O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

sábado, março 22, 2003

Relato de ex-escudos humanos

Excerto de uma noticia da UPI (via The Corner)

A group of American anti-war demonstrators who came to Iraq with Japanese human shield volunteers made it across the border today with 14 hours of uncensored video, all shot without Iraqi government minders present. Kenneth Joseph, a young American pastor with the Assyrian Church of the East, told UPI the trip "had shocked me back to reality." Some of the Iraqis he interviewed on camera "told me they would commit suicide if American bombing didn't start. They were willing to see their homes demolished to gain their freedom from Saddam's bloody tyranny. They convinced me that Saddam was a monster the likes of which the world had not seen since Stalin and Hitler. He and his sons are sick sadists. Their tales of slow torture and killing made me ill, such as people put in a huge shredder for plastic products, feet first so they could hear their screams as bodies got chewed up from foot to head."

Enquanto em Portugal (e noutros países) há manifestações contra a invasão, no Iraque as tropas americanas e britânicas são recebidas como libertadoras.É irónico ou talvez drámatico...
posted by Miguel Noronha 7:15 da tarde

Compensação

Adicionei mais dois links à secção dos blogs. O Contra a Corrente que ainda agora li de fio a pavio e o Cruzes Canhoto que, pelo nome, tem consciência da distância a que devem ser mantidas as ideologias por lá professadas.
posted by Miguel Noronha 1:53 da tarde

Toda a Verdade

Para quem quer compreender tudo acerca desta guerra: Alarab Online
posted by Miguel Noronha 10:39 da manhã

Emmanuel Todd

O sociologo Emamanuel Todd cujas posições anti-globalização e nacionalistas levantam por vezes duvidas se não será um maurrasiano encapotado demonstra numa entrevista alguma dificuldade em perceber a realidade.

Diz coisas aberrantes como"...os EUA estão à beira do desespero, pois não conseguiram impor a sua vontade" ou "A diplomacia americana sofreu uma pesada derrota. E agora Bush tem medo de cair no ridículo, se recuar. Porém o mundo está a organizar-se à margem dos EUA. E a guerra contra o Iraque irá acelerar este processo. Será uma aceleração histórica.".

Não terá sido ao contrário? O mundo descobriu que precisa mais do que nunca dos EUA. Especialmente da sua capacidade de intervenção a vários níveis. De que servem mil resoluções do Conselho de Segurança se este não tiver força politica e militar para as implementar?

E onde está a "nova organização do mundo" à margem dos EUA?

Para Emmanuel Todd ele começou "no facto de a brutalidade da política externa de Bush ter sido travada pelo par Alemanha e França. No mundo, nasceu um novo pólo com uma dinâmica bastante para atrair a si também a Rússia"

Não querendo voltar a debatar o tema da suposta "brutalidade" (já o fiz demasiadas vezes nestas páginas) não me parece que a Alemanha, a França e a Russia (e já agora a China) tenham conseguido travar o que quer que fosse.

Não sei se foi de proposito na sua crónica de Vasco Pulido Valente rebate por completo esta teoria. Acerca desta "aliança" e da suposta "nova organização" diz:

"De qualquer maneira, ela existe e assenta em duas premissas falsas. Por um lado, a de que os fins da França e da Alemanha são a longo prazo compatíveis. Segundo, a de que a América tenciona tolerar e cobrir, sem contrapartida, aventuras contra o seu estatuto e o seu poder. A América não precisa da «Europa», a «Europa» é que precisa da América"

A existir, esta nova "triplice entente cordiale", teria o problema de cada um dos seus membros pretender hegemoniza-la. Por outro lado, como diz VPV, a pretendida área de influência dos três países não são propriamente compativeis.

Voltando ao sociologo frio, o seu anti-americanismo chega ao extremos. Acerca da guerra no Iraque a resposta à pergunta "Essa teoria não cairá por terra se os soldados americanos forem aclamados libertadores?"

Já pensei nesse cenário. Porém, ele em nada altera a minha análise. Um libertador pode muito bem, após um período de tempo, passar a ser considerado ocupante que vai gerar forças de resistência. Os EUA podem vencer o Iraque mas nunca controlá-lo a longo prazo.

Para além de ignorar tudo o que a Administração Norte-Americana disse acerca do futuro do Iraque, Emmanuel Todd não permite qualquer duvida. As coisas são assim porque ele quer! Ao contrário do que VPV a retórica sobrepõe-se à realidade...

E para acabar com chave de ouro diz algo que permite que todas as duvidas se dissipem:

Os senhores coloniais também acreditavam na sua missão civilizacional da mesma maneira que Bush prega a democracia. Penso que este Governo americano tem uma relação patológica com a democracia

O nosso homem não acredita na Democracia. Afinal é isso....

Para terminar (agora eu) com chave de ouro não resisto a citar uma critica do Estado de São Paulo ao seu livro "A Ilusão Económica":

"A sério, não dá para ler. Exaspera. É um livro contra-indicado para intelectuais menores-de-idade pelos surtos esquizofrênico-culturais que pode induzir. Entretanto, visto como um fenômeno literário-cultural, é paradigmático da confusão mental que vivemos, e, tão só por isso, merece o tempo e espaço que se dedique à sua leitura e análise. Vou além. Quando se lê o livro com o senso de humor crítico recomendável, não há nada mais divertido. Qual Chacrinha, qual Henfil, qual Veríssimo, qual Chico Anísio, qual nada! O funcionamento intelectual da obra, os efeitos que ela tira das ricas informações com que opera, é muito mais hilariante. Para fazer rir, é muito superior a qualquer livro de anedotas"

posted by Miguel Noronha 10:31 da manhã

Se Maomé não vai à montanha...

No DN João Cravinho chega à conclusão que se não houve inconstitucionalidade é porque a Constituição está errada. Mude-se, pois, a Constituição...
posted by Miguel Noronha 9:29 da manhã

sexta-feira, março 21, 2003

Durão Barroso recusa fechar embaixada do Iraque em Lisboa

Será que não quer perder os convites para os cocktails na embaixada?
posted by Miguel Noronha 7:44 da tarde

CGTP quer levar Durão a tribunal

O secretário-geral da CGTP defendeu hoje a possibilidade de o primeiro-ministro ser julgado por alegada violação da Constituição da República, face ao apoio dado aos Estados Unidos na guerra contra o Iraque

Err.. Alguém que diga ao sr que os outros que tinham cometido a mesma argolada já descobriram que estavam errados.
posted by Miguel Noronha 7:01 da tarde

Este homem não aprende ou "os cães ladram e a carava passa"

The French president said at a European Union summit he would "not accept" a resolution that "would legitimize the military intervention [and] would give the belligerents the powers to administer Iraq." (na Fox News)

posted by Miguel Noronha 6:52 da tarde

Veja pelos seus olhos

A revista Veja publica um artigo sobre a situação na Venezuela com o sugestivo titulo: O nome da encrenca é Chávez. Recomenda-se a sua leitura...


posted by Miguel Noronha 9:52 da manhã

As Opiniões do DN

No seu artigo Manuel Villaverde Cabral mistura a guerra, com o "neo-liberalismo" e a sua desilusão com Jorge Sampaio. Vê-se que o sr. anda amargurado.

Diz que "Não acho que seja necessária muita valentia para subjugar o Iraque pela segunda vez, depois da Jugoslávia e do Afeganistão". Pode ser que as minhas memórias andem baralhadas mas tinha a impressão que se dizia destas intervenções que iam ser um "desastre militar" e iam abrir mil caixas de pandora. Afinal foram apenas passeios...


Luís Delgado faz referência aos "inexistentes" Scuds que cairam sobre o Kuwait.
É uma prova inequivoca que o regime iraquiano estava a mentir sobre o seu arsenal e vem reforçar o "caso" americano.



posted by Miguel Noronha 9:16 da manhã

Demorou mas chegaram lá...

Ouvindo as declarações dos representantes da esquerda após o discurso de Jorge Sampaio tinha ficado com a impressão que (com a honrosa excepção dos comunistas) tinhamos andado a ver canais diferentes.

Afinal parece que não. Após alguma reflexão chegaram às mesmas conclusões que eu. O discurso não foi bem o que estavam à espera. Foi como se o seu santo tivesse caído do altar. Quem anteriormente só lhe via virtudes agora acusa-o sem dó nem piedade.

Será que vão alargar a moção de censura à Presidência da Républica?
posted by Miguel Noronha 8:54 da manhã

Sugestão

Devido a um texto colocado no blog do Claudio Tellez descobri o Austriaco. Ainda não houve grande tempo para o "explorar" mas promete tornar-se leitura obrigatória.
posted by Miguel Noronha 8:45 da manhã

quinta-feira, março 20, 2003

Achados na Net

A internet tem destas coisas. Estava a fazer uma busca sobre um assunto completamente diferente quando deparei com um artigo d' "O jornalista português Miguel Urbano Rodrigues é renomado analista político internacional do PCP" a louvar as FARC!

É sempre bom saber que "Em 1993 repetiu-se o canto da sereia. O liberal Ernesto Samper acenou novamente com o ramo de oliveira. A manobra não foi levada a sério".
O "ramo de oliveira" foi iniciar conversações de paz (por iniciativa do governo).
O presidente Samper ordenou também que cessassem todas as hostilidades contras as FARC e foi lhes "dado" para administrarem um território com a área de Portugal (corrijam-me se estiver errado).

Mas para as FARC as eleições não servem.

"Nesta nova fase da sua existência as FARC sentiram a utilidade de criar o chamado Movimento Bolivariano Pela Nova Colômbia, que faz sentir em moldes originais a sua presença na sociedade civil. Não participa em eleições, mas atua como um partido sem registro nem candidatos. Um partido quase invisível que aparece e desaparece, promove concentrações e reuniões políticas, mas não se apresenta ao voto, não se submete à engrenagem político- administrativa"

Diversos movimentos guerrilheiros da América Latina abandonaram as armas e agora "combatem" no processo eleitoral. Nenhum deles logrou alcançar o poder por esta via. Será este o medo das FARC? Descobrir qual o seu real apoio popular?

Miguel Urbano Rodrigues termina desta forma a saga das FARC:

Guardo belas recordações do contacto com os camaradas das FARC Reconforta registrar a desambição e a autenticidade desse combatentes, bolivarianos pela coragem e o espírito latino-americano e internacionalista, marxistas pela sua lúcida compreensão da historia.

Renova a esperança confraternizar com revolucionários desta têmpera no limiar do século XXI, na era da globalização neoliberal, neste tempo de covardia intelectual e de abdicação. A epopéia das FARC-EP, a sua inquebrantável confiança na vitória distante, sem data, transporta e transmite a esperança da humanidade.

A solidariedade com a luta dessa gente maravilhosa tornou-se um dever para todos os homens e mulheres progressistas na vastidão do planeta.


Pena que ele não tivesse lido os relatórios da Human Rights Watch:

The Revolutionary Armed Forces of Colombia (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo, FARC-EP) escalated attacks on civilians, among them hundreds of mayors and other local officials. On February 7, 2003, guerrillas reportedly detnoated a 200-kilo car bomb in the parking structure of a social club in Bogota, killing at least thirty-two people and injuring over 150. When President Uribe was sworn in on August 7, guerrillas launched an attack with mortars and explosives in Colombia's capital, Bogot‡, killing at least nineteen bystanders.

In the first ten months of 2002, the FARC-EP used gas cylinder bombs in over forty attacks on cities and towns, causing mainly civilian casualties. On May 1, 119 displaced persons, including at least forty-eight children, were killed in Boyaj‡, Choc— when a gas cylinder bomb hit a church in which they had sought shelter. International observers concluded that the FARC-EP, which launched the gas cylinder bomb, was directly responsible for the deaths"

Gente maravilhosa?!



posted by Miguel Noronha 4:40 da tarde

Bem Lembrado!

A Voz do Deserto lembrou-se de prestar homenagem ao disco "Os Homens Não Se Querem Bonitos" dos GNR.

É bom lembrar uma altura em que os rapazes faziam discos decentes (para não dizer mais). Depois do "Psicopátria" foi o desclabro e hoje quando ouço a voz do Rui Reininho tenho instintos homicidas.

O Intermitente exige a imediata reedição de todos os seus albuns anteriores a 1985.
posted by Miguel Noronha 12:19 da tarde

A recessão

No DN Sarsfield Cabral diz o que se deve e não deve fazer para "vencer" a recessão (peço desculpa mas vou colocar o artigo quase todo):

Convém desfazer alguns equívocos. Vale a pena o Governo fazer muita coisa _ mas não aquilo que mais se ouve reclamar: gastar dinheiro para espevitar a economia. Este keynesianismo algo primário teria efeitos funestos, pois o nosso problema não é conjuntural, mas estrutural. Seria errado estimular o consumo privado (veja-se o endividamento das famílias) e muito mais o público (a despesa corrente do Estado é um desperdício de recursos e um travão à modernização do País). E o investimento? Num país onde existe meio milhão de casas a mais, desocupadas (tirando as casas de férias!), insistir na construção é um absurdo. E para obras públicas de valia económica e social duvidosa bastam os dez estádios do Euro 2004.

A retoma sustentada só pode vir das exportações. Tal implica uma procura externa, sobretudo europeia, mais dinâmica _ e aí nada podemos fazer. Mas podemos agir sobre a oferta, aumentando a capacidade das empresas para competirem sem ser na base da mão-de-obra barata. O que também depende de uma administração pública desburocratizada. E de uma justiça menos lenta. Aí, sim, deve o Governo agir e depressa. É mais difícil do que reanimar a conjuntura com despesa pública, mas é o que importa


A propósito de Keynes. Há poucos dias um amigo (que confessa pouco perceber de economia) dizia-me que o Keynesiamo era a melhor teoria economica.
Quando lhe perguntei porquê respondeu-me "Não sei mas parece-me que sim".
Uma tentativa de enquadramento histórico e algumas explicações adicionais não foram capaz de o demover das suas convicções.
O argumento do "parece-me que sim" tem uma força inimaginável...
posted by Miguel Noronha 10:28 da manhã

A Praxe Académica

A propósito de notícias que todos os anos vem a público e de um mail de um leitor do Blogue de Esquerda oferece-me dizer o seguinte.

Julgo que ao falar em praxe académica o leitor se refere especificamente ao que é vulgarmente conhecido como "recepção aos caloiros". São do conhecimento publico as barbarides cometidas em várias instituições do Ensino Superior e que, de ano para ano, vão aumentando o en grau de barbaridade.

Quanto a estas sou totalmente contra. Não passam de um meio de divertimento atroz e que serve para "vingar" as praxes a que os agora "veteranos" foram sujeitos no ano anterior. No meu percurso universitário não reparei que existisse alguma unidade ideológica nos "praxadores". O único denominador comum é a acefalia que percorre pessoas que era suposto terem um discernimento algo mais desenvolvido.

A "recepção aos caloiros" pode e deve existir mas de forma civilizada. O seu objectivo deve ser exactamente a recepção aos caloiros. Não é necessária a utilização de tintas, bosta de vaca ou a simulação de actos sexuais.

Quanto à Praxe Académica entendida num sentido lato: sou contra. Não acho piada a trajes académicos, tunas que debitam temas pimba, cortejos que terminam em comas alcoolicos e conselhos de veterenos cuja único mérito é terem chumbado mais anos que os outros. Tudo me parece demasiado ridiculo. E já agora a única que existe por mérito próprio é a de Coimbra tudo o resto são imitações.

Para terminar, julgo que não compete à AR legislar especificamente sobre o tema. Penso que deve imperar o bom senso e o Código Civil.
posted by Miguel Noronha 9:27 da manhã

O debate parlamentar

Não vou falar nos aguerridos debates que ocorreram nos Parlamentos português e inglês. Uma notícia do Daily Telegraph faz referencia ao debate, ou antes, à sua ausência na Assembleia Nacional Francesa.

The French parliament has had only limited debate on Iraq. M Chirac intervened personally to stop any vote on his conduct of diplomacy.

A handful of deputies were concerned that he was pointlessly poisoning Franco-US relations. But they were prevented from putting their case in debates dominated by Chirac supporters.


É caso para dizer: casa de ferreiro, espeto de pau...
posted by Miguel Noronha 9:02 da manhã

Sobre a guerra

A Coluna Infame emitiu dois comunicados sobre a guerra que agora se iniciou.

Quanto ao primeiro não posso estar mais de acordo. Concordo em absoluto quando dizem: "Não somos a favor da guerra, de nenhuma guerra: a guerra é um mal necessário para deter um mal maior"

Quanto ao segundo ("Em Guerra") respeito a posição da Coluna Infame mas O Intermitente não irá seguir o mesmo critério. Não pretendo "inundar" este blog com fait-divers sobre a guerra mas o assunto surgirá nestes páginas sempre que exista algum desenvolvimento ou artigo relevante.

Concordo, no entanto, que podem e devem ser abordados outros temas especialmente numa altura em que todos os media vão focar quase exclusivamente o assunto da guerra.Não pretendo contribuir para a avalanche nem para o estreitar dos horizontes. Tenho procurado e continuarei a procurar, dentro das minhas limitações, alargar o âmbito dos assuntos abordados. Para isso podem sempre contar com a minha colaboração.
posted by Miguel Noronha 8:54 da manhã

quarta-feira, março 19, 2003

Discurso Presidencial

Sobre o discurso de Jorge Sampaio: nada novo, nada que já não se soubesse.
Eu diria que as expectativas da oposição foram goradas
Por estranho que pareça os únicos que perceberam foram os comunistas. Um raro momento de lucidez...
posted by Miguel Noronha 11:17 da tarde

It Starts!
posted by Miguel Noronha 8:54 da tarde

Agradecimentos da Velha Albion

Um artigo de oponião do Daily Telegraph louva a coragem de Jose Maria Aznar e Durão Barroso:

The two Iberians are taking huge risks. Unlike Mr Blair, who is able to rely on the sincere support of the Opposition, they have to face socialist parties desperate to wring every drop of electoral advantage they can from the war. Nor are their publics accustomed, as the British are, to going to war alongside the Americans - or, if it comes to it, to going to war at all
posted by Miguel Noronha 5:48 da tarde

O Swing

Com a devida vénia passo a transcrever um texto do Fernando Magalhães "postado" no Novo Forum Sons. Textos como este merecem ficar preservados para a posteridade.
Para contextualizar os leitores d'O Intermitente refiro que este "post" surgiu no decurso de uma discussão onde se falava da Jacinta. A primeira cantora de Jazz portuguesa a editar pela Blue Note.


O "swing" sente-se. É uma onda. Como as ondas marcam o ritmo do mar, o swing marca o ritmo do músico. Pode tocar-se as notas todas no lugar certo e o swing não estar lá. O "swing" é um balanço interior, não exterior. O "swing" alcança-se quando o músico se abandona à música, a recebe, velha ela e onde vier, sem medo, com alegria, (às vezes com dor). Swing tanto pode estar no jazz mais tradicional como no mais radical. Michel Portal ou Louis Sclavis têm um swing complexo, aparentemente intelectualizado. Sonny Rollins era o swing em pessoa. Modern Jazz Quartet swingam de forma óbvia e ortodoxa. A entrada do saxofone de Sam Rivers no álbum "Dialogue", de Bobby Hutcherson, é o triunfo do swing. John Coltrane, por vezes, esquecia-se de swingar. Miles Davis espalhava swing em seu redor. Ele era o eixo.



Só ouvi 2 temas da Jacinta. O que ouvi (e não estou só nesta opinião), mostrou uma cantora competente e esforçada.

Há discos completamente secantes na Blue Note, "hard bop" a metro, mesmo por alguns monstros sagrados. Assinar para a Blue Note não é garantia de nada, da mesma forma que uma editora contemporânea como a ECM conta no seu catálogo com obras fraquíssimas e completamente inxonsequentes. E vi no rótulo que se trata da "Blue Note" portuguesa, subsidiária do selo intenacional.

Não tenho nada contra a Jacinta, antes pelo contrário.

Como não tenho nada contra a Susanne Abbuehl, outro exemplo que me deixou completamente indiferente, através da audição do álbum "April" editado há uns tempos na ECM. Outro caso de absoluta incapacidade em sentir e fazer passar o "swing". Que a Carla Bley esbanja e de que maneira. Parece aliás, que o concerto da Susanne em Portugal foi uma seca monumental.

Há músicos com fogo, força interior, a sua música até pode ser triste e desolada, mas o fogo está lá. Já uma vez disse e repito: O Músico e o fazedor de música são entidades distintas.

Eu vi e ouvi o primeiro concerto de MICHEL PORTAL, em Sintra, e vi os músicos chorarem em palco, expostos à beleza absoluta da música que faziam. Eu vi e ouvi, em Algés (sempre a tocar de olhos fechados, possuído pelo sagrado) e numa vila qualquer do Norte, a tocar para um público de 6 (seis!) pessoas o VALENTIN CLASTRIER, nesta última ocasião a ajoelhar-se para tocar na sua sanfona electroacústica o som (os sons) de uma catedral.


Não me venham falar da Jacinta e dos Sigur Ros. Há uma escada de Jakob. Infinita. Sobe-se penosamente, degrau a degrau. Há música ao longo de toda ela, entre o céu e os abismos.

O swing é o ritmo da vida feita música. Poucos músicos sabem o que é estar vivo. Poucos músicos sabem (sentem) o que é a Música.

posted by Miguel Noronha 3:41 da tarde

Novo Diccionário: Mais Contribuições

Depois do Claudio Tellez temos mais bloggers a quererem contribuir com entradas para o novo diccionário.
Este blog faz inumeras propostas (eis alguns exemplos):

Facts: Things that get in the way of Truth.

Truth: Something that must be believed regardless of facts. Example: 5,000 civilians were killed in Afghanistan. Did not actually happen, but the US wanted to kill that many and more so that means it is truth.

Racism: Thinking non-whites shouldn't have to live under oppressive, murderous tyrants

Multilateral: Doing what the French want.

Unilateral:Going forward without the support of the New York Times.

Moron: The one thing that hasn't changed over the last year and more


posted by Miguel Noronha 2:47 da tarde

Onde estão os Dólares?

Relativamente ao pagamento por serviços prestados ao império do mal (não confundir com o eixo do mal) cujos recipientes incluem a Coluna Infame, o Blogue dos Marretas e o Valete Fratres! queria dizer que até agora não caiu nada na minha conta.

Lamentavelmente ao preencher a papelada (posteriormente remetida para Langley, Virginia) esqueci-me de colocar o NIB.

Estou em crer que o atraso se deve à demora no envio do cheque. Não creio que nenhum dos meus camarad... err... colegas bloguistas fosse capaz de aproveitar o meu lapso em seu proveito.

No entanto saberei tirar as devidas ilações se verificar subitas alterações nos sinais exteriores de riqueza de determinadas pessoas...
posted by Miguel Noronha 1:04 da tarde

A lógica de Fernando Rosas

Num artigo de opinião no Publico Fernando Rosas demonstra uma coerência assustadora.

Primeiro diz que os EUA recorreram à ONU porque foram pressionados.
Logo depois refere que os EUA tentaram pressionar o CS a tomar uma decisão do seu agrado (passaram de pressionados a "pressionadores"...).
Nem um palavra é dita sobre as pressões exercidas pela França. O périplo do sr de Villepin pelas capitais dos diversos países com assento no CS da ONU deve ser entendido com uma simples viagem turistica.
Como não conseguiram os seus intentos diz que os EUA se "agarram" à resolução 1441. A tal que falava em "consequências"...

Termina a crónica dizendo que mesmo que se tivessem conseguido uma resolução caucionado as suas acções esta seria sempre obtida através de "chantagem dos EUA ou pela capitulação dos seus membros mais responsáveis não tornaria política ou moralmente admissível o inadmissível"

Logo para Fernando Rosas a existência ou não de uma segunda resolução seria inutil. Mesmo com o chamado "Direito Internacional" a apoia-la.

No seu entendimento não é possível "apontar aquele país (o Iraque) como uma ameaça actual à paz internacional. Nem armas nucleares, nem armas químicas (pelo menos relevantes): mostrou-se que era possível desarmar o Iraque nos seus incumprimentos, nas suas reticências ou até nas suas dissimulações, sem recorrer à guerra. Pela pressão e pelo diálogo. Paradoxalmente, é a agressão americana que vem impedir o desarmamento iraquiano"

Como foi notado pelos próprios inspectores a cooperação iraquiano aumenta na proporção da pressão americana e não da "desculpabilização" do resto dos membros do CS.

Uma lógica verdadeiramente inabalável de quem vive num mundo à parte...
posted by Miguel Noronha 10:48 da manhã

Missing In Action

O que é que aconteceu ao Picuinhices?
posted by Miguel Noronha 9:03 da manhã

Arábia Saudita: algo está a mudar?

O Principe Naif da Arábia Saudita excluiu a proposta de legalização de partidos politicos, proposta por alguns intlectuais, com base em sólidos argumentos:

Referring to reform proposals, Prince Naif said he was against changing the existing good systems “because by change you mean to change the existing systems which are basically good. But we need progress in all spheres in tune with modern developments.”

Realmente demolidor. Esqueceu-se de dizer que uma eventual assembleia eleita podia por em causa os previlégios detidos pela familia Saud.
De qualquer forma demonstra que, até certo ponto, o assunto está a ser debatido e que, pelo menso certos meios desejariam algumas reformas democráticas...

Num outro artigo refere-se que se nota alguma, ainda que timida, alteração nas mentalidades.

posted by Miguel Noronha 8:48 da manhã

terça-feira, março 18, 2003

Notas do debate na AR

O ar de menino bem comportado de Bernardino Soares ao lado de Carlos Carvalhas. Nem parecia que era o líder parlamentar

O ar desdenhoso com que Jaime Gama contemplava os seus companheiros de partido. Até parecia que estava na bancada errada.


posted by Miguel Noronha 8:52 da tarde

Em que ficamos?

França poderá participar na guerra se Saddam usar armas químicas ou biológicas
«Se Saddam Hussein usar armas biológicas e químicas, altera imediata e completamente a situação para o governo francês», disse Jean-David Levitte à cadeia de televisão norte-americana

Confesso que estou algo confuso. A França não insistia que o Iraque já não tinha ADM's?
posted by Miguel Noronha 5:36 da tarde

Mais um amigo na blogosfera

O meu companheiro de outras paragens interneticas e colaborador da já famosa Janela Indiscreta resolveu conquistar o seu próprio espaço na blogosfera com o Crónicas da Terra que pretende ser "Um diário sobre as músicas do nosso contentamento e que revela a babel musical do planeta terra".
Explicações sobre o significado da frase terão de ser pedidas directamente ao Luís...
posted by Miguel Noronha 4:26 da tarde

Macaquinhos de Imitação

Para que não conste que não tem vida própria e que não passa de uma invenção de terceiros, o grupo parlamentar mais insignificate e com menos autonomia da nossa AR, resolveu apresentar uma moção de censura.

Se ainda não conseguiram adivinhar qual é o partido eu dou mais uma pista: é aquele que em vez de um girassol devia ter por simbolo uma melancia. A melancia tem a vantagem de ser verde por fora e vermelha por dentro...
posted by Miguel Noronha 4:19 da tarde

Kevin Sites em directo da frente

No seu ultimo post Kevin Sites relata a retirada das populações curdas para Norte e do exército iraquiano para Sul. Existe o receio que o exército utiliza armas quimicas contra a população civil...
posted by Miguel Noronha 3:41 da tarde

Já é qualquer coisa...

Não sei se já repararam mas estive a actualizar os links. Ainda não é a "mãe de todas as actualizações" (desculpem o linguajar) mas lá chegaremos. Aqui o trabalho não é para se fazer todo de uma vez. É para se ir fazendo aos poucos...

Eventuais blogs que se sintam injustiçados por (ainda) terem ficado de fora podem enviar os seus queixumes para o meu mail ou para o Provedor de Justiça por carta registadas.
posted by Miguel Noronha 3:09 da tarde

Um artigo de leitura obrigatória (via The Corner)

O The Times publica um artigo de uma MP do Partido Trabalhista que parece ainda saber distinguir onde quem são os maus da fita.

Um relato algo chocante mas de leitura obrigatória especialmente para aqueles que acusam os EUA de serem o "grande satã"...

I do not have a monopoly on wisdom or morality. But I know one thing. This evil, fascist regime must come to an end. With or without the help of the Security Council, and with or without the backing of the Labour Party in the House of Commons tonight.
posted by Miguel Noronha 1:06 da tarde

UE proibe visita do Presidente de Taiwan

Segundo o EU Observer os MNE's da UE querem evitar esta visita a todo o custo para não "indispor" a China.

Alguém falou em princípios? Parece-me que o principal motor da politica externa da UE é a cobardia...
posted by Miguel Noronha 9:03 da manhã

Ultimato dos EUA vai contra a vontade da ONU, diz França

É estranho que quem diz isto se preparasse para vetar qualquer decisão que permitisse o uso da força contra o Iraque. Já não seria, é claro, uma decisão unilateral...
posted by Miguel Noronha 8:38 da manhã

48 Horas

Não é o filme do Eddie Murphy. É o prazo para Saddam Hussein e a sua prole sairem do Iraque...
Espero que este seja o ultimo. É que já foram mais que muitos os ultimatos não cumpridos...
posted by Miguel Noronha 8:33 da manhã

segunda-feira, março 17, 2003

Iraque: Foi você que falou em petróleo

Segundo noticia a UPI o PM Curdo revelou a existência de acordos assinados entre petroliferas russas e francesas para a exploração dos recursos do Iraque. Estes entrariam em vigor assim que fossem levantadas as sanções.

Vamos imaginar um cenário.
Se esta missão de inspecção não encontrasse fortes evidências da existência de ADM's (especialmente se o Iraque não fosse pressionado para cooperar com ela) alguns países poderiam sugerir que o Iraque estava a cumprir as resoluções da ONU. O passo seguinte seria a proposta para levantamento das sanções que neste momento vigoram contra o Iraque.
Se eu fosse adepto das teorias da conspiração podia sugerir o nome de alguns países capazes de fazer isto.
Mas como não sou...

Para terminar deixo o recado do PM curdo para franceses e russos:

"France and Russia should make a decision where they stand," Barhim Salih added, speaking to U.S. policy experts and reporters at the prestigious Council on Foreign Relations Friday. "We would rather see them stand with us. They cannot have it both ways."
posted by Miguel Noronha 8:26 da tarde

And Now For Something Completly Diferent

Não. Não vos vou falar dos Monthy Python's mas da catadupa de concertos que vou ser obrigado a assistir nos tempos mais próximos.
Desta vez é o Howe Gelb, vocalista dos Giant Sand, que aproveita para nos lixar a carteira com um concerto no dia 31 deste mês.

Mais informações aqui.
posted by Miguel Noronha 7:16 da tarde

Não há duas sem três

Para não ficar atrás o PCP também decidiu apresentar uma moção de censura:

O PCP diz que a cimeira dos Açores «representou o sinal de partida para uma guerra cruel e devastadora» e acusa o Governo de ter ligado «Portugal ao grupo de países que, sob as ordens de Bush, será historicamente culpado do desencadeamento de uma guerra»

Falando em "historicamente culpado" parece-me que são os comunistas que têm algumas "desculpas historicas" para apresentar...

posted by Miguel Noronha 7:12 da tarde

PS e BE apresentam moção de censura ao Governo

O PS vai entregar a sua moção no Parlamento «nas próximas horas», alegando que é «ilegítima a decisão de associar Portugal a uma guerra contra o direito internacional»

Pensava que a guerra era contra o Iraque que não é especialmente conhecido por respeitar o Direiro Internacional. A distorção dos factos atinge proporções ridiculas...

Queria uma nova oposição, sff...
posted by Miguel Noronha 5:59 da tarde

Londres e Madrid não falam pela UE

Londres e Madrid «alinham-se ao lado dos EUA, fora do quadro da União Europeia», disse esta segunda-feira o porta-voz do chefe da diplomacia da Grécia, que exerce a presidência da União, reagindo ao encontro dos Açores sobre a crise iraquiana.

A Inglaterra a Espanha e, já agora, Portugal nunca pretenderam falar em nome da UE ao contrário da Alemanha e da França.

Mas, afinal de contas, qual é a posição da UE?
posted by Miguel Noronha 5:22 da tarde

Afinal Quem Não Cumpriu as Suas Obrigações?

No editorial do Publico, José Manuel Fernandes relembra que é a França que não cumpriu o combinado aquando da primeira resolução:

A frase essencial é: "O Conselho avisou o Iraque repetidas vezes que enfrentará sérias consequências em virtude da violação continuada das suas obrigações". A que se deve acrescentar: "O Conselho decidiu manter-se atento a este problema".

(...)

O pressuposto desta resolução era que ela deveria ser seguida por uma segunda deliberação em que o Conselho de Segurança especificaria metas, datas e métodos para as "sérias consequências". Por outras palavras: faria um ultimato.
A arquitectura deste processo diplomático foi engendrada pela França. Foi a França que propôs duas resoluções - e foi a França que colaborou na redacção e aceitou a versão final da Resolução 1441. Aparentemente tinha-o feito de boa fé - pelo menos de acordo com os países que inicialmente defendiam uma única resolução, mais concreta e mais objectiva. Aparentemente. Na prática, como anteontem voltou a repetir o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominique de Villepin, a França não aceitará qualquer resolução que represente um ultimato ao Iraque. Por outras palavras: declarou que não aceitava as regras do jogo que ela própria tinha estabelecido, ou ajudado a estabelecer.


Resta saber o porquê dessa não aceitação. As teorias circulam....

posted by Miguel Noronha 1:04 da tarde

Alerta da Comissão Direitos do Homem da ONU

Na abertura da sessão da CDH da ONU a presidência (presentemente ocupada pela Libia) declarou:

"Vemos nuvens negras a acumularem-se no céu da região e isso augura uma guerra catastrófica que violará certamente os direitos do homem e, especialmente, o direito à vida"

Não sei se "as nuvens negras" também se aplicavam ao seu país que não demonstra grande respeito pelos Direitos do Humanos.
Durante esta sessão a CDH vai analisar as violações do DH em todo o mundo. Dado a "bizarra" composição desta comissão tenho pouca confiança nos resultados finais desta conferência. Quase metade dos seus membros não se podem qualificar como Democracias...

Ainda segundo noticia o Publico a Libia Al-Hajjaji:

"evocou ainda os ataques terroristas em diversas partes do mundo, observando que "certos países reagiram com medidas coercitivas, violando os direitos dos imigrantes, dos refugiados e das minorias"

Estavam à espera de uma condenação do terrorismo?

posted by Miguel Noronha 1:01 da tarde

domingo, março 16, 2003

Saramago no The Corner

Today’s New York Times contains a report about an anti-war demonstration in Spain. One of the speakers was Jose Saramago, described by the Times as “the Portuguese writer and Nobel laureate”. That’s a true enough description so far as it goes. However, there’s more to Saramago than his Nobel Prize, as, needless to say, the Times fails to point out.

A hard-line Communist, Saramago played a major role in purging ideologically “unsound” elements from their positions in the Portuguese media at the time that that country seemed set to succumb to a Communist coup.

In his invaluable Intellectuals and Assassins, Stephen Schwartz records the fact that, only hours before he received his Nobel, Saramago spoke at a seminar during the Frankfurt Book Fair. His topic? “Being a Communist Author Today.”

Yet again: two death cults, two standards


Pelos vistos andam bem informados lá para os lados da NRO...

Nota:
A frase "two death cults, two standards" referia-se à mesagem anterior onde falava de que "reliquias" da era Maoista estavam ser leiloadas pela Sothebys e da diferença de tratamento que estas têm relativamente às "reliquias" nazis.
posted by Miguel Noronha 10:25 da tarde

É agora...

A cimeira dos Açores terminou com o derradeiro ultimato (perdoem-me o pleonasmo):

"Tomorrow is the day that we will determine whether or not diplomacy can work"

Este ultimato não é dirigido ao Iraque mas ao Conselho de Segurança onde a França, Russia, Alemanha e China insistem em não ver a realidade. Não sei se em nome de quaisquer obscuros interesses ou do mais puro e patético pacifismo inconsequente.
As guerras podem e devem ser evitadas mas não a qualquer custo.

Quanto à reacção do PS não me pronuncio. No seu artigo do DN já Vasco Pulido Valente disse tudo o que havia para dizer.
posted by Miguel Noronha 9:02 da tarde

Somos Todos Açorianos



Associo-me ao repto lançado pela Coluna Infame.
Só não quero ter nada a ver com o Decq Mota...
posted by Miguel Noronha 1:06 da tarde

Zimbabwe: mais provas de atocidades

Membro da organização juvenil da ZANU-PF (partido de Mugabe) que fugiram para a África do Sul fizeram relatos bizarros segundo o jornal Independent:

Fourteen boys and men aged between 15 and 28 have provided testimonies about life in the youth wing of Zanu-PF, Zimbabwe's ruling party, to The Sunday Independent newspaper in South Africa. They say they were taught how to kill people in ways that "would be quick and silent and leave no evidence".


posted by Miguel Noronha 1:00 da tarde

Wired Comemora 10 anos

A revista guru para todos os que se interessam por computadores, internet e novas tecnologias comemerá os seus primeiros 10 anos na edição de Abril.
O artigo The Way We Were relembra como o mundo parecia na altura em que tudo começou:

What a dull, distressing decade it promised to be. San Francisco was taking the early '90s hard. The city had always been a boomtown, and now, in the aftermath of recession and the Gulf War, it languished in the stale atmosphere of a boomtown in distress. There had been a drought for five years, and the sidewalks were lined with sickly trees

e de como a nova revista prometia um mundo melhor:

In early 1993, as Communism collapsed and the terrors of the Cold War era vanished in the rearview mirror, a new magazine startled its readers with the proclamation that governments were obsolete, technology was benevolent, and the future was going to be great. Nearly 100,000 readers signed up in the first 12 months. The mood had changed.






posted by Miguel Noronha 12:29 da tarde

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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