente certa.

Elementos da campanha de Howard Dean revelaram, entretanto, que este poderá desistit se não vencer em nenhum estado na primárias que se realizarão na próxima Terça (Tennessee, Virginia e Wisconsin).

O distribuição de delegados é a seguinte, até agora:

John Kerry 412
Howard Dean 174
John Edwards 116
Wesley Clark 82
Al Sharpton 12

São necessários 2,162 delegados para assegurar a nomeção.

posted by Miguel Noronha 11:40 da manhã

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